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Geder Carraro Fonte: Arquivo AVS |
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“Saudações
meu prezado colega. Não chamo de amigo, porque na verdade amigos – amigos nunca
tive aí. Ahahahahahahahahah. Mas que nada. Foi amigo sim. Tive alguns e a maioria
mora comigo agora “Aqui Em Cima”. O Cláudio (Grasel), o Altair (Menegati), o
Helly (Parenti), o Celso (Testa), o próprio Jayme (Lago), enfim, como pode
atestar – tinha amigos tanto de esquerda quanto de direta. Uns entendem que por
isso “Aqui Em Cima” é o paraíso porque ninguém fica estressado ou... deixa eu
ser eu mesmo um pouco Ódyyy: “Aqui Em Cima” ninguém fica “enchendo o saco” de
ninguém. Eu detesto. Apesar de na entrada o Dr. São Pedro já ter vacinado um
por um contra vaidades, armadilhas e safadezas que dividíamos aí... Falando em
vacina...! -, e todos, aparentemente estarem imunizados, essa história de cada
um ser “irmão” do outro não é bem comigo. Acho que em mim a vacina não pegou.
Fiz de conta que sim – mas só pra ti aí eu confesso: “assim que injetaram o
líquido eu espremi tanto, que um pouco, um pouquinho, consegui expelir de
volta. Acredite se quiser. Meti a mão no bolso e tomei três comprimidos de cloroquina.
Não sei o que fez efeito no fim das contas. Se foi o que restou da vacina (eu
já tomei a da Rússia misturada com a da China pra não deixar dúvidas sobre meu
lado jornalístico), ou se foi a do nosso Trump com seus comprimidinhos (também
pra mostrar o meu lado jornalístico). Ou seja – em termos de lado jornalístico,
tu me conhece, eu saio do Brasil, passo pela África, vou pra Ásia, dou uma
passada pela Rússia, Europa e EUA. Da Índia recebemos ontem. Quer dizer, não
tenho reservas com ninguém: comigo era assim, é notícia? Dá-le pau. Acho que
no fim das contas não pego mais o tal de Covid-19, mas de uma coisa estou
convencido: as lombrigas, os vermes; esse bicharedo eu matei todo.
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Ódyyy – meu
colega e amigo de Caldeirão e Casarão, e meu quase inimigo de redação. Quantas
vezes brigamos por causa de um termo! Te lembra quando escrevi 16 horas da
tarde e tu começou a me encher o saco? Não aguentei. Não adianta. Ou era como
eu queria ou “adeus tia Chica!”. Façam como quiserem. Eu saio da redação e deu.
Naquele diz não se “peguemo” porque resolvi deixar o papel na máquina e fui
embora largando fumaça pelas venta. Parei no Helly e nunca mais voltei pra
redação ali ao lado do Banrisul, na época, Caixa Econômica Estadual. O
Sebastião (Teixeira – gerente do Diário) ficou só olhando. Comigo não. Comigo
não!”.
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Mas Ódyyy – estamos
vibrando “Aqui Em Cima desde terça-feira, dia 18. É que chegou a notícia de que
a “A Voz da Serra” voltou a circular diariamente, ou seja, de terça a sábado. Chego
me beliscar. São duas coisas ou duas em uma só: as duas – um sonho e uma
loucura - e, as duas em uma só – um sonho louco. Mas como tu me conheces bem, e
grande parte da turma “Aqui De Cima”, quando chegou essa notícia, ninguém
respeitou a Lei da vereadora Sandra Picoli. Foi um foguetório só. Parecia que o
Inter tinha voltado a ganhar Grenal.
O pai “Seu
Estevam” (fundador do jornal em 1929) colocou as duas mãos na cabeça. Já a mãe
- dona Gelsomina, que entregou o monumento do jornaleiro de presente à cidade
(aliás, é verdade que anda, de novo, atirado às traças e ali, bem no coração da
cidade?), pois, o Gilson balançou a cabeça em lamento e a Romilda, que gostava
do jornal na rua, não disse uma palavra – mas aparentemente aprovou ver o
jornal circulando diariamente de novo. Mas claro, ela gostaria que a turma
estivesse junto de novo, com a participação da Maria Lúcia. Aí a família
estaria outra vez reunida – mas tu nos conhece né – aí já seria querer demais. A
Matilde, o que que vou dizer... Mas no resto, desde o Ayres Pires (que assumiu
como 1º Intendente do município 11 anos antes do jornal nascer) até o Farina, o
Zambonatto e o Jayme (Lago), afora o seu Olimpio (Tormen) que chegou esses dias
“Aqui”, o Nery Gasparin e o Helly que assumiram por alguns dias a prefeitura -,
todos aplaudiram.
