sábado, 27 de setembro de 2014

Atlântico - 99 anos!



 Painel 19 set/2014


Já escrevi muito sobre o Atlântico.
No dia 20 o CER completa 99 anos.
Começou como uma Sociedade Italiana de Mútuo Socorro 20 de Setembro. Passou por vários esportes e hoje vive de atividades esportivas, lazer e social para seus associados. Projeta-se no país através do Futsal. Para mim a relação sempre será com o futebol de campo. Meus parabéns à família atlantina, cumprimentando o presidente do centenário, Julio Cezar Brondani (foto). Dedico ainda aos atlantistas Altair Santolin e Vinícius Dimas Pedrollo – este -, que apesar de ter apoiado o que veio para substituir o futebol na Baixada Rubra, hoje, considera-se arrependido. Nunca é tarde!


O ÚLTIMO ATLANGA - 1
O último Atlanga reunindo equipes profissionais aconteceu no dia 25 de novembro de 1976 no Colosso da Lagoa. O Atlântico venceu por 3 a 1. Os gols do Galo foram de Zeca, Paulo Taborda e Darci. Paulo Roberto descontou para o Canarinho.

O ÚLTIMO ATLANGA – 2
A síntese da partida mostra que ‘embora dominasse a meia-cancha, o Ypiranga tinha naquele dia um ataque sem forças. Jogando em contra golpes o Atlântico apostava na velocidade dos seus atacantes. O primeiro tempo terminou empatado em um gol. No segundo tempo o Atlântico manteve sua tática e em duas escapadas confirmou a vitória. A renda não foi fornecida. A arbitragem foi de Ferreira de Almeida.

O ÚLTIMO ATLANGA - 3
Atlântico jogou (e entrou para a história com): Luis Carlos; Cosme, Carlos Alberto, Virgílio e Adão; Zé Carlos, Zeca e Fernando; Jaime, Darci e Paulo Taborda. Ypiranga teve: Jurandir; Jonas, Moacir, Joubert e Cito: Éderson, Lambari e Paulo Roberto; Zezinho, Vilson e Rosalino.

ATLANGAS – 4
 Nos dias 16 de agosto de 1981 e 18 de outubro de 1981 foram realizados dois clássicos no Colosso da Lagoa e Baixada Rubra, respectivamente, mas o Atlântico montara times amadores. No Colosso acabou empatado sem gols e na Baixada outro empate em um gol. Victor, cobrando pênalti fez o gol do Galo e Sachet empatou para o Canarinho. Os dois jogos foram disputados pelo Campeonato Regional – Cinqüentenário de Carazinho. 

ATLANGAS – 5
Em 12 de outubro de 1993, organizado pela extinta Associação Erechinense de Profissionais da Imprensa (Aepi), foi realizado um clássico Atlanga de veteranos – mesclado com atletas mais jovens e até imprensa -, no Colosso da Lagoa. Francamente não lembro o resultado.

TIME
Um dos últimos times do Atlântico é este onde se pode ver da esquerda para a direita em pé: Mario Tito, Luiz Carlos, Valdecir, Manoel, Virgilio e Alvim. Agachados: Jaime, Laerte, Darci, Mano e Servilio. Estádio da Baixada Rubra – Década de 1970.




FECHA
No dia 7 de janeiro de 1977 sai a última matéria do Atlântico, com futebol profissional, na imprensa local. Seu departamento de futebol estava fechado. Voltaria em 1991 com o nome de Atlântico F.C. no Bosque do Galo.


LONGE?
E o 6º Acampamento Farroupilha será o último sob os olhares de Nossa Senhora de Fátima. Ao menos no que diz respeito ao monumento. Em 2015 o evento acampa no Parque da Accie e, talvez a partir de 2016, já estará em sua casa própria – o Centro de Eventos Culturais que vai abrigar os mais variados tipos de encontros sobre cultura. Com isto o Acampamento Farroupilha está indo para mais longe. Longe?

DESFALQUE - 1
Neymar foi um desfalque para o Brasil. Talvez não evitasse nem os 7 a 1. Mas Di Maria foi um imenso desfalque para a Argentina na final. Nomes afirmados que interferem no nível de confiança de times – faltam por si e pelo todo.


DESFALQUE – 2
O governo Paulo Polis/Ana Lúcia de Oliveira sentirá a ausência do jornalista Salus Loch. Vai repor – mas Lavezzi ou Perez não são Di Maria. Ademais, secretário de comunicação ou assessor de imprensa, são menos redatores de notícias e, mais, relações humanas do governo e, principalmente, no governo. Estão mais para relações públicas do que jornalista/noticiarista.

