O PMDB não sabe que foi terceiro aqui em 2010?
(BV - 30 - 5 - 2014)
(BV - 30 - 5 - 2014)
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A derrota tem várias vertentes.
Quase sempre, o olho d’água, porém é o mesmo: a soberba.
E a soberba associada à pressa e à desinformação formam
o trio que pode garantir qualquer um fracasso.
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A coletiva de imprensa na Casa do PMDB transcorria de uma forma
interessante (sexta-feira – 23) apresentando a todos, em um ambiente
aconhegante – chamas cintilando e brasas ardendo na lareira e um mate a
capricho para espantar os efeitos do frio e da chuva fina, de quebra,
apresentando a todos um homem com feições incontestáveis de sujeito simples,
honesto e de aparente/claro compromisso com o coletivo sem ser populista.
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José Ivo Sartori – de estatura mais baixa do que imaginava -,
cativou por sua simplicidade, mantendo distância à léguas do compadrio falseado
que às vezes chega junto com candidatos a candidato a alguma coisa em certas
geografias, diria, até para mais verdade, em tempos pretéritos e, com os quais
nos habituamos a conviver e, aceitar, como normais. Ouso ainda um elogio às
boas perguntas dos colegas da imprensa de Erechim, como o caso de Rodrigo
Finardi, que contribuíram para ampliar o leque de informações sobre
potencialidades e carências regionais ofertadas ao entrevistado.
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Desta feita não presenciei os famosos tapinhas nas costas, algo
quando presente, aos meus olhos – talvez preconceituosos -, soando como uma
espécie de sinônimo, especialmente nos encontros político/festivos (e
enganativos) do velho PMDB – evidentemente, temperados pela benquerênça. E que
seja a verdade toda: que partido pós era democrática não conviveu com tal
sereia!?
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De cara já foi possível perceber que José Ivo Sartori não estava
nem um pouco disposto a responder objetiva e claramente nenhuma pergunta. Se
pediam do Balvedi, ele descia pelo morro da TV. Quando chegava ao Balvedi
poucos sabiam onde estavam. Se pediam da Sete – descia pro Vale do Dourado,
retornava pela Volta Fechada, subia pela Linha América, descia pelo São
Cristóvão, entrava por trás do Seminário e quando desembocava na Sete já havia
um com outra pergunta engatilhada.
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Nas suas tergiversações deliberadas, o ‘gringo’ que administrou
duas vezes uma das cidades mais prósperas do estado, quando questionado sobre
ideologias e coligações, lembrou do Ca-Ju, do Bra-Pel, e até dos Atlangas.
‘Aqui tinha o Atlântico – tem o Ypiranga...’ e lá se ia o candidato que o PMDB
foi buscar em contraponto ao histórico do partido – sempre mais afeito à
retórica de liberdades adjetivadas sem-fim; ou seria uma afeição destrambelhada
aos discurso adjetivado sem-fim de liberdades.
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Para não negar suas raízes da velha política de afagos – deputados
encarregavam-se de acenar, mandar abraços e sinais de positivo à galera que ia
se aninhando no ninho que vem se acostumando e, diga-se de passagem - muito
bem, na condição de vice.
No Chapéu do Rio Grande – o Alto Uruguai, o velho MDB está em um
terço das prefeituras: 11 de 32. Mas, corroborando a observação, em cinco é
prefeito. Em seis – é vice. E entre essas, na cidade que tem mais de 2/3 dos
habitantes. No pólo da região – Campo Pequeno -, o PMDB mostra seu tamanho: por
duas vezes consecutivas – é vice.
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Mas, penso que o PMDB está diante de um homem que poucas vezes
teve para levar Rio-Grande afora. E descontando-se o fato de não ser tão
conhecido como outras figuras históricas que o partido já dispôs; desta vez, o
PMDB tem alguém que no interior do estado onde a tendência por razões naturais
das pessoas é por uma postura geral de vida, mais simples -, este pode ser um
ponto altamente positivo ao partido e seu candidato, pois ele conhece esse
ambiente que, no meu humilde olhar de observador, ao deparar-se com a figura
candidatável, de alguma forma também se identificará com o considerado. É o
olhar, o palavreado, a indumentária, o jeito, o cheiro. A desbarreira (?) que
encurta.
