quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Reflexões sobre o tempo passando

Imagem sobre o tempo/Livre Uso
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22 de novembro de 2023. 

Nada mudou? Tudo mudou - e quase nada mudou.  Hoje não há mais cercas de madeira para pular no Atlântico e nem tem mais campinho de terra. Lá agora jogam futsal e tênis. Nadam em piscinas cobertas e ao ar livre. Os amigos se dispersaram. A alfaitaria do meu pai fechou. Ele se foi em 1998. A mãe não me chama mais. Também se foi. Quem sabe – não tenham se juntado a John Kennedy e a quem o matou. O suposto/único atirador também foi morto. Tomara que “Lá em Cima” a história tenha sido esclarecida. E para contrapor à surpreendente, impactante e violenta retirada de Kennedy do cenário mundial na expectativa de um "e agora - o que vai acontecer?", observa-se a cada década, a cada ano, a cada dia - o homem provando a si mesmo, numa crescente exponencial que ele é essencialmente "personalista". O homem é um ser imprevisível. Intolerante. Agressivo. Incorporou a barbárie. Rouba, logra e mata por um celular. Não tem compaixão. Perdeu a civilidade. Mata os animais, destrói o meio ambiente, polui o ar, os rios, o mar. Drena banhados e aterra desavergonhadamente nascentes. Promove queimadas e derruba tudo que pode. O homem pensa no hoje. No agora. Em si só. Não considera seus netos. Dinheiro?  Terra? Poder? Isso troca de mãos. Olha os impérios soterrados pelo tempo. No geral o mundo dos homens é um bêbado cambaleante. Cai, levanta, anda uns passos inseguros, cai de novo e se vai incógnito - achando que está certo. Avança nas ciências e tecnologias, mas pouco se relaciona humano. Troca o fuzil atribuído a Lee Harvey Osvald por facões, metralhadoras e mísseis. Pedras e paus. Olhando o panorama mundial - parece que 22 de novembro de 1963 é hoje e caminha potencialmente para ser ainda mais, amanhã.

2

Sessenta anos depois dos tiros que abalaram ou até, de certo modo mudaram o mundo em Dallas, amor e ódio se estendem tempo afora como dois trilhos de uma via férrea, aparentemente, sem fim. Seria este mais um recorte do homem sobre a terra que caminha para o precipício - para deixar outro modelo de convivência vir e se instalar? Quem regula isso? - por que o planeta não admitirá este estado de coisas se é que há mesmo Divindades de convivência fraterna, civilizada e amorosa. A natureza dá sinais de perder a paciência. Dentre tantas coisas que já ouvi, uma delas começa a fazer sentido: "Não fosse o homem, o mundo seria perfeito". Este homem que vem se revelando que, aparentemente, gostaria mesmo é de carregar tudo que pode e recolher-se à sua caverna e lá saborear, isolado, a razão única - a sua razão. Mas hoje é um dia de reflexão séria: 22 de novembro de 1963. "Pai, pai - mataram o Kennedy!". Como a vida passa depressa! 

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Hoje 22 de novembro - há 60 anos

 

Momentos entes de ser assassinado, John Kennedy ao lado da esposa Jakie/Arquivo Livre Uso
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I

Eu não sei se a Alba Albarello ainda morava na ponta debaixo do Atlântico, com sua mãe e seu irmão. Acho que não – mas era ali no canto debaixo da cerca que eu pulava para dentro do estádio. Era na junção de onde é o Mantovani com a Atlântico – na rua da frente para o centro da cidade. Ok!?

 

II

Um ótimo lugar para pular a cerca era no lote que a partir de 1964 seria do Mantovani. Tinha já os lugarzinhos certos para botar o pé direito, depois o esquerdo, segurar com as mãos e fazer o giro por cima. Colocar um pé no outro lado e... ‘tuummm’ – sair correndo para cima do barranco até o nível do campo quase atrás da goleira ‘debaixo’ do Atlântico. (quem atacava contra a goleira do Mantovani – chutava para baixo...(!)).

