terça-feira, 23 de setembro de 2014

7 de Setembro


BV - 5 - 9 - 2014



Domingo é mais um 7 de setembro.
Dia da Pátria.
Dia da Pátria Livre.
Enfim, o dia da nossa Nação.
Do nosso país.
Do nosso solo.
Dos nossos símbolos.
Da nossa moeda.
Da nossa bandeira.
Da nossa língua.
Dos nossos valores.
Da nossa cultura – a brasileira.
Enfim, como disse - o dia da nossa independência de liberdade.
Olhemos pelo mundo e constatemos: quantos povos lutam para conquistar o que podemos comemorar domingo – 7!
E mesmo assim, em tempos de ‘aldeia global’ dissemina-se o conceito de que hoje em dia com os avanços proporcionados pela tecnologia, como se não fossem antes pela inteligência de algumas pessoas, que o amor à Pátria vai perdendo sentido à medida que somos todos cidadãos do mundo e não mais – de um torrão só.
Para contrapor, há quem puxe da manga, carta que nos remete de que um dia o amor à Pátria havia - porquanto ‘metido goela abaixo’.
Não tenho saudades dos tempos de exceção, mas, coincidência ou não, penso que hoje não somos melhores em termos de civismo.
E aí entram tempos de exceção e liberdade.
Ademais, não creio que ‘exceção política’ e ‘amor à Pátria’ sejam elementos que existam por um ser decorrência do outro.
Será que só ‘amamos’ a Pátria quando somos ‘obrigados’?
O mundo está cheio de exemplos de amor à Pátria, manifestados não só nos seus equivalentes 7 de setembro, mas, todos os dias em todos os lugares. No trabalho, em casa, na entidades... nas ruas!
Sei que não estamos mais nos anos 1960 ou 1970 – mas também estou convencido que podemos manifestar o mínimo de respeito e amor ao nosso torrão nem que seja apenas um único dia do ano.
Há poucas semanas o Brasil andava de verde e amarelo do Oiapoque ao Chuí, cantando em ufano, vestido de chuteiras.
Nesse caso não éramos mais membros da ‘aldeia global’, mas defensores à última gota de sangue, ou de lágrima, do nosso torrão, da nossa cultura, da nossa bandeira, dos nossos símbolos, da nossa Pátria!?
Uma coisa não exclui a outra, por evidência.
Quem está num canto do mundo, no mundo está!
Agora, em termos de mobilização ao 7 de setembro, pelo que se tem visto nos últimos anos, e anos e anos; a escola, enquanto instituição, tem sido mais que falha – relapsa -, em casos específicos.
Não é preciso viver num tempo de exceção para incutir valores de cidadania, de civismo e de amor à Pátria à nossa gente.
Mas se não vivemos tempos de exceção - isto não devia ser regra de escolas a entidades, de instituições públicas a privadas, da mídia à sociedade?
Quem não manifesta seu amor – ama?
Agora, como explicar, não o amor - mas a paixão nacional pela Pátria Brasil – quando a bola rola. Aí não importa o regime?

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FAZER

Poucas vezes o reitor da URI, Luiz Mario Spinelli, foi tão feliz em dizer o que falou no seu discurso de posse no último dia 30 em Santo Ângelo : ‘o que não falta é o que fazer!’.

RECREDENCIAMENTO

A fala do reitor corria no sentido de que em 2016 a URI será reavaliada para fins de recredenciamento. ‘O nosso recredenciamento começa segunda-feira (dia 2)’, alertou. Ou seja – é imperioso que a instituição se aprimore, se atualize, se renove e inove - diariamente .




OUTRA VERDADE

Outra verdade verdadeira que saltou da boca do reitor – foi quando questionou: ‘será que os alunos estão vivendo a universidade ou só passando por aqui!’. Luiz Mario Spinelli referia-se não só à URI, mas à ‘instituição universidade’ Brasil afora. Na esteira discursiva do reitor dou asas a que tenho ouvido: ‘será que os alunos... e mestres estão vivendo a universidade ou...!’.

COLETIVO

É óbvio que a observação – não veste todos os números. Nem dos alunos nem dos professores. Mas, como as instituições de modo geral são vistas, e avaliadas, como um todo - a vitória de um recredenciamento, por exemplo, não pode correr riscos por conta de um lateral lento, de um meio-campista pouco compromissado ou de um atacante que não se mexe...! O empenho pela vitória do coletivo, passa pelo individual.