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Agora – nada disso é garantia de voto.
Falo apenas embasado a partir de experiências com as quais a vida
nos vai cumulando.
A gente vive, erra; vive, erra; vive e um dia começa descobrir que
vem errando. E se reconhece – fica mais flexível, menos exigente. Tolera.
A maturação é um processo espantoso, porquanto verídico.
Extraordinário, porquanto, deslumbrantemente. Bonito para quem pode vivê-lo.
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E desta maturação, enquanto o período eleitoral ainda o permite, é
que faço a constatação: o PMDB deve conseguir oferecer à sociedade gaúcha um
político onde seriedade se sobrepõe à soberba e opulência – mães maculadas de
políticos que carregam no fundo bolso dos interesses o catecismo
silogista/machiavélico de que ‘os fins justificam os meios’.
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Contrário-senso oportuno se faz observar ainda, que no meu segundo
humilde entender – há muitos anos o processo político eleitoral gaúcho não tem
candidatos tão bem afeitos às questões em demanda de cargo, quanto neste ano de
2014. Alguém dirá: ‘é, mas será que ele não vê que....’ É possível. Mais que
possível – é provável. E mais que provável, é improvável que tenhamos uma
corrida eleitoral onde todas as virtudes se emparelhem como as duas
Mercedes/2014 ou como as bigas de Ben Hur e Messala.
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Mas, enfim, o candidato do PMDB não é perfeito e, pegando-se
pesquisas feitas há mais de mês, percebe-se que sua missão pode ser comparada a
Papillon – que, saliente-se, quase ficou no cavaco, mas que deixou a Ilha do
Diabo por alto mar num saco de coco – deixou para respirar o ar impagável
porquanto sem preço. Segundo pesquisas largou atrás Sartori, como seu
compatriota de legenda Rigotto há 48 meses e um governador atrás.
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Tarso Genro vem com um governo a empurrar sua campanha. Ana Amélia
vai no embalo da sua imagem popularizada por décadas de exposição televisa.
Roberto Robaina atrela sua candidatura aos movimentos de junho/2013 e Vieira da
Cunha pode orgulhar-se se ser, na corrida, o herdeiro representativo de sua
excelência – Leonel Brizola. Enfim – por enquanto esses quatro e mais José Ivo
Sartori, estão na lista de pré-convocados a uma copa do RS onde estará em jogo
a gestão do Rio Grande pelo quadriênio 2015/2018.
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Dito isso, tudo ainda suscetível a confirmações ou
desconfirmações, reporto ao início. Pois, corria bem a entrevista coletiva com
Sartori, quando me atrevi a observar que o pré-candidato pisava num terreno
(Campo Pequeno), onde em 2010 o candidato de seu partido fora 3º colocado.
Lembrei de cabeça que Tarso tinha feito cerca de 30 mil, Yeda cerca de 16 mil e
Fogaça pouco mais de 8 mil. Imediatamente fui apartado por sua excelência,
deputado Alexandre Postal, que de posse um papel com muitos números, interpôs
que minha informação estava equivocada, pois, segundo ele – e talvez o papel
que lhe deram à mesa – trazia José Fogaça como 2º e Yeda como 3ª. Ainda deu
tempo para um coleguinha de imprensa ‘me ajudar’ assoprando que ‘o deputado
tinha razão!’. Eu estaria equivocado.
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Francamente – a coletiva já andava por mais de hora e pediam o
fim. Ademais, para não estabelecer um bate-boca de palavra contra palavra, e
sem os números oficiais em mãos; deixei que a versão do parlamentar, na
oportunidade quase com jeito de assessor do pré-candidato a governador,
perdurasse naquela atmosfera de aconchego onde até as chamas e as brasas já
tinham se aquietado, quem sabe, cansadas.