 

III

Quando eu chegava era 1h15min ou no máximo 1h30min. Em poucos minutos a turma que morava nas redondezas do Atlântico se juntava: Jorge, Ademir, Facão (João Cláudio Fachini), Malo, Vitoldo, Bruno, Zeca, Ivo, Rogério, Zé Pirolito, Carlinhos, Alemão (Valdir Nunhoffer), Theco, Pedrinho, os Dufloth, Toca, Nelsinho, Anilson, Toninho Dal Prá, Otaviano, Paulinho Madalozzo, Mingo... Até o Jacaré aparecia.

 

IV

Os dois melhores – eram os irmãos Jorge e Ademir, ou então Jorge e Zeca, ou Zeca e Ademir, ou ainda, Anilson e Zeca -, tiravam par ou ímpar e escolhiam os times. Cada um escolhia um e assim as forças de equilibravam.

Este foi um dos primeiros, mais transparentes conceitos e método prático de exercício de justiça que conheci. Não havia, nunca, a possibilidade de um grupo ser império e o outro totalmente vassalo.

O equilíbrio das forças mantinha acesa a chama de disputa pau a pau e a expectativa de resultado imprevisível. Também foi por este sistema que descobri que no futebol, quando as forças se equivalem, o ‘momento’ e a inspiração podem desequilibrar. Quem estivesse num dia melhor – mais chances tinha.

 

VI

Num canto do imenso campo do Atlântico (quando a gente têm 10 ou 11 anos os campos sempre são imensos), onde a sombra batia mais cedo – lá joguei minhas melhores partidas e lá vi alguns dos melhores jogadores de bola desta vida.

Errar passe era coisa que acontecia em semanas. ‘Janelinhas’ e tabelas, gols por cobertura e ‘entrar com bola e tudo’ – eram da rotina. 

Craques de pé no chão na melhor acepção do termo – era a maioria.

 

VII

Nos clássicos diários de 5 vira – 10 ganha; a paridade das forças fazia a partida se espichar.

Quando o intervalo era alcançado com um dos times batendo nos 5 gols - o couro do lombo estava curtido. As costas ardiam e os peitos dos pés estavam inchados e tomados de um vermelhão só, de tanto receber, dominar, tocar, passar e bater.

 

VIII

A bica da concentração de madeira do Atlântico reunia os dois times em sua volta. Foi a melhor água de matar sede que já tomei. E pegar com as duas mãos uma ‘concha’ daquela dádiva, e com ela apagar o fogo do rosto e dos ombros – então, nem se fala.

 

IX

Quando os fôlegos estavam de novo tranquilos e a brisa embalada pelos cinamomos ameaçava com um arzinho frio as costas descansadas e surpresas com a sombra – era hora de recontar os gols e voltar para o segundo tempo: "5 a 3... – Ué, 5 a 63 Já tão querendo roubá! Cinco a 4... 5 a 4! Vocês só contam os de vocês. Tu não viu aquela hora que Anilson tocou a bola e... aquele tu não conta né...! – Tá bom... 5 a 4. 


X   

Aquele era um bom dia para se jogar dentro do campo do Atlântico – usando um das laterais. Sim, porque era quarta, dia de preparação física do Atlântico. E como não era dia de coletivo – sobrava campo para nós. Mesmo assim, até antes da física do Índio, do Uga, do Noronha, do Popy e do Tomasi, a gente se ‘matava’ como numa decisão.

 

XI

O equilíbrio dos times levaria a partida tarde afora.

Se por acaso um deles disparasse – se faria outra mais tarde -, mas isto era difícil. A tarde estava garantida.

Como devia ser tranquilizador para quem era pai naquele tempo. Sim – porque os filhos com certeza estavam em lugar certo e sabido: dentro do campo do Atlântico jogando bola. Até que a noite mandasse o dia e nós embora.