DESFALQUE – 3
 E esta função de saber caminhar sobre o fio sem rede, onde o ar tem menos oxigênio e mais interesses, é para um profissional que compreende na sua plenitude que um circo tem bilheteiro, porteiro, pipoqueiro, equilibrista, domador de feras e dono e que nenhum deles pode falhar. E a pior falha acontece quando o pipoqueiro quer vender entradas, o dono ser o equilibrista ou porteiro entrar na arena e domar feras. Salus Loch, parece, vinha conseguindo diminuir essas tentações.  


Meu Atlântico dos Atlânticos!

1
O Atlântico está no ano fazendo 99 anos. Quem tem mais de 80 anos é que pode avaliar melhor o que é chegar aos 99.

2
Fui criado nos arredores do Atlântico, quando este nome era sinônimo de time de futebol.

3
As manhãs eram de aula no JB e depois no Mantovani, mas as tardes, as minhas tardes, eram todas do Atlântico.

4
Fui tão do Atlântico, que quando o meu Atlântico foi fechado, para dar luz a outros dois Atlânticos – me recolhi e na espreita dos Atlânticos novatos - tento ficar.

5
O que menos importa, neste ano, porém, são erros ou equívocos a serem depositados na mesa verde rubra.

6
Os clubes, como as famílias ou os partidos políticos, como os grupos de amigos ou as pessoas – tem a divergência, a desconfiança e a ambição no corpo. Quando ela não é notada não é sinal que não existe. Ela se finge ou é abafada. Mas é!

7
Durante os anos 1960 e 1970 vivi o Atlântico nas suas entranhas – e me atrevo, mais que dirigentes que sabiam do que corria nos gabinetes. Agora, nos vestiários, no gramado, no pavilhão, nos dias de física, ou coletivo duvido.
Quando atlantistas de salão que hoje erguem da bandeira do Galo, e nem se sabiam atlantistas, eu, limpava todos os fins de tarde as chuteiras dos meus ídolos.

8
Palitos de picolé, eram minha ferramenta predileta para destravar as travas barrentas
de verdadeiros pavilhões humanos desta história de glórias.

9
Meu método mais acertado de limpeza de chuteiras consistia em deixar o barro secar, e então, era só colocar o palito na ponta e, toc... a botina do Índio estava para pés de goleador. Para os pés do Pinhão.

10
 Vi em duas décadas e alguns anos picados na conta do tempo cheio, grandes jogadores de futebol na Baixada.
Hoje, quando na tela, peladeiros se constroem craques de vídeo, aí mesmo é que bate a saudade.

11
Sempre que tento escalar o meu melhor Atlântico, me sinto desconfortado, porque é uma tarefa que exige desprezar grandes jogadores. Impõe perdas, sacramenta injustiças, pois traz lembranças dos que não podiam ficar fora.

12
Como poderei escalar um time sem Miguel no gol? Mas o que direi a Popy, Paulinho e Valdir? E Waldemar – o Pantera?!

13
Meu lateral direito seria Frazão – mas e o Tiassa que jogou na melhor defesa do Galo?

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Na zaga central, talvez uma das poucas dúvidas. É Garcia... mas e o Osmarino?

15
Na quarta-zaga o lugar é do insuperável Noronha, mas quem viu a regularidade de uma década de Glênio o que dirá? Deixar o capitão fora? E o Virgílio!?

16
Na esquerda, entre Fossatti, Odirlei e Deda, ficaria com Cláudio.

17
Zé Carlos é o centromédio, mas e o Mugica, o Odir, o Airton Samuel...!?

18
Na meia esquerda havia o Celmar, o Maneca, o Joãozinho, o Juarez, o Assis...!

19
Na ponta direita, não tenho dúvidas: em 20 anos ninguém foi igual Tomasi. O gringo entraria em qualquer uma das onze no meu time de ‘todos os Atlânticos’. O Da Silva que me perdoe.

20
Na meia direita, o Borjão, o Luiz Fernando, o Huga... o Salada, o Moacyr!

21
Na centroavância, ele, - o Índio.
O time começa por ele.
O Pinhão foi o Romário do Atlântico.
Matava a física na segunda, na quarta e sexta.
Se arrastava nos coletivos terça e quinta.
Só pensava nas partidas, das 4 às 6, nas tardes de domingo. Mas - nesse meio tempo era um inferno para os adversários.
Sempre o mesmo drible, sempre dentro da área, sempre quase parado, sempre no lugar certo, sempre o toque, o desvio, sempre a conclusão venenosa.
Sempre meio gol – quase sempre gol.
Sobraram Waldemar, Mariotti, Cardoso... mas eles sobraram - para um monstro.

