Tenho escrito mais que o normal sobre o Ypiranga.
Já disse que no meu entender, o clube abre 2014, com perspectivas promissoras.
Não sei se o tempo vai firmar, mas que após um período de instabilidade melhorou - melhorou.
Esta, no entanto, não era a situação do clube das cores nacionais há 11 anos.
Nem de longe!
Em 2003 publiquei artigo que reproduzo parcialmente aqui.
Com o fito de valorizar a memória como ferramenta de reflexão, que pessoas e instituições deviam preservar para vasculhar sobre o próprio passado, e assim compreender melhor o presente e descortinar um possível futuro - segue texto de 11 anos passados - mais especificamente, no dia 9 de janeiro de 2003.
Presidente da ACCIE (2003) diz que Ypiranga é viável
O presidente da Accie (Associação Comercial Cultural
e Industrial de Erechim), disse ontem (8/1/2003) que o Ypiranga FC “é viável”. De
acordo com Jaci José Delazeri este não é o momento de procurar culpados por
eventuais erros que tenham sido cometidos e reconheceu que há muitos
ypiranguistas, por amor ao clube, que colocaram dinheiro do seu bolso no clube e
que os mesmos tem “todo o direito por questões legais e morais de serem
ressarcidos”.
Alerta
O presidente da Accie recordou que recebeu há
algum tempo uma comissão do Ypiranga, explicando a situação do
clube. O presidente da entidade salientou que até chegou a colaborar com alguns
recursos, do seu bolso, para ajudar a custear algumas viagens da equipe.
Segundo Jaci José Delazeri “nós acreditamos na
viabilidade do clube e temos certeza que a classe empresarial têm condições de
investir no futebol do Ypiranga, mas desde que haja uma gestão profissional e
que a mesma dê retorno de imagem ou de mercado às empresas”.
Sugestões
O presidente da Accie aproveitou para fazer algumas
sugestões ao Ypiranga FC: 1) uma auditoria para saber da real situação do
clube, não só das dívidas... 2) Um plano de viabilidade econômica
para pagar todos os credores e um estudo sobre a viabilidade do futebol na
categoria que o mercado regional comportar – ‘falo de futebol profissional, mas
dentro da categoria que for possível’. 3) Gestão absolutamente profissional e
transparente, com credibilidade. 4) Plano de desenvolvimento estratégico para o
futebol profissional para verificar de onde o Ypiranga pode sair e onde quer
chegar. O Juventude fez isto – disse. 5) Plano estratégico de sustentação
econômica para o futebol.
O dirigente da Accie disse que não tem nenhuma
dúvida que a classe empresarial apoiaria o Ypiranga nestas condições – “assim
como sei que não vai apoiar nas condições atuais”. Jaci Delazeri comparou o
clube com países e o empresariado com investidores, o que chega a fazer sentido
e torna a questão de maior compreensão, pois é raro, quando não impossível ver
algum investidor apoiar um país, uma empresa ou um clube até – que não tenha
sua situação clara e que prometa retorno. Que seja viável, independente do
tempo.
Questionado sobre se apoiaria o clube a se desfazer de
parte do patrimônio para liquidar débitos, Jaci Delazeri disse que não. “Isto
não vai resolver o problema do Ypiranga. Vai resolver dois ou três credores. O
que é preciso é evoluir, mudar, avançar, resgatar a credibilidade. Estabelecer
estratégias. Tornar a instituição novamente viável e atrativa aos olhos da
classe empresarial que está sim, disposta a ajudar o Ypiranga”.
Segundo
o dirgente da Accie (daquela época) “está na hora destas mudanças para que Erechim volte a ter
futebol profissional aos domingos à tarde – não importa em que categoria – se
não der na elite que seja na série ‘B’ ou ‘C’. Erechim tem torcedores, temos
que ter orgulho do nosso clube que pode levar o nome da cidade para o resto do
país – assim como o futsal, a bocha e a natação do Atlântico já o fazem”.
* Onze anos depois o clube ainda está aí. Já passou por um processo de parceria, retornou à Divisão Principal - série 'A', caiu de novo à série 'B', reacumulou dívidas, estuda a possibilidade de negociar parte de seu patrimônio com a prefeitura (se não vender uma área - pode permutá-la), tudo para honrar dívidas, e, agora, busca se reestruturar. Notem como a história por vezes nos oferece capítulos que aparentemente já os vimos!
A reprodução desta entrevista feita há 11 anos, numa hora nada boa do clube das cores nacionais, revelou a disposição do então dirigente empresarial, Jaci José Delazeri em dar sua contribuição para melhor entendimento daquele momento, também da cidade - com suas instituições -, e, por que não, dos seus dias vindouros. Hoje em dia, o líder empresarial Jaci Delazeri, que agora se escreve Jaci José De Lazzari e até nome de Instituto virou, preside com seu entusiasmo, inteligência e descortino o Conselho Deliberativo da Accie. Ao que consta dedica-se quase que exclusivamente à sua reconhecida e respeitada empresa e ao Instituto Jaci De Lazzari. Por isso também, não deixa de ser um farol.
Olhando-se para um passado que já vai meio longe, o presente e, os sonhos; como diria Antonie, o Lavoisier, com sua famosa definição eternizada: 'Na natureza nada se cria, nada se perde - tudo se transforma'.
Seria assim também na 'natureza' do mundo do futebol!?
A reprodução desta entrevista feita há 11 anos, numa hora nada boa do clube das cores nacionais, revelou a disposição do então dirigente empresarial, Jaci José Delazeri em dar sua contribuição para melhor entendimento daquele momento, também da cidade - com suas instituições -, e, por que não, dos seus dias vindouros. Hoje em dia, o líder empresarial Jaci Delazeri, que agora se escreve Jaci José De Lazzari e até nome de Instituto virou, preside com seu entusiasmo, inteligência e descortino o Conselho Deliberativo da Accie. Ao que consta dedica-se quase que exclusivamente à sua reconhecida e respeitada empresa e ao Instituto Jaci De Lazzari. Por isso também, não deixa de ser um farol.
Olhando-se para um passado que já vai meio longe, o presente e, os sonhos; como diria Antonie, o Lavoisier, com sua famosa definição eternizada: 'Na natureza nada se cria, nada se perde - tudo se transforma'.
Seria assim também na 'natureza' do mundo do futebol!?