ERECHINENSES


Secretário da Educação, Alderi Oldra, representou o executivo erechinense na posse dos novos dirigentes da URI, sábado, em Santo Ângelo. O Legislativo teve a presença da vereadora – Clarice Moraes. Aos poucos a vereadora vai conquistando espaços no Legislativo, no seu partido e na política local. Sei da sua determinação em se aperfeiçoar e crescer na vida pública.   



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YPIRANGA?

O veterano radialista Milton Doninelli me corrige na Itália – onde o vento sopra mais frio em Campo Pequeno. ‘Teu artigo estava quase, quase – perfeito’, disse ele referindo-se a um texto sobre os 90 anos do Ypiranga. Segundo Milton – o canarinho surgiu pela primeira vez com o nome de ‘Brasil’ mas não teria durado muito. Não soube dizer quanto tempo. Logo a seguir teria se chamado Ypiranga FC. Nunca tinha ouvido falar nisso, mas se não há registro e o Milton garante que sim – respeito.

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GOLEIRO

Uma coisa que ninguém pode retrucar o Milton é quando ele diz que seu pai – Silvio Doninelli -, foi o primeiro goleiro do Ypiranga. E agora! Não teria sido então do Brasil? – ou o Ypiranga, quando ainda era Brasil, tinha outro ‘guarda-metas’ou o Brasil (Ypiranga) nunca disputou uma partida!?

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JOVINO


Jovino Alves Martins, considerado por muitos o vovô do rádio erechinense – tese que o Milton Doninelli contesta, porquanto diz ter sido ele -, sofreu novo acidente. Residindo agora com uma filha em Passo Fundo , o Jovino teria sofrido uma queda e fratura de perna. Que o Jovino possa recuperar-se logo e ter uma vida sem sofrimentos e tranqüila ao lado dos que ama – filhos, netos e da esposa Nilza.

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BISAVÔ

Nessa queda de braço sobre quem foi mesmo o vovô do rádio, quem sabe deixemos assim: Jovino, vovô. Milton – bisavô!

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LUCY

Em cinema só se fala numa película: Lucy! Um amigo entendido da 7ª Arte acha que o filme chega perto de ‘2001 – Uma Odisséia no espaço’. Bem, se for assim – estamos conversados. Não tem como não ver. Aguardemos!

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Qual é mesmo a Identidade Alto Uruguai!?

1

O Boa Vista está lançando a campanha ‘Identidade Alto Uruguai’.
É mais uma tentativa de tentar reavivar algo que talvez nem vida mais tenha.
N’alguns casos ainda há ar –mas vida, sejamos francos; uma nesga.

2

Desde quando os viajantes deixavam suas mulas pastando no potreiro da Comissão de Terras (lembra?), ainda hoje, comparando-se estrada e carro, temos caminhos que melhor seria ressuscitar as mulas.
Sob este aspecto, faz tanto tempo, mas tanto tempo – que o potreiro já virou mato e o mato corre risco de voltar a virar potreiro. Mas isso já são outros quinhentos.

3

São 11 ou 12 as cidades – isto mesmo, cidades! – que não contam com acesso asfáltico. E os carros já são obrigados a vir com ABS e direção hidráulica, airbag...
A última promessa de asfalto que assisti, um governador deu um tapão (camarada – lógico!) nas costas do seu secretário de transportes e lascou: ‘o dinheiro tá com ele... se ele não fizer me avisem’.
O asfalto ainda não saiu.
E quem saiu – dias depois – foi o secretário.
E para que não confundam com ‘interésses políticos’, o caso, é que o caso, não foi só deste caso.
Olhando para trás, o caso das cidades sem acesso pavimentado pega todos que estão voltando com as mesmas promessas.

4

A RSC 480 que levou mais de 40 anos para ser concluída – está um brinco (torto é claro) com desníveis no km 6 lá pelas bandas de Erval Grande.

5

A BR 153 no km 2 e no km 5 ganhou na loteria: em 32 dias foi reinaugurada – sabe-se lá graças a pressões de quem e de onde! – mas o que desabou foi abandonado, e novos dois trechos acabaram construídos.

6

A ponte rodoferroviária de Marcelino Ramos é cenário perfeito para gravações de mais um Indiana Jones.

7

A ERS 420 com seus intermináveis 18 quilômetros entre Aratiba e a divisa com SC, só Deus sabe se um dia ‘acertará na loteria’.

8

A ERS 126 que podia (e devia) ser natural ligação do Alto Uruguai e Nordeste do RS talvez assista antes a paz no Oriente Médio. Um escândalo, um monumento ao atraso. Obra obviedade  e ninguém – por aqui - mexe uma pá.