22
Na ponta esquerda tinha o Carioca, o Djalma, o Amaro, o Luizinho, o Ernani.

23
É claro que astros sagrados como Borges (o maior craque da história do Atlântico) – e o monstruoso guarda-metas, Waldemar, (o maior goleiro do galo) são insubstituíveis – mas quase não os vi jogar, e por isto, não os escalo. Além destes deve haver uma constelação de craques – mas falo dos que vi.

24
Sendo assim, com uma ou outra improvisação, meu time derradeiro, o meu Atlântico de todos os Atlânticos vai de 3-5-2, para aproveitar melhor e é:
Valdir; Garcia, Osmarino e Glênio; Tomasi, Zé Carlos, Noronha, Assis e Maneca; Borjão e Índio.

25
O melhor técnico foi Pedro Ário Figueiró – o Pedrinho.

PS – Agradeço ao Ydilio Badalotti que auxiliou na identificação de alguns jogadores de uma das fotos. O Ydilio não me perdoa por deixar o Miguel de fora, mas vi muito pouco.



Em pé: Getúlio, Binha, Garcia, Miguel, Pimentel e Noronha.  Agachados: Doraci, Índio, Ieie, Moacir e Djalma




  
Índio, maior centroavante do Atlântico  da década de 1960 entrando para Atlanga de Veteranos promovido pela Aepi no Colosso da Lagoa nos anos 1990








sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Uma obra de muitos atores!

Painel 12 set/2014




1
30 de junho de 1971.
Nesse dia Erechim passa a pensar em termos concretos na instalação de uma Faculdade.
A iniciativa é do prefeito Irany Jaime Farina.
Ele começa a pensar em termos objetivos para adquirir um imóvel para o Centro Universitário Alto Uruguai.
Isto possibilitou a concretização de um antigo e acalentado sonho de muitos anos da comunidade.

2
Foi comprado o prédio da Escola Normal Santo Agostinho. 200 metros de imóvel coberto e 42 mil metros de área total.
Todos louvaram a iniciativa do prefeito Farina.
Na ocasião o prefeito não chorou e nem fez agradecimentos políticos: ‘somente foi possível porque esta administração aplica seus recursos orçamentários com rigoroso critério de economia’.
Disse mais: ‘esta administração quer o desenvolvimento de Erechim e região, e isto só será conseguido através dos caminhos da educação’, limitou-se.

3
A garantia de avalistas era exigência da Congregação Santo Agostinho para a venda da escola. Face a esta situação e entendendo a necessidade urgente do prédio, o prefeito foi um dos avalistas. Junto com ele os erechinenses Helly Luiz Parenti, Rovilio Meneguzzo, Osvaldo Bez e Narciso Passuello. Quantos destes foram lembrados semana passada quando do anúncio da Medicina? Ao que me consta – nenhum. Se foi – meu reconhecimento.

4
Sim porque foram essas pessoas que não hesitaram em emprestar seus nomes, seus capitais e seu prestígio para consagrar a criação do ensino superior em Erechim, pela URI e que convive ao lado da FAE e da UFFS que também têm suas histórias de vida.

5
Quatro anos depois, o vice de Farina, professor Aristides Agostinho Zambonatto, dá prosseguimento ao projeto. Compra mais dois imóveis e repasso-os para a recém-criada Fapes autorizada através da Lei nº 1393 de 5 de maio de 1975. ‘Quando a Fapes começou a funcionar estava dotada com um bom patrimônio. Nós nos preocupamos em oferecer a estrutura material para que ela oferecesse todas as condições necessárias aos seus alunos’ diria o prefeito Zambonatto.

6
Com data de 19 de maio é reconhecida pela Portaria nº 708, no Diário Oficial da União em 21 de maio de 1992, com sede em Erechim, a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI. Tem seis unidades. Tudo o que se passou depois é decorrência natural, especialmente a criação de novos cursos, um dos fins de uma instituição superior. Em 1992 o prefeito era Eloi João Zanella. Um feito não só de Erechim, mas também para Erechim, para o Alto Uruguai e, garantindo de quebra, que a reitoria da instituição aqui permanecesse. Houve desfile pela cidade? – houve. Mas da instituição e, é evidente que os políticos daqueles dias, regozijaram-se, mas de modo comedido, afinal Deus já havia criado o universo.

