O jornal Boa Vista, a
Rádio Cultura e o BV Online lançaram a campanha “Identidade Alto Uruguai’. A
ideia surgiu depois dos problemas que vieram com as chuvas de junho que
deixaram a região isolada do resto do país – obrigando motoristas a buscar
trajetos que não a importantíssima BR 153. Mas os problemas se esparramam. E
com o objetivo que eventuais ou corriqueiras promessas deixem de ser promessas
para se transformar em realidade, positivas e imperiosas para o Alto Uruguai, é
que os veículos da Fundação de
Comunicação para a Educação e Assistência Social, pretendem dar sua
contribuição. E uma delas é ‘marcar mais de perto’ o que andam prometendo nas
alcovas do poder. A campanha não é contra ninguém. É a favor da política, da
economia, das empresas, da educação, da cultura, da qualidade de vida, da
sociedade que tem sua vida nesta região e além dela.
Hoje, neste espaço, reproduzimos dois
momentos que foram notícia recente sobre algo que nos interessa. A duplicação
de parte da ERS 135. O primeiro texto é da Assessoria de Imprensa da prefeitura
de Erechim. O segundo, fruto de uma reunião na URI, quando aqui esteve o
presidente da EGR, sua excelência, Luiz Carlos Bertotto.
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‘EGR anuncia duplicação
de 6,8 quilômetros
da ERS-135
Deve ser lançado até o dia 31 de agosto o
edital que prevê a duplicação de 6,8
km da ERS-135, no trecho que compreende a entrada da
cidade de Erechim (próximo ao Posto da Polícia Rodoviária Estadual) até a
Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS). O anúncio foi feito nesta
quarta-feira (13) pelo presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Luiz
Carlos Bertotto, durante reunião do Conselho Comunitário das Regiões Pedagiadas
(COREPE).
O prefeito de Erechim, Paulo Polis, comemorou a notícia, mas
pontuou que seguirá acompanhando o andamento do processo. “Inicialmente,
lutamos pela construção do trevo de acesso à UFFS, que deverá estar concluído em setembro. Agora ,
depois de muitas discussões e empenho de nossa equipe, parlamentares e
lideranças de diversos segmentos, a duplicação da ERS-135 terá início. Temos de
saudar o anúncio da obra, mas ficaremos em cima até a sua conclusão”, destaca
Polis.
Segundo ele, a duplicação - que deverá incluir ainda um novo
trevo no acesso à cidade - irá oferecer mais segurança para os usuários da
rodovia, além de agilizar o fluxo de veículos no trecho, que deve ser ampliado
com o início das aulas na UFFS.
Outras obras de melhorias ao longo da ERS-135, como novos
asfaltos e o prolongamento de terceiras pistas em trechos da rodovia, também
foram apresentadas pelo presidente Bertotto.
O custo total da duplicação dos quase 7 km da ERS-135 está estimado
em R$ 22 milhões, sendo que a EGR já tem garantido recursos para iniciar os
trabalhos, o que deve ocorrer ainda em 2014. O secretário de Planejamento de
Erechim, Anacleto Zanella, seu adjunto, Jaime Basso, e o vereador Lucas Farina
também participaram da reunião do COREPE’.
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NO DIA 16 DE DEZEMBRO DE 2013, na URI Erechim,
houve audiência pública que rendeu o seguinte texto. Reduzo-o, sem prejuízo ao
teor, por questões de espaço.
‘Presidente da EGR
garante duplicação de 6,7km da ERS 135
Corep da Praça de
Coxilha dará a palavra final
O
presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, garantiu segunda-feira, 16
(dezembro/2013) em Erechim, que até fevereiro de 2014 sairá a licitação para
contratação da obra de duplicação do trecho da ERS 135 entre Erechim e a nova
sede da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) e a construção de um trevo de
acesso à universidade. São 6.796
metros e no local de acesso à universidade haverá duas
rotatórias com um viaduto impedindo que veículos cortem a rodovia. O anúncio da
duplicação... ainda deverá ser apreciado pelo Corepe (Conselho Comunitário das
Regiões das Rodovias Pedagiadas)... O Corepe tem sua próxima reunião marcada
para 12 de fevereiro de 2014. Na audiência pública... estiveram presentes...
