BV - 4 - 7 - 2014
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‘Minhas
cordiais saudações à senhora vice-prefeita de Erechim e, correligionária
atuante do nosso antigo MDB hoje PMDB. Relevo aqui suas origens pedetistas, mas
ao final das contas, anti-arenistas, então, somos todos - soro da mesma bolsa.
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A
despeito do nosso histórico recomendar que não estranhemos mais nada sobre o
que sucede nas entranhas do partido, é com apreensão que assistimos Daqui De
Cima novas fissuras que começam a ganhar corpo no corpo do nosso surpreendente
PMDB. Dizem que a BR 153 começou assim e, depois com a enxurrada...
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Mas,
com a devida consideração pelo cargo que vossa excelência ocupa e mais ainda –
por apresentar-se com a bandeira do nosso velho MDB - que história é esta nova
que se ensaia, porquanto sempre nos apresentamos como uma chama, um símbolo
vivo de resistência divergente à aristocracia reinante em Campo Pequeno ?
Lemos nas colunas do senhor Egídio Lazzarotto e do Rodrigo Finardi e, ouvimos
na 105.9 – via ‘internet/eternidad’, informações e comentários de que estariam
em frigideira, pedaços de asas do seu grupo peemedebista e, pedaços de asas do
grupo do senhor Edgar Paulo Marmentini, presidente do nosso querido partido –
no momento.
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Não
ignoramos o fato de que em termos nacionais do MDB faleceu. Nossa dúvida é por
onde andará sua alma, porquanto, Aqui Em Cima já fizemos buscas por toda a
Nação de Deus e ninguém viu o MDB. Até São Pedro, que tem as chaves para deixar
entrar todo aquele que apresentar mínimas credenciais de não ter mantido
relações demoníacas, ou ter se arrependido em tempo antes da Subida – pois,
consultado, o Barbudo como é carinhosamente aqui tratado, disse que nunca abriu
a porta para qualquer MDB.
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De
outra sorte corre a lenda que ao falecer, refiro-me ao nosso velho MDB é claro,
seu cérebro não paralisou – mas, deu uma guinada tal até abraçar-se aos
tentáculos da Aliança para o Progresso, arquitetada que foi pelo nosso querido
amigo e compadre John F. Kennedy que a proporcionou lá por 1962 com vistas a
proteger alguns países latinos de uma suposta expansão comunista. Mas, como
dizia, assim como seu cérebro deu meia volta (volver - ops!) na forma de pensar
e agir; seu coração também não parou de bater e foi morar em novo corpo onde o
ar era, e é mais respirável. Desde 25 de junho de 1988 é conhecido por PSDB.
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Nossa
preocupação só não é maior porque de certa forma o nosso querido MDB aí de
Campo Pequeno e, o nosso não menos querido e aguerrido PMDB também da mesma
comuna – cada vez mais comuna e incrivelmente com cara de Arena – que coisa
inacreditável!; nem de longe é o que um dia já foi. Apenas para exemplificar:
que história é essa de apego sem medidas por cargos? Mas desde quando o nosso
partido - o partido do Farina, do Zambonatto, do dr. Antônio, do dr. Gollin, o
seu partido, o meu partido –
deu para carregar no bolso uma identidade tão vexatória e que nós –
peemedebistas por vocação e não por adesão -, sempre, sempre condenamos,
veementemente, principalmente ao nosso adversário mais contundente, acusando-o
dia e noite de exercitar em excesso tais práticas referindo-me, é claro, à
Arena, ao PDS.
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À
medida que sempre condenamos tal excrescência, quando exacerbada porquanto
reconhecemos até nós do PMDB, que precisamos de gente da nossa confiança por
perto – mas não de ‘toda a gente!’.
Sei
que vossa excelência não pode escutar aí, mas enquanto faço estas referências
apenas à título de contribuição, porque tem gente que talvez ande vendo mais do
que em verdade é, mas é o que corre; meus vizinhos - Jayme Lago, Afonso
Tacques, Firmino Girardello, o Helly, a Maria de Lourdes, a Carlinda e,
principalmente, o Claudio Grasel não param de rir. Ouça só: ‘que mundo pequeno
pra tanta ambição!’, como se ouvisse mesmo ‘não é pouca prefeitura pra tanta
gente...!? A Arena vive!’ – grita o Castor – (Grasel).
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Eu
não sei senhora vice-prefeita. Mas quando estivemos na cabeça da prefeitura,
nunca se ouviu falar de excessos que se ouve hoje em dia, mas quem sabe – as
torneiras de Brasília supram a devida demanda mais a contento que a ligação do
Cravo à bacia da Corsan. Se for assim, melhor, mas como explicar então que não
tem dinheiro para dar um ar de urbanidade às ruas da nossa cidade – quando
andam até sugerindo que o próximo rally, quem sabe de caráter internacional,
troque o salto dos verdureiros pela Comandante Kramer, por exemplo!
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Mas,
retomando o fio da meada, minha querida senhora Ana Lúcia, se assim me
permites!
Não
deixe que o nosso PMDB se divida e, se enfraqueça mais. Sei que pode parecer um
paradoxo e posso ser rebatido facilmente com a advertência de que ‘somos vice
hoje!’, mas não é sobre onde estamos – mas sobrecomo estamos é que me refiro. Como estamos e como poderemos ficar – é isto que devia merecer a atenção
do partido neste hora, quando sementes da semente da discórdia, começam a cair
em solo rubro-negro.