7
Agora, na última quinta-feira, 4, anunciou-se de Brasília que Erechim é uma das quatro cidades do RS que terão o curso de Medicina. No dia seguinte, com pompa e circunstância, o prefeito Paulo Polis foi aplaudido e chorou no gabinete entre 10h e 11h reconhecido (meritoriamente) como o homem público que coordenou todo o processo para que o município de Erechim assegurasse o seu curso de Medicina.

8
Naquele início de noite o prefeito voltou a ser o ‘Polis/trator’ que não teme ser confundido com um governante latino/americano, se for o caso, e sai às ruas em cima de uma caminhonete, de microfone em punho e secundado por dezenas de veículos em buzinaço ‘a Medicina é nossa!’, grita sua excelência em êxtase ao lado da vice-prefeita Ana Lúcia de Oliveira e do marido, o médico, João Elmar de Oliveira.

9
O fato concreto não é um – mas dois: 1 – Todos os prefeitos de Irany Jaime Farina a Paulo Alfredo Polis deram sua contribuição à saúde de Erechim. 2 – Não recordo de outro que tenha desfilado em carro aberto propagandeando o próprio feito – o que não deixa de ser um direito, uma estratégia, um jeito de ser. E cada um é como é!

10
Agora, pegue-se casos em específico: quando não havia nada, Farina compra um espaço e dá o pontapé inicial do ensino superior em Campo Pequeno. Zambonato secunda-o – e dá asas ao projeto. Zanella foi onde pode em apoio ao ensino superior. Intercede a seu modo. Dexheimer, ah, Antonio Dexheimer, ‘faz a loucura’ e compra o Hospital Santa Terezinha para o município’. Pense: sem isto – neca-pau de leitos SUS, de condições para participar o certamente/Medicina etc. etc. e etc. – como diriam Napoleão Bonaparte e Idylio Badalotti.

11
Então são óbvios os avanços consignados pela administração Paulo Polis/Ana Lúcia de Oliveira com a garantia da Medicina para Erechim. Mas – quando o casal (Adão e Eva) foi despejado do Paraíso (não por falta de pagamento, mas por mau comportamento) há que se frisar por questão de justiça para com o Pai, que a terra já tinha sido criada. Portanto, o planeta já exista quando da chegada do casal 1.

12
O que quero dizer claramente é que, apesar de ser um direito, de consignar um gesto público de gratidão – a politização da conquista (e ela este no gesto do prefeito) é também a revelação de um modelo, de um jeito de governar, de um DNA, de um espírito de gestão pública. Pessoas mais recatadas deixariam tais quitutes retóricos fluírem como as águas do Dourado. Com naturalidade, dia e noite, sábado e domingo, e, talvez, algum champagne, mas, em gabinete, para deleite pessoal - ainda mais considerando que estamos em pleno processo eleitoral. E se os outros partidos com seus candidatos, e que também fizeram muito pela saúde local, de repente puxarem do bolso da oportunidade  - seus feitos? Cairíamos na vala comum onde todos que tem boca e contribuições gritariam inaudíveis e confusos, seus feitos? Ora – mais maduros e deixemos tudo para 2016.

13
Não existe nenhuma dúvida de que o empenho político de sua excelência, prefeito Paulo Alfredo Polis, foi sobremaneira elogiável neste episódio. Pode dormir em paz, pois seu nome já está na história de Erechim e, também, por este evento. Agora – ‘estadistas’ de nações, estados, municípios e comunas (todos podem ter os seus em seus níveis) não cultivam o hábito de sair a trombetear os seus feitos – embora ato legítimo. Estadista – com porte comum a eles -, faz o que deve e pode, e depois deixa que os andares debaixo, o governo, a imprensa, a população, o boca a boca, ou a história reconheça seu feito, como raramente deixa de fazê-lo. De qualquer sorte, nesta questão da conquista do curso de Medicina, o prefeito ombreou-se aos seus antecessores – saudavelmente. Diferenciou-se, porém, quando subiu numa caminhonete e saiu a alardear aquilo que a naturalidade do tempo faria. Bota acredita que o secretário de imprensa, Salus Loch, tem uma missão digna de interpretação, convincente, sobre o que mesmo, Kubrick quis dizer com ‘2001 – uma odisséia no espaço’.



