terça-feira, 28 de outubro de 2014

O exemplo da erva-mate!



17 – 10 - 2014

1

Não vou dizer nenhuma novidade e, talvez até magoe, mas que nada. É só política. Por anos a fio Eloi João Zanella, que viu seu nome transformado em Campo Pequeno até em um neologismo, e isto não é para qualquer um; como dizia, por anos e anos foi tratado pejorativamente como ‘rei’.

2

E cá para nós – quem não gostaria de ser identificado como tal!? E rei que é rei não precisa necessariamente agradar a todos, aliás, rei que é rei sempre atrairá a contrariedade, a ira e o ódio de seus contrários, não necessariamente de seus vassalos ou súditos. Sobre a cabeça do rei cairá invariavelmente a sentença de morte ou perpétua de quem gostaria de, justamente, estar em seu lugar.

3

Em Erechim desde 1977 Eloi João Zanella foi colecionando assim como um 'jumbinho' que decola, de rancores, invejas e ódios especialmente entre o PMDB. E nem podia ser diferente, afinal, ambos encarnavam o Grenal da política local. Eu disse encarnavam, porque este Grenal acabou, até por que, tratamos no caso aqui de um ex-clássico político.

4

Desde Eduardo Pinto (Arena), Irany Jaime Farina e Aristides Agostinho Zambonatto (MDB), que as duas forças se esgrimavam pelo poder. Depois de 1977 então com Eloi Zanella e Jayme Lago, a chapa esquentou de vez. Somente em 1992 é que o PMDB com Antonio Dexheimer e apoiado pelo PDT de Luiz Francisco Schmidt, voltou ao poder. Foi seguido por Schmidt por mais quatro anos e isso foi suficiente para que num processo ‘autofágico’ o ‘rei’ voltasse suportado principalmente pelas asas dos equívocos da oposição. E aí o ‘rei’ de 77 ficou no trono enquanto pode. Ou seja: mais dois mandatos.

5

Então começaram as colheitas tanto da situação com seu ‘rei’ quanto da oposição com seus ‘líderes’. O PP quando desceu as escadarias da prefeitura viu que não tinha preparado nenhum candidato a ‘rei’, nem mesmo a ‘reizinho’. O PP, portanto, ingressaria num período de fome mais longo que alguns povos submetidos na 2ª Guerra. E eis que desde 2008, no PP, nenhum sinal de luz alta, nem baixa, faz pensar que alguém ‘vem vindo’ com reais chances de... Não – ninguém vem vindo.

6

Do lado das lideranças do PMDB que por longos anos ficou tutelada ao seu mentor político e intelectual, Antonio Dexheimer, a seca só não foi igual ao arquiinimigo PP (ex-digamos!), porque Dexheimer guinou o seu partido (sem nomes até então para fazer o prefeito) conduzindo-o para somar-se junto à Terceira Via – o PT. Aí matou a fome de poder, mas teve de contentar-se em ‘comer depois’ que o chefe tinha feito sua refeição. Mas, o que importa é que estavam e estão juntos. Até quando só os deuses da política podem palpitar, porque até eles, acertar, acho difícil. Um dia Dexheimer cansado de ver o que sua alma política não consentia, caiu fora. Mas o que conta é que também o PMDB de Antonio Dexheimer, não conseguiu, a curto prazo, pós a terceira era Zanella - construir um nome.

7

Luiz Francisco Schmidt, líder do PDT (hoje no DEM) copiou Zanella e Dexheimer. Em quatro anos e talvez décadas pontificando na liderança da política local em uma agremiação de músculos apreciáveis – não foi capaz de oferecer nenhum nome que pudesse sucedê-lo na linha vertical ou horizontal do seu partido ou da sua linha de pensamento. No fim colheu o que plantou: nada! O pior é que o considerado, não tendo um nome depois do seu – tentou emplacar um novo mandato de prefeito como LFS 2000, LFS 2004, LFS 2008 ou de deputado como LFS 2010, mas não foi aceito. Quem sabe a trégua não tenha lhe devolvido o fôlego e a saudade aos seus eleitores... Mas enfim: também LFS não deixou semente a exemplo de deus antecessores.

8

Isto, em grande parte, explica o impasse de partidos, em se tratando de nomes locais que vieram como sucedâneos naturais de três homens que foram prefeito desta cidade. O PMDB, por obra da atual vice-prefeita, e por enquanto holofote mais alto do partido, se revigorou acrescendo jovens o que lhe dará, sem nenhuma dúvida, um novo porvir. Quanto ao nome se será a senhora Ana, ninguém sabe, porque dentro do PMDB nem tudo que parece é – quando devia ter obrigação de ser. Mas, enfim, é de política que se trata aqui. Outro questionamento que fica é o real poder eleitoral que os nomes mais salientes do PMDB em verdade têm. Este é um teste que só as urnas poderão dirimir um dia. Resta-lhe a resignação de que está, aparentemente, mais organizado e certamente mais encorpado.