 

XII

Naquela tarde, porém, minha mãe me chamava da porta da casa, aos gritos, e eram recém 3 horas. O sol era quase um raio contínuo.

Dei de mão ‘numa das goleiras do campinho’ e peguei minha camiseta. Coloquei um papelzinho de bala no lugar para re-sinalizar ‘a goleira’ e desci o barranco correndo. Botei o pé no buraco da cerca sem olhar, passei a perna por cima, o pé no outro lado e ‘tuummm’. Mais 150 metros e estava em casa. "Vai avisá o pai que mataram o Kennedy", disse ela com ar de pavor – O que? Quem?... "Mataram o Kennedy", repetiu.

 

XIII

Saí correndo pela Jerônimo Teixeira e depois pela Nelson Ehlers e só parei na alfaitaria do meu pai – na Nelson Ehlers, 168, ao lado do Samdu. "Mataram o Kennedy, mataram o Kennedy", disse para meu pai sem fazer a mínima ideia do que estava falando.

Logo, dois ou três fregueses permanentes do  chimarrão, aqueles homens bonachões que sabem contar histórias como raros – com os olhos arregalados saltaram: " O quê? O Kennedy? Mataram o Kennedy? - e ligaram o rádio Semp à luz e aí sim é que a conversa embalou.

 

XIV

À noite, na janta que não era janta - mas café com pão, havia um ar de velório à mesa. Tinham matado o Kennedy – e eu estava com a impressão que tinham matado um parente. O ‘mundo lá de casa’ parecia que tinha chegado ao fim, como sempre alguém já naqueles distantes anos – ameaçava e prometia.

Tive a nítida impressão que a nossa vida, que o mundo enfim, dali para a frente não seria mais o  mesmo, pois afinal, John Fitzgerald Kennedy, presidente do EUA tinha sido morto a tiros. E ele representava tudo o que dizem. 

 

XV

Quem achar que esta história é uma demasia, digna de risos porquanto revela nossa modéstia e submissão perante os assuntos americanos – que segure e acalme o riso gratuito. Ou por acaso não nos portamos de igual modo quando vimos pela TV, em cores e em tempo presente, o mundo se terminando com o ataque ao WTC.

Sessenta anos depois – os americanos são ainda donos do mundo. Talvez um exagero, mas o “talvez” eu mantenho.

Sessenta anos depois – nossa reverência ainda é imensa.

Sessenta anos depois – nossa submissão é igual.

22 de novembro de 1963. 


XVI

Localizando 1963...

... Presidente João Goulart decreta três dias de luto no Brasil.

Leonel Brizola governava o RS.

José Mandelli Filho é o prefeito de Erechim. 

Pedro Alexandre Zaffari o vice. Ambos do PTB.

Segundo o Anuário Estatístico do Brasil, Erechim tem 65.972 habitante. É o 13º município em população no Estado. 

Incêndio destroi a parte de madeira do Colégio São José.

Falta um ano para inauguração oficial do então Colégio Mantovani.

Vereadores fixam 11 cadeiras no Legislativo.

Quarenta e dois candidatos à vereança.

18.922 erechinenses comparecem às urnas.

Lançada a pedra fundamental da CEF.

Equipe do Atlântico "massacrada" em Passo Fundo.

Nome oficial: "Escola Técnica Industrial Dr. Salvador Caruso MacDonald".

Fortes chuvas e águas invadem casas e firmas na cidade.

Instalado primeiro telefone automático na prefeitura.

Lançado o álbum dos Beatles "Please Please My"

"All my Loving" é a música mais tocada no ano.

No Brasil explode o sucesso "Garota de Ipanema".

Filmes: "Os pássaros", O silêncio", "Oito e Meio", "Fugindo do inferno", "Deu a louca no mundo", "O leopardo", "Desprezo", "Trinta anos esta noite", "O carrasco" e "Moscou contra 007" se destacam. 

Em agosto Martin Luther King faz seu famoso discurso "Eu tenho um sonho".