LEITURA – 1
De 21 a 28 de setembro acontece nas 30 cidades pertencentes à Diocese de Erexim, uma campanha de arrecadação de livros literários, que se denomina # EM MISSÃO PELA LEITURA, ‘um livro transformando história’. Os postos de arrecadação estão distribuídos em escolas, paróquias e mercados. 

LEITURA - 2
A campanha ganha adeptos em todos os municípios, como o caso de Paulo Bento (PB) onde uma das organizadoras – Andrea Paula Dacampo – afirma que caixas de arrecadação foram distribuídas pela cidade e a comunidade está sendo instigada a doar um livro. As caixas de arrecadação se encontram na Escola Raul Barbosa, Casa Paroquial e Lotérica Paulo Bento.

LEITURA – 3
Até o momento já foram recolhidos em torno de 70 livros de literatura, sendo que a campanha será intensificada a partir do dia 21 de setembro na Semana da Juventude. “A todo momento recebemos ligações de pessoas querendo participar.  Doe um livro você também”, convoca Andrea.

LEITURA – 4
No dia 28 – jovens da diocese distribuirão os livros arrecadados. A campanha conta coma participação do Setor Juventude da Diocese de Erexim. Informações pelo site: http:/www.emmissaopelaleitura.com

LEITURA – 5
Segundo o último Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) em 2012 ficamos em 55º lugar entre 65 países no quesito leitura. Perdemos, entre outros, para Chile, Uruguai, Romênia e Tailândia. Quase metade dos alunos avaliados (49,2%) não alcança o nível 2 num teto de 6.

FACULDADE
Não adianta. As universidades e as instituições de ensino superior de Erechim ofertam cursos nas mais diferentes áreas. Mas nada se compara em termos de prestígio para uma cidade ter o seu curso de Medicina. Pode ser meio provinciano, mas não é. Creio que a Medicina ainda é a faculdade das faculdades – quem tiver dúvidas que tente estacionar o carro perto do ‘Santa’ ou no HC, e depois em outros pontos de concentração de profissionais, incluindo a adulada (quando convém) e difamada (quando não convém) imprensa.


VOLTAS
A vida dá voltas. Sempre se defendeu que a casa tinha que ser construída de baixo para cima. Ou seja – sempre se pensou que era preciso primeiro ter estradas para depois interligar os municípios. Pois, agora com a Medicina em Erechim, não será o caso de quem tem responsabilidade de preservar pelas estradas sair a campo e fazer a sua parte?


ARQUITETO
 A obtenção do curso de Medicina para Erechim têm iniciais bem claras: Jackson Luis Arpini, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Erechim. Foi ele que arquitetou e coordenou o projeto. Costurou os apoios (fundamentais) dos hospitais São Roque (Getúlio Vargas) e Hospital Comunitário (Nonoai). Fez contatos, recebeu pessoas, mostrou detalhes, enfim, juntou e proporcionou o encontro das pontas interessadas. A exigência era 250 leitos SUS. O Santa Terezinha contava com 179. No total fechou em 324 leitos – SUS. 


CORRENTEZA
Por certo há no seio da sociedade pessoas contrárias a um curso de Medicina em Campo Pequeno. É evidente – que a qualidade deverá ser o cartão de apresentação do novo curso até para criar desde logo uma imagem positiva, de aceite, de indicação, de menção qualitativa. No fim de junho, quando as chuvas vieram sem consultar ninguém e a correnteza arrastou pontes, madeireiras, plantações, casas, veículos, pedras, estradas, asfaltos, pinguelas, animais e até pessoas – não encontrei um que fosse a favor do evento. Logo, há coisas sobre as quais, nossa vontade conta pouco, para não dizer – nada. Ou seja: a vinda da Medicina contou com gente que se empenhou muito e outros nem tanto. A nuvem se formara há tempos. E um dia choveu. E a correnteza vai levar tudo. Neste caso, especialmente, quem protestar contra. Melhor o melhor a ‘fazer é como fazem lá em Vila Áurea!’ dizia meu pai há 50 anos. – E o que fazem lá, perguntava eu, ingênuo: ‘Deixam chover!’. Hoje a ‘vila’ é o município ‘Capital Nacional dos Poloneses no Brasil’.




