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Assim
que o Covid 19 mostrou de fato os seus dentes, escancarando seus males na
saúde, na economia, no comportamento e na vida em sociedade – independente de
qual andar cada um pode residir em termos financeiros, de status e prestigio -,
o mundo incorporou uma expressão que de tanto usada já está velha: “o novo
normal’.
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Qualquer
coisa e lá se ouve, se lê ou se fala o “novo normal”. Nada mais será como
antes! O velho mundo como nós o conhecemos “foi falecido” pela pandemia e
pimba: Tudo será diferente. Absolutamente novo.
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Olhando
assim de soslaio a nominata escalada por grupamentos também conhecidos como
“partidos políticos”, até que dá para se deparar com algo que não represente,
exatamente, a velha política de ontem. Mas tentando captar o que as pessoas mais
observadores e exigentes comentam, conclui-se que ainda não chegamos ao “novo
normal político de Erechim”.
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Quem
não tem compromissos com nenhuma das candidaturas, mas apenas com a isenção
jornalística ou com sua consciência cidadã; pode muito bem concluir que “o novo
normal político de Erechim”, está muito mais para “o velho normal político”,
muito provavelmente, semeado sabe-se lá por quem, em Campo Pequeno, quando por
decreto estadual em 1918 ganhou sua certidão de nascimento, passando a
assinar-se Paiol Grande.
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Se
não está fácil a ciência descobrir, testar, fabricar e distribuir uma vacina eficaz
e definitiva contra o Covid 19, que esperanças podemos nós, erechinenses, ter
nas pré-candidaturas ainda não oficializadas, como um remédio a ser distribuído
como eficaz, aos quatro cantos da Província de Campo Pequeno para fazer dela a
própria prosperidade coletiva em teoria e em concretude!?
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O
primeiro fato concreto é que as quatro candidaturas (ainda não oficiais até
onde se sabe), elencadas como prontas para registro eleitoral com vistas a
administrar o município a partir de 2021, não se percebeu emoções maiores por
parte da torcida. Não houve óóóóóóóhhhhhh - até que enfim. Seria por que os
times estão tendo de jogar para estádios sem público ou seria por que o
contingente de erechinenses exigentes tem aumentado e, calejados com o que os
anos lhe mostraram, conclui-se que “novo normal?”, - só se for por causa da
pandemia.
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Para
não ser injusto e nem aparentemente cego, há sim pelo menos duas ou com boa
vontade até três novidades, de nomes/pretendentes à prefeitura, considerando a
contextualização dos últimos pleitos. No entanto, o que aqui se aborda não é
bem novos nomes – mas como o processo foi conduzido. Foi conduzido, até onde se sabe (depurando-se
o que é plantado ou fake mesmo), exatamente do mesmo jeito que sempre foi.
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Mas
há um segundo fato concreto que virá no seu devido tempo: uma das quatro
pré-candidaturas sairá vencedora. Não sei se vitoriosa. A rigor parece a mesma
coisa, mas não é. Mas é dela – da vencedora que dependerá, em boa parte, a
nossa vida comunitária, para vitoriar, digamos, a comuna.
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O
que seria “vitoriar” são outros quinhentos. E nesses quinhentos não está...
cuidar mais da saúde, da educação, da geração emprego e renda ou das pessoas (a
propósito - o que seria isso mesmo? - eis aí uma boa pergunta para ser
destrinchada durante a campanha). Vitoriar a comunidade não tem nada com
administrador o varejo da cidade.
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Erechim,
como a capital do Alto Uruguai, precisa alçar-se a titulação mais alta de forma
concreta, que como tal seja notada desde longe. Então haveremos de concluir que
este processo não é obra para um governo municipal, só um governo municipal,
que faz o dia a dia, o básico, o indispensável. Cortar a grama, varrer as ruas,
recolher o lixo, trocar lâmpadas, etc... Isto será como trabalhar de dia para
comer à noite. Pintar um muro, soldar um portão, trocar uma lâmpada – sempre
acontece também aqui em casa. Mudar de status requer mais, muito mais, e, não
querendo ser injusto, talvez, o próximo edil a assumir a prefeitura terá que se
preocupar muito menos em mudar coisas, e muito mais em manter, porque
aparentemente (e há informações concretas e apartidárias sobre isso) o próximo
prefeito receberá uma municipalidade bem gerida.
