Vista Geral de Erechim - Foto: Beto Hachamnn |
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O município de Erechim passou da 21ª posição para a 19ª economia do Rio Grande do Sul. O município cresceu 4,06% no estado. Para entender melhor, eis uma explicação técnica da Secretaria da Fazenda de Erechim: “a apuração do IPM (Índice de Participação do Município) para realização dos repasses para o exercício seguinte é efetuada anualmente pela Receita Estadual, levando em consideração uma série de critérios definidos em lei, bem como os respectivos resultados obtidos ao longo dos anos anteriores.
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O componente e fator de maior peso é a
variação média do Valor Adicionado Fiscal (VAF), que responde por 75% da
composição do índice. O VAF é calculado pela diferença entre as saídas (vendas)
e as entradas (compras) de mercadorias e serviços das empresas e produtores
localizados ou que atuam em cada município.
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Outras variáveis com seus pesos
correspondentes são: população, 7%; área, 7%; número de propriedades rurais,
5%; produtividade primária, 3,5%; inverso do valor adicionado per capita, 2%; e
pontuação no Programa de Integração Tributária (PIT), 0,5%.
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Com base
principalmente no desempenho médio
da economia de cada município do Estado nos anos de 2018 e 2019, atrelada às
demais variáveis citadas é feito o cálculo para a obtenção do Índice de Participação
no produto da arrecadação do ICMS para o exercício de 2021, para receber os 25%
do ICMS que é distribuído pelo Estado.
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Entre as 497 Prefeituras gaúchas o Município
de Erechim ocupará a décima nona posição em 2021, em 2020 ocupava a vigésima
primeira, ou seja, subiu duas posições, o que demonstra que Erechim é a décima
nona economia do Estado do RS.
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O Município teve um crescimento de 11,77% no
seu próprio valor adicionado se comparado como o exercício de 2020, e um
crescimento de 4,06% no âmbito estadual, passando o seu índice de 0,735205 para
0,765047, percentual de crescimento bem superior a municípios maiores ou do
mesmo porte, que tiveram, inclusive, em alguns casos, decréscimo (crescimento
negativo) nos seus percentuais, como Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo,
Viamão, Pelotas, Passo Fundo, Bento Gonçalves, entre outros.
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Importante destacar ainda: o
Projeto de Lei Orçamentário Anual prevê receita bruta de ICMS do Estado de
R$ 34,5 bilhões em 2021 valor abaixo do que deve ser confirmado em 2020
(projeção de fechamento em R$ 35,4 bilhões) e menor também do que era previsto antes
da pandemia na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2020 (R$ 37,5 bilhões). Deste
valor o Estado distribui 25% aos Municípios”.
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Penso que não há o que se contestar. Em ano
atípico no planeta, por conta da pandemia do Novo Covid – 19, o município de
Erechim através das forças produtivas cresceu 4% arredondados. É uma conquista
da economia local e, por que não, de quem gerencia o município no dito ano:
Luiz Francisco Schmidt encaminha-se para fechar sua administração, seu mandato,
podendo exibir no sentido de apresentar, números invejáveis.
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O prefeito não fez uso político desses
números. Nós não nos orgulhamos dessas coisas enquanto moradores desta cidade.
Talvez por falta de informação, talvez por ignorância, ou, quem sabe só por vocação
à divergência política mesmo, que há tempos anda meio que tatuada no corpo
erechinense. Agora, fosse o contrário, como municípios mais ou menos do porte
de Erechim que encolheram em 2020, isto não seria manchete?
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NEM LULA, NEM BOLSONARO
Na coluna passada,
antes das eleições de domingo, saiu aqui neste espaço um tópico com o título
“Nem Lula, nem Bolsonaro”. No domingo à noite com os resultados conhecidos, o
que mais se ouvia de analistas no centro do país e na capital, era esta mesma
constatação: o eleitorado do 2º turno das eleições municipais revelou o que
pensa e, seu pensamento traduzido em votos, colocou os dois líderes como os
grandes derrotados. Isto pode ser um indicativo para 2022? – há divergências.