prefeitos... presidente do Corede/Norte, representantes do Corepe e dirigentes
de entidades... interessadas... sobre a estrada... a única rodovia com pedágio
comunitário assumida pelo estado que ainda não tem duplicação. Segundo o
presidente da EGR o trecho de quase 7 km a ser duplicado... deverá contar com cerca
de R$ 20 milhões, recursos que já estariam garantidos... Garantiu que quem
precisar pode recorrer ao telefone 198 da Polícia Rodoviária Estadual, para
acionar guinchos.... ‘O guincho não vai consertar o carro enguiçado na estrada,
mas o deixará onde possa ser’, disse. Quanto ao serviço de ambulância... há
contrato com bombeiros... O presidente da EGR garantiu pinturas, roçadas,
operações tapa-buracos. Chegou a citar que no deslocamento de carro até Erechim
pode observar que a estrada apresenta problemas e ele mesmo pediria uma rápida
restauração em alguns pontos.
O prefeito de Erechim, Paulo Polis indagou... sobre prazos,
enfatizando que as aulas na UFFS começam em fevereiro e o que todos querem é
uma estrada duplicada, ao menos no trecho que liga a instituição com Erechim.
Citou que passam pela rodovia 1,3 milhão de veículos por ano...’
‘... O prefeito de
Quatro Irmãos, Adilson de Valle observou que a melhor solução para aliviar o
trânsito na ERS 135 seria a pavimentação da BR 153, antiga Transbrasiliana’
Prosseguiu de Valle: ‘... seria mais barato e mais prático, sem impacto
ambiental e praticamente sem desapropriações. Números da EGR indicam que no
Pólo de Pedágio de Coxilha foram arrecadados de fevereiro a outubro de 2013, R$
5.019.335.22 e desembolsados R$ 3.723.367,10 de março a outubro. Segundo o
Comando Rodoviário da BM de Erechim, neste ano (2013) já morreram oito pessoas
na ERS 135. No último acidente, semana passada, na chamada curva do ‘S’ entre
Erechim e Getúlio Vargas foram registradas duas vítimas fatais’.
PS –
Como se vê, problemas não são por má vontade Divina.
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A URI –
porque é a obra - sempre será!
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- Vão-se as pessoas. Ficam as obras! Corria o
ano de 1972.
Havia dois anos que Pelé
marcara o primeiro gol Colosso da Lagoa onde cabia toda população da cidade. E
eu de frentista do Posto Atlantic, na primeira turma de Administração, entre
‘donos’ da cidade. E para azar meu, o professor de Metodologia Científica,
Girônimo Zanandréa, ressuscitou a mania de cada um se apresentar. Quem não era
dono de empresa era gerente. Quem não gerente era comandante do 13 BPM ou
chefão do BB ou de algum órgão do estado. E eu - um guaipeca, especialista em
trocar pneu, lavar e secar carro. A URI então, nem existia. Éramos o Cese.
Extensão de Passo Fundo. O tempo rolou. Houve quem virasse prefeito, secretário
e até bispo. Eu – aconselhado que fui por Jayme Lago dei os trinta na faculdade
de ativos e passivos e enveredei pelo jornalismo.
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- Em 1992 estava na Sete quando a caravana
retornou de Brasília com a Universidade embaixo do braço. Com o tempo viria a
saber sobre o parto do Grupo Tarefa (Glenio, Cléo e Mara), e dezenas de outros
para aparar arestas de três centros de pessoas, de infraestrutura, passados e
sonhos, de interesses. Em 19 de maio, tínhamos onde Dom Girônimo me deixara mal
das pernas e do coração – uma Universidade. A URI.
Não é preciso auscultar
sobre a relevância de uma Universidade. De lá espera-se que se forje o
conhecimento através do ensino e da pesquisa – da manifestação. Do repasse e da
investigação. Da facilitação e da estimulação. E pelo desenho da URI integrando
três – depois seis cidades; a instituição que assuma e desempenhe papel
singular no desenvolvimento regional por meio de ações comunitárias.
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- E nesta área o país anda devendo.Choramos os
sete da Alemanha.
Quando se trata de
Prêmio Nobel o placar vai a 103
a 0.
No último ranking da THE
(Times Higher Education) das 200 melhores universidades do mundo, não temos
nenhuma.
Quando se ranqueia o
ensino médio, nos conforta deduzir que ali pode estar a má colocação no
campeonato do ensino superior. No Pisa (Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes) somos 58º. Tiramos este lugar em Matemática, 59º em Ciências e, 55º
em Leitura. Isto
em 65 nações.
