sábado, 28 de junho de 2014

Que o Mato da Comissão não repita a Matriz São José!



(BV – 13 – 6 – 2014)





1

Era 2009. Fevereiro. O secretário de Planejamento do município, Moacir João Tormen, adiantava que, segmentos e a comunidade, decidiriam o que fazer daquela área – Parque Longines Malinowski (Mato da Comissão). Não lembro o que era – mas dizia eu: ‘acho, pessoalmente, isto uma temeridade’. Se a voz do povo é a voz de Deus – teria sido Deus quem condenou seu filho à morte para soltar o afamado assaltante Barrabás?


Discutir, pensar, projetar e deliberar o futuro do Mato da Comissão - esta é uma ação que pode inscrever o nome da administração no céu ou lhe dar uma placa no inferno – pensava eu com meus botões. E lembrava: o prefeito Luiz Francisco Schmidt (1997 – 2000) deu sorte quando ‘a voz do povo’ acertou sobre o cercamento da área.

2

Se não estou enganado, a líder comunitária Carlinda Poletto Farina deve ter estudos sobre o assunto, lembrava. Sei que a área de Biologia da URI têm, a Accie também e, assim, outros devem ter opiniões que não podem ser ignoradas. Mas, sempre que o tema surgia de (mexer no mato) – até fazer uma consulta popular sobre o mato – eu era contra. Era e sou. A razão é simples: É tema para o andar de cima e exige um dom que anda nos faltando e nem pode ser comprado. É intangível. É cultural.

Ao longo do tempo ouvi ‘atentados’ como permitir acesso de veículos, calçamento interno, implantação de churrasqueiras e coisas do gênero. Se descermos até esse degrau que leva aos porões da ignorância, devíamos homenagear as mulas que há quase cem anos lá eram largadas para pernoitar, descansar e pastar, porquanto aqueles quadrúpedes, o máximo que faziam era adubar o ‘potreiro da comissão’, enquanto lhe limpavam ainda as gramíneas. Exerciam já um exótico ‘plano de manejo!?’.


3

Houve um tempo que nos finais das domingueiras, quando o sol já não conseguia mais trespassar a mata virgem, depois da matiné do Ideal, que eu virara Tarzan andando de cipó dentro do Mato da Comissão. Imaginar Erechim sem aquele lugar? Hoje, 45 – 50 anos (isto em 2009), quanto e o quê? - o Mato da Comissão significa para Erechim, ninguém sabe aferir com exatidão.
Então - cuidado com o que intentam.
De boas intenções o inferno arde cheio em arrependimentos.
Quem anda palpitando ou se omitindo sobre a situação – cuidado!
Deus está vendo.
E o diabo – aguardando parceria.


4

Eu não sei – mas se a intenção da prefeitura é boa e, parece ser; o que não me resta dúvida é sobre o que pode vir depois. E invoco aqui mais uma vez a virtude que não pode faltar a quem cheira verde – maduramente.


5

Vá ao largo do Santuário de Fátima num final de domingo ou numa segunda-feira de manhã para ver como o povo-de-Deus, o povo-de-Erechim, deixa o lugar por onde a criançada correu, brincou ou deu os primeiros passos.
Não é preciso nem volver o olhar à Santa: ‘Nossa Senhora de Fátima!’ - cai da boca como uma interjeição natural.

6

Abrir o mato para um parque – democrático sim -, mas, quem se encarregará dos excessos!?
É como um estádio de futebol e suas arquibancadas após uma partida.
Não há como advertir, recomendar, proibir, nem segurar.
É do jogo.

7

Intrigante: que danos as espécies contaminantes provocaram ao longo das décadas ao Mato da Comissão?
Fuga da fauna?
Agora – apontem um santuário verde que viu o homem chegar e permanecer como um dia foi!?
O mato estará ‘vivo’ às futuras gerações – ou então será papo já caduco!?
Menos intrigante: homem não é uva-japão, não é eucalipto, mas tem ele alvará de ‘não contaminante (invasor)’?
Quem pode dar essa garantia?
Com a palavra e, as responsabilidades, das quais a sociedade erechinense jamais esquecerá - os atores (pessoas e entidades) envolvidos no processo.