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Minha
cara Ana Lúcia já se vão 14 anos que não nos vemos. Mas – pela relação política
e profissional, porquanto colega que tive a honra de ser de seu amado marido, o
dr. João – abrace-o por mim; peço que deixe de lado tudo que possa atrapalhar
qualquer tentativa de reunificação do nosso querido PMDB, a mais plena
possível, e trate de fortalecer nossa agremiação para 2016.
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O
nosso presidente ainda é um jovem e deveria também ele entender o que se passa,
ou ao menos saber contar os passos que nos separam do precipício, e quedar-se à
devida compreensão que a hora exige. Recolham suas asas que já se precipitam na
frigideira, pois esse (des) azeite acabará fritando a tudo do corpo
peemedebista, e isto, digo-lhe, com sinceridade e minha contumaz serenidade -
de quem já viu muito mais coisas na política de Campo Pequeno, que levaram a
derrapadas do nosso partido, retirando-nos em definitivo da corrida. Um exemplo
– a senhora estaria ainda de braços com o brizolismo – foi a famosa reunião que
realizamos lá no Piscina Clube, quando da Carlinda ao Piaia, do Frizzo ao
Waldemar, todos clamaram para o dr. Antônio aceitar e ele disse não – para
abraçar-se no dia seguinte como vice do Schmid-tão e, marcharem juntos à uma
contundente derrota em todos os sentidos.
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Excelência
– busque os desgarrados.
Promova
o diálogo.
Outra
coisa: não se deixe enredar em armadilhas que a atual parceria protagoniza como
essa aparente/popular, porém péssima iniciativa, de mexer no Mato da Comissão.
Não
percebe senhora vice-prefeita e nossa virtual candidata à prefeitura em 2016;
que trata-se de uma bomba relógio que a oposição usará sem fazer a mínima força
para ser facilmente compreendida e aceita pela população em 2016?
A
escola brasileira pode ser uma Espanha da Copa – aparentemente bonita e
funcional, porém desorganizada e cheia de estrelas da boa vontade – mas sem
alma. Mas, assim mesmo, minha estimada correligionária, na escola brasileira o
que qualquer criança aprende no prezinho - é que ‘uma flor, uma planta, a mata
é intocável. Que não se deve arrancar nada do que da terra veio’. E não importa
se o projeto é bom. O que é certo de antemão é que se as coisas não saírem como
estão no papel (e a senhora sabe que o papel da gestão pública ‘made in Brazil’
quase nunca é respeitado) essa bomba ecológica vai estourar no colo do nosso
partido em 2016 porquanto, nós é que estamos na Secretaria do Meio Ambiente.
Não
é nada pessoal minha prezada, estimada e querida correligionária – é só...
política.
Ainda
dá tempo.
Estanque
essa história.
Corte
o pavio.
O
tempo lhe dará razão.
Ou,
em último caso, se for mesmo uma obstinação abrir o mato à população, deixe,
por exemplo, para o centenário – deixe para depois do nosso pleito político
marcado pra 2016.
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No
mais, minha cara vice-prefeita, correligionária e amiga estimada. Sabemos que
na política a regra é a imperfeição, o equívoco, a tentativa e, por que não, a
tentação. Mesmo quando o desejo inarredável é o acerto; o erro, o equívoco, o desacerto
nos persegue, porquanto até quando acertamos, haverá sempre alguém de plantão
sugerindo, pregando e alardeando que ‘não é assim...!’. Falávamos deles quando
estávamos de arqueiros. Hoje – devemos respeitar quem nos vê como alvo, porque
em política sempre faz melhor – quem nada precisa fazer. Guarde isso.
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Encontrando
a saída para essa prolixidade aqui expressa – como gosta de sublinhar o nosso
dr. Lânius - ressalto que para mim sempre é motivo de regozijo contatar com os
meus conterrâneos, ainda mais se com alguma fleuma da nossa bandeira
rubro-negra nas veias.
Mas
pense no que lhe sugiro Aqui De Cima: o PMDB a despeito do seu histórico de PM
– DB, quando parecia que estava com cara de pizza não fatiada ainda, parece
mais uma vez, esforçar-se para dar munição a quem nos é adversário.
Chame
o presidente, decida-se dentro da casa de alvenaria, da casa de carne e da Casa
do PMDB. Se vamos chegar – são outros quinhentos.
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Por
fim, minha cara amiga, meus cumprimentos pelo sucesso obtido nessa inesquecível
Copa do Mundo encetada por sua iniciativa pessoal, com direito à exaltação de
outras torcidas.
Esta
é sim, e a reconheço Daqui De Cima, é uma vitória que o PMDB devia tomar como
lição.
Refiro-me
ao desempenho simplesmente surpreendente, à altura de uma Costa Rica,
fantástico e histórico - do seu time no Estádio Nacional de Brasília Mané
Garrincha.
Como
o time se afeiçoou àquela grama!
Pegar
a Arena em plena
Brasília , sua casa, e vitoriar-se.
Eu
disse sua casa?
Casa
de quem!?
Afinal
no que nos transformamos!?
Quem
somos nós hoje!?
Fomos
nós que ganhamos ou eles que perderam!?
Os
costarriquenhos da vizinhança não acreditam no que veem!
‘Ulysses
- Dr. Ulysses – socorro?
Estou
estupefato. Embasbacado.
Como
dribla esse ‘nosso’ Mané!
Saudações
eternas,
Dr.
Sérgio Benito Maccagnini