quarta-feira, 30 de abril de 2014





E agora José!

Coluna publica no jornal Boa Vista em 3 de abril de 2014
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No dia 13 de abril de 2012, a senadora Ana Amélia Lemos (PP) apareceu em evento dos 93 anos da Accie (Associação Comercial Cultural e Industrial de Erechim) – entidade fundada em 2 de abril de 1919. Ciceroneada pelo ex-prefeito Eloi Zanella e pelo vereador José Rodolfo Mantovani, a senadora sem deixar de ser simples, chegou fina.

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Fez um belo discurso com endereço claro, o empresariado, onde pregou a necessidade da redução da carga tributária, investimentos em logística e a revisão do Pacto Federativo.
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Aproveitou para lembrar que em Erechim teve inspiração para uma das suas principais iniciativas no Congresso Nacional: o lançamento do Manual de Cidadania do Paciente com Câncer, que aborda os direitos das pessoas com a doença. A ideia surgiu a partir da participação da parlamentar ainda antes de ser empossada, no final de 2010, em evento promovido pela Câmara de Vereadores.

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Naquele dia, do aniversário da Accie, a senadora Ana Amélia fez uma saudação toda especial ao vereador do PP, José Rodolfo Mantovani (PP), a quem cumprimentou pela autoria da Lei da Ficha Limpa em Erechim.
Como disse, firme com ela pelo PP, o ex-prefeito Eloi Zanella. E, no evento da Accie e seus associados, todos foram recebidos pelo presidente da entidade, Mario Cavaletti.

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Lembro que na minha coluna depois do evento fiz uma referência especial à postura do vereador José Mantovani, quando a senadora falava dele, elogiando-o. O vereador não se continha - e espichava o pescoço distendendo a cabeça para o alto. Considerei um exagero, mas, enfim, nem todo político pode orgulhar-se de ser cumprimentado por sua atividade, em público, por uma senadora da República.

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Eis que agora especula-se quase de forma decisiva que a senadora irá candidatar-se ao governo do Estado pelo PP. E quem é do meio acha que tem boas perspectivas por ora.

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Quinta-feira passada, na rádio Cultura, o Egídio Lazzarotto, quando o debate escorria pelas especulações de possíveis nomes como candidatos a deputado estadual e federal, inquiriu de forma muito forte – como é do seu feitio -, ‘...e agora vamos ver se o ex-vereador José Rodolfo Mantovani será ou não será candidato!’.

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Mas a interpelação deu-se quando o considerado não era o foco, mas sim, quando abordávamos sobre uma possível ‘puxada de tapete’ nas intenções de Ernani Mello (PDT) que teria sido preterido em detrimento de Gilmar Sossella, em aparente decisão interna do PDT. O cardápio foi levado à mesa por Rodrigo Finardi.

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Daí que me veio à mente o episódio de 2012 e que me leva também a especular: com todos aqueles elogios em reconhecimento a um trabalho que ganhou cunho nacional, não coloca Mantovani quase numa obrigada como candidato-puxador de votos à pré-candidata ao governo do estado em outubro? O PP que sabe deter uma pré-candidata com perspectivas, ficaria só no tradicional apoio-branco, ou seja, o ex-isso, o ex-aquilo, fazendo campanha – mas sem um nome também a ‘deputação’ - como diria o saudoso Euclides Antônio Tramontini!?

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Poderia ser Eloi Zanella?
Poderia ser Eni Scandolara?
O PP de Erechim, que considerando raiz, tronco, galhos, folhas e frutos, governou Erechim por 24 anos, tem o direito de apoiar sua candidata sem ter o dever de ter um nome que possa clarear mais a posição do partido por estas bandas?

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‘E agora, José?
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? E agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? E agora, José?’ (Mantovani). (Carlos Drummond de Andrade).
Para os levam em consideração outros elementos, recordo que aqueles elogios se deram no Polo de Cultura, numa sexta-feira, 13...





Tapa-buracos no calendário de eventos!?

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No programa da rádio Cultura da última quinta-feira, 26, foi aventada a necessidade de voltar-se à prática de mutirão para as chamadas operações tapa-buracos na cidade.
Apesar de ser melhor que nada, embora como obra emergencial se explique por si só porquanto – emergencial -, esta pode ser a fonte do nosso decrépito sistema de pavimentação asfáltica que temos hoje em Erechim.

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Quando o mutirão da emergencialidade surge no horizonte como uma solução é por que, de fato, constituímos uma sociedade de sobreviventes alimentando-se de soluções da hora.

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A cidade de Erechim convive na entrada do outono de 2014 com uma das suas páginas mais lamentáveis quando o assunto é pavimentação das suas ruas e avenidas. É de se estranhar que isto aconteça em meio a uma derrama de notícias boas produzidas pela Secretaria de Comunicação do Palácio Municipal – aliás, convém observar no que o secretário da Pasta, jornalista Salus Loch e sua turma de profissionais, o fazem bem; porquanto, cumprem com o dever de levar ao público a melhor imagem possível do governo para quem presta serviços.

