Kenzo |
O mundo não é mais o mesmo.
É a mais pura verdade.
O
mundo todo. Ou – quase tudo e por tudo.
Essa
pandemia, mas não é só ela.
Veja
você e atente para sua idade.
Quem
nasceu na década de 1950/1960 sabe.
Já
dói tudo.
E
é aqui que a coluna, a lombar que há muitos anos se dizia “lombo” - mas que
hoje, com esse negócio de não se poder falar mais nada porque já saltam mis
patrulheiros do acaso e, convenhamos, pra que isso se um dia, tudo e todos
serão devorados por bactérias, se o próprio corpo comerá a si -, pois, como
dizia; é na lombar que os papagaios se criam e começam a se alfabetizar pelo
próprio ABC evoluindo, com o passar das séries para frases completas.
Veja
que todas as quartas-feiras, tenho um compromisso às 3 da tarde: ir visitar uma
fisioterapeuta, para aliviar as bicadas dos papagaios que não param de gritar
nas costas.
E
como o mundo não é mais o mesmo – de verdade -, lá vou eu, todas as
quartas-feiras (já fui duas e não tem prazo para interromper) com o meu Kenzo
(meu Shih-tzu), para massagear com laser a lombar do amigo de quase 9 anos. E parece
que está dando resultados, porque a papagaiada, aparentemente tem se aquietado
sob o couro do bichinho. Ele não disse de voz , mas tem reclamado menos. Seu
olhar – eu o leio -, diz.
Sempre
soube que um ano de vida de um canino equivaleria a sete dos humanos. Mas andei
lendo que isso seria lenda, variando conforme a raça, tamanho, peso e idade e, assim, mudando
a relação conforme vai avançando.
Neste
caso o meu Kenzo - raças de cães pequenos -, um ano de idade, corresponderia a 15 anos de um humano,
com dois anos equivaleria a 24 de um humano – pulando daí em diante de quatro
em quatro anos. Exemplo: o cãozinho com três anos corresponderia a 28 anos de
um humano, com quatro anos - a 32 anos de um humano. De sorte que o meu Kenzo,
então, que estará de aniversário dia 23 de setembro próximo quando completará
nove anos, nesta escala, corresponderá a 52 anos de um humano. O que cá para
nós – é muito azar para só com essa idade, já estar acomodando no lombo, ou
melhor, na lombar - tantos papagaios com seus temíveis bicos. E sabe-se lá mais
o que eles podem estar proferindo contra o Kenzo!?
Também
não discuto se está certa esta relação de idade, raça, peso e tamanho entre cão
e humano. Não discuto porque li na internet – e hoje, tudo, absolutamente tudo
que você começar na vida, mesmo só em pensamento, pode e irá ser desautorizado
pelos “patrulheiros das mis causas sem causa”, em nome sabe- lá do quê, porque,
até aqui; se você ousar dizer que é por isto ou por aquilo, será contestado e
apontado pelos “patrulheiros” que, muito provavelmente ao não saberem o que
fazer, tratam de “fiscalizar e desautorizar” quem ousa mexer movimentar um
olhar.
Pois
é. O mundo não é mais o mesmo.
A
Sonia anda dando aula pela internet. Sem sala. Sem aluno. Sem chamada. Sem bagunça. Sem
recreio. E olha que os períodos tem se espichado, às vezes, até duas da matina. Quem
diria?
Quem
diria que as “patroas” um dia rezariam para a volta do futebol, porque, nem
todo homem tem a paciência de um cãozinho quando não se tem nada para rir,
xingar ou comentar.
Quem
diria que, em alguns casos, a mulherada até que gostaria de ver o bar da
esquina aberto, para, sentir-se aliviada, como direi daquele... “traste” que bom
mesmo é – quando está fora de casa -, pelo menos uma tarde cheia.
Quem
diria que fechariam por uns tempos os restaurantes, o futebol, os clubes de
baile, as piscinas, as casas de “má fama” - algumas tão afamadas -, que haveria
corte de horários em viagens de ônibus, de avião...Cancelada a Semana Farroupilha. Sem fandangos. Cancelado o revellión?, o carnaval corre risco? Sem cultos, procissões, romarias e nem missas
presenciais. Que nem os parentes poderiam se visitar mais. Quem diria que um simples
espirro – seria visto como atentado terrorista, por certo, porquanto soaria como uma bomba!
É,
o mundo não é mais o mesmo.
A
única coisa que parece que não vai mudar, é o indicativo que em campo pequeno,
(com “p” minúsculo mesmo), é a tendência de eleger mais um dos mesmos que tem governado a
comuna no último meio século.
Bem,
mas daí já seria querer demais, puxa vida, porquanto afinal, mesmo que tudo mude
no mundo inteiro – pelo menos algo ou uma região física ou geográfica por menor
que seja, por mais minúsculo, um pedacinho de um não sei o quê!; deve ter sua
natureza preservada - fora do alcance até do mais moderno dos satélites fiscalizadores do
mundo, destes que tudo veem e tudo vigiam: o umbigo – por exemplo.
Quem
duvidar que observe: em campo pequeno o leite já coalhou três vezes – porquanto
por três vezes, derrubamos a bandeira vermelha. Observando ao longo dos anos, alguns posicionamentos e manifestações, nosso umbigo se parece mesmo com a impressão
digital do mundo.