terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Quem se lembra das Uvas Japão da Baixada!?



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Pesquisadores e discentes do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da URI encontram-se em expedição ao Chile visando coletar dados sobre espécies invasoras daquele país, bem como analisar dados de distribuição de espécies invasoras no Brasil. Em especial, o trabalho buscará uma compreensão maior sobre a distribuição e modelagem de nicho da Uva-do-Japão, uma espécie arbórea muito conhecida e utilizada no Alto Uruguai, para diversas finalidades.

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Por se tratar de uma espécie invasora, os pesquisadores buscarão entender o impacto que esta árvore pode trazer aos remanescentes florestais no sul do Brasil.

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No meio do ano um grupo de pesquisadores permaneceu junto à URI por cerca de dois meses. Agora, com a expedição ao Chile, os pesquisadores brasileiros e discentes pretendem modelar a distribuição mundial, e em especial, no sul do Brasil.

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Segundo o professor da URI, Jean Budke, coordenador do projeto, ações voltadas à conservação dos remanescentes florestais nativos, além de urgentes, são imprescindíveis para garantir provisão de diversos serviços ecossistêmicos, muitos ainda não compreendidos pela ciência e pelos tomadores de decisões sobre o ordenamento territorial e uso sustentável da paisagem, além da possibilidade de se buscar novos produtos oriundos dos recursos naturais.

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Eu não lembro de uma concentração maior de pés de Uva Japão do que havia nos anos 1960/70 atrás das arquibancadas à esquerda do pavilhão, ou, como queiram, ‘na goleira de cima’ que dá para a Torres Gonçalves na velha e extinta Baixada Rubra.


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Nunca contei e nunca ouvi falar quantas árvores seriam, mas com certeza somavam dezenas. Quando a fome batia, ou seria só vontade de mastigar alguma coisa, não se corria ao mercadinho mais próximo para alcançar o salgadinho da hora, nem o refri, pastel ou sanduíche natural. A naturalidade era a Uva Japão.

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Agora, se aquela Uva Japão corresponde à nossa uva – bem daí podemos dizer que em termos de uva e futebol (mesmo quando um nipônico de apito na boca nos seja decisivo!), aí penso que estamos à frente.

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Quantos gols aqueles pés de Uva Japão devem ter testemunhado na Baixada Rubra? E quantas uvas nós apanhamos em fins de treinos quando o técnico botava os atacantes para testar a pontaria que era para ser no Miguel, no Paulinho, no Popy, no Valdir – e vá Uva Japão descendo dos galhos para nossas mãos.

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Como a Uva Japão veio parar com tamanha presença no Alto Uruguai é o que os pesquisadores da URI e do Chile querem descobrir. Na Baixada nem precisam mais ir, porque lá, não só as uvas como as árvores foram engolidas por projetos mais modernos.


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Agora, que tempos eram aqueles!
Sentado na arquibancada de madeira, é verdade, mas a 10 metros do Tomasi, do Noronha, do Índio, do árbitro, da copa do Alemão Preto e suas Serramaltes, do amendoim do ‘Véio Gravi’, do cheiro de éter e de grama. Tudo sob a sombra fechada das folhas verde-escuras dos pés de Uva Japão – ou como diz a nomenclatura oficial – uva-do-japão.

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Bota e o Novembro Azul

Em pleno Novembro Azul, Bota aproveita e vai ao urologista. Afinal é o mês de prevenção (oficial) à próstata.
- Estás conseguindo urinar normal?
- Mais ou menos.
- Como mais ou menos?
- É que parece que sempre sobra um pouco.
- Quantas vezes têm que levantar à noite?
- Primeiro era só de manhã, lá pelas 5. Agora, faz quase um ano, é duas veiz ou até trêis por noite.
- E como é o jato.
- Ah, o jato é fraco, cada veiz mais fraquinho e leva bem mais tempo.
- Depois que urinas – tu balança ou lava?
- Se eu lavo o jato?
- O jato não. Quando tu termina, sempre fica uma sobra. Você lava a sobra do jato?
- Que é isso doutor! Que tá pretiando o olho da gateada das minhas próstata, tá; mas pensando que tá saindo petróleo!?

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Lincoln & SOS...

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O Discurso de Gettysburg é o mais famoso discurso do presidente dos Estados UnidosAbraham Lincoln. Foi proferido na cerimônia de dedicação do Cemitério Nacional de Gettysburg, na tarde do dia 19 de Novembro de 1863, quatro meses depois da vitória na batalha de Gettysburg, decisiva para o resultado da Guerra de Secessão.

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Em apenas 269 palavras, ditas em menos de dois minutos, Lincoln invocou os princípios de igualitarismo da Declaração de Independência e definiu o final da Guerra Civil como um novo nascimento da Liberdade que iria trazer a igualdade entre todos os cidadãos, criando uma nação unificada em que os poderes dos estados não se sobrepusessem ao "Governo do Povo, Pelo Povo, para o Povo".

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Com o inédito advento de aprovação do polêmico projeto de aposentadoria de deputados no final de 2014, no RS, poder-se-ia fazer uma alusão ao histórico discurso do líder norte-americano com um modesto e respeitoso ajuste: ‘Governo do povo, Pelo povo, para o Parlamentar’?

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Os deputados que aprovaram o projeto desconhecem a grave situação financeira do estado? Desconhecem as urgentes necessidades do estado? Desconhecem que político não é profissão? Desconhecem que estar ocupando um cargo público, eleito, é algo que pode ser apenas transitório? Desconhecem a penúria e o maltrato do aposentado/comum que deu uma vida em favor do estado – e com quanto se aposenta?

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Erechim vive se lamentando que não tem representação política. Mas alguns deputados fazem questão de dizer que representam sim Erechim. Pois, neste caso, ao menos pelo que recolho nas ruas, nos gabinetes, em corredores, nos salões, lojas, bancos, hospitais, em comentários pela imprensa, enfim, nas bocas de Erechim, seria melhor que não. Deste tipo de representação é do que menos precisamos, até por que, nunca a tivemos em tal profundidade. Pode ser até legal, e já ouvi que é, mas que pegou muito mal – disso os edis estaduais não tenham dúvida.

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Livre pensar só pensar: como ficam os ex-deputados?
Podem requerer também sua aposentadoria?
E se os vereadores... SOS!