Morre em junho o Papa João XXIII.

Surge o Papa Paulo VI.

Em 1963 são realizados quatro atlangas.

Time base do Atlântico: Paulinho (Popy); Osmarino, Carlos (Pedro Celso), Noronha e Sebastião; Zé Carlos e Assis; Tomasi, Cardoso, Índio e Carioca.

Time base do Ypiranga: Edgar; Ênio (Luiz Carlos) Garcia, Winitu e Bira; Cláudio e Clóvis; Butiaco, Amarelo (Bolívar), Meia Noite e Manequinha.

Curiosidade: Aeroporto Comandante Kraemer registra 119 pousos em um mês. Voos de carreira. Som, você leu certo: 119 voos em 1963 em Erechim. 


XVII

22 de novembro de 2023.

Nada mudou? Tudo mudou - e quase nada mudou.  Hoje não há mais cercas de madeira para pular no Atlântico e nem tem mais campinho de terra. Lá agora jogam futsal e tênis. Nadam em piscinas cobertas e ao ar livre. Os amigos se dispersaram. A alfaitaria do meu pai fechou. Ele se foi em 1998. A mãe não me chama mais. Também se foi. Quem sabe – não tenham se juntado a John Kennedy e a quem o matou. O suposto/único atirador também foi morto. Tomara que “Lá em Cima” a história tenha sido esclarecida. E para contrapor à surpreendente, impactante e violenta retirada de Kennedy do cenário mundial na expectativa de um "e agora - o que vai acontecer?", observa-se a cada década, a cada ano, a cada dia - o homem provando a si mesmo, numa crescente exponencial que ele é essencialmente "personalista". O homem é um ser imprevisível. Intolerante. Agressivo. Incorporou a barbárie. Rouba, logra e mata por um celular. Não tem compaixão. Perdeu a civilidade. Mata os animais, destrói o meio ambiente, polui o ar, os rios, o mar. Drena banhados e aterra desavergonhadamente nascentes. Promove queimadas e derruba tudo que pode. O homem pensa no hoje. No agora. Em si só. Não considera seus netos. Dinheiro?  Terra? Poder? Isso troca de mãos. Olha os impérios soterrados pelo tempo. No geral o mundo dos homens é um bêbado cambaleante. Cai, levanta, anda uns passos inseguros, cai de novo e se vai incógnito - achando que está certo. Avança nas ciências e tecnologias, mas pouco se relaciona humano. Troca o fuzil atribuído a Lee Harvey Osvald por facões, metralhadoras e mísseis. Pedras e paus. Olhando o panorama mundial - parece que 22 de novembro de 1963 é hoje e caminha potencialmente para ser ainda mais, amanhã.

XVIII

Sessenta anos depois dos tiros que abalaram ou até, de certo modo mudaram o mundo em Dallas, amor e ódio se estendem tempo afora como dois trilhos de uma via férrea, aparentemente, sem fim. Seria este mais um recorte do homem sobre a terra que caminha para o precipício - para deixar outro modelo de convivência vir e se instalar? Quem regula isso? - por que o planeta não admitirá este estado de coisas se é que há mesmo Divindades de convivência fraterna, civilizada e amorosa. A natureza dá sinais de perder a paciência. Dentre tantas coisas que já ouvi, uma delas começa a fazer sentido: "Não fosse o homem, o mundo seria perfeito". Este homem que vem se revelando que, aparentemente, gostaria mesmo é de carregar tudo que pode e recolher-se à sua caverna e lá saborear, isolado, a razão única - a sua razão. Mas hoje é um dia de reflexão séria: 22 de novembro de 1963. "Pai, pai - mataram o Kennedy!". Como a vida passa depressa! 


 




domingo, 19 de novembro de 2023

Quem achou minha "japona"!?

 


 

1

Sim, eu sei. Você também já perdeu cada coisa!

Aliás, desde o minuto quando chegamos a este mundo, sabe-se de antemão que o nosso futuro é certo: vamos ter uma grande perda no fim de tudo. Um dia vamos perder a vida que recebemos.