9

Quem continua surfando com ondas a favor em Campo Pequeno no quesito nomes e, aparente organização já com vistas a 2016 é o PT. Não por nada fez um deputado estadual e um federal com mais identidade local que outros – embora nenhum seja genuíno. Falta avaliar a profundidade das brechas que se abriram por conta do pleito e algumas dobradas, claramente denotando cisões. Mas como todos sabem que a recuperação da PT-13, tal qual uma BR-153 ainda é a melhor alternativa até porque todos por ela terão que transitar, os interessados teriam sentando para estabelecer, quem sabe, um novo traçado que permita o fluxo normal do partido com sua variada gama de nomes.

10

Por ser em boa parte originária do meio rural, o PT local sabe que durante o preparo da terra, o plantio, o desenvolvimento vegetativo da ‘planta’ e a colheita, tudo está exposto ao tempo, ao clima, desde tempo bom às intempéries de estiagem ou cheias. O fato é que independentemente do que a natureza reservar, só haverá colheita se houver plantio.

10

Numa região onde a erva-mate é um dos produtos econômicos em expansão, vale observar: ‘desde a colheita da semente, produção da muda, plantio, manutenção, poda de formação, poda de colheita, industrialização, comercialização e distribuição, a erva mate leva em média 5 anos e 3 meses, ou 63 meses, ou 1.890 dias para chegar a sua cuia’, é o que diz um artigo do Ibramate. 

11


E pensar que teve político que dispôs de 18 anos, ou 216 meses, ou 6.480 dias e não semeou ninguém! Pergunta: onde estava o partido? Conclusão: só se José Rodolfo Mantovani fosse o próprio milagre em carne e osso. Alguém dirá: ‘é, mas olha o exemplo do Polis/vereador...’. Digo eu: ele já vinha semeando, plantando, cuidando e podando quase como um pé de erva-mate. Teve a graça e cair em solo fértil e novo e, fertilizado por um PMDB, além da vizinhança que provocou a própria quebra ao tentar plantar dois Luízes quando havia espaço só para um. A política pode e dever ser plantada todos os anos, mas safra boa, só depois de quatro a seis anos. Olha o exemplo da erva-mate!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Quem espera sempre alcança!?


BV  - 10 - 10 - 2014

1

Cresci ouvindo que Deus ajuda quem ‘cedo madruga’ e quem ‘espera sempre alcança’.
Um dia passei no vestibular de Administração do Cese (Centro de Ensino Superior de Erechim) e um tempinho depois ia desistir porque não podia pagar.
O João Dautartas e outros encontraram uma solução: que pagasse com serviço e outro dia estava eu passando tardes e tardes, pilhas e pilhas de folhas no mimeógrafo (provas), ajeitando o que seria o embrião da biblioteca ou varrendo o pátio do Cese e juntando tudo com uma pazinha até escurecer.

2

Mas isto só foi possível porque troquei meu horário de trabalho no Posto Atlantic das 8h às 12h e das 13h30min às 18h – para bater ponto às 5h às 13h corrido. Ou seja: Consegui o serviço no Cese (hoje URI) trabalhando às tardes, mas antes madrugava para substituir o Adão que atendia o posto à noite.
Como tinha que levantar às 4h para pegar às 5h – passei a dormir no depósito do Posto entre galões de óleo, pilhas de pneus e ratões. Às 4h45min o Adão batia no depósito – ‘tá na hora Adelar!’ e eu me livrava das molas tortas e pontudas da caminha de campanha e assumia o posto – no Posto. E foi assim por quase dois anos, que Deus me ajudou, até por que, madrugava.

3

No fundo, porém, eu não sabia nada de contabilidade e administração.
Não sei por que razão eu gostava de escrever, contar histórias, e mais que isso – dar opinião.
E foi assim que depois de quase dois anos larguei a faculdade (onde nasceu a Zebra de Jayme e Zanella & Cia) e larguei também o Posto onde era frentista de naipe.
Depois de uma passada pelo Sponchiado na vaga da hoje vereadora Eni que deixou o emprego para assinar-se Scandolara – eu me fui para Santa Maria atrás do meu sonho: jornalismo.
Rodei e entrei na Filosofia.
Meio ano depois fui para onde as coisas acontecem: Porto Alegre e lá, passei na PUC e aí – vi que, ao meu caso ‘quem espera sempre alcança!’. Estava no Jornalismo da Famecos/PUC.