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Mas este tema das condições das vias públicas (anuncia-se que o município já está recuperando 10 vias), pois, este tema; deveria passar à pauta das prioridades do governo do senhor prefeito Paulo Polis e, mais ainda, ao governo da senhora vice-prefeita, Ana Lúcia de Oliveira. A razão é singela: este é um assunto que qualquer um que tem veículo, não precisa ser esclarecido sobre o que é que está acontecendo. Quem anda pela cidade sabe quais os danos que o seu carro vem sofrendo e o quanto isto lhe custa no bolso. E esta é uma duplicada que pode ser lembrada mais adiante, quem sabe até, executada na boca da urna.

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Enquanto nos contentarmos com operações tapa-buracos, teremos certeza que os buracos não tapados hoje, terão de sê-los amanhã. E quando estes forem tapados, outros apontarão o dedo à superfície da vida sinalizando que está presente. E quando os de amanhã, os de depois de amanhã; quando os buracos da semana que vem ou da segunda quinzena de abril ou de maio, enfim, forem cobertos pela operação, os buracos tapados hoje estarão outra vez, expostos e pedindo atenção da operação.

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Por aqui, governo pós-governo, sempre se conviveu com a necessidade de obras emergenciais nas vias da cidade, mas em especial, durante ou logo após os meses de inverno ou com mais dias chuvosos. Não é o caso do momento.

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Duas respostas o governo municipal devia dar à sociedade: 1 – Por que os buracos tapados hoje voltam a se formar tão rapidamente, mas tão rapidamente, não resistindo ao fluxo regular de veículos. Seria por trânsito pesado em excesso? 2 - Por que o município não providencia um plano de asfalto novo, com testes comprovadamente resistentes, às necessidades da intensidade do trânsito dos dias de hoje? 3 – Falei em duas respostas, mas acresço uma mais: se os senhores vereadores são os legítimos representantes do povo, do povo que anda pelas ruas esburacadas; que ações têm eles empreendido para representar os reclames dos seus representados!? Oposicionistas ou situacionistas.

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Volto a observar: as operações tapa-buracos ajudam por hoje, por uns dias. Camuflam um mal mais grave que não pode ser tratado com chá. E enquanto aceitarmos como administração esta receita - continuamos a formar o público que assiste a um desfile que se repetirá antes da mesma data do próximo ano. Algo como se ‘Operações tapa-buracos’ fizessem parte do calendário de eventos de Campo Pequeno.


95 anos da Accie


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Cumprimentos aos fundadores, ex-presidentes e atuais dirigentes da Associação Comercial Cultural e Industrial de Erechim. Ontem, 2 de abril, a entidade alcançou 95 anos. Começou como Associação Comercial de Erechim (ACE). Em 1963 mudou para ACIE. Em 1998 acrescentou o Cultural ao seu nome e daí temos ACCIE.


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O senhor Alberto Roeche foi seu primeiro presidente de 1919 a 1928 – portanto, os nove primeiros anos.

Hoje a Accie é presidida por Claudionor Mores. Nelsinho de Andrade Hoffmann foi presidente nos anos 1924, 1932, e de 1935 a 1939.

Dois homens presidiram a entidade por 11 anos consecutivos: Otto Eduardo Muller (1923 a 1934) e Jaci José Delazeri (1997 a 2008). Jaci Delazeri é o atual presidente do Conselho Deliberativo da Accie.

Mas ninguém superou e provavelmente jamais superará a marca de Aldo Arioli que ficou na presidência de 1933 a 1946 – 13 anos. Ao todo - 27 homens emprestaram seus nomes à presidência da Accie em 95 anos.