Ciente da minha convicção – com calma, trago os números oficiais
do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio Grande do Sul sobre as eleições
ao governo do estado, em 2010, no município de Erechim. Se o deputado ou algum
membro do PMDB ainda quiser manter sua versão, por favor, faça contato com o
TRE/RS.
E sob este aspecto – fugindo ao jeito simplório de Sartori -, o
velho/novo/velho PMDB parece que ainda respira em aparelhos, evocando, assim
mesmo - aos quatro ventos sua retórica, versões, discursos e teses que remetem
a uma democracia lebertária onde cada um é livre para externar seu pensamento e
até, se for o caso, para desautorizar uma informação verídica em favor de uma
intervenção equivocada, porquanto fruto de inoportunidade, pressa, desinformação,
imperfeição e volúpia destrambelhada.
Tribunal Regional Eleitoral
|
Eleições 2010
|
||
Rio Grande do Sul
|
DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
|
1º Turno
|
Município:ERECHIM
Governador
Pos.
|
Candidato
|
Nro.
|
Partido
|
Votação
|
1
|
13
|
PT
|
30142
|
|
2
|
45
|
PSDB
|
16252
|
|
3
|
15
|
PMDB
|
8408
|
|
4
|
43
|
PV
|
515
|
|
5
|
50
|
PSOL
|
172
|
|
6
|
44
|
PRP
|
79
|
|
7
|
16
|
PSTU
|
36
|
|
8
|
33
|
PMN
|
31
|
|
9
|
21
|
PCB
|
13
|
|
Brancos
|
3288
|
|||
Nulos
|
2217
|
---
YPIRANGA prestou segunda-feira, uma bonita e oportuna homenagem a
todos que de alguma forma participaram da grande conquista de 2014 – a volta à
Divisão Principal.
FORAM lembrados dirigentes em todos os níveis, ex-dirigentes,
comissão técnica e de logística, grupo de jogadores, patrocinadores, apoiadores
e imprensa.
PREFEITO Paulo Polis e VICE-PREFEITA Ana Lúcia de Oliveira também
estiveram presentes e foram lembrados. Aos poucos o canarinho vai descortinando
a Segunda Fase da sua Caminhada. E não me refiro à conquista do título da
Segundona.
O PP DO ALTO URUGUAI conseguiu levar cerca de 300 pessoas ao
lançamento da pré-candidatura de Ana Amélia Lemos, sábado, em Porto Alegre.
OLIVIO DUTRA engrandece o embate eleitoral de 2014 no estado. Não
é o vice do PT – mas alguém discorda de que ao contar com Olívio na corrida ao
senado, a candidatura Tarso também se fortalece ao governo do estado!?
COLEGUINHAS entre uma garfada e outra, na festa do Ypiranga,
comentavam que hoje no Colosso da Lagoa desfilam três alas. Digo eu: como uma
escola de samba – se a harmonia tirar dez, não importa quantas alas a ‘escola’
leve à passarela. Agora - tem escola que tira dez em harmonia, mas quando em
excesso; o risco de atravancar, atrapalhar ou ter de correr, pode comprometer o
bom desempenho do casal mestre-sala, da bateria, das alegorias, do enredo... Há
casos em que nem a rainha das rainhas – garante o título.
BOTA ANDA COM PENA do menininho que ‘vem pedindo há dias’ (ou
vinha!) que seu papai o leve ao circo. ‘Quem é será que é o pai do gurizinho?
Por que dexá um piazinho assim!? É todo dia – ‘papai me leva no circo’! Chega a
dá dó!- seu Odyyy’.
FICO ME PERGUNTANDO quantos gurizinhos assim temos mesmo entre nós
e, que jamais viram um circo!
IMAGINAR QUE a gurizada não quer mais circo porque os tempos são
outros – é um equívoco.
FALANDO EM CIRCO nunca antes na história deste país se
admirou tanto circo. O cenário circense é de fazer chorar 200 milhões como o
palhaço quando sofre e sufoca mazelas no anonimato – porque só ele sabe onde o
calo lhe aperta, e quanto.