Neste sábado
vai fechar a primeira semana e, eu nem acredito, saiu todos os dias e olha, com
a minha neta, a Amanda administrando e o Ricardo e a Gilka dando seus palpites.
Tomara que fique nas mãos da Amanda, por que a Gilka e Rica – meus filhos -,
esses eu conheço. Não é nem de acreditar. O Cláudio (Grasel – o Castor e
atuante ex-vereador) até me sussurrou no ouvido: “... de onde menos se espera,
hein, hein, hein... ahahahahah!”. Eu ainda estou pagando pra ver até onde vai –
mas parece que dessa vez o Rica, digo, a Amanda; está dando uma de ‘Seu Estevam’
e o jornal pode mesmo estar voltando para sua, sei lá, que número de vida. Mas quando
eu penso no que nós passamos, e na importância da “Voz da Serra” para o
desenvolvimento da cidade, e que a maioria da população de hoje, aí, não tem
noção porque muitos nem eram nascidos, meus olhos se enchem de lágrimas. E tu
sabe – eu sempre tive um temperamento meio... (deixa eu rir sozinho – meio!)
explosivo. Sou muito emotivo. E em se tratando da “A Voz da Serra” então... Eu
não me mixava pra prefeito nenhum. Se me enchessem o saco (desculpe o palavreado,
mas eu era assim mesmo), aí é que o pau comia solto nas páginas do jornal.
Comigo, vereador, deputado ou prefeito que tentasse pressionar – não se criava.
Jornal não é pra bater palma! Falando nisso – a nossa imprensa se desenvolveu
que nem os voos no aeroporto de Erechim. Tá tudo muito parecido com agência de
publicidade ou assessoria de marketing. É o que eu tenho observado “Daqui De
Cima”. Pra quem me conhece e sabia como eu fazia jornalismo – não poupo
palavra: “hoje, em Erechim – alguns setores da imprensa estão uma vergonha! E
isso vem desde muitos anos. A turma acha que ‘varrendo a sujeira pra debaixo do
tapete’ está ajudando. Pensam que as pessoas não enxergam. O pessoal ao ‘se
omitir’ está... é ajudando a enterrar o time. Ainda bem que não tô mais por aí.
Comigo não violão. Me nego. Mas, cada um sabe o que faz. Tu me conhece.
Comigo não tinha. Era notícia? – larga, interpreta e opina... e sem
obrigação de acertar 100%. Esse é o nosso papel, mas... “Aqui De Cima” estamos vendo.
Até tu tem falhado Óódyyy. Até tu. Tu já foi melhor, hein! Tá se acomodando também? Será que é a idade – ahahahah!
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Mas - agora,
terça-feira que vem, 26, se o jornal sair, aí sim vai se completar uma semana
de circulação ininterrupta. Se isto se confirmar, já estão se mexendo para
sexta-feira ou sábado da semana que vem promovermos uma comemoração. Será no CVEE
(Clube Vida Eterna dos Erechinenses) no bairro Erechim, 99700000. É claro que
não haverá lugar para todos. Os intendentes, prefeitos e vereadores que já
residem “Aqui em Cima” - esses terão lugar certo e, antes deles, o pai, a mãe,
o Gilson, a Romilda, a Matilde, o Júnior e a dona Maria (te manda um abração),
esses estarão em lugar de destaque, além de todos os que escreveram na “A Voz
da Serra” – entre eles o Antoninho (Pereira de Souza), o Atílio Pagliosa, o Américo
Godoy Ilha, o Aldo Castro, o professor Mantovani, o Riopardense de Macedo, o
Schubert, o Gladstone, o Zambonatto, o Flory, o Caruso, o Illa Font, o Costamilan,
o Mário Corradi, o Fiorello Zanin, o Olympio Zanin, o professor Arpini, o Altair,
o padre Busato, o Brasiliano, o Jacynto Godoy, o Souto Netto, o Osvaldinho, Tomazoni,
Ricardo Kreische, Frederico Stein, a Irmã Consolata, o Irmão Leão Magno, o
Goldschmidt, Albano Stumpf, Hugo Ramirez, Jan Kuchta, a Lia Webber, Rodrigo
Magalhães, a Vera Sass, o Pedro Marçal Weimann, Romeu Paiva, a Carlinda
(Poletto Farina)...
