O partido Progressista (ex-PP) concorre para selar a paz interna. Não que houvesse uma
guerra sem volta, mas que algumas esgrimadas, aconteceram
–aconteceram. E, foram francamente expostas nas redes sociais, o que não pegou
bem para políticos de experiência de um Eloi Zanella e José Rodolfo Mantovani.
A vereadora Eni Scandolara vestiu-se de algodão e, lançando mão da sua gene,
elevada sempre à concordância entre quaisquer polos, conseguiu que os pontos de
vista de Eloi Zanella e José Rodolfo Mantovani dessem meia volta volver – e,
serenados, convergissem para o que está acima deles: a história do
Progressista, que já foi PP, PPB, PFL, PDS e ex-Arena. Em especial que o
Progressista não se esfacelasse mais ainda em Campo Pequeno.
Quinta-feira, 30/5, as principais lideranças do partido
reuniram-se e levantaram 65 nomes. Destes – 45 serão confirmados neste sábado,
1º, para o novo diretório e mais 15 sairão para a suplência. Conforme
o andar da carruagem a Executiva do partido para a nova gestão pode também
nascer hoje, mas se a "dilatação" complicar, haverá um período de mais 20 dias,
para aí sim, sair (?) a nova direção partidária do Progressista.
Ao que se apurou nesta sexta-feira, o presidente Reginaldo Bolis desistiu de concorrer
e, Luis Eduardo Cofferi (Kaká), que teria desistido, voltou a colocar o seu
nome à disposição do partido. Já Eloi Zanella adiantou ao “blog do Ody” que
“minha cota já foi concluída”. Isto posto – José Rodolfo Mantovani nada em
águas mais serenas para ser o novo presidente do partido.
Com a transferência da convenção partidária de 18 de maio para 1º de junho
– Mantovani disse que foi procurado em sua residência por um grupo “cascudo” do
partido, aqueles que “tem voto e trajetória política dentro do partido” para
que concorresse. “Me disseram que se aceitasse seria apoiado por esses
cascudos. Não disse que sim, nem que não”. Ainda conforme Mantovani ele teria
colocado duas exigências: 1ª “Resolver a questão do diretório antes”. 2ª “Junto
com isso, resolver para escolher uma executiva de coalizão e não de colisão”.
O partido sempre identificado com Zanella (quatro vezes prefeito), vive hoje,
tempos muito distantes do que já representou no passado. Mas no cenário
político erechinense, ninguém, nenhum partido político com pretensões viáveis
de chegar ao poder, se atreve a desconsiderar a relevância que ainda tem uma palavra de
seu principal líder. E o que pode manter o Progressista com este
peso, esta relevância, independente de quem será seu dirigente maior no papel –
é evitar novas pré-fraturas internas, recompor-se ao máximo possível em torno da
sua história vitoriosa, para, aí sim, virar protagonista ou peça chave no
pleito de 2020 – como tem se mostrado nos últimos 40 anos em Campo Pequeno.