terça-feira, 23 de setembro de 2014

7 de Setembro


BV - 5 - 9 - 2014



Domingo é mais um 7 de setembro.
Dia da Pátria.
Dia da Pátria Livre.
Enfim, o dia da nossa Nação.
Do nosso país.
Do nosso solo.
Dos nossos símbolos.
Da nossa moeda.
Da nossa bandeira.
Da nossa língua.
Dos nossos valores.
Da nossa cultura – a brasileira.
Enfim, como disse - o dia da nossa independência de liberdade.
Olhemos pelo mundo e constatemos: quantos povos lutam para conquistar o que podemos comemorar domingo – 7!
E mesmo assim, em tempos de ‘aldeia global’ dissemina-se o conceito de que hoje em dia com os avanços proporcionados pela tecnologia, como se não fossem antes pela inteligência de algumas pessoas, que o amor à Pátria vai perdendo sentido à medida que somos todos cidadãos do mundo e não mais – de um torrão só.
Para contrapor, há quem puxe da manga, carta que nos remete de que um dia o amor à Pátria havia - porquanto ‘metido goela abaixo’.
Não tenho saudades dos tempos de exceção, mas, coincidência ou não, penso que hoje não somos melhores em termos de civismo.
E aí entram tempos de exceção e liberdade.
Ademais, não creio que ‘exceção política’ e ‘amor à Pátria’ sejam elementos que existam por um ser decorrência do outro.
Será que só ‘amamos’ a Pátria quando somos ‘obrigados’?
O mundo está cheio de exemplos de amor à Pátria, manifestados não só nos seus equivalentes 7 de setembro, mas, todos os dias em todos os lugares. No trabalho, em casa, na entidades... nas ruas!
Sei que não estamos mais nos anos 1960 ou 1970 – mas também estou convencido que podemos manifestar o mínimo de respeito e amor ao nosso torrão nem que seja apenas um único dia do ano.
Há poucas semanas o Brasil andava de verde e amarelo do Oiapoque ao Chuí, cantando em ufano, vestido de chuteiras.
Nesse caso não éramos mais membros da ‘aldeia global’, mas defensores à última gota de sangue, ou de lágrima, do nosso torrão, da nossa cultura, da nossa bandeira, dos nossos símbolos, da nossa Pátria!?
Uma coisa não exclui a outra, por evidência.
Quem está num canto do mundo, no mundo está!
Agora, em termos de mobilização ao 7 de setembro, pelo que se tem visto nos últimos anos, e anos e anos; a escola, enquanto instituição, tem sido mais que falha – relapsa -, em casos específicos.
Não é preciso viver num tempo de exceção para incutir valores de cidadania, de civismo e de amor à Pátria à nossa gente.
Mas se não vivemos tempos de exceção - isto não devia ser regra de escolas a entidades, de instituições públicas a privadas, da mídia à sociedade?
Quem não manifesta seu amor – ama?
Agora, como explicar, não o amor - mas a paixão nacional pela Pátria Brasil – quando a bola rola. Aí não importa o regime?

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FAZER

Poucas vezes o reitor da URI, Luiz Mario Spinelli, foi tão feliz em dizer o que falou no seu discurso de posse no último dia 30 em Santo Ângelo : ‘o que não falta é o que fazer!’.

RECREDENCIAMENTO

A fala do reitor corria no sentido de que em 2016 a URI será reavaliada para fins de recredenciamento. ‘O nosso recredenciamento começa segunda-feira (dia 2)’, alertou. Ou seja – é imperioso que a instituição se aprimore, se atualize, se renove e inove - diariamente .




OUTRA VERDADE

Outra verdade verdadeira que saltou da boca do reitor – foi quando questionou: ‘será que os alunos estão vivendo a universidade ou só passando por aqui!’. Luiz Mario Spinelli referia-se não só à URI, mas à ‘instituição universidade’ Brasil afora. Na esteira discursiva do reitor dou asas a que tenho ouvido: ‘será que os alunos... e mestres estão vivendo a universidade ou...!’.

COLETIVO

É óbvio que a observação – não veste todos os números. Nem dos alunos nem dos professores. Mas, como as instituições de modo geral são vistas, e avaliadas, como um todo - a vitória de um recredenciamento, por exemplo, não pode correr riscos por conta de um lateral lento, de um meio-campista pouco compromissado ou de um atacante que não se mexe...! O empenho pela vitória do coletivo, passa pelo individual.




ERECHINENSES


Secretário da Educação, Alderi Oldra, representou o executivo erechinense na posse dos novos dirigentes da URI, sábado, em Santo Ângelo. O Legislativo teve a presença da vereadora – Clarice Moraes. Aos poucos a vereadora vai conquistando espaços no Legislativo, no seu partido e na política local. Sei da sua determinação em se aperfeiçoar e crescer na vida pública.   



