segunda-feira, 12 de maio de 2014

TORDILHO NEGRO de Teixeirinha tem 12 versos. Nenhum se repete.




Publicado no Jornal Boa Vista dia 24 de abril
  
NA EDIÇÃO ANTERIOR abordei alguma coisa sobre caminhos que levam ou não a uma eleição. Por oportuno, e contribuições de terceiro, volta ao tema.

TORDILHO NEGRO de Teixeirinha tem 12 versos. Nenhum se repete. Não é fácil guardar a letra e cantar sem errar. Mas, um ilustre candidato a deputado federal da região, elegeu-se cantando ‘Tordilho Negro’ aonde ia pelos confins das regiões do chapéu do Rio Grande. Pelo menos este é o entendimento de um parlamentar dos nossos tempos que conviveu com o eleito da época.


MAS NÃO FOI SÓ DE VIOLÃO E GOGÓ que o candidato conseguiu espetacular votação. Outras estratégias lhe foram de imensa valia para o crédito da votação – emenda o parlamentar dos nossos tempos e que testemunhou aqueles. Mas eis aí um exemplo de, por onde, um candidato – não importa sua qualificação – pode virar parlamentar.


OS CAMINHOS QUE LEVAM a conquistar a confiança do eleitor, na maioria das vezes, não têm nada, absolutamente nada a ver com as necessidades do cristão que espera séculos pelo Messias e quando O tem – entrega-O aos ‘sacerdotes’ por inveja. Ou seja – troca-se por 30 moedas ou algo do gênero que o excite naquela hora.

QUANDO O ELEITOR PRECISAR do que de fato precisa para viver num torrão mais desenvolvido, aí ele nem se lembra, sequer, em quem votou.

PARA QUEM NÃO SABE O QUE DIZER, pegar um violão e decorar um clássico de rincão pode ser uma boa. Pode render mais votos que queimar pestana com projetos para desenvolver o torrão.
‘Correu notícias que um gaúcho
Lá da estância do paredão
Tinha um cavalo tordilho negro
Foi mal domado ficou redomão...’

CACO POR CACO vote no Polaco foi em determinada eleição o bordão usado pelo deputado estadual Iradir Pietroski, hoje, ilustre conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

FOI DIRETO À MENTE E AO CORAÇÃO do eleitor. Poucos, talvez ninguém, na política ‘made in Alto Uruguai’ tenha identificado com tanta precisão, e sucesso, o que de fato a nossa gente espera de um deputado, ao dar seu voto, quanto Iradir Pietroski.

E ISTO DEVE SER RESPEITADO, afinal, não é comprado, não é obrigado, apenas, quem se identifica e aceita – dá. Dá o seu voto pelo motivo que quer.

E FOI COM REPETINDO, ‘CACO POR CACO – vote no Polaco’, que o polonês, Iradir Pietroski cansou de ser deputado, foi presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul e hoje é um dos membros do Tribunal de Contas do Estado.

IRADIR PIETROSKI podia dar umas aulas a muita gente sobre como se ganha uma eleição, como se conquista uma cadeira na Assembleia. Podia dar aulas para muitos candidatos, especialmente, aos de oposição e, em especialíssimo, aos ‘entendidos’ de grandes projetos que a cultura tupiniquim ainda não alcança.




NESTES 12 ANOS DE BOA VISTA devemos, por obrigação, agradecer a todos os que acreditaram na ideia e na iniciativa. Também a todos os que se dispuseram a dar entrevistas e informações. Um veículo de comunicação não é um fim em si mesmo. É uma caixa de ressonância dos que fazem a história da comunidade e um farol que deve sempre iluminar os caminhos do livre pensamento, da livre manifestação e da livre iniciativa.

OS DEUSES DO FUTEBOL’ máxima muito usada pelo veterano amigo e colega Milton Ferretti Jung (apresentador oficial e insuperável do antigo Correspondente Renner da Guaíba) – anteciparam-se em Erechim.

O ATLÂNTICO fará 100 anos em 2015. Mas, os ‘Deus do Futebol’ decidiram intervir e dar o presente à nação verde-rubra um ano antes. Não era esse o ‘combinado’, mas deram à comissão diretiva, técnica, atletas e torcida, a Taça Libertadores da América, agora.



NÃO TERÁ SIDO UM TRIBUTO que não podia esperar por tudo que o presidente Julio Brondani tem feito por esse clube – desde a segunda metade dos anos 1970!?

FALANDO EM TRIBUTO - Enquanto o ICMS por bandas verde-amarelas varia entre 12% e 17% - no Canadá as autoridades cometem a insanidade de cobrar até 0,5%. E pasmem: isenção total em alguns produtos de primeira necessidade. É por isso que eles não podem patrocinar uma Copa e estão numa miséria de dar dó!

NOS 95 ANOS DA ACCIE foi possível observar o quanto a aristocracia ‘made in Campo Pequeno’ preza por sua posição social. Quanto ela é fiel – acreditada. Aplaudiu e abraçou-se, sem constrangimentos, a seus novos ídolos do momento – ironicamente os que sempre combateu, pelas costas, é claro. Mas o Egídio Lazzarotto resumiu a curiosidade: ‘é a força da caneta!’, concluiu.

MAIS CONFIÁVEL ERA O VELHO PT e seus movimentos sociais. Ao menos não tinham vergonha de assumir suas posições e não se misturavam com quem combatiam abertamente por ideologias, teses ou ações – ou seriam em verdade - só interesses.

UM DIA, quando a governadora Yeda Crusius esteve no Polo de Cultura – o vereador e, se me engano – ainda presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação, Anacleto Zanella, montou uma barraquinha na entrada do Polo e, isoladamente mostrou de que lado estava.

COMO OS DINHEIROS DE CUBA são injustiçados, quando ‘aristocratas do interesse próprio’ descobrem que as cifras vão, eventualmente, mais para a ilha do que para seus negócios!