8

Se Sérgio Benito Maccagnini e Carlinda Poletto Farina estivessem vivos, teríamos um embate totalmente diferente ao que assistimos hoje. Maccagnini, 77 anos, foi sepultado em 20 de novembro de 2005. Carlinda 75, anos, faleceu em 16 de abril de 2013.
Ambos – lideraram lutas em favor do meio ambiente quando este ainda era um tema quase debutante em Campo Pequeno.
Que faltam fazem.
Ao mesmo tempo eram nativos e exóticos – por que pensavam à frente.


9

Como jornalista, dou minha opinião.
A ideia da prefeitura de abrir o parque à população pode ser política e filosoficamente perfeita, no entanto, estamos preparados culturalmente para usufruir sem agredir a mata nativa? Não acredito – infelizmente.
E a limpeza, e o barulho, e a segurança?
Se andar na rua é perigoso – quem acudirá gritos no parque!?
Quem vai fiscalizar tudo isso?
Por quanto?


10


Talvez, na minha ignorância silvícola não perceba que o projeto considera o sol se pondo por trás de Campo Pequeno e,
em noites de sábado,
namorados, casais e famílias sentadas em gramados limpinhos do parque para ouvir,
em silêncio sepulcral,
André Rieu e sua Orquestra,
tocando valsas vienense,
Don’t cry for me Argentin, ou Carmina Burana (O Fortuna)!

11

O Mato da Comissão não deve atender ostensivamente aos interesses desta geração.
O Mato da Comissão deve atender, criteriosamente, as demandas do agora, especialmente à sua própria proteção e renovação, e a dos nossos netos.
Que valor (não tangível) terá aquela área em 30 ou 50 anos!?
A cidade com 130 anos – e prédios de apartamentos e lojas e,
24 hectares de área verde preservada ao centro...!
Onde mais se acharia algo assim?

12


Que projeção terá a cidade com um ‘laboratório vivo!’.
Aulas abertas de Ciências.
Endereço de universidades.
Pesquisa.
Laboratório a céu aberto.
Isto não seria mais que
– mais uma cidade com mais um parque...!?
Mas isto, ao que tudo indica, está condenado em nome... do bem estar de - hoje.
Não somos suficientemente sensíveis de que haverá um amanhã?


13

Lembram da derrubada da Matriz São José?
Pois é.
Aonde se encontra alguém que aplauda o que foi feito!?
E, como hoje - na época, quem foi contra?
Mas agora, como diria o saudoso Geder Carraro, ‘Inês é morta!’.


14


Depois da derrubada da imponente Matriz – verdadeira catedral de eco incomparável aos meus ouvidos -, nunca encontrei um favorável.
No entanto, sobram e colhe-se a qualquer hora - críticas severas à ignorância que prevaleceu sobre a cultura, a história e o verdadeiro/moderno colocado ao chão
sem só nem piedade - em nome do quê!?
Depois correram versões: em nome da ignorância e, talvez, da ganância.

15

Que o Mato da Comissão não repita o equívoco,
irrecuperável e maiúsculo,
inominável e histórico,
com o sucedido à velha Matriz.
Torcemos para o Bom Senso F.C.
e,
vamos adiante!



quinta-feira, 19 de junho de 2014

O futebol de hoje e o de ontem!

(BV – 6 – 6 – 2014)

O FUTEBOL DE HOJE, de longe não lembra mais o de ontem. Basta olhar quanto se ganha, quanto se corre em campo, o preparo dentro e fora dos gramados. Sobre patrocínios então, o que dizer. O balão de couro de vaca é agora couro sintético.



POIS, nestes tempos de Copa lembro do que li, algo muito curioso, sobre a Copa do Mundo de 1958 na Suécia – Brasil campeão.



A PARTIDA FINAL era contra os donos da casa e, opa! - também eles de camisa amarela! Fizeram um sorteio para ver quem jogaria de amarelo. Deu Suécia.



E FOI ENTÃO que o Brasil descobriu que só tinha levado camisas amarela.



O ROUPEIRO saiu à noite para um povoado a 20 km da concentração onde encontrou e comprou um jogo de camisetas azuis.


PASSOU A NOITE tirando o escudo da ‘amarelinha’ e costurando na camiseta azul. Depois, com o tecido das amarelinhas confeccionou os números no fardamento azul.



A AZUL DO BRASIL (?) comprada num povoado da Suécia está hoje na história. Colocada que foi por Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi, Garrincha, Pelé, Vavá e Zagallo.



COM ESSE TIME - até com a ‘camiseta do povoado sueco’ aquele Brasil sagrar-se-ia campeão mundial.