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O Tacques, o
Firmino, o Testa, o padre Benjamin, mais o Madelão, o Darcy (Pagliosa), o Frey,
o Sidney Guerra, o Nicolini, o Altair, o Gollin, o Nery Reichmann, o Caleffi, e
até o Coronel Attilano Machado, que foi intendente de Erechim quando surgiu a
“A Voz da Serra” em 1929 com o nome de “O Boavistente”, estão propondo
inclusive uma sessão solene – como se fosse um parlamento – para homenagear a
“ressurreição” do jornal. Cá pra nós Óóódyyyy – “A Voz da Serra” ressuscitou mais
vezes que Cristo, ahahahahahahahahhhhhh; “e-e-e-e-e-e-e.... não é mentira” sublinha
aqui o Airton Matté, meu querido amigo que reencontrei “Aqui Em Cima”. Já estão
até brigando, ou melhor, discutindo, ou melhor ainda – debatendo, por que “Aqui
Em Cima” não se briga e nem se discute – quem seria o orador oficial: uns
defendem o Dr. Godoy Ilha, outros o Dr. Gladstone, outros o Dr. Romeu Paiva, por seu amor ao civismo,
outros mais querem o Dr. João Caruso. Já se cogitou do Mariano Moro, do padre
Benjamin, e outros mais o Dr. Wilson Watson Weber. O Cláudio (Grasel), que
gostava de uma latinha como poucos; também se inscreveu argumentando “por que
não eu!” e até emendou: “se não eu, voto no Biduca (Neuton Picoli), ou no Gasparin,
ou no Frizzo!”. Não sei como vão resolver isso. O fato que interessa é que a
volta diária da “A Voz da Serra” está mexendo com o pessoal “Daqui”. Dom João
Hoffmann, Dom Girônimo e o Pastor Valério vão se reunir e, talvez, caberá a
eles, tipo uma comissão suprapartidária decidir quem vai falar. Mas um nome
eles já descartaram de cara, segundo conversas que vem da réplica do Café
Grazziottin, onde a fofoca e a verdade rolam livres, o Café que também abriu
sua nova matriz “Aqui Em Cima”: o padre Benjamin está descartado. Vai que lance
mão do seu “Chito Tasso”! Aí acaba
com o que é para ser uma festa. De qualquer sorte, além de pedir autorização
pra São Pedro, já informaram ao Santo, que a maionese pode desandar e exigir
que ele balance sue imenso molho de chaves não descartando nenhum couro
cabeludo. Seja ele de intendente ou vereador, de prefeito ou médico, de
empresário ou padre, de deputado ou jornalista. Que a paz e prosperidade se
mantenha, caso o evento realmente saia.
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Na votação
sobre o cardápio têm os “cola-fina” como eu costumava chamar “aí embaixo” os
granfinos, não no sentido pejorativo, mas no sentido de... os mais
escolarizados, os mais cultos, os mais/mais, como diria o nosso querido Eduardo
Sampaio, que também agora mora num apê conosco aqui no bairro Erechim. Aliás,
já faz um tempinho. Inclusive estaria pensando em reabilitar os eventos de “Os
dez mais”, “As dez mais...!” – e ao que parece a repercussão tem sido boa. No
fundo – tudo não passa de saudades, muitas saudades da terrinha, como o Eduardo
gostava de se referir a Erechim.