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YPIRANGA?

O veterano radialista Milton Doninelli me corrige na Itália – onde o vento sopra mais frio em Campo Pequeno. ‘Teu artigo estava quase, quase – perfeito’, disse ele referindo-se a um texto sobre os 90 anos do Ypiranga. Segundo Milton – o canarinho surgiu pela primeira vez com o nome de ‘Brasil’ mas não teria durado muito. Não soube dizer quanto tempo. Logo a seguir teria se chamado Ypiranga FC. Nunca tinha ouvido falar nisso, mas se não há registro e o Milton garante que sim – respeito.

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GOLEIRO

Uma coisa que ninguém pode retrucar o Milton é quando ele diz que seu pai – Silvio Doninelli -, foi o primeiro goleiro do Ypiranga. E agora! Não teria sido então do Brasil? – ou o Ypiranga, quando ainda era Brasil, tinha outro ‘guarda-metas’ou o Brasil (Ypiranga) nunca disputou uma partida!?

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JOVINO


Jovino Alves Martins, considerado por muitos o vovô do rádio erechinense – tese que o Milton Doninelli contesta, porquanto diz ter sido ele -, sofreu novo acidente. Residindo agora com uma filha em Passo Fundo , o Jovino teria sofrido uma queda e fratura de perna. Que o Jovino possa recuperar-se logo e ter uma vida sem sofrimentos e tranqüila ao lado dos que ama – filhos, netos e da esposa Nilza.

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BISAVÔ

Nessa queda de braço sobre quem foi mesmo o vovô do rádio, quem sabe deixemos assim: Jovino, vovô. Milton – bisavô!

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LUCY

Em cinema só se fala numa película: Lucy! Um amigo entendido da 7ª Arte acha que o filme chega perto de ‘2001 – Uma Odisséia no espaço’. Bem, se for assim – estamos conversados. Não tem como não ver. Aguardemos!

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Qual é mesmo a Identidade Alto Uruguai!?

1

O Boa Vista está lançando a campanha ‘Identidade Alto Uruguai’.
É mais uma tentativa de tentar reavivar algo que talvez nem vida mais tenha.
N’alguns casos ainda há ar –mas vida, sejamos francos; uma nesga.

2

Desde quando os viajantes deixavam suas mulas pastando no potreiro da Comissão de Terras (lembra?), ainda hoje, comparando-se estrada e carro, temos caminhos que melhor seria ressuscitar as mulas.
Sob este aspecto, faz tanto tempo, mas tanto tempo – que o potreiro já virou mato e o mato corre risco de voltar a virar potreiro. Mas isso já são outros quinhentos.

3

São 11 ou 12 as cidades – isto mesmo, cidades! – que não contam com acesso asfáltico. E os carros já são obrigados a vir com ABS e direção hidráulica, airbag...
A última promessa de asfalto que assisti, um governador deu um tapão (camarada – lógico!) nas costas do seu secretário de transportes e lascou: ‘o dinheiro tá com ele... se ele não fizer me avisem’.
O asfalto ainda não saiu.
E quem saiu – dias depois – foi o secretário.
E para que não confundam com ‘interésses políticos’, o caso, é que o caso, não foi só deste caso.
Olhando para trás, o caso das cidades sem acesso pavimentado pega todos que estão voltando com as mesmas promessas.

4

A RSC 480 que levou mais de 40 anos para ser concluída – está um brinco (torto é claro) com desníveis no km 6 lá pelas bandas de Erval Grande.

5

A BR 153 no km 2 e no km 5 ganhou na loteria: em 32 dias foi reinaugurada – sabe-se lá graças a pressões de quem e de onde! – mas o que desabou foi abandonado, e novos dois trechos acabaram construídos.

6

A ponte rodoferroviária de Marcelino Ramos é cenário perfeito para gravações de mais um Indiana Jones.

7

A ERS 420 com seus intermináveis 18 quilômetros entre Aratiba e a divisa com SC, só Deus sabe se um dia ‘acertará na loteria’.

8

A ERS 126 que podia (e devia) ser natural ligação do Alto Uruguai e Nordeste do RS talvez assista antes a paz no Oriente Médio. Um escândalo, um monumento ao atraso. Obra obviedade  e ninguém – por aqui - mexe uma pá.

