quinta-feira, 11 de setembro de 2014

De promessas e atrasos!

BV - 29 - 8 - 2014





O jornal Boa Vista, a Rádio Cultura e o BV Online lançaram a campanha “Identidade Alto Uruguai’. A ideia surgiu depois dos problemas que vieram com as chuvas de junho que deixaram a região isolada do resto do país – obrigando motoristas a buscar trajetos que não a importantíssima BR 153. Mas os problemas se esparramam. E com o objetivo que eventuais ou corriqueiras promessas deixem de ser promessas para se transformar em realidade, positivas e imperiosas para o Alto Uruguai, é que os veículos  da Fundação de Comunicação para a Educação e Assistência Social, pretendem dar sua contribuição. E uma delas é ‘marcar mais de perto’ o que andam prometendo nas alcovas do poder. A campanha não é contra ninguém. É a favor da política, da economia, das empresas, da educação, da cultura, da qualidade de vida, da sociedade que tem sua vida nesta região e além dela. 
       Hoje, neste espaço, reproduzimos dois momentos que foram notícia recente sobre algo que nos interessa. A duplicação de parte da ERS 135. O primeiro texto é da Assessoria de Imprensa da prefeitura de Erechim. O segundo, fruto de uma reunião na URI, quando aqui esteve o presidente da EGR, sua excelência, Luiz Carlos Bertotto.


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‘EGR anuncia duplicação de 6,8 quilômetros da ERS-135
       Deve ser lançado até o dia 31 de agosto o edital que prevê a duplicação de 6,8 km da ERS-135, no trecho que compreende a entrada da cidade de Erechim (próximo ao Posto da Polícia Rodoviária Estadual) até a Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS). O anúncio foi feito nesta quarta-feira (13) pelo presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Luiz Carlos Bertotto, durante reunião do Conselho Comunitário das Regiões Pedagiadas (COREPE).
       O prefeito de Erechim, Paulo Polis, comemorou a notícia, mas pontuou que seguirá acompanhando o andamento do processo. “Inicialmente, lutamos pela construção do trevo de acesso à UFFS, que deverá estar concluído em setembro. Agora, depois de muitas discussões e empenho de nossa equipe, parlamentares e lideranças de diversos segmentos, a duplicação da ERS-135 terá início. Temos de saudar o anúncio da obra, mas ficaremos em cima até a sua conclusão”, destaca Polis.
       Segundo ele, a duplicação - que deverá incluir ainda um novo trevo no acesso à cidade - irá oferecer mais segurança para os usuários da rodovia, além de agilizar o fluxo de veículos no trecho, que deve ser ampliado com o início das aulas na UFFS.
       Outras obras de melhorias ao longo da ERS-135, como novos asfaltos e o prolongamento de terceiras pistas em trechos da rodovia, também foram apresentadas pelo presidente Bertotto.
       O custo total da duplicação dos quase 7 km da ERS-135 está estimado em R$ 22 milhões, sendo que a EGR já tem garantido recursos para iniciar os trabalhos, o que deve ocorrer ainda em 2014. O secretário de Planejamento de Erechim, Anacleto Zanella, seu adjunto, Jaime Basso, e o vereador Lucas Farina também participaram da reunião do COREPE’.


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 NO DIA 16 DE DEZEMBRO DE 2013, na URI Erechim, houve audiência pública que rendeu o seguinte texto. Reduzo-o, sem prejuízo ao teor, por questões de espaço.

‘Presidente da EGR garante duplicação de 6,7km da ERS 135
 Corep da Praça de Coxilha dará a palavra final
       
O presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, garantiu segunda-feira, 16 (dezembro/2013) em Erechim, que até fevereiro de 2014 sairá a licitação para contratação da obra de duplicação do trecho da ERS 135 entre Erechim e a nova sede da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) e a construção de um trevo de acesso à universidade. São 6.796 metros e no local de acesso à universidade haverá duas rotatórias com um viaduto impedindo que veículos cortem a rodovia. O anúncio da duplicação... ainda deverá ser apreciado pelo Corepe (Conselho Comunitário das Regiões das Rodovias Pedagiadas)... O Corepe tem sua próxima reunião marcada para 12 de fevereiro de 2014. Na audiência pública... estiveram presentes... prefeitos... presidente do Corede/Norte, representantes do Corepe e dirigentes de entidades... interessadas... sobre a estrada... a única rodovia com pedágio comunitário assumida pelo estado que ainda não tem duplicação. Segundo o presidente da EGR o trecho de quase 7 km a ser duplicado... deverá contar com cerca de R$ 20 milhões, recursos que já estariam garantidos... Garantiu que quem precisar pode recorrer ao telefone 198 da Polícia Rodoviária Estadual, para acionar guinchos.... ‘O guincho não vai consertar o carro enguiçado na estrada, mas o deixará onde possa ser’, disse. Quanto ao serviço de ambulância... há contrato com bombeiros... O presidente da EGR garantiu pinturas, roçadas, operações tapa-buracos. Chegou a citar que no deslocamento de carro até Erechim pode observar que a estrada apresenta problemas e ele mesmo pediria uma rápida restauração em alguns pontos.
       O prefeito de Erechim, Paulo Polis indagou... sobre prazos, enfatizando que as aulas na UFFS começam em fevereiro e o que todos querem é uma estrada duplicada, ao menos no trecho que liga a instituição com Erechim. Citou que passam pela rodovia 1,3 milhão de veículos por ano...’

‘... O prefeito de Quatro Irmãos, Adilson de Valle observou que a melhor solução para aliviar o trânsito na ERS 135 seria a pavimentação da BR 153, antiga Transbrasiliana’ Prosseguiu de Valle: ‘... seria mais barato e mais prático, sem impacto ambiental e praticamente sem desapropriações. Números da EGR indicam que no Pólo de Pedágio de Coxilha foram arrecadados de fevereiro a outubro de 2013, R$ 5.019.335.22 e desembolsados R$ 3.723.367,10 de março a outubro. Segundo o Comando Rodoviário da BM de Erechim, neste ano (2013) já morreram oito pessoas na ERS 135. No último acidente, semana passada, na chamada curva do ‘S’ entre Erechim e Getúlio Vargas foram registradas duas vítimas fatais’.

PS – Como se vê, problemas não são por má vontade Divina.

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A URI – porque é a obra - sempre será!

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 - Vão-se as pessoas. Ficam as obras! Corria o ano de 1972.
Havia dois anos que Pelé marcara o primeiro gol Colosso da Lagoa onde cabia toda população da cidade. E eu de frentista do Posto Atlantic, na primeira turma de Administração, entre ‘donos’ da cidade. E para azar meu, o professor de Metodologia Científica, Girônimo Zanandréa, ressuscitou a mania de cada um se apresentar. Quem não era dono de empresa era gerente. Quem não gerente era comandante do 13 BPM ou chefão do BB ou de algum órgão do estado. E eu - um guaipeca, especialista em trocar pneu, lavar e secar carro. A URI então, nem existia. Éramos o Cese. Extensão de Passo Fundo. O tempo rolou. Houve quem virasse prefeito, secretário e até bispo. Eu – aconselhado que fui por Jayme Lago dei os trinta na faculdade de ativos e passivos e enveredei pelo jornalismo.

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 - Em 1992 estava na Sete quando a caravana retornou de Brasília com a Universidade embaixo do braço. Com o tempo viria a saber sobre o parto do Grupo Tarefa (Glenio, Cléo e Mara), e dezenas de outros para aparar arestas de três centros de pessoas, de infraestrutura, passados e sonhos, de interesses. Em 19 de maio, tínhamos onde Dom Girônimo me deixara mal das pernas e do coração – uma Universidade. A URI.
Não é preciso auscultar sobre a relevância de uma Universidade. De lá espera-se que se forje o conhecimento através do ensino e da pesquisa – da manifestação. Do repasse e da investigação. Da facilitação e da estimulação. E pelo desenho da URI integrando três – depois seis cidades; a instituição que assuma e desempenhe papel singular no desenvolvimento regional por meio de ações comunitárias.

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 - E nesta área o país anda devendo.Choramos os sete da Alemanha.
Quando se trata de Prêmio Nobel o placar vai a 103 a 0.
No último ranking da THE (Times Higher Education) das 200 melhores universidades do mundo, não temos nenhuma. 
Quando se ranqueia o ensino médio, nos conforta deduzir que ali pode estar a má colocação no campeonato do ensino superior. No Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) somos 58º. Tiramos este lugar em Matemática, 59º em Ciências e, 55º em Leitura. Isto em 65 nações.
Já no RUF (Ranking Universitário Folha) a URI aparece em 94ª lugar entre 192 instituições nacionais. Destaque-se, a URI, em 81º no quesito Mercado, 76º em Inovação e 75º em Pesquisa. Sem bairrismo, são números sadios para quem povoou e ensinou aulas superiores onde o estado não se fazia presente às demandas e nada havia, que não, extensões. Desbravada a mata, a realidade é menos cinzenta a quem recém chega e já depara ao menos com calçamento, luz e água no bairro. Ruas sem Bellinas nem Opalas. 