Mas o que
deve prevalecer mesmo é o velho e antigo churrasco. O Pinguinho e o Bacedão vão
comandar a turma de assadores, porque nessa matéria são imbatíveis. A Carlinda
e a Elisa Vacchi vão comandar o grupo de mulheres que fará a maionese e tomate
com cebola, além da sobremesa. Aliás, essa, outra discussão, ou melhor, outro
debate que não quer calar. Falam em pudim, em tortas, etc – mas no fim deve dar
mesmo é creme com sagu, chico balanceado, mousse e ambrosia. Mas também já
vazou a informação que alguns “cola-fina” vão trazer a sobremesa de casa mesmo
- por conta própria. Esses não comem sagu! O mesmo se dá com os aperitivos. Vai
de Johnnie Walker e Chivas a caipirinha ou purinha – “Lágrimas do Alto Uruguai”
e graspa. Eu, tu sabe – só bebo “o que vem – morre!”. No almoço, vinho, cerveja,
refri e água. Depois da sobremesa só Deus sabe: é como vinho de odres velhos ou
cerveja quente. Ninguém viu, ninguém vê – tudo desce. Ainda bem que aqui também
temos um Pronto Socorro que trabalha com todos os convênios. É só apresentar a
carteirinha “Erechinense” e é atendido na hora. Nunca vi ninguém cogitando de
ir pro bairro Passo Fundo, que fica aqui pertinho. Ah, ia esquecendo, teremos ainda um desfile da
Banda do seu Elírio Toldo e, música para todos os gostos: uns apreciarão o
Kreische e o Schubert com a Lia Weber. Outros, os já mais
“largados” – ficarão com o Osvaldinho, enquanto que a “Jovem Guarda” vai dançar
twist com o Pedrinho Cunha e o Serginho Intkar. Eu não sei – só sei que a volta da “A Voz da
Serra” diária está provocando desfiles, concertos e festas de arromba “Aqui Em
Cima”. Bah – me peguei sem cigarro. Júnior - vai no primeiro bar que acha aberto
e me traz dois maços de cigarro. Qualquer um. – ufffgrrrrhhhhfffff. Vai logo –
se não me afogo ainda!
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Helly Parenti, Irany Jaime Farina e Geder Carraro. Fonte: Arquivo AVS |
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Escuta
Óóóódyyyy, é verdade que o prefeito Polis decretou o turno único ? Tu sabe que
tem muita gente “Aqui Em Cima” que até aplaudiu a medida. A minha posição tu
conhece né – mas como não estou mais exercendo a profissão, não digo nada. Me
nego. Em termos de economia, como o prefeito falou, está certo – e ademais,
quase 60% dos erechinenses votaram nele, então, aqui nem se debate esse
assunto. Ele é o prefeito e pronto. A turma quis assim – que assim seja. Ah, se
eu tivesse por aí... a cobra ia fumá. Pode tê certeza! Os empresários que
forjaram a cidade, o Mandelão, o Farina e o Zambonatto, quando ficaram sabendo
– ficaram que cabelo em pé. O Jayme (Lago) quando soube, ameaçou passar mal e
mandou vir logo três carteiras de Charm. Largava fumaça pelas ventas. Mas – os
tempos são outros. Olha só essa pandemia, a discussão sobre ciência, os que
acham que não tem nada... Este é outro assunto que o Véio Pedro só dá risada.
Vitimado por Covid ou não, Ele só vai abrindo as portas do céu com seu molho
de chaves e, recebendo um por um, com imensa cordialidade. Nem pede do que que
foi. Só pergunta de onde ta vindo – e dá o endereço do bairro. Afora isso tem toda
essa discussão sobre o presidente e suas aparições públicas que sempre rendem. No
meu entender, aí sou meio militar (ah meu tempo de CPOR, ah a minha espada que
tu viu de perto), ele, o presidente, vem sendo perseguido desde o dia 1º de
janeiro de 2019 . Mas, cá pra nós, também tem dado uma mãozinha. Me lembro de
quando o Romário teria dito que o Pelé, calado, era um poeta. Já faz tempo que
o presidente tem dado munição pros críticos, e até detratores dele - com
algumas tiradas que deixam os conservadores e direitistas nossos “Aqui Em Cima”,
se beliscando, se esquivando. Uns dão uma de avestruz, outros defendem o
presidente e outros mais decidem seguir o conselho do Zanella: “melhor ir
pescar”, como certa feita discursou. Esses dias encontrei o trio de Notários –
o José Maria Amorim, o Zé Menezes e o Waldir Timm tomando um cafezinho. Falavam
do atraso do Brasil à Revolução Farroupilha, de cinema a livros entre outras
coisas. Esses caras conheceram muita gente e sempre tem assunto, aliás, leques
de assuntos. O teu amigo do Cartório Timm, inclusive te mandou um abração e, eu
não entendi, mas mandou te dizer “Odyyy - mete o saca-rolhas!”. Disse que tu
sabia.... Ao ouvir isso, o Zé Menezes também aproveitou: “Bah – o Zé Ody? – bah
tchê, manda meu quebra costela pra ele. Sempre me tratou com consideração!”.
