BV - 26 - 9 - 2014
Nos 15 anos da Claro em Erechim, com recepção da empresária
Márcia Pezzin no Salão de Eventos do Polo de Cultura – que um dia quando ali só
habitavam macegas e urtigas e o empresário Jaci De Lazzari foi chamado de ‘louco’
ao liderar a construção do que hoje lá se ocupa -; pois, a empresária
apresentou sua moderna loja, conquistas, avanços e projetos, e, depois, passou
a palavra para o pessoal da Claro.
Quando
alçaram voo revivendo a evolução da humanidade sobre o que dispomos hoje, o que
se pensa em termos de mundo para os próximos 100 anos e, aterrissaram no que
temos hoje, ali já foi um ‘choque’.
Mas
quando encetaram um voo para o futuro, aí cabelos brancos colocaram-se de pé em
algumas mesas. Quem não os tem mais – suou em vermelho denotando ‘ohhhhssssss’!
O mais grave é que tudo é rigorosamente verdade. Pior – ou talvez melhor:
quando há cem anos projetavam pessoas conectadas em conversa com fones
interligados em fiação no teto (a fiação não as pessoas), aquilo foi
café-pequeno contra a onda que está por vir – ou já chegou!
PCs, Smartphones, Google Maps, Gmail, Facebook, Istagram,
Twitter aplicativos, termo de uso, política de privacidade, sinal, ótica,
satélite, Google Plus, Google Search, Youtube, perfil, virtual, provedor,
vídeo, áudio, armazenamento, disco, câmeras, microfones, roteador, WI-FI, GPS,
IDS, SMS, MMS e nuvens – muitas nuvens -, dançavam pelas cabeças que não viam a
hora do sorvete, até por que, n’alguns casos podia adivinhar: eu quero a minha Remigton,
meu arquivo de aço, minha Polaroid... meu Saturno, senão, enlouqueço!
- Não está longe o dia em que será possível com um controle ou
um simples botão, e o carro vai estacionar sozinho. Ghroooohhhhccccc, ih, acho
que ‘peguei’ um pedacinho mais crocante do peixe na garganta. Chama o Cleri.
Água, água; não Coca, Coca, isso – água, glug, clug, clug ahhhhhhhhhhhhhhhhh!
Quanto falta pra uma e meia!?
Pois, considerando que já há três grandes empresas do ramo sob
um sombreiro, que a vida anda assim mesmo, que temos mais celulares do que
escovas de dentes, e, que se fossem a fundo, talvez se descobrisse que em
certas geografias os aparelhos superam molares e sisos; me veio um contraponto.
Olha, acho que nós, em especial nós de Campo Pequeno merecemos
um mundo assim onde, Hall, de ‘2001 – uma odisséia no espaço’ ganha ‘vida’,
porquanto passa a ter sentimentos e, através da raiva começa a exterminar a
tripulação que só lhe dá ordens...! Sim, nós merecemos essa tecnologia toda
porquanto senão vejamos.
Afinal, somos uma sociedade nada preconceituosa, especialmente
na política. O nosso sucessor, antecessor ou precursor sempre fez tanto quanto
nós – ou mais, muito mais – e é notável o altruísmo com que reconhecemos isso.
Ademais, para quem conta com um aeroporto em ótimas condições, quatro cinemas,
dois shoppings de 12 andares, praças limpinhas como a ficha de postulantes
despudorados, uma Unidade de Conservação verdinha como um dólar novo ou o broto
de milho à luz nascente do dia...
Como não dispor de um mundo assim, tecnológico e inovado,
quando estacionar um carro na cidade é uma segurança para um coração saudável
com boca fechada e limpa, quatro horários de trens para Porto Alegre e
Curitiba, restaurantes que oferecem massas e carnes à 1h da madrugada, um centro
tão seguro que se pode largar criancinhas em praças tão ou mais seguras que
Guantánamo ou a Ilha do Diabo de onde só Papillon escapou!
Não seria nem de referir as ofertas incontáveis de turismo
ecológico, por estradinhas floridas cortadas por asfalto de curvas, paisagens
rurais sinalizadas quase em
exagero. Nossos clubes então, jamais chocam suas
programações! Nossas feiras ostentam selo de internacionalização, onde o
inglês, alemão, francês e mandarim, sufocam o espanhol, sobrando por razões
óbvias o português.
Pólo de educação e saúde, onde as chaminés fumegam em nuvens, a
confirmar o que foi dito no Pólo para que aqui não se insinue nada mais do que
não é! Capital do Alto Uruguai que atrai quase cinco dezenas de comunas no
chapéu do Rio Grande, também pode orgulhar-se da sua malha asfáltica com o
resto do país e AL, do seu comércio que jamais fecha para almoço, da sua
saudável juventude que não troca um bom livro ou um bom filme por um Inter e
Luverdense, Grêmio ou Huachipato ou um Ypiranga e Panambi.
Nestes contrapontos onde
nem tudo é verdade e nem tudo é mentira, ou seja, nem tudo é ilusão para mais
ou para menos, o fato concreto, quase tangível e objetivo, é que os avanços da
tecnologia não vão esperar pelo que estamos fazendo ou deixando de fazer. Não
interessa se permanecemos grudados ao passado ou o quanto de interesse,
curiosidade e discernimento podemos deter com vistas às ‘nuvens’ que não estão
a caminho – mas já expiam sobre nossas cabeças. Isto não tem nada de
política/partidária. É sobre nós. Passado, presente e futuro.
E se alguém me perguntar o quanto eu entendo deste ‘mundo
novo’, serei sincero: nada, quase nada. Sou, literalmente, um cyberanalfa. Mas
se me pressionarem para que eu faça uma declaração contrária às minhas
surpresas e admirações, ciente dos tempos, em terra ou nas nuvens; também serei
sincero:
- Você não sabe nada
sobre tecnologia - hein Odyyyy?
- Claro.
- Sabe sim – mas ainda
tem dúvidas, né?
- É. Claro.
- Sério. Não acha que
está na hora de ‘entrar para o novo mundo?’.
- Claro.
- Preste atenção. Vou
acionar o botão.
- Claro.
- Pronto. PCs, Smartphones, Google Maps, Gmail,
Facebook, Istagram, Twitter aplicativos, termo de uso, política de privacidade,
sinal, ótica, satélite, Google Plus, Google Search, Youtube, perfil, virtual,
provedor, vídeo, áudio, armazenamento, disco, câmeras, microfones, roteador,
WI-FI, GPS, IDS, SMS, MMS. Não te sentes nas nuvens?
- My God – Claro! Claro!