JOSÉ RODOLFO MANTOVANI (JRM) trabalha para conseguir 40 mil votos. Se alcançar essa votação – não estaremos diante de um milagre.


À ESPERA DE um milagre teve Tom Hanks despontando e, o ‘gigante’ Michael Clarke Duncan. Em 3 de setembro de 2012 - Duncan – o personagem gigante do ‘milagre’ faleceu em Los Angeles (Califórnia – EUA).


MICHAEL CLARKE DUNCAN foi um ator norte-americano, mais conhecido por seu papel de estréia como John Coffey em The Green Mile – À espera de um milagre, para o qual foi nomeado para um Oscar e um Globo de Ouro.


AGORA – mesmo que Mantovani não reinvente John Coffey – o PP terá um candidato com reais chances em 2016 à prefeitura de Campo Pequeno.



A ÚLTIMA vaga do PP à Assembléia Legislativa foi obtida por Mano Changens. Alcançou 42.220 votos. É voto!



AGORA – não é que o JRM pretende eleger-se com os votos de Erechim e da região – quase ignorando as demais geografias!?


TORTELLI – Lembro do exemplo do deputado Altemir Tortelli: ‘fez quase 10 mil em Erechim, cerca de 15 mil no Alto Uruguai e foi buscar outros cerca de 20 mil ‘noutras geografias’".


POR QUE será que os deputados que se elegem; ‘beliscam’ aqui 1.000, 2 mil, 4 mil votos...!


PORQUE eleição lembra o adágio da galinha e dos grãos. 


SE HÁ UMA coisa que não dá mais para aguentar é o noticiário que toda hora pergunta se isso ou aquilo estará pronto para a Copa.


OS AUTORES de tais questionamentos, especialmente àqueles radicados nos meios da imprensa, não tem pauta diferente que não agrida tão amadoristicamente o senso de observação das pessoas?


VESTIBULAR NA URI tem inscrições disponíveis até dia 24. Em Erechim são 160 vagas: 50 para Administração – Linha de Formação Específica: Administração; 60 vagas em Direito e 50 em Engenharia Civil.



COPA transfere horário da prova da URI: não será mais 14h. Agora é às 9h do dia 29. O Brasil pode jogar nesse dia.


DOIS EVENTOS que começaram quase ‘do nada’ – graças ao empenho da abnegados de cada causa, já caminham com as próprias pernas por Campo Pequeno.


RALLY INTERNACIONAL é um deles: Fico Barros, Cláudio Pagliosa, Milton Pagliosa, Everton Barbieri e agora na 17ª edição talvez mil pessoas e entidades – trabalharam quase no anonimato para o sucesso do evento.


LEMBRO DOS TEMPOS em que integrava o Comando Esportivo cobrindo o lançamento do evento – sextas-feiras à noite no Boliche (ao lado do Rubem Berta), no Via Sete...


HOJE a concentração é no Parque da Accie com seu Pólo de Cultura.


SIMPÓSIO DO LEITE é outro valor agregado ao calendário erechinense.


ESTOU ENTRE os que entendem que as coisas que dão certo, com raras exceções, precisam contar com muitas cabeças e braços.


POR JUSTIÇA e, considerando o tópico anterior ainda como regra não posso deixar de registrar o nome do veterinário Walmor José Vanz como o líder deste acontecimento que extrapola há bom tempo as porteiras de Campo Pequeno.


ESTE ANO teremos, concomitantemente, o 11º Simpósio do leite, 5º Fórum Nacional de Lácteos e 3ª Mostra de Trabalhos Científicos nos dias 10 e 11 de junho.


VANZ é o presidente da Associação dos Médicos Veterinários do Alto Uruguai – AMEVAU.


A CONCENTRAÇÃO do evento do leite, que tem dado líquido e certo, também é no Pólo de Cultura.


LENTA e, paulatinamente os eventos de porte vão acampando no Parque de Exposições da Accie – Pólo de Cultura.


TUDO no Pólo, brotado entre macegas!?


LENTA e paulatinamente o erechinense vai descobrindo que a distância está diminuindo até o Pólo. Como era longe o Colosso da Lagoa!


AQUELE ‘casca grossa’ era mesmo um grosso!?


LENTA e paulatinamente, São Tomés, tem sido visto desfilando com suas ‘sandálias da humildade – de couro italiano’ – nos palcos do Pólo. 