terça-feira, 29 de abril de 2014


O périplo do Bota no sumiço do Ody





* Coluna publicada no jornal Boa Vista 27 de março de 2014


- Nossa Senhora de Fátima – seu Ody. Quando disseram no Polígono que tinha saído na coluna do Macaco – ‘Pentes Fino’...
- Pente Fino, Bota, Pente. E não é Macaco é Rodrigo Finardi.
- Tá, tá que seje... Quando eu ia vê o Ximitão na prefe era Macaco.
- Desembucha Bota.
- Quando saiu que tu ia voltá pro Boa Vista meu Deus – foi uma bença.
- Que bença, ô beiçudo. Benção. E por quê?
- Ahahh por quê!? Por que foram 410 dia e tu sumido assim devereda!?
- Simpresmente sumiu das página e nada. Ninguém deu uma expricação. Nem tu apareceu. A mãe logo disse: aí tem coisa!
- O que por exemplo?
- Primero peguei meu escapulário e comecei a rezá. Eu e mãe que tá cuma tosse, má largá os Derby nem pensá... Tudas noite despois do café com pão e os retaio de mortadela – que nem o seu Ezídio cô salamão dele lá das Ostráglia, e nóis vá dois terço por noite. Falando em seu Ezídio, dizque deu um negócio nele que o Céio falo que bateu na trave. Quem tava mais perto jura que picô dentro e saiu. Será que o VeinhoLáDeCima não queria ele?
- Egídio – Bota. E-gí-di-o. E o país onde esteve é Austrália.
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- Bá seu Ody – especularam que tu podia tê sido seqüestrado, que os peemedebê e os petê pediram tuas cabeça, que assinô ficha no zanellismo (de nelogismo só sobrô o ismo), que, podia tê ido cô Tirello pra CEEE ou até, entrado no ‘partido’ do dotô Déquesâime (sem partido). Íí seu Ody. Fumo nas delegacia, na Brigada, nas rádio, nas imprensa, no Pecatos, no Santa, no caridade, nas rodoviária. Liguemo pras prefeitura, andemo até no necrotério, no cemitério da São Luiz pra vê se não tinham enterrado um-sem-nome. Os bombero então... As Polícia Rodoviária e os escotero distribuíram foia e foia catua foto nas BR. Teve gente que atravessô o Uruguai. Passemo tudos os bar, os bichero, o padre Antoninho avisô nas missa. Viraram os Camboriu, as Meia Praia, Marcelino, a Cascata, fumo no asilo, no abrigo da prefe. Falava cás guria do estacionamento, procuremo no Sonda, nos coléjo. Um dia apareceu um casteiano e ele até rezô pra Santa Helena das Cosas Perdida. Até me alembro: ‘Santa Elena fue a la mar/Cruz y clavos fue a buscar/Repárame gran señora/Lo que yo vengo a buscar/Que aparezca, que aparezca, que aparezca!’.
A mãe vivia cátua foto nas mãos e vá padre Marcelo: ‘Grande Santo Antônio apóstolo cheio de bondade que recebeste de Deus o poder especial de fazer achar as coisas perdidas. Socorrei-me neste momento para que por vossa assistência ache o objeto que procuro (Diga o objeto – ‘que o Ody vorte pro BV). Amém!’.

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- Que barbaridade. Era só me ligar ou pedir no BV. - Nessas hora tu só corre e corre. Liguemo pro Correio e dizque tuas matéria tavam saindo – má ninguém sabia donde vinha. Os vereador, a maioria nem sabia quem tu era. Tudo cuidando das base. Na prefeitura, falá em ti era quenem pedi mais um carnê! Tu sobe dos IPTU? Má - o dia que mais conseguimo gente pra ajudá a procurá foi quando fumo oiá dentro dos buraco nas rua. Creio em D’josPai, não sei donde saiu tudo aquilo. Dizque até hoje se ouve um ô outro grito de ‘tô aqui dentro’... má vai sabê em qual!? O tempo foi passando, as esperança foram se esvaiando e no fim virô que nem aquela senhora que se perdeu lá em Aparecida. Eu pensei: o Ody daqui pra frente é só – onte!

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- Chega Bota. Para! - Tivemo na pedrera, no mato da começão, nos ônibus do Paraguai, no Samu, na ‘Su’, nas Kombi dos PSDB e PSD, em tudos os distrito industrial do perfeito; a UPA então reviremo tudo, nos tubo do Cravo, lá debaixo donde o dotô Déquesâime disse que podia tá o processo das cassação (?), nos Ifete; as paralela - corremo tudas. Fumo na UFFS, debaxo dos eucaplito onde os alunos estudam gruuuuudado que só vendo! Foi mais fácil o dotô Sossella virá presidente da Câmera do Estado que nóis tê achá. Na greve dos professor, nos gabinete desinchado da prefeitura quase sem CC, no Fórum, nas justiça federal e estadual, nos MP... Dizque te viram, má não é confirmado, nos velório do Dary e do Seu Tramontini, má vai sabê! Falando nisso tu viu quantas otoridade, quantos erechinense trabalhador, ordero e pacífico tinha nos dois velório? Deus que me perdoe. Ali ficô escrito como os Bota-Amarela são agradecido. Só tinha o Waldemar Dorenfelde. Num deles tiveram que chamá o motorista da funerária pra ajudá a carregá o caxão. Má dexa. LáDeCima eles tão vendo pra quem abriram os microfone e deram espaço e moral. Não quero nem vê se eles começá a tê mandá fax pela internete. Creio em D’josPai – tomara que a dona Dedé não ache nenhum BV pra me dá . Quero tá nas Criméia!

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- Pelo amor de Deus Bota. Chega! Eu já disse: por que não ligaram para o Boa Vista? - Tu tá enlocando – seu Odyyy? Posso tê só o 4º livro do Grupo Escolar, má vai que me atropelasse!? Má viu seu Odyyy – passemo ainda nos 86 núcreo do OP, na casa do Bento 16 o mostero de Mater Ecclesiae, onde viveram em crasura as irmã clarissa, carmelita e as beneditina... Hein seu Odyyy – quanto tempo tu acha que vai durá...