4

Numa sexta-feira à noite de 2008 ao lado do Buon Giovanni, o PMDB se reunia para decidir: surpreenderia ficando a reboque de Tirello e Zanella com PTB e PP ou tomaria um rumo até então odiado tanto quanto a outra opção - porquanto as chamas da trilhadeira acendida durante manifestação de agricultores na Praça da Bandeira, nas barbas do prefeito Antonio Dexheimer, ainda lhe ardiam na retina!?
Se não me trai a memória diria que por 26 a 21, ou alguma coisa perto disso, o PMDB decidiu que além dos ‘eternos inimigos daquela hora’ (mas o que seria isso – eternos inimigos daquela hora? – ah – é política!), pois além deles havia algo de novo no ar, logo, desconhecido: mais que o PT – havia Paulo Polis, no mundo do turfe, um ‘azarão’ quem sabe maior que Zanella fora em 1976.

5

Já escrevi essa linha: na frente da sede do PT na Aratiba, Eleonir Gollin (mais tarde – falecido), abraçado a um petista olhava para o céu e exclamava: ‘olha só. Até o céu está estrelado!’ enquanto o partido da estrela quase nem acreditava que ele fora a opção do acreditado PMDB que podia ser o fiel da balança – como seria se a diferença de votos de sua decisão o conduzisse às escadarias do Clube Caixeiral, onde a notícia chegou, e como reação imediata, recebeu discursos eufóricos de que a sorte estava lançada e era chegada a hora de ganhar do PMDB, agora, junto com o PT.

6

Ainda não era de madrugada e os dois, ou seriam todos os lados, já sabiam de que lado estavam: o PMDB fizera sua escolha antes da madrugada e, correndo com um candidato até então muito pouco conhecido, foi ajudado por si e pelos deuses da política – porque superou num pleito único os Luízes mais conhecidos da política local.

7

Naqueles anos não se falou muito sobre que tipo de acordo fora feito entre PT e PMDB, mas, especulava-se, que o PT concorreria na cabeça e depois secundaria ao PMDB. Logo, porém, o tempo foi desanuviando e a reedição da dobradinha nas mesmas posições não deixou margem para desdobramentos que colocasse em xeque a reeleição de Paulo Polis, afinal, a máquina PT/PMDB estava azeitada com Polis & Ana para mais quatro anos.

8

Mas como ninguém gosta de amargar uma ‘reserva’ para todo o sempre, é óbvio que um dia o PMDB teria de ser cabeça de chapa e logo se começou a falar sobre isso assim que a reeleição chegou sem exigir muita força. Quando veio o problema com a justiça eleitoral e um novo pleito se ensaiou até travar tudo e mandar voltar a rodar o filme como vinha rodando – até ali –, o PMDB convivia tranquilamente com Anacleto Zanella candidato da dobrada (PT/PMDB). No entanto, com o passar das semanas, um dia, dirigentes do PMDB em entrevista para mim na TV Erechim, tendo a frente o presidente Edgar Paulo Marmentini, não fizeram segredo, e admitiu ele, que se saísse uma decisão final sobre o assunto (que ainda está na esfera jurídica) – o PMDB podia sim exigir a vaga. E mais: ‘na próxima o PMDB estará na cabeça!’.

9

Se isto acontecer, estará mais uma vez provado que ‘quem espera sempre alcança!’, também. E ainda com todo um 2º turno por ser disputado ao governo do estado, justamente opondo PT e PMDB, este, com um candidato que surpreendeu aos que ainda se deslumbram com ‘crônicas de desdobramentos anunciados!’ poderá chegar, em Erechim, a 2016 na condição de um Romário, desmarcado, e com a bola picando à sua frente.
Quem madruga mais cedo como naquela noite de sexta-feira de 2008 e quem espera mais tempo – Deus ajuda mais e, logo, alcança mais?
É o que veremos, com vistas à sucessão em Campo Pequeno , em 2016.

10

Tudo seria reto como a linha mais curta que une dois pontos - não fosse a falta de apetite (como em 2000) ou o excesso de bocas quando um merengue se oferece como só os merengues, que foram incorporados à linguagem popular, numa espécie de presente.
Deus ajuda quem cedo madruga.
Quem espera sempre alcança.
Certa vez o Rodrigo Finardi e eu escrevemos algo sobre ‘PMDB antecipa o carnaval na região!’. Cria problemas para si quando nada há. 
Quando um não quer, dois não brigam.   

----------------------------------------

Para um daria!

Quem disse que a região não tem voto para eleger um deputado? E antes que me esqueça – ao menos um estadual fizemos, ou fizeram por nós!?
Falo, é claro, de Altemir Tortelli (PT) que com seus 33.879 votos, garantiu sua cadeira.
Agora, se dependesse só do Alto Uruguai (AU), ficaria em gloriosos 15.558.
Mas, como disse. Quem disse que o AU não tem votos para eleger um deputado estadual?
Demos, nas urnas, 46.185 votos. Cada um deles – válido. Daria, com folga, para eleger um deputado. Agora, claro, isso foi na soma de oito nomes.

