quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Atlântico abre presente que estava em casa!


Julio Brondani, sua esposa Reny, a rainha Isadora Fahl, Angélica esposa de Airton Folador
Noite de 27 de janeiro de 2014.
Julio Cezar Brondani,
assume a presidência do Clube Esportivo e Recreativo Atlântico.
Seus vices são: Cladir Dariva e Lauri Pavan.
O presidente do Conselho Deliberativo, João Elmar de Oliveira.
A gestão é: 2014/2015 - ano do centenário do clube.
Francamente,
não seria este o lugar mais alto
onde queria ver o Julio.
O que parece claro, não obstante,
é que o Julio guardou o lugar para ele mesmo.
E como tudo na sua vida
– não foi fortuito,
mas, metodicamente preparado.

Sim, porque, depois que implodiram com a possibilidade de continuidade do futebol do Galo,
onde o Julio teve seu papel, quem passou a dar as cartas e a jogar de mão no CER Atlântico foi ele.
Não apostaria nenhuma moeda que alguém tenha proposto, ou implementado algo no clube sem consultar, sem saber o que Julio
pensava sobre o que se desejava.
E cá pra nós: não por que o Julio impunha, mas porque construiu sua história de respeitabilidade dentro do clube, tanto que isto se tornou algo natural.
Dito isto,
quero reforçar em tintas grossas,
que a presidência do CER Atlântico, nesta data simbolicamente quase insuperável (teremos de esperar talvez mais 900 anos em termos de simbologia),
pois,
que bom que a presidência lhe fosse devidamente arquitetada para o centenário do clube que começou como Societá Italiana Di Mutuo Soccorso XX De Setembre.
A sociedade, uma espécie de cooperativa, estava lá quando algum associado precisasse do que precisasse. Haveria dinheiro no fundo do Fundo e os recursos estavam devidamente garantidos.
E, ao mesmo tempo em que mudava de nome, com suas devidas adaptações de acordo com novas iniciativas e os tempos – a sociedade evoluiu até alcançar em 1940 a atual denominação, voltando-se basicamente para a vida social, o esporte e lazer.
Na raiz das ocupações atlantinas – as paixões italianas: bocha, bolão, teatro amador, salão para bailes, reuniões sociais, e, claro, futebol.
Ah - o futebol.

Mas – registro para que não nos esquecemos: no meu entender a justa justiça não se completa para este erechinense quase provinciano e barrista de fazer inveja,
ao ‘apenas’ tomar as rédeas,
oficialmente,
da presidência do CER Atlântico mesmo nesta data simbolicamente imponente.
Para um sujeito do naipe do Julio Brondani
– isto, na sua terra, representa a contemplação de uma reparação que de forma oportuna o clube do seu coração lhe propicia. Mas – merecia, merece mais, bem mais.
O Julio sabe, porque praticamente nos criamos juntos, estudamos juntos e até tivemos um programa de rádio (Rádio Erechim) aos sábados à tarde, que nós temos pelo menos uma diferença quando o assunto é o Atlântico. O futebol!

Junto com um punhado de atlantistas - (atlantistas?), penso, jamais deveria ter chegado ao ponto de julgar, condenar e executar o futebol de campo do Atlântico.
Exterminado com uma injeção letal de 126 quilos de explosivos em suas veias, desabou exatamente às 11h02min de um fatídico domingo.
Se disse à época que fora feita uma pesquisa junto aos associados e que a maioria consultada queria o que foi feito.
Meu pai, associado, nunca foi consultado.
Seria ironia dos deuses do futebol, um clube de futebol morrer para o futebol justamente no dia do futebol!?
Era 26 de maio de 1991.
Havia uma explicação: desde 1977 ninguém queria pegar o Galo.
Talvez aí resida sua sentença de morte.

De outra sorte, ou azar; enquanto o Julio ainda tentava convencer uma multidão que aquela era a melhor opção com vistas ao futuro do clube, dezenas de atlantistas mostravam títulos patrimoniais (nunca reconhecidos). Enquanto o Julio oferecia a face, outros, talvez mais ‘espertos’, escondiam-se atrás de um barranco – não sei se para escapar à fúria dos reclamantes ou ao pó e às pedras que voaram em segundos após o tuuuummmmmmmmmmmmmmmmmmmm que derrubou o pavilhão em sete segundos.
Foi um estouro tão grande que achei,
ingenuamente,
que poderia ser uma bomba do Índio nas redes e o pavilhão tinha vindo abaixo.
Mas que nada – era o fim do futebol, o início de um novo projeto e que está aí e só tende a prosperar. E para que não falte com minha consciência, forçoso sou, reconhecer como vencedor, porquanto, deu ao clube uma estrutura esportiva e de lazer que este jamais desfrutara. Com o futsal então – projeta a instituição no país e fora dele.
Agora, o que o Julio Cezar Brondani fará para não ser apenas mais um presidente do CER Atlântico – não sei.
Uma comissão para o centenário e uma programação portentosa!?
Não sei – mas desconfio que busca nomes a dedo.

