O périplo do Bota no sumiço do Ody
* Coluna publicada no jornal Boa Vista 27 de março de 2014
- Nossa Senhora de Fátima – seu Ody. Quando disseram no Polígono que tinha saído na coluna do Macaco – ‘Pentes Fino’...
- Pente Fino, Bota, Pente. E não é Macaco é Rodrigo Finardi.
- Tá, tá que seje... Quando eu ia vê o Ximitão na prefe era Macaco.
- Desembucha Bota.
- Quando saiu que tu ia voltá pro Boa Vista meu Deus – foi uma bença.
- Que bença, ô beiçudo. Benção. E por quê?
- Ahahh por quê!? Por que foram 410 dia e tu sumido assim devereda!?
- Simpresmente sumiu das página e nada. Ninguém deu uma expricação. Nem tu apareceu. A mãe logo disse: aí tem coisa!
- O que por exemplo?
-
Primero peguei meu escapulário e comecei a rezá. Eu e mãe que tá cuma
tosse, má largá os Derby nem pensá... Tudas noite despois do café com
pão e os retaio de mortadela – que nem o seu Ezídio cô salamão dele lá
das Ostráglia, e nóis vá dois terço por noite. Falando em seu Ezídio,
dizque deu um negócio nele que o Céio falo que bateu na trave. Quem tava
mais perto jura que picô dentro e saiu. Será que o VeinhoLáDeCima não
queria ele?
- Egídio – Bota. E-gí-di-o. E o país onde esteve é Austrália.
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- Bá seu Ody – especularam que tu podia tê sido seqüestrado, que os
peemedebê e os petê pediram tuas cabeça, que assinô ficha no zanellismo
(de nelogismo só sobrô o ismo), que, podia tê ido cô Tirello pra CEEE ou
até, entrado no ‘partido’ do dotô Déquesâime (sem partido). Íí seu Ody.
Fumo nas delegacia, na Brigada, nas rádio, nas imprensa, no Pecatos, no
Santa, no caridade, nas rodoviária. Liguemo pras prefeitura, andemo até
no necrotério, no cemitério da São Luiz pra vê se não tinham enterrado
um-sem-nome. Os bombero então... As Polícia Rodoviária e os escotero
distribuíram foia e foia catua foto nas BR. Teve gente que atravessô o
Uruguai. Passemo tudos os bar, os bichero, o padre Antoninho avisô nas
missa. Viraram os Camboriu, as Meia Praia, Marcelino, a Cascata, fumo no
asilo, no abrigo da prefe. Falava cás guria do estacionamento,
procuremo no Sonda, nos coléjo. Um dia apareceu um casteiano e ele até
rezô pra Santa Helena das Cosas Perdida. Até me alembro: ‘Santa
Elena fue a la mar/Cruz y clavos fue a buscar/Repárame gran señora/Lo
que yo vengo a buscar/Que aparezca, que aparezca, que aparezca!’.
A mãe vivia cátua foto nas mãos e vá padre Marcelo: ‘Grande
Santo Antônio apóstolo cheio de bondade que recebeste de Deus o poder
especial de fazer achar as coisas perdidas. Socorrei-me neste momento
para que por vossa assistência ache o objeto que procuro (Diga o objeto –
‘que o Ody vorte pro BV). Amém!’.
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- Que barbaridade. Era só me ligar ou pedir no BV. - Nessas hora tu
só corre e corre. Liguemo pro Correio e dizque tuas matéria tavam saindo
– má ninguém sabia donde vinha. Os vereador, a maioria nem sabia quem
tu era. Tudo cuidando das base. Na prefeitura, falá em ti era quenem
pedi mais um carnê! Tu sobe dos IPTU? Má - o dia que mais conseguimo
gente pra ajudá a procurá foi quando fumo oiá dentro dos buraco nas rua.
Creio em D’josPai, não sei donde saiu tudo aquilo. Dizque até hoje se
ouve um ô outro grito de ‘tô aqui dentro’... má vai sabê em qual!? O
tempo foi passando, as esperança foram se esvaiando e no fim virô que
nem aquela senhora que se perdeu lá em Aparecida. Eu pensei: o Ody daqui
pra frente é só – onte!