---

Longe

Vão longe os tempos em que elegíamos, por exemplo, Eloi Zanella e Antonio Dexheimer (estadual), Arno Magarinos e Waldomiro Fioravante (federal), Afonso Tacques, Firmino Girardello e Celso Testa (estadual).
Sim – esses nomes eram daqui, de Erechim, e ocuparam cadeira na Assembléia Legislativa.

---

Pressões

Esse negócio de irritar-se com comentários ou análises de jornalistas, quase sempre precipitadamente, não é exclusividade nossa. Essa praga ou essa mania ou essa máxima é da natureza humana, especialmente da política. Também aparece com contumaz contundência e maledicência nos meios esportivos. Ou seja: ninguém gosta de crítica. Todos adoram elogios. E isto é mundo afora. Vá ler um pouco sobre as eleições norte-americanas e... nossa!
E como a imprensa que não está a serviço que não o público em geral, a sociedade em geral, das suas observações sempre alguém sairá aplaudindo ou vaiando. Uns conseguem conter. Outros nem tanto.

---

Ontem e hoje

Não sei como eram as reações na velha Arena e nem no velho MDB. Mais provável que igual.
Mas no antigo PDS, que depois trocou para vários outros nomes, sei de alguém que exercia, sempre que se sentia contrariado, enorme pressão sobre a imprensa. Refiro-me à local e a estadual.
No estado não obteve êxito nos seus repugnantes pleitos. Eu vi. Já no âmbito de Campo Pequeno – os resultados finais a mim também não ‘insabidos’. Até eu fui alvo, mas não deu certo, pois meu compromisso foi, é e será sempre com minha consciência profissional. E diga-se – a maioria é assim. Profissional.

Para surpresa de muitos, hoje em dia a coisa não é muito diferente. Outrora com a bandeira de lutas contra a ditadura e a repressão nas mãos, e sempre em prol da liberdade de expressão, alguns daqueles - hoje em dia sem analisar bem o que ouvem ou leem, sentindo-se contrariados mesmo quando não o são, mas assim se sentem; ligam para o chefe e vestem-se do velho, do antigo, do superado. Vestem-se e comportam-se igualzinho ao que sempre disseram combater.
Nada como hoje para corroborar o ontem.
Nada como a ambição para cegar.
Nada como o tempo para medir e avaliar, de fato, como são as pessoas e quem, de fato, elas são. Todas e em todas as geografias.
Mas, como disse, esse negócio é das relações humanas, especialmente quando interesses de grupos ou de pessoas estão envolvidos.
Agora, eu sei também que, assim como a consciência profissional ganha espaço, principalmente no profissional; que não se bote a mão no fogo pela imprensa em geral.
O problema é que isto nunca vai mudar e, por isto mesmo, temos que nos acostumar a conviver com tal elemento circunstancial, inafastável, insuperável – porquanto no fundo -, não passa disso. Uma circunstância previsível.


---

Romaria

Neste fim de semana Erechim deve receber milhares de romeiros (fieis que se deslocam a um local considerado santo. Na igreja católica, nos seus primórdios – Roma).
Mas três grandes momentos deverão marcar o fim de semana da 63ª Romaria de Fátima: A Romaria da Criança, 9h de sábado; a procissão luminosa na noite de sábado, e, claro, a Romaria de domingo, com saída às 9h da catedral São José.
A novidade deste ano veio de cima para baixo: não haverá venda de bebidas alcoólicas no largo do santuário.

---

47

Mas o mais impressionante é uma informação do reitor do Seminário Nossa Senhora de Fátima, padre, Valter Girelli. Segundo ele, no ano passado, quando tudo terminou no final da tarde de domingo, foram contadas 47 latinhas de cerveja comercializadas.
Sem dúvidas, para um evento que reúne milhares de pessoas, um número que tinha tudo para justificar a retirada do álcool da esplanada do Santuário ou dos pés de Fátima.

---

Bispo

1

Pois bem – o Alto Uruguai com sua impressionante capacidade de lamentar suas precariedades – que vá se queixar ao bispo dom José ou a Dom Girônimo – que até conhece melhor os nossos problemas a partir de agora.

2

Eu não pretendo mais discorrer sobre nossas necessidades – que já amadureceram e apodreceram na árvore das necessidades, e caíram. Pelo menos por um tempo.

3

De aeroporto a ligações asfálticas com municípios, de energia, comunicações, de estradas despencando morro abaixo, de isolamento e prejuízos por causa de cheias, de levantamento sócio/econômico entregue às autoridades e neca de nada – que procuremos daqui em diante os bispos. O titular ou o emérito, porque, tudo o mais será como comprar todas as rifas de uma festa de igreja e levar todos os prêmios. Levaremos algo só com muita sorte.