9

Vamos falar ainda sobre a ERS 135 e seus buracos, sua não duplicação?
Vamos falar ainda sobre a BR 153 (Transbrasiliana) que só dá sinais de vida na UTI das gestões de quatro em quatro anos e depois adormece outra vez!?

10

Por favor não falem em trem.
O trem nós perdemos.
O das 11 de Adoniran Barbosa ainda sobrevive na voz deles e dos Demônios da Garoa. O resto é espírito.

11

Avião?
Mas o que é isso?
Que bicho é esse que dizem – voa!
Seria como o ‘Monstro do Lago Ness’.
Por aqui ninguém viu nos últimos tempos – mas tem gente que vai pegá-lo em Passo Fundo ou no país vizinho – Chapecó.

12

Até o dr. Altar Menegati já se despediu, e o avião não pousou.
Um dia desceu em Campo Pequeno e até deram o nome do mesmo - Comandante Kraemer (ou seria Craemer) ao lugar – mas depois...! Deve ter voado céus-afora.

13

Esses dias até saiu uma listinha com aeroportos aquinhoados com recursos para melhorias – mas o ‘nosso’ não acertou nenhum número.

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Avião em Campo Pequeno , só mesmo quando o eterno radialista Euclides Antônio Tramontini (que um dia foi fazer jogo do Atlântico de avião no Vale do Taquari), chamava aeroporto de Campo da Aviação. Naquele tempo tinha.
Ou seja meus caros erechinenses que acreditam morar no melhor dos mundos: o aeroporto de Erechim teve voos/voos quando os ‘bichos de asas metálica’ levantavam e desciam no Campo da Aviação.
Ontem – não!?

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Meus considerados, o negócio é o seguinte.
‘Tá cada um pensando no seu’, como ensinou ao pé do meu ouvido há uns cinco anos, respeitado empresário.
No seu negócio.
Na sua empresa.
No seu lucro.
No seu modo de ganhar mais.
Na sua vida.
O que é de interesse coletivo vem socializado em promessas e, depois, credita sua não realização ao desinteresse público devidamente explicado pela falta de recursos.

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Mas, se o público não vai – não seria hora do privado entrar em campo?
Quem são de fato as lideranças desta cidade e desta região?
Se andam encasteladas nos seus negócios, pois saibam que também elas, um dia ainda dependerão da correção das nossas eternas mazelas, seja pelo público ou seja pelo privado; mas do jeito que está é que não pode continuar.

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A hora é de jogar fora as ideias e os ‘projetinhos’ pessoais.
A hora é de parar de correr para Brasília, sozinho, com a pastinha na mão.
A hora é de parar de repetir o feito de alguns jogadores da seleção brasileira na hora dos pênaltis na Copa.
A hora é de levantar como bandeira político/partidária não 32 bandeiras - são 32 os municípios da Amau e, coincidentemente, 32 os partidos políticos registrados no Brasil -, mas erguer como bandeira no Chapéu do Rio Grande, a Bandeira da Identidade Alto Uruguai.

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Todos os candidatos que aqui aportarem e, de todos os partidos, devem ser recebidos com civilidade, mas a todos devemos deixar claro que estamos fartos de continuarmos convivendo com descasos que remontam há décadas onde são raros os nomes públicos que se salvam.

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Se a opção continuar pelos projetos ‘do meu candidato’, ‘do meu partido’, do ‘meu nome’ do ‘meu governo’, do ‘nosso governo’ – a Copa do Mundo da Rússia expiará sua Grande Final e esta coluna poderá ser republicada na íntegra sem nenhum prejuízo ao seu conteúdo.
Talvez o único ganho então é que as mulas do Potreiro da Comissão de Terras, terão mais valia, porquanto conhecedoras de onde não colocar os cascos para maior conforto do seu guia – cidadão ‘made in Alto Uruguai’.
Identidade Alto Uruguai – qual é a tua!?
  

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E não precisa nenhum homem público, investido de cargo um dia, ou no momento, ficar mais zangado com o que aqui se cobra. Cada um não fez a sua parte ou não conseguiu ver concretizado o esforço que, eventualmente, aqui não se registra por não ter sido percebido. O fato incontestável é: somos menos e menores do que imaginamos também por nossa falta de ação mais decisiva pública ou privada. Ou seria que, por falta de uma ação mais decisiva, nos tornamos menores e menos!? Quem tiver dúvidas que leia a página central da edição anterior assinada por Rodrigo Finardi e Egídio Lazzarotto em contribuição regional.
Qual é mesmo a Identidade Alto Uruguai!?