Já no RUF (Ranking
Universitário Folha) a URI aparece em 94ª lugar entre 192 instituições
nacionais. Destaque-se, a URI, em 81º no quesito Mercado, 76º em Inovação e 75º
em Pesquisa. Sem
bairrismo, são números sadios para quem povoou e ensinou aulas superiores onde
o estado não se fazia presente às demandas e nada havia, que não, extensões.
Desbravada a mata, a realidade é menos cinzenta a quem recém chega e já depara
ao menos com calçamento, luz e água no bairro. Ruas sem Bellinas nem
Opalas.
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- Em 1992 Erechim tinha 72 mil almas – contra
101 mil hoje. A URI -14 cursos. No final de 2013 eram 43.
266 professores contra
1.028.
Especialistas (157 para
191), mestres (50 para 496) e doutores (três para 133 atuais).
Funcionários na razão de
204 para 837.
Em 1992 eram 3.345
alunos contra 12.500.
Dez cursos de pós e 311
alunos.
Hoje - 30 cursos para
1,3 mil alunos.
Projetos e grupos de
pesquisa não havia em 1992. Hoje são 85 grupos e 397 projetos.
Registre-se ainda a
implantação de sete mestrados e um doutorado.
Só no ano passado as
ações sociais da URI beneficiaram 75 mil pessoas.
O acervo foi de 46 mil
títulos para 491 mil.
Os laboratórios saltaram
de 48 para 380.
No final de 2013 a URI beneficiava 3.347
alunos através do ProUni e programas próprios. Investimento de R$ 23,6 milhões.
Em 2013 a URI expediu 1.896
diplomas de graduação. Entre 2003 e 2013 foram 22.517. Em 2007 a URI, por exemplo,
formou quase 2 mil alunos.
Admitindo um
investimento R$ 3 mil/aluno e, cada convidado desembolsando em média R $ 50 – roupas,
deslocamento, presente, etc – concluiu-se que a URI movimentou cerca de R$ 15
milhões no ano, só em formaturas.
Pegue-se o que eram e, o
que representam hoje, Erechim, Frederico Westphalen, Santo Ângelo, Santiago,
São Luiz Gonzaga e Cerro Largo em população, indústrias, comércio, veículos,
conhecimento, pesquisa, prédios, cultura, circulação de pessoas e - serviços!
Os alunos vêm de 120
cidades.
E, em uma área altamente
sintomática, em dez anos a URI emitiu 3.685 certificados de mestrados e
doutorados.
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- Enfim, são inegáveis as mudanças. Os
acréscimos, a formação, a atração e a retenção de mão de obra qualificada.
Horizontes, esperanças,
e os sonhos prometem.
Agora – há relatos de
que é preciso mais.
Faço a ressalva antes,
salvo honrosas exceções: talvez fosse importante uma maior exposição na mídia,
através de artigos, debates e opiniões, de mestres da universidade sobre a
conjuntura mundial, nacional e regional e suas implicações positivas e
negativas na vida de todos nós. A socialização do conhecimento é tão relevante
quanto são obras sociais de extensão. Se
a qualificação do ensino e da pesquisa é uma imposição dos tempos, a academia
também tem o dever de assumir posições, argumentando e fazer da divergência
racional um caminho que leva à luz.
Fazer jus a crédito por
confiança.
Não ignorar o passado.
Valorizar o presente –
debatendo-o.
Denodar-se à inovação.
Este
deve ser o fio, permanente, dos desafios de quem exerce cargo dentro de uma
instituição de ensino – reconhecendo-se ainda as lidas intrincadas com vistas a
uma gestão com saúde, afinal, o ‘paciente’ precisa manter-se vivo.
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- Imagino ser este, parcialmente, o compromisso que se renova e re-aguarda o reitor
Luiz Mario Spinelli, os pró-reitores, Rosane Vontobel Rodrigues, Giovani Palma
Bastos e Nestor Henrique De Cesaro e, os diretores gerais Paulo Sponchiado
(Erechim), Silvia Canan (Frederico Westphalen), Gilberto Pacheco (Santo
Ângelo), Francisco Gorski (Santiago), Dinara Tomasi (São Luiz Gonzaga), Edson
Bolzan (Cerro Largo) e, suas equipes, quando aceitam a URI para 2014/2018.
O tempo passa.
Os números se alteram.
Os desafios se renovam.
A URI não é uma nem
outra.
Não é aquela - nem ela
(dona de si).
A URI é comunitária.
Pessoas foram e estão –
mas passarão.
A URI foi.
A URI é.
A URI – porque é a obra
- sempre será!