---

Facultativo

1

Toda hora tem alguém falando em reforma política. Uma das reformas devia ser a faculdade do voto ao eleitor. Números finais indicam que 27% dos eleitores (38,7 milhões) não votaram em nenhum dos candidatos à presidência. Em 2010 esses números somaram 34,2 milhões. Nos dois casos, salvo raro engano, os números superam o 2º colocado na corrida presidencial no 1º turno. O mesmo ocorreu em 2002.

2

Num sistema efetivamente democrático o voto devia ser facultativo. E como a legislação eleitoral em vigor não satisfaz esta hipótese, verifica-se o que os números indicam quando as urnas eletrônicas revelam seu conteúdo. Ou seja – mais de 30 milhões de eleitores não votaram (ou o fizeram em branco ou nulo) à presidência.

3

Quais são as causas é que são elas!
É de fato um posicionamento democrata que opta assim porque assim realmente é do seu desejo, ou quanto daí pode ser atribuído a um estado de ânimo de tal sorte, ou azar; decepcionante que não quer mais saber de eleição.

4

E pensar que o Movimento Diretas Já foi quase ‘ontem’, porquanto entre março de 1983 e abril de 1984, culminando como todos sabem na eleição de Tancredo, ainda só pelo Congresso Nacional. Eleição direta mesmo à presidência, só veio em 1989. Apenas 25 anos depois e  27% dos eleitores não votaram para presidente!?
Uma lástima ou um sinal!?

---

ESTRATÉGIAS

Como diria o ‘1º ministro’ dos governos Zanella, Narciso Paludo, ‘muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte’.
Vale para as ‘plenárias’ do PT quando decidir debater o pleito e suas trincas que imitaram a BR 153 no tecido do partido como um todo – ou mais uma vez é a imprensa que intenta contrária!?

E vale também, por que não, para outros e outros, mas em especial para o PP. Esse negócio de fechar como foi fechado com José Rodolfo Mantovani tem muita gente que não mais 'aTurra!'.   



quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tecnologia, educação e cultura: Claro!