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- Nossa! Recém estou voltando e como sempre disse o compromisso é com o leitor. Então, sem essa de ‘quanto tempo...’. - Tá bom. Tá bom. Má um bom sinal eu já vi: ao menos te deram a do Romário (página) e não a do Zagallo. Agora, essa 11, aiaiai – será que foi por querê? Será que o seu Macaco não tá querendo tê impunha (empulhar)!? Dexa assim. Achoque foi mesmo sem pensá e, como tu mesmo diz, esse zanellismo ficô mesmo só no ‘ismo’. Aqui no Campo Pequeno o 11 tá mais pra ab–ismo. Má tá bom a 11 sóque ainda por cima é página da direita. Direita? Má de novo! Credo. Pior é se te dessem a do Farcão de 1982, a 15. Cruiz em Credo. Cherô! Hein seu Odyyyyy, tu por um acaso não tá sabendo se a Tiaméia tá pra vim pra cá por esses dia? Ai, ui, ai, para seu Odyyy. Cascudo e croque não. Ai, ai, ui, chega, aiai, ui! Ih – tamém se não durá... O Abelão não vortô pro Inter já sete veiz! Sabe ainda onde fumo te...

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- Deu Bota. Chega. Até quinta-feira. - Reviremo a acampamento do seminário, o desfile de 7 de setembro, fumo nas romarias de Salete e da Fátima, não perdemo uma passiata de junho, andemo nos culto, no Colosso, no Calderão, tivemo no bailão da Curtura, nas Marcha cô Jesus, pedimo ajuda daquele nanico gordinho da Curtura que entope os ovidos da cidade divurgando os baile nas rua, pedimo ajuda do delegado Cecão (Ceccon), larguemo atrais de tu o Benhur, o Banana, o Galina... Deusulivre – e não é que vorta bem na Quaresma! Se até tu tá ressuscitô despois de 410 dia! Temo quase no sábado de aleluia. Aleluia Odyyyy! E já tô deitando o cabelo antes que o seu Macaco me atropele! Viu seu Odyyy... Procurêmo nas oposição, mas ali sim, deu trabaio. Procuremo tipo bicho má nada de tu - e muito menos das oposição. Cheguemo se entortá de tanto procurá nas obras do deputado Tortel, o chefão que trancava os banco, o centro, a BR... Nada - só conversa. O ‘passarinho’ do seu Ezídio avoo por tudo e nem ele... - Pelo amor de Deus – chega Bota! - Cheguemo pensá que tu tinha ido cô Macaco, o dotô Jaci... pra Itália. Achemo até que tinha se perdido ajudando o Zé das Cruiz a abri os chuvero nos hotel. Bá, seu Odyyy. Reviremo tudu o bagajero do táxi do Paulão, fumo na, no...

sexta-feira, 11 de abril de 2014


Morre Paulo Sérgio Poletto


Morreu na manhã desta sexta-feira, 11, por volta das 10h em Arroio do Meio, o ex-técnico de futebol e professor, Paulo Sérgio Poletto. Ele estava internado há duas semanas no Hospital São José, de Arroio do Meio, tentando se recuperar de uma doença que o acometia há cerca de um ano. Paulo Sérgio Poletto tinha 72 anos. Foi jogador de futebol e técnico de dezenas de clubes do Brasil e de fora do país. Conduziu o Ypiranga de volta à Primeira Divisão em 1989. Foi professor do Instituto Anglicano Barão do Rio Branco. Há cerca de 20 dias foi para Arroio do Meio continuar o tratamento. O sepultamento deverá ocorrer neste sábado, 12, de manhã em Arroio do Meio, sua terra natal. Poletto deixa um vasto círculo de amigos em todo o estado, especialmente, no mundo do futebol e no magistério.


