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Quando o Atlântico era
mais um clube de futebol e menos uma marca de marketing, lá pelos anos 1960,
no ataque infernal havia um que se chamava Cardoso. Para perfumar a memória –
Tomasi, Índio, Cardoso e Carioca.
Pois, o Cardoso fazia
lá seus golzinhos, mas era um jogador meio acomodado em campo. Corria pouco,
combatia quase nada. Nos treinos então! Mas, enfim, treino é treino. Ele e o
Índio. Sei, porque acompanhei mais de 10 anos da vida diária do Atlântico no
gramado. Não perdia coletivo, nem “dia de física”.
Se não me engano
naquele inesquecível Atlântico e Lajeadense – o Cardoso cansou de bater
pênaltis. Tinha a seu favor, a sua cara e o seu jeito de gozador. O grupo amava
o Cardoso. Sempre tinha uma saída hilária para uma situação. Enfim – gente boa.
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Quando o time andava
mal e não fazia gols – a torcida pedia a saída de um e, geralmente, sobrava
para ele, o Cardoso, pois afinal, ponta esquerda só tinha um, o Carioca; o
Tomasi corria por ele, pelo Cardoso e por meio time, e o Índio, bem, o Índio era
lento, também não marcava ninguém; mas era o Índio – o Romário do Atlântico. Se
pudessem trocar dez – que trocassem, menos o Índio.
Pois, então sobrava
para o Cardoso. Ele meio que se arrastava para sair e se
deixar cair como um saco de batatas sobre o banco de reservas.
Curiosamente, porém,
sem ele o time parecia (e não só parecia como era verdade) render ainda menos.
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Os gols só não saiam –
como as chances diminuíam e, não durava muito, lá brotava na social verde-rubra:
“Bota o Cardoso – ô treinador burro. Ele não corre, mas sempre está no lugar
certo. Segura a zaga. Não adianta o Tomasi cruzar e só tem o Índio lá dentro”!
O Cardoso só dava uma
olhadinha para trás e com o seu cabelo a “la Burt Lancaster” – parecia com uma
risadinha - mais malandro do que nunca. “Haaaaa... me botaram no banco? - me
vaiaram... e agora gritam por mim. Que maravilha. Querem ´o véio!’.”
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O Cardoso era um dos
casos, onde ele era ainda mais notado, se tornava ainda mais importante quando
não estava no time do que quando era escalado. Ruim com ele – péssimo sem ele.
Sentiam sua importância quando botavam outro no seu lugar. Quando ele estava na
reserva.
Sem o Cardoso, lento e
quase parando, parecia que o Atlântico não era o mesmo. Até o Índio, assim
parecia, jogava menos. E jogava menos mesmo.
Mas ele tinha
virtudes: sabia se colocar. Sabia bater na bola parada ou em movimento. Tinha
senso de colocação e tempo de bola. E isso fez dele um atacante que coube, sim,
na linha de frente do grande time do Atlântico do início dos anos 1960.
Pois, nesse tempo que
fiquei sem escrever – me senti meio Cardoso. E na volta também ainda me sinto.
.X.X.X.X.X.X.X.X.-
TOCANDO A
BOLA (1) – Ouço quase sempre o programa “tocando a bola” às 11h na Difusão.
Pediria ao Amilton Drews, (Garotinho – apelido que eu lhe dei), meu amigo de
longa data e, disparado, um dos maiores narradores de futebol do estado, que
pare de sonhar. “Ah – mas o Grêmio não é o Boa Vista...”. Não é mesmo.
TOCANDO A
BOLA (2) - O técnico Jorge Jesus e a direção do Flamengo conseguiram elevar o
Flamengo ao nível das estrelas de equipes da Europa. É só atentar para a
dinâmica do futebol praticado – com altíssima velocidade em entrosamento,
força, técnica, concentração, foco e capacidade de buscar o resultado até o
apito final. O time quase não simula, como a mania nacional histórica faz.
TOCANDO A
BOLA (3) – O Flamengo absorveu as exigências européias de seu técnico, e, além
de contar com um excelente grupo passou a treinar, se comportar e jogar com uma
consciência profissional – que observamos nos grandes clubes europeus.
TOCANDO A
BOLA (4) – Se não acontecer nenhum fenômeno como Inter e Barcelona, o Flamengo
vai ser campeão de todas as competições brasileiras e sul-americanas nesta
temporada.
TOCANDO A
BOLA (5) - E pelo que tenho visto lá fora – pode sonhar com seu segundo
mundial. Não é o nome dos jogadores só. É a filosofia. O comprometimento. A
qualidade. A força dentro e fora do campo. É a confiança e a convicção que pode
chegar.