Contentar-se-á o experiente, visionário e sábio Julio, em assinada sua posse,
retribuídos os apertos de mão e abraços regados com palavras de boa sorte, êxito, sucesso, em promover reuniões de rotina com os mais diferentes departamentos,
e cumprir com as burocracias e rotinas inerentes ao cargo?
Ficaria ele satisfeito promovendo uma mudança pontual aqui, outra ali, promovendo um aperto de parafuso da estrutura geral, aparentemente pronta, uma vez que seus antecessores fizeram sua parte, dando sua contribuição como se fazia em 1915 –não em dinheiro, mas por desígnios de cargo...
pois, seria isto suficiente para um homem como ele, e, logo, nos cem anos do clube do seu coração?

Então - mesmo pegando uma instituição sólida e aparentemente conclusa – duvido que o Julio que todos conhecem
vá se conformar e esperar o final do seu mandato, sem uma ou várias obras que inscrevam seu nome para todo o sempre na história do CER Atlântico,
incrustando-o no mais duro e puro mármore que, numa simbologia, pode representar a solidez de braços entrelaçados que deram origem à Societá Italiana Di Mutuo Soccorso XX de Setembre.
Ele mesmo disse na posse: ‘Avante, vamos à luta’, como reza o hino.
Logo – novidades virão!
Prefeito Paulo Polis

Pois é.
Então o que ele poderia fazer de diferente?
Se fosse sócio do clube, mas desde 1991 a família não é mais, logo não posso reivindicar; reivindicaria (a redundância é proposital) algo que o Julio simplesmente não pode fazer,
não pode dar,
não pode permitir,
nem comandar que alguém o faça.
Refiro-me a devolver o CER Atlântico ao futebol de campo.
- Mas o que isso – irmão... por acaso tenho algum indicativo de maluquice?, me bate no ouvido.
Ok. Fora de cogitação.
Impensável.
Inadmissível.
Impossível.
Proibido.
Tudo – menos isto.

Julio seria chamado de quê? – se ameaçasse voltar ao que ele condenou!
Alguém até um dia pode ter este desatino – mas ele não.
Seria demais – assinar a própria desconfiança das suas convictas certezas.
Mas – se eu pudesse pedir, pediria.
Mas não posso.
Alguém dirá – mas já tem o Atlântico FC.
Não – o FC (respeitosamente) não passa de um filhote permitido pelo CER, até para descargo de consciência, mas que nunca teve condições de se desenvolver, de tornar-se parecido com o pai; porque o pai estava cuidando de outro ‘filho’. Do filho – predileto.
Agora, de última hora, surge a notícia sobre a filiação do Galo na FGF. Que bela notícia – mas, francamente, sejamos sensatos – o Galo da número 5, devia estar sob a batuta do CER. Devia. E todos no ‘mesmo’ clube.
Se amanhã surgisse um braço de Grêmio ou Inter, quantos anos haveriam de correr para chegar ao que a dupla é hoje? Se chegassem. Então... bem, esqueçamos!
Casal Brondani, Rainha Isadora, Rainha Infantil Maria Eduarda Oro Remor e o Casal Folador
Mas - conjecturava eu, o que de diferente fazer.
Esses dias um ypiranguista de grosso calibre, tocou num assunto de uma remotíssima aliança ou fusão – mas, de pronto, reconheceu que ainda hoje, 37 anos depois do último do Atlangla oficial, persistem resistências insuperáveis quando do simples advento enquanto hipótese
- juntar as duas forças. E olha, o interlocutor Canário falava em, se fosse para juntar – seria unir-se ao Galo como única chance concreta da cidade sonhar um sonho maior no futebol.
Mas aqui já falo quase de uma nota de três reais.
Mesmo que houvesse tendência para tanto, ambos deveriam abrigar titãs sob suas bandeiras. Isto não tarefa para um, dois, dez ou vinte. Envolve história, tradição, cultura, quase ‘ideologia’, e por que não, senso disposto ao mais hercúleo desafio.
João Elmar, presidente do Conselho Deliberativo,
esposa Ana Lúcia, com o casal Angélica e Airton Folador
Pensando com cabeça de quem todos os dias vive de desafiar o imponderável,
de contrariar a lógica,
de confirmar proativamente o jargão ‘de médico e louco todo mundo tem um pouco’,
de desfazer o que fez – para tentar fazer algo mais completo;
enfim,
descendo aos infernos das arquiteturas que nos vão pela razão,
ainda mais quando atingimos ou pensamos ter atingido o nirvana (com este ou aquele projeto),
seria virar a mesa,
seria cometer um ato que...
acionar uma sociedade de Mútuo Socorro,
talvez não fosse o bastante para ‘salvar’ o paciente.