AQUELE ‘ves-guionário’ era mesmo um cego.
Enxergava só atrás do tempo!


PRESIDENTE DO PMDB Edgar Paulo Marmentini mandou mensagem dizendo que o partido em nível local, sabia sim, que tinha sido 3º em 2010, contrapondo o que aqui foi publicado (e corretamente) na semana passada.


NÃO QUIS consertar o erro do deputado que apartou observação, de que o PMDB teria sido 2º em 2010 em nosso município - para ‘não deixar o deputado mal’.


MAS DEVIA. Marmentini devia, com jeito, fazer a correção, não pelo jornalista, mas para mostrar ao seu candidato ao governo do estado – que aqui o PMDB está, ou estaria – agora fico em dúvida -, não só atento, como preocupado.


ALIÁS, o PMDB de Campo Pequeno não tem histórico eleitoral recomendável nos últimos pleitos ao governo do Estado: 3º em 2010 e 3º em 2006.


EM 2002 elegeu o Germano Rigotto governador. Mas, se dependesse só daqui – perderia. Tomou 30.141 a 21.152 de Tarso Genro. 


EM 1998 – O PMDB com Antonio Britto levou 22.250 a 18.473 no 1º turno e 25.746 a 21.889 no 2º turno de Olívio Dutra. Tudo aqui em Campo Pequeno , onde se criou a lenda que o PMDB era o maior partido.  

O CANDIDATO DO PMDB/2014 ao governo do estado não nega mesmo que tem um filho jornalista e uma filha publicitária: cercado de perguntas pertinentes há uma semana - em 70 minutos não disse quase nada que interessava à imprensa e, quase tudo, que interessava só a ele. Quem sabe faz a hora!? 

YPIRANGA pode ser campeão da Segundona neste sábado – 7.
Reitero eu: a Segundona devia ser vista no Colosso da Lagoa como uma ‘primeira fase’ de uma série de outras fases – às quais o canarinho devia ir superando degrau por degrau. Com vagar, mas sempre. Qual o limite? – que releiam ‘A bola não entra por acaso!’.


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Reitoria da URI eleita com 92% dos votos

 Nestor, Luiz Mario, Rosane e Giovani



As eleições da URI realizadas na última terça-feira, 17, confirmaram a eleição dos dirigentes da reitoria para o período 2014/2018. Luiz Mario Silveira Spinelli (reitor), Rosane Vontobel Rodrigues (pró-reitora de Ensino), Giovani Palma Bastos (pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação) e Nestor Henrique De Cesaro (pró-reitor de Administração) foram eleitos. De acordo com os números dos quatro câmpus e as duas extensões a nominata que concorreu à reitoria, obteve 92,19% dos votos. Tiveram direito a voto os professores, funcionários, alunos e representantes da comunidade. Para o reitor Luiz Mario Spinelli “essa expressiva votação que supera toda e qualquer expectativa é resultado de um trabalho que teve como alicerce a transparência, o diálogo e o entusiasmo. Foi uma construção coletiva. Vamos continuar perseverando na busca de ações que, acreditamos, nos viabilizam como uma universidade comunitária. No dia de hoje eu só penso em agradecer”

Também foram eleitas as direções gerais de cada unidade da Universidade, coordenação de área do conhecimento, coordenação de cursos, representante do corpo docente, representante do corpo técnico-administrativo e direções de Escolas de Educação Básica. A posse dos eleitos à reitoria, direções dos câmpus e extensões, das Escolas de Educação Básica e os representante do corpo docente e do corpo técnico-administrativo deverá ocorrer no dia 30 de agosto. Os demais eleitos tomarão posse no dia 30 de junho.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Gentileza do Prefeito


(BV - 23 - 5 - 2014)


GENTILEZA DO PREFEITO Paulo Polis ao convidar-me para uma conserva. Muito proveitosa, porquanto, permitiu acesso a informações que não se ouve em entrevistas.


COISAS DE PODER e de governo, outras; de interesse quase só pessoal – mas que sempre cabem no contexto quando se é autoridade ou se fala sobre o poder.


PARA um homem de imprensa sempre é importante ter uma dimensão mais exata a respeito do governo e suas idiossincrasias. O poder, a intimidade e suas intercorrências periféricas.


O PREFEITO não poupou elogios às condições em que encontrou a prefeitura. Por tabela – sobrou reconhecimento ao ex-prefeito Eloi Zanella.  