BV - 26 - 9 - 2014




       Nos 15 anos da Claro em Erechim, com recepção da empresária Márcia Pezzin no Salão de Eventos do Polo de Cultura – que um dia quando ali só habitavam macegas e urtigas e o empresário Jaci De Lazzari foi chamado de ‘louco’ ao liderar a construção do que hoje lá se ocupa -; pois, a empresária apresentou sua moderna loja, conquistas, avanços e projetos, e, depois, passou a palavra para o pessoal da Claro.
       Quando alçaram voo revivendo a evolução da humanidade sobre o que dispomos hoje, o que se pensa em termos de mundo para os próximos 100 anos e, aterrissaram no que temos hoje, ali já foi um ‘choque’.
       Mas quando encetaram um voo para o futuro, aí cabelos brancos colocaram-se de pé em algumas mesas. Quem não os tem mais – suou em vermelho denotando ‘ohhhhssssss’! O mais grave é que tudo é rigorosamente verdade. Pior – ou talvez melhor: quando há cem anos projetavam pessoas conectadas em conversa com fones interligados em fiação no teto (a fiação não as pessoas), aquilo foi café-pequeno contra a onda que está por vir – ou já chegou!
       PCs, Smartphones, Google Maps, Gmail, Facebook, Istagram, Twitter aplicativos, termo de uso, política de privacidade, sinal, ótica, satélite, Google Plus, Google Search, Youtube, perfil, virtual, provedor, vídeo, áudio, armazenamento, disco, câmeras, microfones, roteador, WI-FI, GPS, IDS, SMS, MMS e nuvens – muitas nuvens -, dançavam pelas cabeças que não viam a hora do sorvete, até por que, n’alguns casos podia adivinhar: eu quero a minha Remigton, meu arquivo de aço, minha Polaroid... meu Saturno, senão, enlouqueço!
       - Não está longe o dia em que será possível com um controle ou um simples botão, e o carro vai estacionar sozinho. Ghroooohhhhccccc, ih, acho que ‘peguei’ um pedacinho mais crocante do peixe na garganta. Chama o Cleri. Água, água; não Coca, Coca, isso – água, glug, clug, clug ahhhhhhhhhhhhhhhhh! Quanto falta pra uma e meia!?
       Pois, considerando que já há três grandes empresas do ramo sob um sombreiro, que a vida anda assim mesmo, que temos mais celulares do que escovas de dentes, e, que se fossem a fundo, talvez se descobrisse que em certas geografias os aparelhos superam molares e sisos; me veio um contraponto.
       Olha, acho que nós, em especial nós de Campo Pequeno merecemos um mundo assim onde, Hall, de ‘2001 – uma odisséia no espaço’ ganha ‘vida’, porquanto passa a ter sentimentos e, através da raiva começa a exterminar a tripulação que só lhe dá ordens...! Sim, nós merecemos essa tecnologia toda porquanto senão vejamos.
       Afinal, somos uma sociedade nada preconceituosa, especialmente na política. O nosso sucessor, antecessor ou precursor sempre fez tanto quanto nós – ou mais, muito mais – e é notável o altruísmo com que reconhecemos isso. Ademais, para quem conta com um aeroporto em ótimas condições, quatro cinemas, dois shoppings de 12 andares, praças limpinhas como a ficha de postulantes despudorados, uma Unidade de Conservação verdinha como um dólar novo ou o broto de milho à luz nascente do dia...
       Como não dispor de um mundo assim, tecnológico e inovado, quando estacionar um carro na cidade é uma segurança para um coração saudável com boca fechada e limpa, quatro horários de trens para Porto Alegre e Curitiba, restaurantes que oferecem massas e carnes à 1h da madrugada, um centro tão seguro que se pode largar criancinhas em praças tão ou mais seguras que Guantánamo ou a Ilha do Diabo de onde só Papillon escapou!
       Não seria nem de referir as ofertas incontáveis de turismo ecológico, por estradinhas floridas cortadas por asfalto de curvas, paisagens rurais sinalizadas quase em exagero. Nossos clubes então, jamais chocam suas programações! Nossas feiras ostentam selo de internacionalização, onde o inglês, alemão, francês e mandarim, sufocam o espanhol, sobrando por razões óbvias o português.
       Pólo de educação e saúde, onde as chaminés fumegam em nuvens, a confirmar o que foi dito no Pólo para que aqui não se insinue nada mais do que não é! Capital do Alto Uruguai que atrai quase cinco dezenas de comunas no chapéu do Rio Grande, também pode orgulhar-se da sua malha asfáltica com o resto do país e AL, do seu comércio que jamais fecha para almoço, da sua saudável juventude que não troca um bom livro ou um bom filme por um Inter e Luverdense, Grêmio ou Huachipato ou um Ypiranga e Panambi.
Nestes contrapontos onde nem tudo é verdade e nem tudo é mentira, ou seja, nem tudo é ilusão para mais ou para menos, o fato concreto, quase tangível e objetivo, é que os avanços da tecnologia não vão esperar pelo que estamos fazendo ou deixando de fazer. Não interessa se permanecemos grudados ao passado ou o quanto de interesse, curiosidade e discernimento podemos deter com vistas às ‘nuvens’ que não estão a caminho – mas já expiam sobre nossas cabeças. Isto não tem nada de política/partidária. É sobre nós. Passado, presente e futuro.
       E se alguém me perguntar o quanto eu entendo deste ‘mundo novo’, serei sincero: nada, quase nada. Sou, literalmente, um cyberanalfa. Mas se me pressionarem para que eu faça uma declaração contrária às minhas surpresas e admirações, ciente dos tempos, em terra ou nas nuvens; também serei sincero:
- Você não sabe nada sobre tecnologia - hein Odyyyy?
- Claro.
- Sabe sim – mas ainda tem dúvidas, né?
- É. Claro.
- Sério. Não acha que está na hora de ‘entrar para o novo mundo?’.
- Claro.
- Preste atenção. Vou acionar o botão.
- Claro.
- Pronto.  PCs, Smartphones, Google Maps, Gmail, Facebook, Istagram, Twitter aplicativos, termo de uso, política de privacidade, sinal, ótica, satélite, Google Plus, Google Search, Youtube, perfil, virtual, provedor, vídeo, áudio, armazenamento, disco, câmeras, microfones, roteador, WI-FI, GPS, IDS, SMS, MMS. Não te sentes nas nuvens?
- My God – Claro! Claro!



terça-feira, 7 de outubro de 2014

Breve história do ‘Vovô do Rádio’!

BV - 26 - 9 - 2014
Jovino Alves Martins e a esposa Nilsa, 7 de setembro de 2011, em frente ao Condomínio Erechim




Dia 20 de setembro, data Farroupilha, Jovino Alves Martins, despede-se da vida terrena aos 81 anos para, quem sabe, empunhar microfone junto ao Pai Celeste. Deixo aqui uma breve história daquele que no meu entender foi um dos maiores comunicadores do rádio que conheci. Contei-a quando fechava 54 anos de rádio. Passaria mais dois. Na época – Jovino tinha 71 anos.

‘Jovino Alves Martins, 71 anos de idade, casado, três filhos e três netos está há 54 anos no rádio. Passou 3 anos na Rádio Marcelinense, 46 anos da Erechim e encontra-se há 5 na Difusão. É um caso de amor ao rádio, à uma profissão, à uma causa – porque todo radialista é um enamorado do cotidiano da sua comunidade, e das pessoas que nela vivem. Enamora-se pelo timbre de voz, pelo estilo, pela fala com quem não vê, mas sabe que do outro lado da linha está.
Enamora-se pelo hábito diuturno da informação, da música e do entretenimento.
O radialista encerra em si mesmo, um pouco de cada um de nós. Todos sabem que o seu caso com o rádio, com a comunidade, com as pessoas e com Erechim, é sim um caso de amor onde o namoro tomou o lugar do casamento e eternizou-se.

