Membros AEL
Foi, muito provavelmente, a reunião mais completa de 2019 da
Academia Erechinense de Letras (AEL). Noite de terça-feira, 20h. A começar pelo local. O salão do Del
Prete – C.E.R. Atlântico. E, além dos confrades e confreiras presentes,
familiares seus e, a presença simplesmente emocionante de três membros dos
Monarcas – Varguinhas, Tiago e o “pai” do grupo – Gildinho. Aliás, como faz bem
à Academia Erechinense de Letras e, por que não, também de artes, poder contar
com o talento mais afamado da música erechinense. De quebra, também presente,
outro “monstro” da nossa música, mas dedilhando em outro gênero, o não menos
talentoso no seu ofício, Arnaldo Savegnago, que já andou mostrando sua arte
além mar – assim como Gildinho e o seu “Os Monarcas”, como disse, o selo mais
conhecido da música de Campo Pequeno.
A reunião contou com uma minuciosa apresentação das
atividades da AEL pela presidente, Elcemina Lúcia Balvedi Pagliosa. Quando se
coloca tudo no papel, tintim por tintim, deparamo-nos com um respeitável
mosaico de iniciativas, representações, presenças, atuações e ações da
entidade, quer seja por um ou mais de um dos seus membros.
Helena e Lúcia
Coube a primeira presidente da Academia, Helena Confortin,
surpreender a todos, com a apresentação de um livreto devidamente encadernado
com uma capa leve e bonita, onde consta a história da entidade, desde a sugestão de
criá-la até os dias de hoje – pisando, por exigência pessoal graças à meticulosa
e quase obsessiva organização da autora Helena, - registrando todos os atos e documentos
legais originados a partir da fundação, do surgimento e da caminhada da Academia
Erechinense de Letras. Quem conhece a Helena pode imaginar que nada,
rigorosamente nada, passou despercebido nesse trabalho notável de registro
histórico. Até quando a AEL estará de pé entre nós não se sabe, mas por certo,
quem vir e continuar inspirando e respirando e, fazendo bater o coração da
Academia Erechinense de Letras, encontrará seu registro de nascimento e todos os
passos de vida dados de 2014
a 2018/2019.
Varguinhas, Gildinho e Tiago de "Os Monarcas".
Para encerrar a noite e o ano da AEL, um jantar à altura da
cozinha do C.E.R. Atlântico e um verdadeiro show capitaneado por Gildinho e
seus acompanhantes dos Monarcas – Tiago e o talentosíssimo Varguinhas. Confesso
na minha intimidade, de joelhos, e ao pé de todos os confessionários públicos,
que não posso me incluir entre os que têm na música fandangueira a sua
preferência primeira em gosto musical, mas o show proporcionado pelo trio dos Monarcas – talvez por ter sido algo mais intimista e mais próximo de todos nós -,
foi alguma coisa que levarei para sempre como arte musical poucas vezes
vista antes, ao menos tão de perto. E aí destaque-se a criatividade,a poesia e a
beleza das letras, por vezes propositalmente bem rimadas e, embaladas por uma melodia que por instantes pareceu fugir ao
fandango tão tradicional, e apreciado, do maior grupo musical de Erechim e, no seu gênero,
talvez, hoje; o melhor do Brasil.
Dr. Alcídes e Lúcia - vice-presidente e presidente da AEL.
Neusa, Ortenila, Nelly e sua filha Vivien (na primeira fila).
A Academia Erechinense de Letras tem apenas cinco anos. Já
lamentou a perda de alguns de seus membros. Convive com mazelas como, de
ausências em suas reuniões e eventos, algumas perfeitamente compreensíveis e
outras sem justificativas à altura dos propósitos e da distinção com que todos
os seus membros, um dia, mereceram ao serem acolhidos, enquanto tantos outros
sonham em serem convidados e acolhidos. Pelo sim ou pelo não – a tendência é que
o tempo se encarregue de ir depurando tudo aquilo que pode ser melhor. E, convenhamos, não é uma exclusividade da AEL. Porém, de
uma coisa Erechim pode se orgulhar porque nem todas as cidades do nosso porte
possuem um entidade com tais fins: a Academia Erechinense de Letras está firme e
forte. Não vira as costas às iniciativas culturais, quando não, pode ser
identificada na vanguarda, na primeira fila da preservação, divulgação e, da criação de eventos, atos e obras que projetam Erechim no espaço
cultural. Arnaldo Savegnago na Europa e Gildinho nos Estados Unidos - apenas, dois exemplos. Ambos, membros da Academia Erechinense de Letras por suas obras em poesia, embaladas por melodias.
Ademir,Lúcia,Ana
Fotos: Zeni Bearzi/Divulgação