Fruto do desenvolvimento da inteligência do homem é o último grito em termos de avanços tecnológicos.
Há milhões de anos, uma família teve várias filhas: provavelmente Ignorância veio antes. Faltava-lhe o conhecimento. A seguir nasceu Inteligência. Descobriu a utilidade do fogo, inventou a comunicação. Depois seguiu-se Insensatez. E finalmente vieram Burrice e a seguir - Burrice de Caso Pensado. Milhões de anos depois eis que nasce da mesma raiz a Inteligência Artificial. Moderna, já é conhecida só pelas iniciais - IA. Uma hora dessas vai aparecer tatuada.
Todas de genética igual - mas únicas mesmo irmãs, seguiram pelo exercício das suas características próprias explicitando ao longo dos tempos cada qual, seu caráter.
Para quem olha do alto de modo mais superficial, vê em Inteligência e Burrice, irmãs gêmeas; porquanto salta aos olhos suas infindáveis diferenças nesta vida, apesar de irmãs gestadas do mesmo "útero". De tão diferentes relacionam-nas de gêmeas opostas, lembrando não obstante, que nessa relação, Burrice é a segunda delas.
Pensando bem, nessa família, há o Dedo de Deus.
De outra sorte, tudo que é
novo hoje será superado em breve ou um dia, na vida de cada uma delas. Porém, suas personalidades não devem mudar, graças ao pai/homem que ainda teima em andar com as filhas, atento para que não se desviem se suas missões.
A (IA) está na
indústria, na área financeira, na criação de produtos e serviços, na economia
de tempo, na conquista do espaço, na medicina então... no processamento da linguagem, no cinema, no
agronegócio, em análise de genética, anda até identificando suspeitos e
criminosos nas grandes cidades, aumento da produtividade, novos modelos e
condução de veículos, execução de tarefas básicas do cidadão no dia a dia. Interage
no mundo computadorizado, na robótica. Está ou é a própria - Internet, Google,
Facebook, WhatsApp.
Agora, quem observa
o mundo com cabeça de humano comum, tem andado no mínimo nesses últimos anos de cabelo em pé sobre a rotina diária dos informes via imprensa e mídias
mundo afora. Incrédulos com a (IA) e com sua irmã bem mais nova (Burrice).
Sempre houve
guerras, conflitos, mas que razões movem algumas lideranças por atos selvagens,
na promoção de chacinas contra pessoas que não conhecem, que jamais encontraram,
que nunca viram? Não seriam produtos modificados ou controlados por algo oposto à Inteligência Artificial?
Sabemos que
isso já foi bem pior.
Remonta aos confins do início dos tempos.
Por que
diabos o homem pode ser tão beligerante e complacente com sua ira?
Teria o Autor errado na fórmula ou apenas
concedido livre arbítrio ao homem para ver no que dava!?
Desde que o mundo é mundo essa dualidade corre como dois trilhos
rumo aos fins dos tempos, cada uma delas evoluindo, se esmerando em seu papel.
Peguemos o Brasil.
Cantaram o
hino nacional de mãos dadas e braços erguidos, quando o velho Ulysses (Guimarães)
levantou a Nova Carta Magna - 1988 em Plenário. Era para ser a aurora de uma
Democracia, onde a paz, as garantias, deveres e direitos sociais dariam o tom e, sobretudo, duradoura.
Quando chegou aos seus 30 anos a Constituição Federal veria aprovada a sua 100ª emenda, segundo site do Senado Federal.
Seria apenas o nosso jeito de ser e
fazer - ou ação de uma das irmãs?
Há décadas
se fala que a saída para um Brasil melhor é a escola. Acabar com o analfabetismo,
desenvolver a educação assim como se tivéssemos olhos repuxados
horizontalmente e a inteligência real; que alguns países asiáticos ensinam. Que
nada.
Desconsiderando os 523 anos passados, acumulamos três Uruguais que não sabem ler nem escrever.
Outros quase três Uruguais de brasileiros entre 15 anos e 29 anos que não estudam e nem trabalham., segundo IBGE 2022.
E isto – sob diferentes
modelos, partidos e ideologias que se revezaram na governança do país.
Seríamos
um povo escolhido para vítima preferida da "Burrice"? -lembrando ela
como a irmã mais nova da Inteligência e bem mais velha da Inteligência Artificial! As três com o único propósito
de dar o melhor de si, porém sempre apegadas.
Ou tudo não passa de ação da outra integrante da família a "Burrice de Caso Pensado"!
Quando o
assunto é linha de pobreza somos 2º do rancking no G20.
Conforme a Agência Brasil, em 2023, os 10% da
população brasileira com maiores rendimentos per capita tiveram renda 14,4
vezes superior a dos 40% da população com menores rendimentos.
E pasmem – do
que a “ a ignorância de caso pensado ou a burrice artificial” (só pode ser uma delas) é capaz: essa diferença entre
ricos e pobres é a menor, sim, a menor já registrada no Brasil.
E a seca sem
fim – no nordeste? – com suas peculiaridades que todos conhecem.
E sobre as
razões das enxurradas, enchentes, devastação, dos milhares de problemas e do
que ainda mostrará sua cara dentro de meses e anos, o que dizer!?
E os mortos,
afora os desaparecidos – foi Deus que quis assim? Choveu como nunca? – sim,
choveu. Mas ambição, omissão e desconexão ao que da terra é – embaixo e acima
da superfície – não avalizaram o desastre?