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Bem meu caro
Óóóódyyyyyy. Tá certo que “A Voz da Serra” está com os meus filhos e a minha
neta, o Ricardo, a Gilka e, no comando,
a Amanda. Ainda bem que é a Amanda, se não... Mas também não posso ocupar todo
o espaço, só eu. Tem que deixar um espaço pras notícias e, principalmente, pros
anúncios. Se não tiver anúncio – “adeus tia Chica”. Eu disse – anúncio, e
não outra coisa, como “propaganda, marketing, relações públicas...”. Mas antes
de terminar tenho ainda duas manifestações que julgo oportunas. Uma é da
Carlinda, que foi vereadora, presidente da Câmara, ambientalista de front quando
ninguém falava disso na Colenda, fundadora do Movimento da Mulher Camponesa e,
que depois, o PT tentou tirar essa badeira dela fundando algo que já existia e
só trocaram de nome – que era o Movimento das Trabalhadoras Rurais. Enfim, a
Carlinda que pelas mulheres camponesas, rurais ou do campo, seja como for é
tudo a mesma coisa – tanto lutou para que conquistassem sua merecida
aposentadoria. Afora isso, foi Coordenadora da 15ª Delegacia de Educação, hoje
15ª CRE. Ela ficou de cabelo em pé quando soube que a prefeitura pode colocar
crianças no prédio do Barão – ou ex-Barão. Ela só fala “e a segurança gente. E
a segurança? Meu Deus! Quase não tem pátio. Tem grama? E o movimento de carros,
talvez o maior da cidade na hora do pico, pela localização do prédio. Que os
“colegas vereadores” analisem bem isso. Para ela é louvável a preocupação do prefeito
Polis com a educação infantil e, isso, com nem um mês de governo! Mas ela defende
um lugar mais calmo, mais tranquilo pra educação infantil. Aonde? – é que
ninguém sabe. “Meu Deus – Geder. Geder de Deus! Não acredito - acabei de receber
a notícia. Vai ser no Barão mesmo. Parece que até já assinaram o contrato de
aluguel. R$ 33 mil por mês. Nem seria tanto – mas Meu Deus, mas eu falo é do
lugar! O que é isso geeennnnnnte. Aonde estão os vereadores!? Ah – se a
presidente, minha amiga, a Ana, Aninnnnha querida, parabéns pela grande
votação, merecida, veja se conseguem outro lugar pras crianças...! Mas, enfim, se...
nem eu acertei tudo. Cada um sabe o que faz!”. Como tu vê Ódyyy, a Carlinda
veio morar “Aqui Em Cima” mas trouxe suas botas e a faca. Pobre da Carlinda –
sempre, sempre preocupada com a educação em Erechim, com o meio ambiente, com
tudo e, não interessa, se estava no MDB, no PMDB, no PFL... Essa sim – não
tinha partido, pelo menos, acima dos interesses da cidade.
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Por fim meu
caro Ódyyy – comunico que o velho Helly, o meu querido amigo Helly, ao mesmo
tempo em que ri sem parar, não para de derramar lágrimas. “Geder, ô Geder – não
é que o João Francisco, o Fifo, o meu netinho, o filho do meu filho Albino, o
Bino – pois não é que ele, além de se eleger vereador com 1010 votos, agora foi
escolhido, designado como líder do governo na Câmara, na nossa Colenda! Olha
só: 1010 votos. Um 10 só era pouco pra ele. Tinha que ser dois 10. Minha nossa
– 1010 votos. Será que uma parte não era por causa do vô? Do “senadinho” tinha
que sair mais um político. E saiu – logo, o meu “netinho” que já anda barbudo...!
É o que eu sempre digo: “o fruto não cai longe do pé!”. Minha nossa – como
passa o tempo Geder. Chama o Altair. Vamos cevar um mate.