O PREFEITO escancarou mais uma vez sua gratidão ao deputado Marco Maia, como interlocutor de todas as horas em Brasília. É sua chave de todas as horas na capital federal.


ADEMAIS foi muito claro sobre sua preocupação central que está diretamente ligada a fazer uma muito boa gestão.


PAULO POLIS quando deixar a prefeitura quer ser lembrado por ter contribuído a seu tempo e modo - para o desenvolvimento da cidade onde escolheu viver.


ENFIM, o prefeito Paulo Polis, abordou questões de governo, de gestão, de relações com pessoas e partidos e, claro, falou um pouco de política.


OBSERVOU que a capacidade de investimento do município é muito baixa – por isso, a correria a Brasília em contatos com suas fontes políticas e nos ministérios.


DISSE que deseja voltar para a Caixa Econômica Federal quando encerrar sua gestão. Quando? – não entrou nessa dividida.


COMO JÁ VI muita coisa na política – desconfio (e o prefeito quer me fazer crer que não assim como outros também tentaram antes e, nunca conseguiram cumprir para sempre o que lhe está no sangue!) que o político Paulo Polis jamais poderá deletar da sua vida o conceito político que em tão breve tempo construiu – para ficarmos com um termo petista.


FALANDO em petista, o prefeito, bem, fiquemos por aqui. Foi ele que pediu para filiar-se à legenda quando chegou quase sem ser notado – afora seus 2.913 eleitores -, à Câmara de Vereadores em 2004.


 COMENTA-SE À BOCA PEQUENA QUE Antônio Dexheimer será candidato a prefeito em 2016.
Não sei.
Só vendo – acredito!


COMENTA-SE à boca pequena que PT e PMDB poderão romper para 2016 a prefeito.
Não sei.
Só vendo – não acredito!


NA MINHA vida jornalística fui convidado por dois prefeitos para falar – sem microfones e anotações, enfim, sem o intuito de fazer matéria – para visitas ao gabinete: Paulo Polis e Antônio Dexheimer.


NOS DOIS CASOS suspeito que os assessores de imprensa dos respectivos prefeitos foram consultados, se não, autores da ideia. Reporto aqui aos colegas e amigos, jornalistas Salus Loch (por Paulo Polis) e Marcos Aurélio Castro (por Antônio Dexheimer).



PARA QUE não pairem dúvidas - avanço: sempre mantive um alto nível de respeito com todos os prefeitos desta cidade com os quais convivi nestes últimos anos.


O COMÉRCIO de Erechim não deve ter ninguém para calcular quantos negócios vem perdendo desde a determinação do fim do estacionamento rotativo pago.


E ISTO não é opinião, palpite ou achismo. Eu mesmo – já deixei de fazer determinadas compras em determinados momentos porque não encontrei lugar próximo de onde queria parar.


AHHHHH – mas isso é mania de cidadezinha do interior! Não e sim. Mas, não é só isso. Estamos longe, mas muito longe, de sermos comparados com um grande centro onde o carro precisa ficar quadras e quadras do banco, da loja, etc.


A QUESTÃO é uma só: quem promoveu o fim do estacionamento rotativo pago que indique uma saída – e já!



CULPAR A BUROCRACIA não repõe o dinheiro que deixa de entrar no caixa do comércio que devolve em impostos e dá empregos.


QUEM ACABOU com o estacionamento que tenha a mesma pressa em encontrar uma solução.


SE EM DEZ negócios – dois deixarem de ser feitos, o que não nada improvável –, por absoluta falta de condições de deixar o carro; qual o tamanho do prejuízo em vendas e lucro, impostos e empregatício, projetando para uma loja que espera 1 mil negócios!  



CELULAR – Ligo para o prefeito de Faxinalzinho e nada. Ligo e nada. Nada e nada. Ninguém atende.


ATÉ ENTENDO porque desde o dia 28 de abril quando da morte de dois agricultores o prefeito não para de atender a imprensa da região, do estado, do país...


MAS insisto. Ligo e nada. Então ligo para o vice. E James Ayres Torres, o vice – explica do outro lado: ‘o prefeito perdeu ou esqueceu o celular em Brasília!’.


TERIA sido na Marcha dos Prefeitos. ‘Estamos vendo se habilitamos outro para ele’, emendou o vice James Torres.


E JÁ deve estar com outro, porque, é possível viver solteiro ou descasado. Até casado dá para viver - mas sem celular não!


