sábado, 30 de janeiro de 2021

Joelhos de respeito e de submissão!

 

1

“De acordo com o cardeal

Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI),

ajoelhar-se era algo

altamente desfavorável tanto para

a cultura grega

quanto a romana.

Ratzinger escreve

em seu livro Spirit of the Liturgy:

“Se olharmos para a história,

podemos ver que os gregos e romanos

rejeitavam se ajoelhar…

ajoelhar-se não era digno de

um homem livre,

era inadequado para a cultura

da Grécia”.

Ratzinger afirmou que “ajoelhar-se

não vem de nenhuma cultura

– vem da Bíblia e seu conhecimento

de Deus.” Em particular,

São Lucas nos diz que Jesus

orou de joelhos. E esta oração,

a oração pela qual Jesus entra

em sua paixão, é um exemplo

para nós.

Os católicos ajoelham

porque Jesus ajoelhou durante

sua oração.

Além disso, ajoelhar é tipicamente

visto nos Evangelhos como

uma forma de expressar súplica

e adoração. Muitas vezes,

no Novo Testamento,

ajoelhar-se é precedido por

um ato de fé:

“Eu creio, Senhor” e completado

por um ato de adoração

a Deus (cf. João 9, 35-38).

Em outras passagens, como

em muitas das narrativas de cura,

a pessoa é apresentada ajoelhada

em súplica, pedindo

para ser curada.

Por essas razões, o rito romano

instrui os fiéis a se ajoelharem,

na Missa, especialmente no

momento da consagração”.

 

2

 

Como meus joelhos doíam

na São Pedro!

Depois da comunhão – nada

de sentar.

Primeiro, ajoelhar-se e

concentrar-se. Rezar.

Corpo Cristo é comigo.

Depois – a gente sentava.

E ainda hoje é assim.

 

3

 

Um joelho matou um homem

nos EUA em maio de 2020.

Em junho um chefe de polícia

se comunicou com manifestantes:

“Ouçam, se eu me ajoelhar com

vocês, tenho vossa palavra de que

isto será pacífico?”. 

Um joelho – sufocou à morte um homem

em um supermercado em POA.

Então se ajoelha por Cristo,

por homens mortos,

por pedido para que dispersem.

Jogadores de futebol

e outros esportes - se ajoelham

em solidariedade a quem

desrespeitado por atos racistas.

Lewis Hamilton puxou a frente da F-1

de joelhos.

 

4

 

Antigamente, muito lá atrás

no tempo, professores colocavam alunos

de castigo – ajoelhados sobre milho,

é o que se contava.

Pedidos de casamento,

não raro, especialmente em filmes,

são feitos de joelhos.

Logo que Maradona faleceu

– vi uma imagem onde

o gênio argentino

ajoelhou-se diante de

um ex-futebolista gaúcho.

Este foi o “ajoelhar-se” mais

“surpreendente”

que vi, mas enfim

– a cabeça e os joelhos eram

do “Diez”.

 

5

 

Então temos que, ajoelhar-se

geralmente é um ato de reverência,

de respeito, de contrição, de amor.

Não obstante – colocar-se de joelhos

pode ter uma outra interpretação.

É como esses lances de bola

na mão que viram pênalti, e não são,

ou mão na bola que são pênalti,

mas não viram pênalti.

Ou seja – é tudo

ou muito;

uma questão

de interpretação.

 

6

 

O cara faz um gol – corre e se ajoelha.

E em torno dele, se ajoelham.

Em apelações de todas as ordens

em última instância, não raras vezes,

também sobram aos joelhos.

Muçulmanos se ajoelham e

se curvam para rezar cinco vezes

por dia.

De joelhos ao chão,

se paga promessas.

Quem já não viu em Fátima!

“Joelho ralado”

- que saudades do JB, do Mantovani

e da Baixada Rubra!

 

7

 

Transportando isso para a política,

como por exemplo, quando acontece

uma eleição no

Congresso (Câmara dos Deputados

e Senado),

o que não falta é gente de joelhos.

Uns pedindo.

Outros dando.

Dos dois lados – interessados

quanto ao desfecho da eleição

em ambas as Casas.

 

8

 

Afinal de contas quem acaba

mesmo de joelhos?

Nesta e em outras eleições dessas

Casas do Povo, quem acaba mesmo,

de joelhos, ao que se depura,

aparentemente - é o Executivo.

 

9

 

O povo que já estava “por aqui”

com deputados e senadores

afamados,

mudou a fotografia das

duas Casas em 2018: 50% dos nomes

na Câmara

e 85% no Senado.

Não suportava mais o comportamento

de parcela expressiva

de seus membros, bem esquecidos

dos interesses do país, do povo.

Mas – ao que aparenta -,

pelo que se lê,

nada mudou, ou pouco;

quanto prática e prioridade.

 

10

 

Assim que a eleição passar,

o Executivo se levantará de novo.

E, provavelmente, será a vez

de congressistas terem de se ajoelhar.

Mas nesse jogo de interesses

– ora pode o Legislativo

colocar o Executivo de joelhos,

ora pode o Executivo fazer o Legislativo

se ajoelhar.

Então - se um se ajoelhar, e outro depois,

isso quer dizer que ambos

em algum momento,

estarão de pé.

 

11

 

Ora - joelhos de respeito.