 

No final da tarde de um domingo em mil novecentos e outubro – quando cheguei em casa, descobri que nem todo o fim de domingo precisa ser necessariamente – um poço de melancolia.

 

- Aonde é que tá tua “japona!? (japona era o termo popular usado na década de 1960 para jaqueta. Trata-se de um acessório de roupa para o inverno). Quem viveu aqueles anos sabe; e quem não teve uma "japona"? Era a ante-sala ou o ante-roupeiro do "sobretudo", este sim, para o pior frio. Mas "sobretudo" era vestimenta de adulto pra fora.

2

"Santa Mãe de Deus! Aonde é que estava a minha "japona" ?! – só pode ter ficado no cinema!?".

Era nova e tão valorizada que meu pai voltou comigo ao cinema. Até hoje não sei como conseguimos entrar de novo no Cine Ideal naquele mesmo fim de tarde de domingo. Estava sentado na parte de cima. e nada, nada e nada.

3

Eu me lembrava: tinha tirado a bendita, dobrado e colocado na cadeira. Sentei em cima dela. Numa daquelas remexidas na torcida pelo Tarzan – a jaqueta, digo a "japona", deve ter escorregado e caído debaixo da cadeira. Eram aquelas cadeira de abaixar o assento e entre o mesmo e o encosto ficava uma brecha. Fim de filme – feliz e aliviado com a vitória do bem sobre o mal, esfreguei os olhos e me fui. Não sentia frio e nem me lembrava de mais nada. Sabe lá Deus quem a achou, e aonde foi dormir!?

 

É evidente que eu podia dar adeus tia Chica à “japona”. Ou seja – já naquele tempo o jargão popular “achado não é roubado” estava vivo.

4

Outra vez, também depois de uma matinê no Ideal ou no Luz, não lembro, mas – perdi o guarda-chuva.

É incrível como naqueles anos de mil novecentos e outubro – 1962 ou 1964 -, pois era impressionante como naqueles tempos a gente ia ao cinema! Só hoje percebo isto! Hoje... não se perde mais nada, muito menos guarda-chuvas nos cinemas. Quase nada se perde e pouco se vai a cinema em Campo Pequeno - uma pena. Mas também... os filmes vão à nossa casa!

De lá pra cá são novos tempos. 

Até "japona" virou jaqueta e vai saber quem instituiu o termo daqueles anos inesquecíveis - até eles -, perdidos no tempo.

 

De lá para cá perdi blusas, provas, dinheiro, calota de carro, chuteiras, rádios, pentes, fotos, chinelos, discos, livros, amizades, canetas, documentos, decisões - até ônibus eu perdi.

Perdi familiares, parentes, amigos e namoradas.

Quem é que já não "perdeu a cabeça?!".

5

É incrível como as pessoas perdem coisas.

Se bem me lembro, naqueles tempos de guri, às segundas-feiras, era dia de vasculhar debaixo do pavilhão de madeira e depois no de concreto da Baixada Rubra (estádio demolido do Atlântico) e procurar dinheiro, carteiras, pentes, cigarros... que haviam perdido na domingueira de futebol no Atlântico. Afinal "todo mundo" sempre alguém perde alguma coisa! E se alguém perde porque não se colocar a "achar"?

 

Na caixinha de lembranças de cada um de nós, as mais exóticas perdas se acumulam ao longo dos anos.

6

Ainda bem que o mundo tem também lá os seus achados: a prótese é um bom exemplo. As vacinas outro. Na tecnologia então nem é bom entrar. Às vezes achamos até o que alguém perdeu como foi esse caso da minha antiga "japona". Hoje em dia se eu perder uma daqueles ninguém vai saber, pois podem até confundir o termo que no caso aqui não passa de uma fotografia do vocabulário, sobre o significado de determinadas palavras naquela época. 

Só sei que para distração ainda não tem remédio.