FALANDO em Marcha dos Prefeitos, a da semana passada foi a 17ª. Ou seja: há 17 anos os prefeitos e seus munícipes (como se diz no interior) vem marchando.


E OLHA – de fazer inveja a qualquer Batalhão que se preze em desfile. Ninguém (nenhum município) erra o passo. Todos ‘marchando’ numa unidade federativa padrão FIFA.


PP NACIONAL está com Dilma e não abre. Na imprensa dessa semana saiu uma informação que o partido poderá até ‘enquadrar os dissidentes’.


DE OUTRO AZAR até o meio da semana o partido em nível local estava com dificuldades de lotar um ônibus para o lançamento da candidatura de Ana Amélia ao governo do estado.


AGORA VÁ VOCÊ explicar esse modelo de inter-relações político/partidárias num país onde os valores ideológicos e partidários ditam o ângulo da coluna vertebral dos interesses sem aceite à dobradiças!


NÃO RESIDE AÍ a semente da nossa fragilidade política/institucional – servindo de modelo a outras condutas mis onde o Imponderável FC é a regra?!



WALMIR BADALOTTI admitiu na rádio Cultura que pode ingressar em um novo partido político. Egídio Lazzarotto garante ser o PMDB.


NA ENTREVISTA combinei com Badalotti que domingo, às 10h, à saída da missa na Catedral (ambos vamos quase sempre) que ele me confessasse o nome da sigla.



DE BATINA política, conforme o partido, ou melhor, conforme a sigla – ministrarei a penitência. Se for a desconfiança do Egídio, aiaiaiaiai – haja terço. Ave Maria!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

O PMDB não sabe que foi terceiro aqui em 2010?

O PMDB não sabe que foi terceiro aqui em 2010?
 
(BV - 30 - 5 - 2014)


1

A derrota tem várias vertentes.
Quase sempre, o olho d’água, porém é o mesmo: a soberba.
E a soberba associada à pressa e à desinformação formam o trio que pode garantir qualquer um fracasso.

2

A coletiva de imprensa na Casa do PMDB transcorria de uma forma interessante (sexta-feira – 23) apresentando a todos, em um ambiente aconhegante – chamas cintilando e brasas ardendo na lareira e um mate a capricho para espantar os efeitos do frio e da chuva fina, de quebra, apresentando a todos um homem com feições incontestáveis de sujeito simples, honesto e de aparente/claro compromisso com o coletivo sem ser populista.


3

José Ivo Sartori – de estatura mais baixa do que imaginava -, cativou por sua simplicidade, mantendo distância à léguas do compadrio falseado que às vezes chega junto com candidatos a candidato a alguma coisa em certas geografias, diria, até para mais verdade, em tempos pretéritos e, com os quais nos habituamos a conviver e, aceitar, como normais. Ouso ainda um elogio às boas perguntas dos colegas da imprensa de Erechim, como o caso de Rodrigo Finardi, que contribuíram para ampliar o leque de informações sobre potencialidades e carências regionais ofertadas ao entrevistado.


4

Desta feita não presenciei os famosos tapinhas nas costas, algo quando presente, aos meus olhos – talvez preconceituosos -, soando como uma espécie de sinônimo, especialmente nos encontros político/festivos (e enganativos) do velho PMDB – evidentemente, temperados pela benquerênça. E que seja a verdade toda: que partido pós era democrática não conviveu com tal sereia!?


5

De cara já foi possível perceber que José Ivo Sartori não estava nem um pouco disposto a responder objetiva e claramente nenhuma pergunta. Se pediam do Balvedi, ele descia pelo morro da TV. Quando chegava ao Balvedi poucos sabiam onde estavam. Se pediam da Sete – descia pro Vale do Dourado, retornava pela Volta Fechada, subia pela Linha América, descia pelo São Cristóvão, entrava por trás do Seminário e quando desembocava na Sete já havia um com outra pergunta engatilhada.

6

Nas suas tergiversações deliberadas, o ‘gringo’ que administrou duas vezes uma das cidades mais prósperas do estado, quando questionado sobre ideologias e coligações, lembrou do Ca-Ju, do Bra-Pel, e até dos Atlangas. ‘Aqui tinha o Atlântico – tem o Ypiranga...’ e lá se ia o candidato que o PMDB foi buscar em contraponto ao histórico do partido – sempre mais afeito à retórica de liberdades adjetivadas sem-fim; ou seria uma afeição destrambelhada aos discurso adjetivado sem-fim de liberdades.