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No mais
Ódyyy – saudações a todos daí. Que não tenham pressa, mas se quiserem vir,
serão bem-vindos. Aqui no bairro Erechim, bem diferente da Erechim daí – os
terrenos, as casas e os apartamentos não custam tanto, não arrancam os olhos da
cara. Não sei se é pela oferta – mas que todos sosseguem. O lugar de cada um
está guardado. Não precisa nem avisar. É só bater na porta do céu que o Velho
Pedro abre as portas e, alguém de nós, estará lá para receber o recém-chegado. Agora
o Buja, que chegou já faz um tempinho, começou de novo com a história de querer
batizar a “Nossa Erechim Daqui De Cima” de Capital da Amizade. O Jayme e o Olympio
(que politicamente estão como Grêmio e Inter), mas, sobre esta matéria parece
que estão pensando igual. Até já externaram que talvez este assunto ficasse
para logo ali mais adiante, quem sabe para daqui uns três mil anos – já que “Aqui”
o tempo é pra sempre. O porquê disso não faço a menor ideia, ahahahahahahahah –
grrroooooogggrrrffffffff. O Buja não liga e dá risada. Mas que cigarro tu
comprou ô Júnior!? Ou melhor, sei sim – mas opinar agora, aqui ó! Me nego. Se
“A Voz da Serra” não parar mesmo de circular, e engrenar no ritmo do “Seu
Estevam” saindo todos os dias e semanas, eu mando notícias sobre como foi a
comemoração “Aqui em Cima”. Para esses erechinenses, “A Voz da Serra” que
noticiou toda 2ª Guerra Mundial na capa recebendo teletipos da UPI (poucos
sabem disso!), pois para esses Bota-amarelas, o jornal que comandei por muitos
anos e dando-le pau sempre que precisava, (e até quando nem precisava – é que
eu gostava, ahahahahah), afinal, a cidade não podia abrir mão de ter imprensa
de verdade – pois para muita gente “Daqui De Cima”, “A Voz da Serra” continua
sendo o jornal oficial, o mais acreditado da cidade. Vou falar baixinho Ódyyy e
só pra você: “já foi mais, tu sabe – mas nunca é tarde para refrescar suas
raízes antes que morram”. Só espero que o festão que estão preparando para o Clube
Vida Eterna dos Erechinenses não termine como o primeiro Atlanga. Mas “Aqui em
Cima” não. “Aqui” é tudo John Lennon. E o Ypiranga - hein? Remou, remou e no
fim, o remo levou o Canário até a praia. Nunca ouviram falar no Adão Peru do
meu tempo!? Eu só ouvi falar – mas nunca soube quem era. Dizem que viajava
muito, sempre com uma malinha e que levava sempre a mesma “roupa”. Fiquei
sabendo que o Toninho Dal Prá cantou a pedra pro presidente – mas preferiram acreditar
que o paraíso é aí, e não, “Aqui Em Cima”. Momentinho Ódyyyy, que estão batendo
na porta do céu e dizem que é gente que vem pro bairro. Meu Deus – não
acredito. O meu amigo João. O Picoli.
Seja bem-vindo Joãããooo. Todo o nosso pessoal do Sindicato Rural está vindo pra
receber você. Me dá um abraço João! Fica tranquilo!! E o pessoal daí debaixo
também. Aqui o João tá em casa. Ele que foi teu colega na primeira turma da
Administração no Cese/Fapes, lembra Ódyyy. Pedimos “Daqui De Cima”, desculpas por já falar no
João, mas, ele chegou! Que os familiares dele entendam este momento. Eu sei que ainda é cedo – mas ele está bem. Dar logo a notícia - coisa de jornalista. Aliás, todos
vocês, um dia, estarão também na sua nova morada “Aqui Em Cima”. Sabe Ódy - não
sei, já estou em dúvida... não sei se não foi “Aqui” a nossa primeira casa –
antes mesmo de Paiol Grande a Erechim. Olha só – o Véio Pedro ouviu, e só deu
uma risadinha. Tô desconfiado. Acho que no fim nós partimos foi “Daqui” e o tal
de outro lado é aí. Nossa! Tá chegando o Idylio da Difusão, o Nico
(Tramontini), o Dary, o Chitollina, o Miro, o Delcy, o Doninelli e o Jovino e o Jerônimo
Nunes, que também chegou esses dias... todos eles mandam lembranças aos
parentes e reafirmam que fiquem tranquilos. Estão em casa. Todos te mandam um
abração. Ódyyyy – no mais e ainda com
essa pandemia - te cuida que tão pegando, ahahahahahahahahahahahahah!
Que ninguém
se ofenda. É que eu sempre fui assim – direto e às vezes destrambelhado, mas se
aí embaixo eu era assim, imagina eu “Aqui De Cima” agora vendo tudo...! O
pessoal do barzinho tá chamando. Vamo aproveitá o domingo. Bah – hoje é domingo?
Acho que nos passamos um pouco ontem no copo. Abraço Óóóódyyyyyyyyy. Agora sim –
Ô Cláudio, chama aí alguém que sabe como se manda esse treco. Não me dou com
essa, como se diz, essas mídias... vai ver que é por isso que a imprensa tem mudado
tanto. Eu não abro da minha Remington. Esses modernismos! Tem é que dá-le pau. Só
querem enfeitezinho...
Saudades
eternas,
Geder!