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 - Em 1992 Erechim tinha 72 mil almas – contra 101 mil hoje. A URI -14 cursos. No final de 2013 eram 43.
266 professores contra 1.028.
Especialistas (157 para 191), mestres (50 para 496) e doutores (três para 133 atuais).
Funcionários na razão de 204 para 837.
Em 1992 eram 3.345 alunos contra 12.500.
Dez cursos de pós e 311 alunos.
Hoje - 30 cursos para 1,3 mil alunos.
Projetos e grupos de pesquisa não havia em 1992. Hoje são 85 grupos e 397 projetos.
Registre-se ainda a implantação de sete mestrados e um doutorado.
Só no ano passado as ações sociais da URI beneficiaram 75 mil pessoas.
O acervo foi de 46 mil títulos para 491 mil.
Os laboratórios saltaram de 48 para 380.
No final de 2013 a URI beneficiava 3.347 alunos através do ProUni e programas próprios. Investimento de R$ 23,6 milhões.
Em 2013 a URI expediu 1.896 diplomas de graduação. Entre 2003 e 2013 foram 22.517. Em 2007 a URI, por exemplo, formou quase 2 mil alunos.
Admitindo um investimento R$ 3 mil/aluno e, cada convidado desembolsando em média R$ 50 – roupas, deslocamento, presente, etc – concluiu-se que a URI movimentou cerca de R$ 15 milhões no ano, só em formaturas.
Pegue-se o que eram e, o que representam hoje, Erechim, Frederico Westphalen, Santo Ângelo, Santiago, São Luiz Gonzaga e Cerro Largo em população, indústrias, comércio, veículos, conhecimento, pesquisa, prédios, cultura, circulação de pessoas e - serviços!
Os alunos vêm de 120 cidades.
E, em uma área altamente sintomática, em dez anos a URI emitiu 3.685 certificados de mestrados e doutorados.

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 - Enfim, são inegáveis as mudanças. Os acréscimos, a formação, a atração e a retenção de mão de obra qualificada.
Horizontes, esperanças, e os sonhos prometem.
Agora – há relatos de que é preciso mais.
Faço a ressalva antes, salvo honrosas exceções: talvez fosse importante uma maior exposição na mídia, através de artigos, debates e opiniões, de mestres da universidade sobre a conjuntura mundial, nacional e regional e suas implicações positivas e negativas na vida de todos nós. A socialização do conhecimento é tão relevante quanto são obras sociais de extensão.  Se a qualificação do ensino e da pesquisa é uma imposição dos tempos, a academia também tem o dever de assumir posições, argumentando e fazer da divergência racional um caminho que leva à luz.
Fazer jus a crédito por confiança.
Não ignorar o passado.
Valorizar o presente – debatendo-o.
Denodar-se à inovação.
Este deve ser o fio, permanente, dos desafios de quem exerce cargo dentro de uma instituição de ensino – reconhecendo-se ainda as lidas intrincadas com vistas a uma gestão com saúde, afinal, o ‘paciente’ precisa manter-se vivo.

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 - Imagino ser este, parcialmente, o compromisso que se renova e re-aguarda o reitor Luiz Mario Spinelli, os pró-reitores, Rosane Vontobel Rodrigues, Giovani Palma Bastos e Nestor Henrique De Cesaro e, os diretores gerais Paulo Sponchiado (Erechim), Silvia Canan (Frederico Westphalen), Gilberto Pacheco (Santo Ângelo), Francisco Gorski (Santiago), Dinara Tomasi (São Luiz Gonzaga), Edson Bolzan (Cerro Largo) e, suas equipes, quando aceitam a URI para 2014/2018.   

O tempo passa.
Os números se alteram.
Os desafios se renovam.
A URI não é uma nem outra.
Não é aquela - nem ela (dona de si).
A URI é comunitária.
Pessoas foram e estão – mas passarão.
A URI foi.
A URI é.
A URI – porque é a obra - sempre será!