Erechim, que
há muito tempo assiste namoros conceituais aparentemente supremos beirando
confundir-se como se um astro fosse, e ao redor do qual giram os demais, pois a cidade que até alguns dias tinha dois terminais
rodoviários, separados por uma rua para quem vinha por terra de qualquer parte
do continente, não fica para trás. Agora, com rodoviária única, porém, observe-se, um tanto espremida.
Apesar do fato constituir um avanço, convenhamos, pode ser algo a ser
estudado quando se ouve vozes como que querendo alçar o status da cidade ao luzeiro do firmamento. No entanto, reconheça-se, este é um feito que ninguém antes havia consignado, embora as demandas de Campo Pequeno neste setor mereçam um terminal bem mais amplo e confortável, aberto dia e noite.
Capital onde
a elite voa nas suas próprias aeronaves (parabéns) e lembra na corpo do seu “campo da
aviação” uma espécie de
museu (em nuvem digital) a exibir e recordar assemelhados variados de transporte coletivo como
Varig, Sadia, Cruzeiro do Sul e Savag na década de 1960.
Isso permite que nos perguntemos: afinal
nosso relógio coletivo parou ou anda para trás, porquanto em 1963 tivemos 119 pousos e decolagens em único mês. Média de quatro por dia incluindo fins de semana. São 61 anos - convenhamos, um bom tempo para refletir sobre o que pensamos ser e o que de fato somos.
O caso poderia inserir-se na série “De volta para o futuro”. Pois é, queiramos ou não, esta também é a Erechim - vista com olhos nus e não num Apple Vision Pro.
E a queda de
braço por transbrasiliana e RS 135.
Uma só seria uma conquista quase
redentora - contudo os esforços acabam se dispersando, quando tentam sentar em
duas cadeiras com um só traseiro.
Retomando a
tragédia das enchentes. Olhem o lixo nas
ruas em Porto Alegre ou aqui. E as edificações que erguem sob tubulações de
polegadas dos velhos tempos ou estaria enganado? E o apetite expansionista.
Quem fiscaliza? Olhem a geografia de POA, de áreas urbanas mais atingidas ou o nosso próprio quintal!
Até onde se sabe, vontade política não falta, observando-se o enrosco jurídico envolvendo contrato antigo entre município e Corsan ou ex-Corsan...
Ouço muito “nós
– aqui estamos no paraíso Graças Deus...”.
Para alguns, o mistério sobre
“quem é Deus”, encontra resposta em “olhe a natureza – preste atenção nela", dando a entender neste conceito que Deus seria a própria.
Procurem pelo
Panteísmo.
Se ela é ou não é – não sabemos, mas aceitamos a tese de que a natureza
costuma não esquecer. Então - atenção.
De outra
sorte vivemos numa cidade também conhecida por “Capital da Amizade”.
É a mesma cidade onde
amigos se fazem “inimigos” a ponto de não se entenderem em torno de uma
liderança que a represente para tentar estar entre os 513 que decidem o tamanho
da fatia no bolo tributário nacional. E assim seguimos juntando migalhas que caem de um
ou outro pratinho, de vez em quando.
Diligentemente
enrabichamo-nos às colunas de “Les Miserábles” interpretando a desigualdade e o
sumiço do mapa político.
Fechando os olhos à “ignorância de caso pensado ou algo como burrice artificial made in Alto
Uruguai”, não seria esta uma questão de até simples solução contando os mais de 180
mil votos?
Se é consenso que uma representação em Brasília nos abriria para um
novo e promissor horizonte, onde fica nosso honorífico título de “capital da...”
Provavelmente maior empenho de quem pode fazer diferença, dedicando mais suas inteligências para
assuntos que beneficiem de fato, a cidade e região, fariam o personagem Ethan Hunt, brilhantemente interpretado
por Tom Cruise na saga “Missão Impossível”, conviver entre nós, como se
residisse na Maurício ou na Sete, no bairro Atlântico ou nas Três Vendas, no Esperança ou nos Altos da Frinape.
Quem sabe a Inteligência Artificial, um dia, desce sobre o astro Bota Amarela e
adjacências –fazendo pousar por estas bandas tão badaladas e ironicamente
tão esquecidas; uma geração com um senso nada excepcional, apenas mais realista
e menos personalista. A começar pela imprensa onde me incluo.
A questão mais preocupante é o homem - pai das Inteligências, Insensatez, de Ignorância e das Burrices. Pois, olhando para trás, nada se deve duvidar sobre suas capacidades de continuar incentivando a especialização de cada uma delas, no que é peça fundamental.
Por que do jeito que
as coisas andam nestes últimos tempos, mais especificamente da Covid 19 para
cá, o que mais se sabe é sobre as consequências.
Consequências de curto prazo, pois esses novos atos protagonizados pelo homem, ou com sua contribuição, se por um lado acendem novas lâmpadas em meio a escuridão
e incertezas do agora, como por exemplo a descoberta da vacina contra o Covid em tempo recorde; ao mesmo tempo estão também a acender fios ainda desconhecidos sobre o que virá quando a chama correr e comer o fim do pavio.
Por tudo isso, um arrepio pessoal neste final me assola: se a Inteligência Artificial já anda inclusive produzindo textos de qualidade, espero que este aqui, por inveja, não seja uma manifestação da segunda das gêmeas.
O que poucos suspeitam é que ela acalenta um sonho guardado a grossos cadeados e que remonta aos tempos em que passou a descobrir a que veio. "Evoluir", avançar a ponto de um dia ser reconhecida como sua irmã milhões de anos mais nova - a IA.
Mas vem avisando há tempos por sinais: cada uma na sua.
Inteligência Artificial de um lado, Burrice Artificial de outro.