Dona Nilsa e Jovino com Pelé em setembro de 1970



O início

Jovino Alves Martins é de família humilde. Teve infância de pura superação. Aos 17 anos viu-se no microfone da Rádio Marcelinense, por volta de 1950. Um dia, Edgar Braggio, que trabalhava na Erechim, voltou para a beira do Uruguai e disse que estava na hora do rapazote fazer a mala de pau e pano porque tinha talento para uma emissora maior. – Vai pra Erechim, indicou ao jovem.

Na Rádio Erechim, Jovino quando viu – estava.
- Me botaram no mesmo dia na frente do microfone às 9 da manhã pra teste e me deixaram lá... Só me substituíram às duas e meia graças a Deus. Ao lado de Euclides Antônio Tramontini, abraçou o rádio como profissão e Erechim como a cidade para viver.

Um dia quiseram levá-lo para Foz do Iguaçu gerenciar uma emissora. ‘Pensei bem e decidi não sair de Erechim. E hoje te digo: daqui só saio para a 15 de Novembro’, avenida que no seu final tem como endereço o Cemitério Pio XII.
Pelé com os filhos de Jovino em 1970



O amor

Mas o radialista elegeu outra razão para ficar em Erechim. Três dias depois de trabalhar na rádio, bateu de frente seu olhar com o olhar de uma moça que fora levar alguns avisos do Fórum na emissora. ‘Cinco meses depois tinha namorado, noivado e estava casado com a Nilsa’, a funcionária do Fórum, Nilsa Dal Bianco Martins.

Da união vieram os filhos Jone Edson (engenheiro mineralogista de MG e SP), Janice Mary e Grace Mara (que faz o marketing de uma empresa alemã nas Américas do Norte, Central e do Sul). Destes – Jovino e a esposa Nilsa orgulham-se ainda dos netos Rafael Antônio, Everton Gustav e Jackson.

O rádio

‘Erechim às ordens, Porta voz dos Pampas, Assim canta o Rio Grande, Peça o que quiser para ouvir o que pediu, Domingo alegre, Brasil de norte a sul’, são algumas das atrações que conduziu com talento e característica incomparável. Seu ídolo no rádio foi Heron Domingues, que eternizou o ‘Repórter Esso’.

Pessoalmente lembro do Jovino num domingo de manhã: consegui uma entrada no auditório Adeudato Araújo da Rádio Erechim para o afamado programa ‘Clube Infantil’. Na condução do programa de calouros, oJovino.
Naquele dia ganhei um pacote de erva mate das mãos do apresentador porque tinha acertado a pergunta dele: ‘Com que o Grêmio joga hoje à tarde? Quem?? Para meu desespero ninguém sabia a resposta – só eu -, mas eu... era gago e devia falar ou engolir (como muitas vezes me calei por causa da gagueira...)!
‘Com quem joga o Grêmio esta tarde – última oportunidade’, disse o apresentador e eu abri a boca e... ‘Floriano’, hoje Novo Hamburgo, me caiu da boca. ‘Quem disse Floriano... quem... ahhhááá´... você menino... pegue aqui o seu pacote de erva mate (cuja marca o tempo sorveu...!). Já pensei mil vezes e um frio me corre pela espinha até hoje: e se o Jovino tivesse me chamado no palco?! Graças a Deus – ele só meu deu a erva e eu fiquei vivo.



O artista

Jovino Alves Martins, que é quando quer ser um sósia incrível de Mazzaropi – foi, e é, muito mais do que um radialista. É um artista. Desde animador e artista de circo, passou por  parque de diversões, e 98% da sua carreira no rádio tem como base o improviso. Quando o veículo de comunicação mais revolucionário botou as antenas em Erechim, Jovino Alves Martins lá estava na apresentação do primeiro programa da televisão local: era aos domingos das 19 às 22 horas com ‘A noite é nossa’ e às quartas-feiras, ‘O assunto é música’. Os Crazy Boys, a maior banda que a cidade já produziu passou no programa de TV do Jovino no prédio do Condomínio Erechim.

O exotismo

O mais exótico radialista que a cidade jamais teve é o pai de bordões que correm o rádio: ‘não tem nada não/e nem que tenha/cavaco também é lenha’, ‘meu abração/pro meu bicho bom/que tá lá em casa amassando o meu colchão’, entre centenas de tiradas de improviso e que sempre rimam até em comerciais. Aliás , Jovino tem grande crédito nos comerciais que faz porque os veste com a fala dos autênticos, retirando-lhes a frieza e a insensibilidade da gravação - dando-lhes vida e atração. ‘No Jovino até o comercial é bom de ouvir porque é diferente’, posso me dizer.
Seu exotismo também veio à tona nos anos 60 quando da febre da corrida espacial: ele não gostava muito que falasse disto, mas nunca proibiu que se falasse e publicasse sobre isso. No fundo sua tese ainda será de vanguarda.
Pois não é que o radialista chegou a mandar carta de inscrição aos EUA para uma viagem à Lua!
Assim foi ele construindo a sua extraordinária história de autenticidade, e de apelo dos fãs, ao longo dos anos o que lhe garante cadeira cativa no rádio erechinense.