7

Para não negar suas raízes da velha política de afagos – deputados encarregavam-se de acenar, mandar abraços e sinais de positivo à galera que ia se aninhando no ninho que vem se acostumando e, diga-se de passagem - muito bem, na condição de vice.
No Chapéu do Rio Grande – o Alto Uruguai, o velho MDB está em um terço das prefeituras: 11 de 32. Mas, corroborando a observação, em cinco é prefeito. Em seis – é vice. E entre essas, na cidade que tem mais de 2/3 dos habitantes. No pólo da região – Campo Pequeno -, o PMDB mostra seu tamanho: por duas vezes consecutivas – é vice.


8

Mas, penso que o PMDB está diante de um homem que poucas vezes teve para levar Rio-Grande afora. E descontando-se o fato de não ser tão conhecido como outras figuras históricas que o partido já dispôs; desta vez, o PMDB tem alguém que no interior do estado onde a tendência por razões naturais das pessoas é por uma postura geral de vida, mais simples -, este pode ser um ponto altamente positivo ao partido e seu candidato, pois ele conhece esse ambiente que, no meu humilde olhar de observador, ao deparar-se com a figura candidatável, de alguma forma também se identificará com o considerado. É o olhar, o palavreado, a indumentária, o jeito, o cheiro. A desbarreira (?) que encurta.


9

Agora – nada disso é garantia de voto.
Falo apenas embasado a partir de experiências com as quais a vida nos vai cumulando.
A gente vive, erra; vive, erra; vive e um dia começa descobrir que vem errando. E se reconhece – fica mais flexível, menos exigente. Tolera.
A maturação é um processo espantoso, porquanto verídico. Extraordinário, porquanto, deslumbrantemente. Bonito para quem pode vivê-lo.


10

E desta maturação, enquanto o período eleitoral ainda o permite, é que faço a constatação: o PMDB deve conseguir oferecer à sociedade gaúcha um político onde seriedade se sobrepõe à soberba e opulência – mães maculadas de políticos que carregam no fundo bolso dos interesses o catecismo silogista/machiavélico de que ‘os fins justificam os meios’.


11

Contrário-senso oportuno se faz observar ainda, que no meu segundo humilde entender – há muitos anos o processo político eleitoral gaúcho não tem candidatos tão bem afeitos às questões em demanda de cargo, quanto neste ano de 2014. Alguém dirá: ‘é, mas será que ele não vê que....’ É possível. Mais que possível – é provável. E mais que provável, é improvável que tenhamos uma corrida eleitoral onde todas as virtudes se emparelhem como as duas Mercedes/2014 ou como as bigas de Ben Hur e Messala.  


12

Mas, enfim, o candidato do PMDB não é perfeito e, pegando-se pesquisas feitas há mais de mês, percebe-se que sua missão pode ser comparada a Papillon – que, saliente-se, quase ficou no cavaco, mas que deixou a Ilha do Diabo por alto mar num saco de coco – deixou para respirar o ar impagável porquanto sem preço. Segundo pesquisas largou atrás Sartori, como seu compatriota de legenda Rigotto há 48 meses e um governador atrás.


13

Tarso Genro vem com um governo a empurrar sua campanha. Ana Amélia vai no embalo da sua imagem popularizada por décadas de exposição televisa. Roberto Robaina atrela sua candidatura aos movimentos de junho/2013 e Vieira da Cunha pode orgulhar-se se ser, na corrida, o herdeiro representativo de sua excelência – Leonel Brizola. Enfim – por enquanto esses quatro e mais José Ivo Sartori, estão na lista de pré-convocados a uma copa do RS onde estará em jogo a gestão do Rio Grande pelo quadriênio 2015/2018.

14

Dito isso, tudo ainda suscetível a confirmações ou desconfirmações, reporto ao início. Pois, corria bem a entrevista coletiva com Sartori, quando me atrevi a observar que o pré-candidato pisava num terreno (Campo Pequeno), onde em 2010 o candidato de seu partido fora 3º colocado. Lembrei de cabeça que Tarso tinha feito cerca de 30 mil, Yeda cerca de 16 mil e Fogaça pouco mais de 8 mil. Imediatamente fui apartado por sua excelência, deputado Alexandre Postal, que de posse um papel com muitos números, interpôs que minha informação estava equivocada, pois, segundo ele – e talvez o papel que lhe deram à mesa – trazia José Fogaça como 2º e Yeda como 3ª. Ainda deu tempo para um coleguinha de imprensa ‘me ajudar’ assoprando que ‘o deputado tinha razão!’. Eu estaria equivocado.