Paulo Sergio Poletto nasceu no dia 3 de fevereiro de 1942 em Arroio do Meio. Aos 18 anos foi levado ao Inter por Abílio dos Reis. Trabalhou com Sérgio Moacir Torres Nunes e com o Capitão Carlos Froner. Aos 25 anos, uma lesão no joelho, obrigou-o a abandonar a carreira de jogador de futebol. Cursou Educação Física na Ufrgs e trabalhou oito anos na Caixa Econômica Federal (CEF) onde ingressou a través de concurso. Quando era gerente de uma agência da CEF em Porto Alegre foi convidado pelo Inter para comandar a equipe de Futsal onde foi bi-campeão estadual e nacional. Em 1975 foi convidado por amigos para assumir como técnico de futebol do São José (POA). Licenciado da CEF, em dois anos tirou o Zequinha da Terceira Divisão colocando o clube na Primeira Divisão. Ali era o início da sua trajetória como técnico de futebol de quase 40 anos. Indicado por Ênio Andrade para o CRB de Maceió, conquistou o título de Alagoas e o Nordestão. Diante de uma carreira que o colocaria em definitivo no futebol, deixou a CEF. Segundo o próprio técnico, dirigiu entre 35 a 38 clubes. É considerado o técnico que mais clubes colocou na Primeira Divisão. Só no Rio Grande do Sul foram oito. Em 1990 trabalhou pelo Grêmio. O primeiro jogo foi diante do Ypiranga em Erechim no dia 3 de fevereiro de 90, aniversário de Poletto, no Colosso da Lagoa. Segundo Paulo Sergio Poletto, quando chegou ao Grêmio teriam lhe dito: ‘você escala nove e dois nós escalamos. Não pode jogar sem dois volantes de marcação’. Empatando em zero a zero, na sua estreia pelo Grêmio contra o Ypiranga, ‘no intervalo eu tirei um dos volantes e coloquei mais um atacante e o Grêmio ganhou de 1 a 0 gol do Nilson. Fomos jantar em Passo Fundo e me chamaram e disseram: não faça mais essa besteira. Substitua qualquer outros, menos os dois volantes. Mas parabéns pela vitória – a vitória foi sua’. Poletto foi hexacampeão pelo Grêmio. Depois de vencer o Vasco pela Libertadores da América daquela temporada - o Grêmio foi ao Paraguai. Segundo Paulo Sérgio Poletto, entre o jogo do Vasco e a ida ao Paraguai para jogar contra o Olímpia; Assis, irmão de Ronaldinho, estaria sem contrato há cerca de dois meses. Segundo Poletto ele fez de tudo para renovação do contrato de Assis (que teria ocorrido), mas ao ser derrotado pelo Olímpia por 1 a 0 aos 44 minutos do 2º tempo e não ter escalado Assis, a direção teria creditado a culpa da derrota, a ele Poletto. Paulo Sergio Poletto também trabalhou na Arábia Saudita onde foi campeão da Copa do Rei pelo Al Nasser e no Equador. O último clube dirigido pelo técnico foi o Passo Fundo em 2010/2011. Já não tendo mais a saúde ideal para o exercício da carreira de técnico de futebol, Poletto, passou a dedicar-se exclusivamente à sua atividade junto ao Instituto Anglicano Barão do Rio Branco em Erechim onde trabalhou de 10 a 11 anos. Segundo Poletto, financeiramente, ganhou bem como técnico no Equador e na Arábia Saudita. Seguindo conselhos do pai, cultivou o hábito de fazer uma poupança mensal, o que lhe proporcionou uma estabilidade financeira nos últimos anos. Na opinião de Poletto o Rolo Compressor era superior ao time dos anos 1970 em termos de Inter. Paulo Sérgio Poletto residiu 12 anos em Erechim por causa das amizades que aqui fez. Tinha como hábito, reunir-se com um grupo deles para um café principalmente no meio da tarde. Membros do grupo foram ao sepultamento do ex-técnico e amigo Paulo Sérgio Poletto, em Arroio do Meio, neste sábado.- 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Crônica de uma tarde anunciada!

* Texto escrito depois de Ypiranga e Brasil (F) em 2008 quando o canarinho subiu!

- I -
Quando o Brida foi calçado dentro da área no momento em que, inacreditavelmente, a bola lhe sobrava como um maço de dinheiro que se acha perdido no bolso de uma roupa esquecida, e o Vinícius Costa da Costa, de frente, apitou, e se inclinou com uma perna encolhida e a outra esticada e com o braço estendido, mais duro que nas melhores continências reverenciadas a um certo líder sanguinário do passado, para a marca do pênalti, eu levei os olhos ao céu e pensei comigo mesmo: sim, o Valério (Schillo) está vendo o jogo!

Claro, porque do jeito que as coisas andavam entre Ypiranga e Brasil (Farroupilha), domingo e já no 2º tempo, o time sentindo as ausências, errando passes, nervoso com o peso da cobrança de 18 mil bocas que gritavam da arquibancada, e com o Brida sem ritmo, tudo indicava que – se não perdesse -, já não seria tão fora de consideração.

Enquanto o Brasil cercava pela frente e pelas costas o Costa da Costa, pedindo que voltasse a história, procurei o Vagner. Sim, porque com ele, era gol. E o encontrei caminhando pra cá, pra lá, com a bola embaixo do braço. Quando vi – decidi: gol.

Mesmo assim, não quis ver. Baixei os olhos na cabine e esperei pelo xuááá. A bola quando entra e pega na rede faz xuááááááá. Mas esperei, esperei, esperei e ouvi o apito do Vinícius e foi - tuuuuuuummmmmmmmmm. Tuummmm? – me perguntei! Como tuuummmmmm!? Mas devia ser xuáá! Não resisti e ergui o olhar e a bola vinha caindo do céu e alguém a tirou para fora do Brasil.

Eu que conheço o Colosso há 37 anos, segunda fará 38; nunca soube – mas domingo descobri que ele tem mãos. Logo depois do tuuuuuummmmmmmmm, o Colosso botou as mãos na cabeça não acreditando no que tinha visto. O time desfalcado, jogando mal, nervoso, contra uma touca e tudo se encaminhava para um desfecho infeliz, postergando uma festa impostergável (?).

O estádio se sentou com a cabeça enterrada em 36 mil palmas de mãos.

- II -
De manhã, dia dos pais, saí às 10 horas para comprar ingresso para o meu filho Eduardo. Na Sete, chapéus cata-ovo, almofadas, gorros, radinhos, bandeiras de ‘O grito do Ypiranga!’, misturavam-se a coloradas e tricolores. Carros iam, vinham e paravam. Mulheres desciam e com os filhos escolhiam a bandeira e saíam de novo em desfile com o pavilhão verde-amarelo tremulando na janelinha. Plat, plat, plat, plat, plat, plat, plat – fazia o pano das cores nacionais, Sete acima, tocada pelo vento.