TOCANDO A
BOLA (6) - Querido amigo Amilton: O Flamengo não é melhor que o Grêmio. Não. O
Flamengo é muito melhor que o Grêmio e que todos, todos os outros times do
Brasil.
TOCANDO A
BOLA (7) - Minha curiosidade é – ver o que Sampaoli consegue fazer do Atlético-MG.
O resto, sonhar em desbancar o Flamengo de Jorge Jesus é sonhar em acertar na
mega sena.
TOCANDO A
BOLA (8) – Escrevo antes de Flamengo e Fluminense. Só faltava ressuscitarem
logo ontem Barcelona e Inter.
MDB (1) –
Uma fonte garante que até o MDB seria aceito no Grupão, mas sem a figura do
ex-prefeito, ao menos como candidato.
MDB (2) –
Enquanto esses tamborins começam a esquentar, o MDB parece curtir um samba de
raiz, e assegura pela fala de seu presidente, Edgar Paulo Marmentini: “O nome
do Polis vai estar na urna!”.
SOA - Esse
“vai estar na urna” dá margem à interpretação. Com “certeza estará porque já
está tudo definido” ou “estará por convicção porque se tem muita esperança de
reverter um quadro...”.
CHARLES –
Enquanto isso, Charles de Gaulle, que não fez a frase “o Brasil não é um país
sério” - mas levou a fama, revira-se de novo em sua tumba francesa.
NESTE
JORNAL (1) – Já li neste jornal que Antonio Dexheimer, Eloi João Zanella e Luiz
Francisco Schmidt, estariam dispostos a abrir caminho para um novo nome. Um
nome que não tenha ainda exercido o cargo de prefeito.
NESTE
JORNAL (2) – Agora, se o MDB garante Polis na urna, logo, nem todos os partidos
e nem todos os ex-prefeitos pensam em abrir mão para um novo nome na política
de Erechim. E observe-se: é legítimo.
PSB –
Pergunta: E o PSB de Flávio Tirello? O sonho do pai era (talvez ainda seja) ver
o filho prefeito. Disse isso uma vez. No grupo da “Terceira Via” se tem como
certo que Flávio será vice de Polis. Se este puder realmente concorrer.
PDT –
Pergunta: O sucessor imediato do prefeito não é o vice-prefeito? Na política
esta máxima não vale? Se o prefeito decidir não puder mais concorrer ou se
decidir não buscar a reeleição, o nome natural não seria do vice?
2004 – Já
contei, mas nem todos sabem ou prestaram atenção. Em 2004 Eloi João Zanella
jurava por todos os santos que não seria candidato. Não sei se por pressão ou
pela mãozinha da oposição, concorreu e ganhou seu quarto mandato.
MÃOZINHA –
Mãozinha ou mãozona!? Zanella sabia que tinha no mínimo 30% dos votos, sem sair
de casa. Como nas contas dos “experts” Antonio Dexheimer teria cerca de 25% e
Luiz Francisco Schmidt outros cerca de 25% - já seriam 80% dos votos válidos.
MÃOZONA – A
reeleição estaria garantida. Mas para não deixar dúvidas, o PT escalou um
candidato também. Elio Spanhol que teria, em tese, mais uns 10 a 12%.
OS VOTOS – Na
contagem final a eleição ficou assim: Elio Spanhol obteve 11,81% dos votos,
Antonio Dexheimer, 26,64%, Luiz Francisco Schmidt, 26,79% dos votos e Eloi João
Zanella ganhou com 34,76%.
NÚMEROS –
Diante da evidência lógica dos números, Zanella não teve outra opção e partiu
para sue quarto mandato.
DIFERENTE –
Agora é diferente. Luiz Francisco Schmidt foi eleito com 41,521% dos votos. Ana
Lúcia Oliveira conseguiu 41,504% dos votos. Não existe margem para sonhar com
nada mais concreto. Ademais, Schmidt já adiantou que não concorre. Assim como
Zanella em 2004!?
CONJECTURA
– Quem votou em Ana Lúcia Oliveira não votaria nela este ano? Isso dá no mínimo
41% dos votos. Agora, pensando bem, conjecturar sobre porcentuais pode
representar um filme de terror.
A PERGUNTA
– A pergunta é: quem tenta uma reeleição entra fortalecido ou enfraquecido na
sucessão. Aí – só os deuses que vêem quem dedilha os números na urna eletrônica
poderiam responder – antes.
COVID-POLÍTICO
– O que chega antes: a vacina contra o Covid-19 ou a consciência comunitária de
que estamos todos no mesmo barco em Campo Pequeno – e por isso seria importante
começar a pensar nomes mais consensuais para todos os pleitos – prefeito, vice,
deputados estadual e federal!?
LUTHER KING
– Atribui-se a Martin Luther King, líder negro americano, a famosa e
indiscutível frase: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio
dos bons”.