Que flagrou o pensamento nacional do momento, não resta dúvidas, mas uma
eleição à presidência leva em conta outras vertentes, além das vitórias de
alguns partidos em municípios sem grande expressão política e econômica. Os
grandes nomes de grandes centros, se bem articulados, ainda comandarão o
cenário político nacional. Como sempre foi. É evidente que aí se incluem nomes
do MDB, DEM e PSDB, além de PP, PDT, PSB, PSD e NOVO e, agora, meio que tomando
o lugar do PT, o PSOL de Guilherme Boulos (SP). Mas o PT ainda vai cavar um
espaço entre a esquerda com o PCdoB. Considero muito difícil a esquerda, em
nível nacional, ao sentar-se à mesa não dar uma cadeira especial ao senhor
Boulos. Mas domingo passado e hoje, e sabe-se lá até quando, nem Lula, nem
Bolsonaro. O presidente ainda tem a caneta azul na mão e pode viabilizar-se com
mais probabilidades.
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O RESULTADO MAIS
IMEDIATO
A consequência mais
imediata aponta para Bolsonaro. O eleitorado não está satisfeito com seu
governo. Ele precisa mudar, e logo, para tentar se recolocar no cenário
eleitoral/2022 ao menos no tamanho que ele imagina. Como disse, o presidente,
fragilizado ou não, ainda tem a caneta na mão e isso conta e não é pouco.
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PANDEMIA E ECONOMIA
O debate eleitoral para
2022 vai passar e vai avaliar duas realidades da qual nenhum governante ou
pretendente ao Palácio do Planalto poderá virar as costas: pandemia e economia.
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ALTO URUGUIA NO RADAR
DO MDB
A julgar pelo que
disseram em na TV Erechim, Ana Lúcia Oliveira e João Francisco Parenti (Fifo),
o Alto Uruguai figura nos planos do partido para os próximos quatro anos. Diria
mais: se quiserem mudar o panorama regional que coloquem a região no radar já
nos primeiros dois anos. Em 2022 teremos eleição para deputado estadual e
federal. E é como um político bastante experiente de Erechim já advertiu: “não
importa se o deputado federal faz bons discursos na Câmara dos Deputados. O que
realmente importa é que na hora de fatiar o bolo – o orçamento da União -, o
Alto Uruguai tenha lá, presente, ao vivo, com mandato de eleito, alguém para
levantar a mão, ser notado e ser levado em conta. E esta deve ser uma missão (unir
e alavancar o Alto Uruguai) a ser liderada pelo prefeito eleito de Erechim,
Paulo Alfredo Polis.
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MORO CADA VEZ MAIS DISTANTE
O ex-juiz e ex-ministro
Sérgio Moro está cada vez mais distante do Palácio do Planalto ou de uma
eleição à presidência. É o que se depura ao ler avaliações e opiniões de
analistas e políticos. Tudo pela simples razão de Sérgio Moro optar por
trabalhar na iniciativa privada. É evidente que ele precisa ter uma renda para
manter-se, mas isso o deixa mais distante do debate ou do leque de opções para
2022. A meu juízo – grande parte do eleitorado brasileiro – sentir-se-á órfão. Nunca
é demais lembrar: foi a posição claramente anticorrupção encarnada por Sérgio
Moro, que ajudou também de forma muito mais importante do que realmente se
reconhece, que Jair Bolsonaro caiu nas graças da classe média, aquela que
estuda, trabalha, gera riquezas e a tudo sustenta.
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ATENÇÃO AOS ANGNOMES - JÚNIOR
E NETO
Não será surpresa
nenhuma se ao final de todos os encontros e desencontros, aquilo que se
intitula como uma aliança de centro, escalar para 2022 – Júnior e Neto. Quantos
atletas já correram ou ainda correm pelos gramados nacionais atrás de vitórias
com esses nomes em campo.
Pois, na corrida ao
Planalto, não descartaria hoje – numa projeção que não pode ser ignorada -, uma
dupla com esses “agnomes” em seus nomes. Não digo mais, porque a curiosidade quando
aguçada, sempre é melhor que a satisfação satisfeita.
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SIMPLES E BONITO
Benjamin na Praça da Bandeira/Natal/2020 |
A decoração natalina na cidade este ano, contempla o jargão “simples e bonito”. Não sei quanto foi investido – mas acredita-se que bem menos do que em natais anteriores. A conclusão é óbvia. Há menos luzes, mas a beleza, o encanto, a magia do natal está presente como sempre foi. Esta semana não foram poucas as pessoas que levaram suas crianças para testemunhar a decoração. Como por exemplo, meu netinho Benjamin que ficou simplesmente encantado. As crianças veem o que nem sempre os olhos mais veteranos percebem.