Na portaria do estádio encontrei uma fila. Eram 10 da manhã e havia fila. Era hoje. Tinha de ser hoje. Não podia e nem seria em outro dia. Era demais a mobilização pelo feito canarinho, quando ainda nem as churrasqueiras ardiam cidade afora.

Às duas da tarde o movimento era de jogo grande.

Na cabine da Difusão, o Idylio Badolotti me chamou e conversamos sobre a decisão, ao lado do dr. Edson Machado da Silva. Lembro que entre outras coisas disse: ‘o Diego, a melhor coisa que apareceu no Colosso em 2008...’, quando o Amilton, mostrando toda a sua versatilidade, cortou lá debaixo e fez o raio cair: ‘seu Idylio, seu Idylio... vê se vocês reconhecem esta voz!’.

E foi então que entrou: ‘meu caro Idylio... meu caro Amilton, meus caros ouvintes da Difusão...’ e logo o Idylio também cortou: ‘Tramoontini!’. Não é que até o eterno Tramontini da velha rádio Erechim esteve no campo? Ainda brinquei: ‘hoje podemos reunir o Tramontini, o Ceni, o Ydilio e o Milton Doninelli!’.

Subiam às cadeiras homens e mulheres que nunca vira antes. O eterno ypiranguista Chico Pungan, trazia com familiares, o Celeste Dal Prá. Apoiado numa bengala alta subia os degraus em busca de uma cadeira. Sociais cheias. Lá embaixo as arquibancadas iam sendo tomadas como o sol que vem sobre ipês e pessegueiros quase ao final dos invernos, e vai se esparramando e enchendo de luz tudo o que vê pela frente, sem a menor possibilidade de ser contido.

- III -
Quando Pelé fez a bola passar pelo meio das pernas do Jadir naquela quarta-feira, 2 de setembro de 1970, e fuzilou o goleiro Breno, fazendo levantar o estádio do canarinho, nem naquela noite havia tanta gente como já se via no Colosso faltando 15 minutos para o adeus do Ypiranga à Segundona.

Eu não sei de onde esse Brasil de Farroupilha tira tanta gana quando vê o Ypiranga pela frente. Fazia uma semana que o time serrano tinha sido surrado nas Castanheiras pelo Pelotas, que apanharia do canarinho três dias depois. Será que o Brasil, por verde e vermelho, será que é por isso que ele se agiganta contra o Ypiranga? Haveria aí um grau de parentesco com o falecido Atlântico do futebol de campo?

O fato é que a partida ia pau a pau. Se o Brasil não era um Milan para o Ypiranga, o canarinho não se encontrava e, maltratando a bola pelo passe errado; enervava o anseio coletivo que tinha todas as certezas do mundo de que seria naquela tarde, não se sabe como, que o tabu seria quebrado e a Primeirona festejada até a noite alta cair.

Houve gol anulado do Brasil (e bem anulado), mas o ar primaveril que banhava as 18 mil cabeças no Colosso, encontrava uma estranha resistência, como que decretada pelo destino. Algo como Brasil e Uruguai, Inter e Olímpia, Fluminese e LDU. Não podia de jeito nenhum, deixar de acontecer a festa tão ao alcance da vaga, mas os deuses pareciam conspirar. Estariam apenas brincando, se divertindo, fazendo o estádio suar gelo, ou, a praia ficava ali mesmo, no entorno da lagoa que deu origem ao nome de guerra do Colosso em vaticínio do dr. Wilson Wattson Webber, em discurso durante churrasco de recepção a visitantes no fim dos anos 60 no pavilhão em construção.

- IV -
Aos 31, aos 35, aos 38, aos 42, eu tinha jogado a toalha. Eu sei do velho ditado que o jogo só acaba quando termina – mas, as coisas estavam com ar, jeito e cara de impossíveis. Por isso tratava de confortar o desconforto tentando ressuscitar que apesar da frustração, ainda havia dois tiros: o TAC e o Guarani de Venâncio, para derrubar a Segundona.

Eu não sei como o Pito foi parar dentro de campo naquele jogo. Só sei que quando um quarto do estádio já estava nas vicinais da Sete para escapar ao engarrafamento, o Pito foi se intrometendo como um anão de circo, e meio despercebido, mas comandando o espetáculo; e de repente ele descobriu ‘a melhor coisa que apareceu no Colosso em 2008’ , e o Diego arrumou na perna boa e disparou um canhão assim como as tropas russas fizeram naquele mesmo dia na Ossétia do Sul.

O tiro seco e inapelável fez o estádio explodir. Nem o estrondo do intervalo que estourou vidros nas cabines de rádio conseguiu lembrar o que veio com o disparo de Diego. Ali não foi nem xuááá – mas um xuuáááááááá antecedido por um tuuuuuummmmmm. Quando vi, a bola estava quieta, desmaiada, desfalecida, morta no fundo das redes, não, no fundo das redes não, no fundo da 2ª Divisão.