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Talvez,
deste trampolim possamos começar a caminhar em direção ao que de fato, todos os
erechinenses, sonham: crescimento, desenvolvimento, mais oportunidades – uma
terra promissora como o foi quando da debandada para Chapecó e adjacências, à
época, dependente até de carregamentos de bananas saídos de Campo Pequeno –
como me foi dito por um ilustre erechinense que assim o fez nos anos 1960. Era
o nosso socorro aos nossos vizinhos do outro lado do rio.
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O
que se questiona aqui é também a nossa representatividade junto ao governo do
estado! A nossa localização geográfica, econômica, social e política,
olhando-se de Brasília de onde se destinam as moedas de prata.
Então
– devagar. Não nos iludamos.
Não
há e nem haverá milagres. Até porque, para quem acompanha esta página desde
junho, sabe que os discursos a rei de Campo Pequeno, praticamente se chocam, se
repetem, se copiam, se confundem. Alguém precisa falar diferente e inovar – mas
com os pés no chão.
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A
vacina para o “nosso velho normal político”, que prioriza o “eumismo de poder”
em detrimento de um modelo de “poder/coletivo”, revelou-se como sempre, no que
diz respeito ao “modus operandi”, para a escolha de candidaturas à prefeitura
de Erechim. Escolhas legítimas, mas que no fim das contas, aparentemente – em
tese, levam a dedução de fatiar os superiores interesses municipais, feito uma
pizza.
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Para
ser mais explícito, honestamente observando – uma pizza que se oferece como de
quatro sabores, mas que pelo cheiro, parece ser de um só. Ah – sei, seria uma
de quatro queijos? - tendo como acompanhamento a custosa perda de uma nova
oportunidade, por conta do nosso execrável mal de pele, o “velho normal de
Campo Pequeno”. Bom apetite, então.
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Se
alguém não entendeu ou entendeu transversalmente conforme seus interesses,
explico de novo: ainda não tendo candidaturas oficiais até o momento da redação
desta opinião, parece-me que o próximo prefeito pegará um município com a
cidade bem cuidada no que diz respeito à sua vida interna e, com as contas em
dia. Outros já a entregaram quase assim. Desta feita – haverá até dinheiro em
caixa até onde sei.
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O
prefeito Luiz Francisco Schmidt encaminha-se para um final de mandato deixando
uma imagem irretocável, pelo menos sobre o varejo da cidade, ao deixar uma cidade
limpa, funcional e, aparentemente pronta, para dar um passo bastante seguro rumo
ao futuro.
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Caberá
ao eleito manter o que aí está, melhorar o que considerar que precisa melhorar
e, fazendo uso de novas tecnologias, de novos projetos e de novas inteligências
- se não for assim, quem sabe, tirar um coelho da cartola -, para diminuir a
distância orçamentária prevista para 2021 (Chapecó R$ 1,1 bilhão) – (Erechim – R$
332,2 milhões), embora ambos os valores ainda sejam projeções a serem
confirmadas – mas não ficará longe disso em nenhum dos casos.
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Em
síntese: enquanto eles – os que moram no outro lado do rio -, não precisam mais
dos nossos carregamentos de bananas, nós nos vemos supridos por eles, com
cooperativa, cadeia de carnes, magazines, revenda de automóveis e
supermercados, entre outras atividades econômicas. Será que ao longo dos anos não
perdemos o espírito comunitário, o espírito da impessoalidade e, aqui
permanecemos com o espírito familiar, com o espirito da pessoalidade, com o espírito essencialmente corporativista - e em vários setores da sociedade? Isto para
não falar noutro espírito! Pode não ser bem isso – mas isso bem que pode ser.