15


Francamente – a coletiva já andava por mais de hora e pediam o fim. Ademais, para não estabelecer um bate-boca de palavra contra palavra, e sem os números oficiais em mãos; deixei que a versão do parlamentar, na oportunidade quase com jeito de assessor do pré-candidato a governador, perdurasse naquela atmosfera de aconchego onde até as chamas e as brasas já tinham se aquietado, quem sabe, cansadas.

Ciente da minha convicção – com calma, trago os números oficiais do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio Grande do Sul sobre as eleições ao governo do estado, em 2010, no município de Erechim. Se o deputado ou algum membro do PMDB ainda quiser manter sua versão, por favor, faça contato com o TRE/RS.
E sob este aspecto – fugindo ao jeito simplório de Sartori -, o velho/novo/velho PMDB parece que ainda respira em aparelhos, evocando, assim mesmo - aos quatro ventos sua retórica, versões, discursos e teses que remetem a uma democracia lebertária onde cada um é livre para externar seu pensamento e até, se for o caso, para desautorizar uma informação verídica em favor de uma intervenção equivocada, porquanto fruto de inoportunidade, pressa, desinformação, imperfeição e volúpia destrambelhada.



Brasão
Tribunal Regional Eleitoral
Eleições 2010

Rio Grande do Sul
DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
1º Turno

Município:ERECHIM



Governador

Pos.
Candidato
Nro.
Partido
Votação
1
13
PT
30142
2
45
PSDB
16252
3
15
PMDB
8408
4
43
PV
515
5
50
PSOL
172
6
44
PRP
79
7
16
PSTU
36
8
33
PMN
31
9
21
PCB
13

Brancos


3288

Nulos


2217

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YPIRANGA prestou segunda-feira, uma bonita e oportuna homenagem a todos que de alguma forma participaram da grande conquista de 2014 – a volta à Divisão Principal.


FORAM lembrados dirigentes em todos os níveis, ex-dirigentes, comissão técnica e de logística, grupo de jogadores, patrocinadores, apoiadores e imprensa.



PREFEITO Paulo Polis e VICE-PREFEITA Ana Lúcia de Oliveira também estiveram presentes e foram lembrados. Aos poucos o canarinho vai descortinando a Segunda Fase da sua Caminhada. E não me refiro à conquista do título da Segundona.



O PP DO ALTO URUGUAI conseguiu levar cerca de 300 pessoas ao lançamento da pré-candidatura de Ana Amélia Lemos, sábado, em Porto Alegre.


OLIVIO DUTRA engrandece o embate eleitoral de 2014 no estado. Não é o vice do PT – mas alguém discorda de que ao contar com Olívio na corrida ao senado, a candidatura Tarso também se fortalece ao governo do estado!?


COLEGUINHAS entre uma garfada e outra, na festa do Ypiranga, comentavam que hoje no Colosso da Lagoa desfilam três alas. Digo eu: como uma escola de samba – se a harmonia tirar dez, não importa quantas alas a ‘escola’ leve à passarela. Agora - tem escola que tira dez em harmonia, mas quando em excesso; o risco de atravancar, atrapalhar ou ter de correr, pode comprometer o bom desempenho do casal mestre-sala, da bateria, das alegorias, do enredo... Há casos em que nem a rainha das rainhas – garante o título. 


BOTA ANDA COM PENA do menininho que ‘vem pedindo há dias’ (ou vinha!) que seu papai o leve ao circo. ‘Quem é será que é o pai do gurizinho? Por que dexá um piazinho assim!? É todo dia – ‘papai me leva no circo’! Chega a dá dó!- seu Odyyy’.


FICO ME PERGUNTANDO quantos gurizinhos assim temos mesmo entre nós e, que jamais viram um circo!


IMAGINAR QUE a gurizada não quer mais circo porque os tempos são outros – é um equívoco.



FALANDO EM CIRCO nunca antes na história deste país se admirou tanto circo. O cenário circense é de fazer chorar 200 milhões como o palhaço quando sofre e sufoca mazelas no anonimato – porque só ele sabe onde o calo lhe aperta, e quanto.