Leio sobre os caras que inventam o que o mundo de hoje tem à disposição.
Pessoas que simplesmente desautorizam a mesmice, que não comungam com sinais de normalidade e de temperança politicamente correta
– e dão asas a erros e erros,
à experiências mal sucedidas umas pós outras, uma sobre outras, e umas atrás de outras,
até que o revolucionário,
o novíssimo,
o último grito,
o impensável,
o inimaginável,
o surpreendente,
a inovação em todas suas conjugações possíveis – se materialize.
Reny, Isadora Fahl e Julio Brondani

E aí então,
como se nada tivesse concluído,
tudo recomeça e...
Ou seja – nada do que é parece ser por que, simplesmente, nada para sempre é,
e cada dia, sempre um outro, será.

Sócrates ensina algo sobre isso. O que fazer quando não se sabe?: ‘faça qualquer coisas, desde que se arrependa amanhã!’, porque só assim, poder-se-á começar algo novo – de novo.
A questão é: mas quem disse que o CER Atlântico quer fazer algo outra vez, de revolucionário. Ou que não sabe o que deseja. Tanto sabe – que está como está, e mais promete.

Feita esta ‘viagem’ resta-me a expectativa: o que será que o meu dileto amigo Julio Brondani vai inventar (no sentido próspero da leitura possível), para ser diferente, pela singela razão, de que ele não é igual. Pelo menos da maioria que conheço.
Airton Folador e Julio Brondani
Na noite da sua segunda posse à frente da Associação Brasileira dos Distribuidores Volkswagen Caminhões e Ônibus, (Acav) em 2010, em São Paulo , alguém disse: ‘Nós, da fábrica (Volkswagen) estamos alegres e satisfeitos em ver que o presidente Julio irá comandar a associação por mais dois anos’. Era Antônio Roberto Cortês, Vice-Presidente Mundial da Volkswagen Veículos Comerciais.

No mesmo evento ouvi ainda: ‘Como conseguimos a reeleição do nosso presidente Julio, nós vamos ter o brilhantismo dos últimos dois anos... É, com certeza o melhor presidente que a Acav já teve. O Julio, com a sua simplicidade, autenticidade, profissionalismo e mania de perfeição, amizade e liderança tem conseguido o que nós sempre almejamos’, disse Roberto Grossi, ex-presidente da Acav. E ainda:
‘O Julio sempre foi um líder nato. Convivemos com ele, eu e o Roberto (Grossi) há mais de 35 anos. Todos nós concessionários achamos que ele vai manter a rede unida. Além de amigo, o Julio é meu irmão!’, se emocionou Sérgio Zonta, vice-presidente.
Airton, Isadora Fahl e Angélica Folador
Para confirmar que o Julio Brondani não é um igual, recupero aqui outra definição que julgo oportuna para entender o que o CER Atlântico faz nesta véspera de seu centenário ao designá-lo presidente. Ouvi lá em São Paulo – preservando o sotaque:
‘Para a ‘Folkswagen’ Caminhões e Ônibus, a relación com rede Acav é um ecxemplo muito bom e um caminho de fucturo. A relación de Julio Brondani com fábrica é ecxcelente... Este é um ecxemplo para rede na Alemanha também’, equilibrou o sotaque alemão sobre um portunhol, o Presidente Mundial da Volkswagen, Bernd Wiedemann, solícito e fidalgo à sua mesa, na companhia do casal Julio e Reny.

Certa feita no Salão de Atos da URI – Erechim, o presidente da Frinape foi anunciado. E nada. Ninguém apareceu no palco. Mais de mil olhos perscrutavam cada canto do palco e nada. De repente, uma portinha abaixo do palco se abre e lá surge o cara que iria apresentar a feira, para dar detalhes – e era o Julio. Até hoje não sei por que ele fez aquilo, mas, desconfio – primeiro porque ele, de fato, não é igual.
Seis anos afastado das Frinapes, na 13ª, e também nada do presidente do evento no palco. O Ademar Costa: ‘afinal, aonde está você, Julio?’ e eis que num telão, no Salão de Atos da URI, aparece o Julião, sob um guarda-chuva, e chuva torrencial (mas o dia não era de sol a pino?), declamando:

‘Cuide desse dia!
Ele é a vida, a própria essência da vida.
Em seu breve curso estão todas as verdades e realidades da tua existência:
A bênção do crescimento,
a glória da ação,
O esplendor da realização.
Saiba que o dia de ontem não é senão um sonho,
e o amanhã somente uma visão.
Mas o dia de hoje bem vivido,
transforma o dia de ontem num sonho de ventura
e o dia
de amanhã numa visão de esperança.
Cuide bem do dia de hoje.
Ele é único.
Ele é especial.
Ele nasceu para você!’.
Ex-presidentes Marino Bordin, Eurides Tonin e Flávio Zanardo.
Era - ‘Saudação ao novo dia que nasce!’, do dramaturgo indiano, Kālidāsa.
A chuva artificial só caía sobre o guarda-chuva dele.
O Julio não é como nós.