Ora - joelhos de submissão.

Os únicos que permanecem

de joelhos

eleição pós eleição,

governo pós governo, ano pós ano,

década pós década

 – somos nós,

o povo.

O país.   

 

12

 

Mas não nos escandalizemos.

Assim parece precisar ser

nas democracias.

Nas ditaduras ninguém pede nada.

Ninguém dá nada.

As decisões se concentram em mesmos.

E outros “mesmos” sempre de joelhos.

 

13

 

Abraham Lincoln,

para aprovar a 13ª Emenda nos EUA,

que aboliu a escravidão lá,

teve de “negociar”

através da oferta de empregos federais,

e outros que tais,

alguns votos de congressistas.

Se não me engano – 13 é o que

me lembro do filme de Steven Spielberg.

 

14

 

Mas não adianta dar murro em

ponta de faca: nas democracias

é assim.

Parece que chega uma hora que

assim tem que ser.

É feio, é.

É condenável, é.

É execrável, é.

É do jogo, é.

Na política generalista tem de tudo.

Ou quase tudo.

Uma coisa não tem: “anjo”.

O que vai na contramão é que

Jair Bolsonaro foi eleito falando

justamente em acabar

com essas práticas.

Ou entendi tudo errado?

Que pena.

Que decepção!

 

 

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Vacina para Pracinhas

 

Recebi e autorizado a publicar, eis aqui a opinião do meu amigo Feliciano Tavares Monteiro (Fifa), que fincou raízes na Bahia, sobre quem também, no entender dele, deveria estar na linha de frente para receber a vacina contra o Covid 19. Fala Fifa:

 

"Por falar em heróis, desejo registrar uma sugestão de prioridade zero para o recebimento de vacinas. A fila não deve começar pelos que se insinuam pedindo privilégios e bradam a toda hora a frase mais boçal do país: - “Você

sabe com quem está falando? Não mesmo  E como o Brasil ainda tem uma enorme dívida com seus pracinhas, e ainda existem alguns poucos idosos e vivendo esquecidos como se nunca houvessem existido, serão eles – se concordarem – que deverão encabeçar a fila de vacinação. Afinal, nunca cobraram prioridades, mas em suas veias palpita o sangue, heróico, de quem um dia arriscou a vida para nos defender, enquanto entoava com brio o refrão de uma canção que ainda reverbera nos momentos de grandes ameaças:- “Você sabe de onde eu venho?”

 

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Campanha e realidade

 

Ernani Mello: Divulgação

Na campanha política o candidato Paulo Polis dizia que já em janeiro a prefeitura estaria com as máquinas no Distrito Industrial Davi Zorzi. E parece que isso realmente aconteceu. Na leitura do discurso estava subliminarmente o entendimento, de quem ouvia, que “agora sim – distrito vai sair do papel e logo logo estará pronto”. E diga-se em tempo: nenhum candidato, até onde me recordo, levantou a voz para contestar a afirmação. Nem sequer quem em governo estava, e sabia da realidade e dos entraves, apresentou suas razões para explicar ou até justificar o porquê da obra um dia, quase no passado, ser anunciada e iniciada. Mas depois parou.

Esta semana o secretário de Desenvolvimento Econômico do governo, Ernani Mello, explicou que existem ainda alguns entraves a serem superados, como negociações com a RGE e a Corsan para resolver questões essenciais de energia, água e saneamento no distrito. E isso está sendo negociado através de conversações do próprio secretário com as empresas. Outra coisa: falta ainda decidir qual será o preço do metro quadrado pelo que informou Mello. São 39 lotes com tamanhos que variam de 3,5 mil metros quadrados a 14 mil metros quadrados. De acordo com o secretário até o fim deste ano o Distrito Industrial Davi Zorzi deverá estar funcionando. Pelo que entendi a ocupação dos lotes se dará por sorteio, dado ao número de interessados.

Então, temos que campanha eleitoral é uma coisa e a realidade é bem outra. Como se ninguém soubesse disso. O então candidato Paulo Polis fez seu papel. E agora o prefeito Paulo Polis está fazendo o seu papel. Bem como é. Como sempre foi. Como sempre será. E ninguém em sã consciência deve se surpreender. Diria mais: se até o fim do ano o Distrito Industrial Davi Zorzi estiver, de fato, funcionando com toda a infraestrutura implantada e com empresas – será um excepcional ganho e avanço para a cidade. Ninguém poderá, e nem irá, condenar o governo.

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Nota dez

Acompanho as atividades do governo municipal de longe. A pandemia impôs mais que limitações. Por enquanto parece que tudo vai indo – bem. Não há surpresas negativas. E, ademais, ainda é cedo, muito cedo.

Não obstante isso não impede que faça uma observação que salta aos olhos: o trabalho nota dez da Assessoria de Comunicação da prefeitura.

Foi um dos pontos mais salientes e positivos do governo anterior de Paulo Polis, sob a responsabilidade do jornalista Salus Loch e, agora, outra vez – com um grupo de profissionais experiente, dedicado, competente, atilado, presente e tranquilo -, já está por merecer o reconhecimento desta página. Cumprimentos aos colegas e que mantenham esta área delicada e essencial de qualquer governo – operante e em alta. Sempre disponível não só ao governo a quem presta serviços, mas aos veículos de comunicação que contam muito com este setor da prefeitura.