9

Vamos falar ainda sobre a ERS 135 e seus buracos, sua não duplicação?
Vamos falar ainda sobre a BR 153 (Transbrasiliana) que só dá sinais de vida na UTI das gestões de quatro em quatro anos e depois adormece outra vez!?

10

Por favor não falem em trem.
O trem nós perdemos.
O das 11 de Adoniran Barbosa ainda sobrevive na voz deles e dos Demônios da Garoa. O resto é espírito.

11

Avião?
Mas o que é isso?
Que bicho é esse que dizem – voa!
Seria como o ‘Monstro do Lago Ness’.
Por aqui ninguém viu nos últimos tempos – mas tem gente que vai pegá-lo em Passo Fundo ou no país vizinho – Chapecó.

12

Até o dr. Altar Menegati já se despediu, e o avião não pousou.
Um dia desceu em Campo Pequeno e até deram o nome do mesmo - Comandante Kraemer (ou seria Craemer) ao lugar – mas depois...! Deve ter voado céus-afora.

13

Esses dias até saiu uma listinha com aeroportos aquinhoados com recursos para melhorias – mas o ‘nosso’ não acertou nenhum número.

14

Avião em Campo Pequeno , só mesmo quando o eterno radialista Euclides Antônio Tramontini (que um dia foi fazer jogo do Atlântico de avião no Vale do Taquari), chamava aeroporto de Campo da Aviação. Naquele tempo tinha.
Ou seja meus caros erechinenses que acreditam morar no melhor dos mundos: o aeroporto de Erechim teve voos/voos quando os ‘bichos de asas metálica’ levantavam e desciam no Campo da Aviação.
Ontem – não!?

15

Meus considerados, o negócio é o seguinte.
‘Tá cada um pensando no seu’, como ensinou ao pé do meu ouvido há uns cinco anos, respeitado empresário.
No seu negócio.
Na sua empresa.
No seu lucro.
No seu modo de ganhar mais.
Na sua vida.
O que é de interesse coletivo vem socializado em promessas e, depois, credita sua não realização ao desinteresse público devidamente explicado pela falta de recursos.

16

Mas, se o público não vai – não seria hora do privado entrar em campo?
Quem são de fato as lideranças desta cidade e desta região?
Se andam encasteladas nos seus negócios, pois saibam que também elas, um dia ainda dependerão da correção das nossas eternas mazelas, seja pelo público ou seja pelo privado; mas do jeito que está é que não pode continuar.

17

A hora é de jogar fora as ideias e os ‘projetinhos’ pessoais.
A hora é de parar de correr para Brasília, sozinho, com a pastinha na mão.
A hora é de parar de repetir o feito de alguns jogadores da seleção brasileira na hora dos pênaltis na Copa.
A hora é de levantar como bandeira político/partidária não 32 bandeiras - são 32 os municípios da Amau e, coincidentemente, 32 os partidos políticos registrados no Brasil -, mas erguer como bandeira no Chapéu do Rio Grande, a Bandeira da Identidade Alto Uruguai.

18

Todos os candidatos que aqui aportarem e, de todos os partidos, devem ser recebidos com civilidade, mas a todos devemos deixar claro que estamos fartos de continuarmos convivendo com descasos que remontam há décadas onde são raros os nomes públicos que se salvam.

19

Se a opção continuar pelos projetos ‘do meu candidato’, ‘do meu partido’, do ‘meu nome’ do ‘meu governo’, do ‘nosso governo’ – a Copa do Mundo da Rússia expiará sua Grande Final e esta coluna poderá ser republicada na íntegra sem nenhum prejuízo ao seu conteúdo.
Talvez o único ganho então é que as mulas do Potreiro da Comissão de Terras, terão mais valia, porquanto conhecedoras de onde não colocar os cascos para maior conforto do seu guia – cidadão ‘made in Alto Uruguai’.
Identidade Alto Uruguai – qual é a tua!?
  

20

E não precisa nenhum homem público, investido de cargo um dia, ou no momento, ficar mais zangado com o que aqui se cobra. Cada um não fez a sua parte ou não conseguiu ver concretizado o esforço que, eventualmente, aqui não se registra por não ter sido percebido. O fato incontestável é: somos menos e menores do que imaginamos também por nossa falta de ação mais decisiva pública ou privada. Ou seria que, por falta de uma ação mais decisiva, nos tornamos menores e menos!? Quem tiver dúvidas que leia a página central da edição anterior assinada por Rodrigo Finardi e Egídio Lazzarotto em contribuição regional.
Qual é mesmo a Identidade Alto Uruguai!?