Uma fonte garante que Kaká se
diz representante dos jovens do partido. Fossem Eloi Zanella ou Eni Scandolara
os candidatos, até se justificaria, mas sem ofensa – mas reconhecendo a
caminhada de um e outro, José Mantovani ainda não pode ser classificado como um
dinossauro do partido. Está ali – entre os mais antigos e os mais jovens, porém
com muito mais experiência que alguns considerados mais novos progressistas.
As conversações tendem a
chegar a bom termo. Não houve fato ofensivo de nenhuma das partes e, para alguns dos
experientes do Progressista, Kaká é uma liderança que trilha o caminho certo,
mas tudo a seu tempo. Além do mais, o partido entende que os mais jovens terão
sim espaço na executiva e nas decisões – mas, a presidência, até por questões
de representatividade política (que só se ganha com tempo, vivência, derrotas e
vitórias), esta precisa ainda ser percorrida.
Afora essa questão – natural
em uma convenção partidária -, o que se viu na Câmara de Vereadores, sábado, 1º
de junho, foi a força que o Progressista goza em Campo Pequeno. O
prefeito Luiz Francisco Schmdit (PSDB), o vice-prefeito, Marcos Lando (PDT),
secretários de governo, vereadores, André Jucoski (PDT), Rafael Ayub (MDB) e
presidente da Câmara de vereadores; João Elmar Oliveira (MDB) e esposo da
candidata Ana Oliveira derrotada na eleição passada onde o partido Progressista teve
papel decisivo, o 2º secretário do MDB, Theodoro Tedesco Neto – são alguns
nomes que foram abraçar seus adversários políticos. Isto só revela a relevância
que o Progressista ainda tem no seio político local.
Numa análise tranquila, o
Progressista devia mesclar sua executiva, mas sempre tendo à frente um nome com
larga experiência em negociações e isto quer dizer, que saiba ouvir e
argumentar em nome de todo o partido, sem deixar-se levar por vontades pessoais
e, muito menos, que corra riscos de ser “engolido” no alto mar que definem as coligações de forças políticas
para 2020.
E sob este olhar, isento,
devia caminhar de forma tranquila para sedimentar em rocha um nome como José
Rodolfo Mantovani e outro como o de Luis Eduardo Coferri (Kaká), fazendo-se
assim representar francamente com todas as faixas etárias e, principalmente,
com todas as experiências alcançadas ao longo de décadas, para impor-se na
eleição de 2020 – ou com uma candidatura própria, aglutinando em torno da mesma
outras forças, ou, tornando-se, outra vez, a pedra angular de mais um pleito
municipal de Campo Pequeno.