Jovino em evento na frente da prefeitura de Erechim

Regras da vida

Por trás do radialista, está um homem de hábitos e regras.  Todos os domingos pode ser visto na igreja dos Mórmons. Crê num Deus através do Pai, Filho e do Espírito – Santo. Deita-se às 20h30min ou 20 para às 9 da noite e às 2h30min acorda. Isto mesmo, às 2h30min: prepara o seu chimarrão e deixa o prédio do Condomínio onde reside em apartamento próprio há 30 anos naquele que já foi o prédio mais alto da cidade.
Caminha 150 metros até a Rádio Difusão onde começa a preparar seu programa ‘Brasil de norte a sul’ que inicia quando ele mesmo abre a emissora às 5 horas da manhã. Abrir emissoras é com ele: por dezenas de anos abriu a Rádio Erechim ao lado do grande amigo Cláudio Casagrande, o Touro Sentado, apelido dado por Jovino. Tem um ‘banco’ com mais de 500 nomes de pessoas que acordam com seus apelos e rimas: ‘levanta que hoje é sexta-feira até que enfim/aí onde tu tá e também aqui em Erechim/vamo levantá... quem tá te pedindo é o Jovino Alves Martim’!
Durante o dia é de hábitos comedidos. Passa os fins de tarde na frente do prédio no canteiro da Maurício Cardoso tomando chimarrão com a sua alma gêmea desde os 22 anos de idade quando dona Nilsa resolveu olhar nos olhos do jovem Jovino. Inimigo do álcool e do cigarro, o radialista/artista tem o hábito de comer bastante e bem. Todos os fins de semanas, há décadas, pode quase escolher o convite que vai atender para jantar ou almoçar. As pessoas querem estar próximos do seu ídolo, do vovô do rádio. Sofre com o diabetes, mas não se entrega: ‘enquanto tiver força para subir as escadarias não largo o rádio’, diz.


Profissional amador

Na realidade, Jovino Alves Martins, pode ser definido como um homem que tem por profissão, radialista; mas que a exerce há 54 anos com o amor que só aqueles que mantém uma pitada de amadorismo conseguem emprestar às suas vidas.
Ama sua esposa com quem divide o tempo e vida quer no rádio, em casa ou em viagens a passeio, ama o rádio, o improviso, os pássaros, a liberdade, e crê em Deus e no trabalho como molas para levar a vida com alegria e bom astral.
Se por um lado leu milhares de más notícias, como foi o desafio de dar em primeira mão a morte do prefeito Jayme Luiz Lago em seu programa Porta Voz dos Pampas, de outro, alegrou milhares de pessoas por milhares de dias em milhares de programas com o seu jeito extrovertido, alegre e cativante de se comunicar através do rádio.

Jovino, mais uma vez, e a neve de 1965


Desilusão

Um dia, Jovino foi incitado a concorrer a um cargo. Candidatou-se a vereador em Erechim, e então lhe apresentaram e ele conheceu o gosto amargo da ingratidão. Em 6 de dezembro de 2004, com Luiz Dionísio Silva de Brito na presidência, a Câmara de Vereadores escapou do fiasco de não reconhecer Jovino e deu-lhe uma Menção Honrosa. O vovô do rádio erechinense sempre será visto com dignidade, méritos, dons, alto astral e qualidades. Na condição de presidente da Associação Erechinense de Profissionais de Imprensa (Aepi) pude entregar-lhe um troféu que toda vez que ia no seu apartamento 504 do Condomínio, ele levantava do sofá, pegava a peça e dizia como se fosse um galardão: ‘esse foi um dos únicos que ganhei e foi tu que me deu!’. Meu Deus!

Eu acho que o ‘vovô do rádio’ merecia mais da cidade. Eu tenho certeza que a cidade ficou ‘devendo’ a esse homem que foi um pai de família honrado, um ser humano digno, e ao mesmo tempo um comunicador e artista nato. Jovino Alves Martins deve estar morando agora no Céu – bairro Erechim, nº 99700000 vizinhando ao Tramontini, ao Chitollina, ao Ceni, ao Dary... 'Já mandou dizer' por e-mail aqui para o blog que no Minha Casa... Minha Vida Eterna ‘tem mais vaga – meu caro Ódyyyy - ahahahahahahah!’.