segunda-feira, 3 de junho de 2019

Progressistas postergam acordo interno




Depois que a vereadora Eni Scandolara conseguiu fazer valer seu algodão entre os dois principais cristais do partido, Eloi Zanella e José Rodolfo Mantovani, parecia que o velho PDS estava a caminho de eleger seu novo diretório e, executiva, sem entraves. Mas daí surgiu Luis Eduardo Coferri (Kaká). Ele não abriu mão de concorrer a presidente da executiva e, após muitas conversações tentando um acordo que se apresentasse com José Rodolfo Mantovani na presidência, os membros do Progressita optaram por definir um diretório de 45 membros e 15 suplentes e, dar mais uma semana para conversações internas.

Uma fonte garante que Kaká se diz representante dos jovens do partido. Fossem Eloi Zanella ou Eni Scandolara os candidatos, até se justificaria, mas sem ofensa – mas reconhecendo a caminhada de um e outro, José Mantovani ainda não pode ser classificado como um dinossauro do partido. Está ali – entre os mais antigos e os mais jovens, porém com muito mais experiência que alguns considerados mais novos progressistas.

As conversações tendem a chegar a bom termo. Não houve fato ofensivo de nenhuma das partes e, para alguns dos experientes do Progressista, Kaká é uma liderança que trilha o caminho certo, mas tudo a seu tempo. Além do mais, o partido entende que os mais jovens terão sim espaço na executiva e nas decisões – mas, a presidência, até por questões de representatividade política (que só se ganha com tempo, vivência, derrotas e vitórias), esta precisa ainda ser percorrida.

Afora essa questão – natural em uma convenção partidária -, o que se viu na Câmara de Vereadores, sábado, 1º de junho, foi a força que o Progressista goza em Campo Pequeno. O prefeito Luiz Francisco Schmdit (PSDB), o vice-prefeito, Marcos Lando (PDT), secretários de governo, vereadores, André Jucoski (PDT), Rafael Ayub (MDB) e presidente da Câmara de vereadores; João Elmar Oliveira (MDB) e esposo da candidata Ana Oliveira derrotada na eleição passada onde o partido Progressista teve papel decisivo, o 2º secretário do MDB, Theodoro Tedesco Neto – são alguns nomes que foram abraçar seus adversários políticos. Isto só revela a relevância que o Progressista ainda tem no seio político local.

Numa análise tranquila, o Progressista devia mesclar sua executiva, mas sempre tendo à frente um nome com larga experiência em negociações e isto quer dizer, que saiba ouvir e argumentar em nome de todo o partido, sem deixar-se levar por vontades pessoais e, muito menos, que corra riscos de ser “engolido” no alto mar que definem as coligações de forças políticas para 2020.

E sob este olhar, isento, devia caminhar de forma tranquila para sedimentar em rocha um nome como José Rodolfo Mantovani e outro como o de Luis Eduardo Coferri (Kaká), fazendo-se assim representar francamente com todas as faixas etárias e, principalmente, com todas as experiências alcançadas ao longo de décadas, para impor-se na eleição de 2020 – ou com uma candidatura própria, aglutinando em torno da mesma outras forças, ou, tornando-se, outra vez, a pedra angular de mais um pleito municipal de Campo Pequeno.