- V -
O estádio pulava sobre si mesmo.
Os choros de alegria não tinham vergonhas, sim, porque vergonhoso seria tentar segurar àquela hora um mar de água que desce com o estouro de uma barragem.

Quando o Diego e meio time saíram correndo ao alambrado, querendo escalá-lo e pulá-lo para os braços da nação verde-amarela, outra revelação do futebol erechinense de 2008, o bom repórter Tiago Ávila, conseguiu fazer eco ao que gritava Diego colocando na sua boca o microfone da Erechim. ‘É pro meu pai, é pro meu pai!’, gritava tresloucado o autor do disparo que matou a Segundona na vida do Ypiranga e colocou o clube na Primeirona.

- VI -
Eu não sei porque o Costa da Costa insistiu em dar mais 5 minutos, mas, quem entende os árbitros quando quer o fim ou não se quer o último apito!? Escaramuças ainda se ensaiaram entre os atletas tudo porque quem havia ganho o céu de presente assim como o bom ladrão que arrependeu-se na hora ‘H’; este não haveria de querer sentir o calor do inferno. E isto deve ser compreendido, pois quem, em sã consciência, em não sendo nem Adão, nem Eva – haveria de entregar o paraíso como se nada fosse?!

Quando o árbitro encontrou o fim da partida, nove anos ficaram para trás naquele prrrrrrrrrrrrrrrrrrrr. O Banana pulava como só o Banana pode pular e rolar, porquanto o seu time, a despeito de crises e derrotas, reabilitações e vitórias, jamais, perdeu a sua identidade, a vergonha e a alma. Milhares de Bananas, num repente, rolavam pelo gramado do Colosso onde um dia já foi lagoa.

- VII -
Os fios das emissoras de rádio eram recolhidos e enrolados e já se precipitava o crepúsculo do fim de tarde. Da tarde do dia dos pais. Da tarde de 10 de agosto de 2008. O Ypiranga, segunda-feira, 18, estará de aniversário e fará 84 anos. Oito décadas e quatro anos de honra à sua origem, à sua tradição, à sua história. 84 anos de honra ao seu fim, maior, principal e único.

E quando eu deixei o Colosso da Lagoa e a brisa leve ainda levantava um papelzinho de bala aqui, um ingresso amassado dali, senti que o banner com a figura de Valério Schillo, no hall do Colosso, também recebeu uma golfada e se estufou quieta e rapidamente chamando-me a atenção, como num ‘psiu, ô Ody!, psiu... eu não estava só lá em cima. Hoje , eu andei pelas cadeiras, pelos banheiros, pela copa, estive lá fora, dei a volta nas arquibancadas. Eu estava nos gritos do Amiltom, do Chico e do Juliano Panazzollo. Estava no descortino do Pito e na perna esquerda do Diego, na ôla e nas lágrimas de cada um dos 17.818. Eu estava no peito e no pulmão de cada jogador. Eu estava na alma e no coração do Ypiranga. Agora – posso voltar em paz. A missão está cumprida’.

‘Nas planuras e serras tão lindas/
Ypiranga/Ypiranga em louvor!/
Quer na paz, quer na luta bem-vindas/
As vitórias da força e do amor!’.

A crônica de uma tarde anunciada estava pronta.
Ontem à noite, 9 de abril, o Ypiranga FC reescreveu a crônica com novos atores – mas manteve o mesmo final.
Mas o feito desta semana não pode ser um final.
Os ares que foram notados na abertura de 2014, promissores, devem recém estar começando a soprar pelos lados do Colosso.

O sonho deve ser mais alto, mais amplo, maior e duradouro. Por isto, reafirmo o que este espaço já explicitou este ano: o Ypiranga montou e vem adaptando conforme as necessidades e circunstâncias, duas equipes: uma dentro de campo e outra fora do gramado. É provável que a de dentro do campo erga taças. É certo que à fora de campo, restará uma missão só: sustentar a equipe de dentro das quatro linhas e, erguer o clube.
Como se percebe, a leitura final é só uma: independentemente dos ‘atletas’ de fora de campo – o jogo (que não tem tempo para acabar) só está começando.

Ypiranga - melhor, mas será o suficiente?

O Ypiranga perdeu seu primeiro amistoso de 2014 no Colosso da Lagoa. E foi também o primeiro em nível internacional no seu estádio desde 1970. Um a zero para 3 De Febrero (Paraguai), gol que surgiu no final da partida quando mais suplentes que titulares, dos dois times, estavam no gramado.
Equipes
Algumas coisas já podem ser levadas em conta: apesar de ser precipitado emitir qualquer juízo de valor, é possível deduzir que o grupo deste ano é tecnicamente superior ao do ano passado.

