Alisson Tadei fez o único gol da vitória. Crédito: Enoc Júnior |
Quem viu Ypiranga e Figueirense (1 a 0 – Ypiranga), viu Ypiranga e Tombense nesta segunda-feira, 11/5 (1 a 0 – Ypiranga).
Não só pelo
resultado, mas por todo o mais.
O Ypiranga
voltou a fazer um bom primeiro tempo onde conseguiu seu gol numa bonita trama
de contra-ataque e conclusão certeira de Alisson Tadei.
A Tombense,
por sua vez, pareceu menos que o Figueirense e, isto possibilitou que os
comandados por Thiago Carvalho, tivessem o controle da partida toda.
A surpresa
do técnico, na ausência de Gedeílson, foi a improvisação do bom e versátil Jonathan
Ribeiro, jogador de flanco avançado, atuando como ala direito. E deu certo. Provavelmente
resultado de observação do adversário, Thiago também promoveu a entrada de Caio
Mello que joga mais à frente que Lucas Marques (ambos tidos como segundos
homens de meio campo) que também fez uma boa partida.
Criando
muito e tendo a bola na maior parte da partida, o Ypiranga não correu sérios
riscos. A lamentar apenas as chances criadas e não convertidas. E isto deve merecer
do técnico Thiago Carvalho uma reflexão mais serena. A rigor nenhum dos camisa
nove até agora com chances no comando do ataque tem convencido. Edson Cariús,
que jogou ontem e Zé Vitor são atacantes de área com características diferentes – ambos têm mostrado presença mas
lhes falta o gol.
Com o goleiro Alexander se afirmando, com o trio de zagueiros sendo pouco exigido graças também ao bom trabalho pelos lados do campo e, principalmente do coração do time – o meio campo; contra adversários mais qualificados o Ypiranga precisa encontrar uma forma de aproveitar as oportunidades que o time tem mostrado que pode criar. Porque resultados apertados, mesmo com o domínio das ações, permitem que até adversários mais limitados se alcem ao ataque na busca de um empate e isso, de certa forma, instala uma espécie de pânico com a bola rondando muito perto e várias vezes a meta do goleiro Alexander, nos minutos finais.
Claro que o
Ypiranga não merecia outro resultado que não fosse a vitória, porque jogou para
isso. Mas a verdade é que jogou para mais, bem mais e ver-se longe das
investidas dos últimos 10 a 15 minutos. E como estamos falando de futebol –
tudo pode acontecer e uma das regras é que nesse esporte -, não há justiça. Há
resultado.
Cabe ao bom Thiago Carvalho, que “ressuscitou” o Ypiranga do Gauchão praticamente com os mesmos atletas, encontrar alguém (pode ser os que estão jogando), a completar com sucesso as inúmeras oportunidades criadas. Com 12 pontos o Ypiranga é o 6º na tabela, com dois jogos a menos que os dois primeiros colocados, e três menos, que os demais três melhor colocados.
O Ypiranga tem melhorado, e bastante, mas ainda tem faltado o principal no futebol - converter as chances quando elas aparecem. A razão é simples: os atacantes teoricamente mais responsáveis pelos gols, precisam não só convertê-los, mas, com eles - ganhar confiança. O meio campo encontrou uma formação e tem boas opções. Porém, no momento, o futebol do Colosso da Lagoa é para um único objetivo: lutar por uma vaga entre os oito. Depois - é uma outra competição. E sem estar entre os oito, nem adianta sonhar com essa outra competição. E pode ficar entre os oito? - Sim, pode. Tem jogado para tanto, tem grupo para isso e tem comando para isso.