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- Chega Bota. Para! - Tivemo na pedrera, no mato da começão, nos
ônibus do Paraguai, no Samu, na ‘Su’, nas Kombi dos PSDB e PSD, em tudos
os distrito industrial do perfeito; a UPA então reviremo tudo, nos tubo
do Cravo, lá debaixo donde o dotô Déquesâime disse que podia tá o
processo das cassação (?), nos Ifete; as paralela - corremo tudas. Fumo
na UFFS, debaxo dos eucaplito onde os alunos estudam gruuuuudado que só
vendo! Foi mais fácil o dotô Sossella virá presidente da Câmera do
Estado que nóis tê achá. Na greve dos professor, nos gabinete desinchado
da prefeitura quase sem CC, no Fórum, nas justiça federal e estadual,
nos MP... Dizque te viram, má não é confirmado, nos velório do Dary e do
Seu Tramontini, má vai sabê! Falando nisso tu viu quantas otoridade,
quantos erechinense trabalhador, ordero e pacífico tinha nos dois
velório? Deus que me perdoe. Ali ficô escrito como os Bota-Amarela são
agradecido. Só tinha o Waldemar Dorenfelde. Num deles tiveram que chamá o
motorista da funerária pra ajudá a carregá o caxão. Má dexa. LáDeCima
eles tão vendo pra quem abriram os microfone e deram espaço e moral. Não
quero nem vê se eles começá a tê mandá fax pela internete. Creio em
D’josPai – tomara que a dona Dedé não ache nenhum BV pra me dá . Quero
tá nas Criméia!
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- Pelo amor de Deus Bota. Chega! Eu já disse: por que não ligaram
para o Boa Vista? - Tu tá enlocando – seu Odyyy? Posso tê só o 4º livro
do Grupo Escolar, má vai que me atropelasse!? Má viu seu Odyyy – passemo
ainda nos 86 núcreo do OP, na casa do Bento 16 o mostero de Mater
Ecclesiae, onde viveram em crasura as irmã clarissa, carmelita e as
beneditina... Hein seu Odyyy – quanto tempo tu acha que vai durá...
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- Nossa! Recém estou voltando e como sempre disse o compromisso é com
o leitor. Então, sem essa de ‘quanto tempo...’. - Tá bom. Tá bom. Má
um bom sinal eu já vi: ao menos te deram a do Romário (página) e não a
do Zagallo. Agora, essa 11, aiaiai – será que foi por querê? Será que o
seu Macaco não tá querendo tê impunha (empulhar)!? Dexa assim. Achoque
foi mesmo sem pensá e, como tu mesmo diz, esse zanellismo ficô mesmo só
no ‘ismo’. Aqui no Campo Pequeno o 11 tá mais pra ab–ismo. Má tá bom a
11 sóque ainda por cima é página da direita. Direita? Má de novo! Credo.
Pior é se te dessem a do Farcão de 1982, a 15. Cruiz em Credo. Cherô!
Hein seu Odyyyyy, tu por um acaso não tá sabendo se a Tiaméia tá pra vim
pra cá por esses dia? Ai, ui, ai, para seu Odyyy. Cascudo e croque não.
Ai, ai, ui, chega, aiai, ui! Ih – tamém se não durá... O Abelão não
vortô pro Inter já sete veiz! Sabe ainda onde fumo te...
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- Deu Bota. Chega. Até quinta-feira. - Reviremo a acampamento do
seminário, o desfile de 7 de setembro, fumo nas romarias de Salete e da
Fátima, não perdemo uma passiata de junho, andemo nos culto, no Colosso,
no Calderão, tivemo no bailão da Curtura, nas Marcha cô Jesus, pedimo
ajuda daquele nanico gordinho da Curtura que entope os ovidos da cidade
divurgando os baile nas rua, pedimo ajuda do delegado Cecão (Ceccon),
larguemo atrais de tu o Benhur, o Banana, o Galina... Deusulivre – e não
é que vorta bem na Quaresma! Se até tu tá ressuscitô despois de 410
dia! Temo quase no sábado de aleluia. Aleluia Odyyyy! E já tô deitando o
cabelo antes que o seu Macaco me atropele! Viu seu Odyyy... Procurêmo
nas oposição, mas ali sim, deu trabaio. Procuremo tipo bicho má nada de
tu - e muito menos das oposição. Cheguemo se entortá de tanto procurá
nas obras do deputado Tortel, o chefão que trancava os banco, o centro, a
BR... Nada - só conversa. O ‘passarinho’ do seu Ezídio avoo por tudo e
nem ele... - Pelo amor de Deus – chega Bota! - Cheguemo pensá que tu
tinha ido cô Macaco, o dotô Jaci... pra Itália. Achemo até que tinha se
perdido ajudando o Zé das Cruiz a abri os chuvero nos hotel. Bá, seu
Odyyy. Reviremo tudu o bagajero do táxi do Paulão, fumo na, no...