A primeira observação está nas duas laterais. Os jogadores que entraram favorecem ao técnico e ao time. A equipe como um todo parece-me mais veloz. O trio de meio-campo sabe marcar e tem qualidade para reter e organizar. Dois também chegam à frente. Aliás, ali, estão, preliminarmente, as duas referências técnicas do grupo: o capitão do time Jean Paulo e, principalmente, o motor do time – Guto. A jogada da frente, porém, ainda não apareceu. Faltam principalmente incursões pelos lados, e por causa da estatura o time deve privilegiar a jogada pelo chão, com bola curta, se possível com ingressos, paredes e finalizações. O miolo da zaga me pareceu mais confiável, mas é ainda um ponto a ser mais vezes testado, e tem que encontrar um modo de descongestionar a jogada do meio campo onde estão os melhores. o Problema é que a bola 'não sai dali'.  Os goleiros foram pouco testados. O que saiu jogando poderia gesticular menos – especialmente em lances poucos relevantes, porque isso, mesmo que o objetivo seja orientar e corrigir, quando em excesso, pode desestabilizar ou contaminar o time levando-o a se preservar em excesso quando não precisa, ou não ousar quando deve. O goleiro deve ser um transmissor de segurança ao resto do time e não uma espécie de alto-falante pedindo atenção a todo instante. Para meu gosto – abandona de mais a meta. Em um lance foi encoberto, mas a bola caiu sobre a rede. No geral, tecnicamente, porém, nenhum dos goleiros comprometeu.

O mesmo vale para técnico Leocir Dall’Astra: poderia reclamar menos da arbitragem, especialmente em lances bisonhos, sem consequência maior, pois além de não resolver nada – chama a atenção da arbitragem, podendo ser punido mais severamente do que devia, num lance mais pegado, caso a reclamação venha e até com justiça. É o tal da coisa: reclamar de quase nada e em amistoso - mas, reconheço, esta ser uma coisa da cultura do futebol brasileiro. Na Europa quase não se vê isso. Os técnicos ficam mais atentos aos seus jogadores.
Lances do jogo
Pois, do embate deste domingo, 26, devem ser tiradas lições: 1 – Leocir precisa ‘achar’ um time, definir uma equipe que tenha solidez defensiva e dê alternativas para forçar o adversário também a se defender. Não dá só para ficar tocando de lado e, quando em excesso, a jogada longa quase sempre favorece o adversário que está de frente. A bola não é bilhete de rifa. 'Achar' um time para ganhar conjunto e confiança. 3 – O time precisa descobrir quem jogará dentro da área - mesmo que os gols demorem, mas alguém tem que fazer esse papel. 4 – Precisa encontrar uma referência que apresente carteirinha de finalizador. 5 - A definição do time, e é compreensível porquanto ainda muito cedo, é importante para não levar o técnico a ter que mexer tanto quanto foi necessário no ano passado. 5 – O torcedor foi até em maior número do que em jogos oficiais do ano passado. 6 - O time indica que terá pernas e pulmão. 7 – As cobranças e os elogios entre atletas revelam que o grupo está imbuído do mesmo espírito. 7 – O 3 de Fevereiro tem o que o Ypiranga precisaria ter, sendo que uma poderá até alcançar. Refiro-me ao conjunto. Daí vem a confiança, como disse. Se vê que a equipe paraguaia é bem treinada, ou seja - nem um pouco afobada, firme na defesa, sabe a hora de reter e sair, tem alternativas técnicas e de velocidade, tanto com a bola rente ao chão, quanto pelo alto. Isto o canarinho pode conseguir. Agora, o 3 de Febrero tem uma coisa que o Ypiranga não deverá ter: seis jogadores de muito boa estatura, certamente com mais de 1,80 metro – tanto atrás quanto na frente. Os dois zagueiros, o lateral esquerdo que fecha por dentro; o meia-ponta-de-lança, o centroavante e o jogador que faz o lado esquerdo, agudo quando precisa e sabendo compor no meio - todos altos. Este time com o qual o Ypiranga jogou de igual para igual até os 15 minutos do 2º tempo – brigaria por uma das quatro vagas no Gauchão em qualquer grupo, é o que conclui. Não se enganem!
Direção do Ypiranga entregou camisa do clube a Rivarola, 
ex-Grêmio, hoje, diretor de negócios do 3 de Febrero
Por fim – um alento: o Ypiranga pode não ter ainda um time de 11 jogadores – mas, tem um grupo e ninguém assegura que a equipe que saiu jogando formará o time titular. Tem gente boa no banco, que, com o decorrer dos treinamentos e dos amistosos, e as observações da comissão técnica, pode ascender à titularidade. Mesmo com a derrota – sem choro de erechinense, o resultado mais justo seria empate pelo que apresentaram os dois times, especialmente pelo jeito que aconteceu o gol num lance fortuito - pois, fiquei com a impressão que o Ypiranga está também dentro de campo mais organizado, qualificado e encorpado para 2014.

Enfim – está melhor. Mas será o suficiente?

Para esta 'primeira etapa' do projeto 100 anos do Ypiranga - foi.

2 a 0 na jogo da volta à Primeira Divisão quinta-feira à noite, 9 de abril, com cerca de 17 mil pessoas no Colosso.

Parabéns à direção, comissão técnica e atletas.