Então – o que temos até aqui é: o Julio esteve presente no amargo processo que fechou o futebol do CER Atlântico; convencido de que era o único caminho viável para o clube - arquitetou outro projeto, implantou com os seus e fez tudo o que hoje rola pela velha Baixada Rubra. Comanda desde sempre os carnavais no Atlântico com direito a não perder as rédeas nem dos infantis e, sobre os Jogos Interblocos... deixa assim.
Presidiu uma das maiores entidades do mundo – a Associação Brasileira dos Distribuidores Volkswagen Caminhões e Ônibus. Aliás, o único a ser reeleito em 25 anos até então, entidade em nível – mundial.
Lauri Pavan, 2º vice-presidente, Rainhas e João Elmar
E, em termos de feira,
francamente,
não vamos nem discutir,
porque esta, no meu entender, e respeitando todos os esforços e inteligências que já deram suas contribuições ao nosso maior evento
– seria até uma afronta discutir quem é, ainda, o nosso melhor organizador e executor de feiras.
Alguém dirá – é, mas teve uma onde restaram dívidas. Isto é jogar um olhar menor, quase sectário, considerando o endereço, e por que não, até leviano - analisar assim só; porquanto, a respeito deste mesmo evento, ‘analista de uma nota só’ esqueceu-se - certamente por não ter a informação – contabilizar contas resgatadas de iniciativa do próprio executor. Era pagar ou ‘não tenho como entregar o que precisa para ‘ontem’ aí no parque!’.
Mas, enfim, ninguém é perfeito: nem quem faz feiras, nem quem as interpreta, inda mais quando nunca moveu uma lufada em favor de qualquer uma delas. Eu que o diga!
Thadeus Keipek e Julio Brondani
Por fim, por mais que pessoas e pessoas influíram na vida da URI,
quem, de fato, levantou materialmente aquela obra dando-lhe músculos e infraestrutura?
E olha, a URI não é ‘só mais uma’!
A URI já era quando ninguém sonhava ser.
Emblema que divide nossa história, em antes e depois.
E como disse, se muitos estiveram no processo, e estiveram
- o Julio é um dos seus faróis mais altos. Nem o mais omisso dos historiadores poderá insinuar diminuir seu nome quando se contar toda a história das suas fundações – desde os ‘efes’ maiúsculos aos minúsculos.

Bem – juntando essas coisas,
poderia dizer ainda também
- a menos que o próprio Julio desminta -que não foi um, não foram dois prefeitos que o consultaram (se não é ouvido ainda hoje – e pelo que o prefeito deu a entender, é!),
sobre o que fazer em horas de encruzilhadas da cidade.
No anonimato, sem mídia - do alto da sua incompreensível humildade, opinava, e desaparecia. O propósito: ajudar, afinal trata-se talvez do maior bairrista erechinense – respeitando e contando com a anuência do próprio Bota, é claro.
Julio e sua mãe, Lídia

Um dia estava com ele à sua mesa na Covena, quando seu celular tocou.
Abriu um largo sorriso e começou a falar com seu interlocutor como se fosse com o vizinho, com um amigo de anos e anos – com um compadre.
Pediu-me que esperasse um pouco e continuou como se estivesse retomando algo absolutamente comum aos ouvidos dos dois. Chegou inclusive a dar uma espécie de conselho, em tom de opinião, visivelmente sobre algo que fora consultado por seu interlocutor. Sete a dez minutos depois desligou dando tchau como se se despedisse do porteiro da Covena, da URI ou do Parque do Galo. ‘Era de Londres. O Felipão (Luis Felipe Scolari), então com algumas dificuldades no Chelsea, que ligava e desabafava para o amigo - Julio na Covena,
ali na BR 153,
na minha frente.
Depois – soube que o Felipão andou até usando frases do Julio para colar nos quartos dos atletas da seleção na Copa das Confederações.
Para uns soa como brega
- agora quem mais tem o celular e liga quando quer para o técnico da Seleção Brasileira – visivelmente um vencedor, goste-se dele ou não!?
Desfrutar da intimidade de pessoas ilustres,
e no futebol Felipão é ilustre,
nunca foi coisa que veio, assim, como direi - por vontade Divina.
Por que então isto se dá!?
É isso. É a velha história da relevância das relações...
Bem,
de novo,
dito isto,
acho que disse tudo
– ou melhor, quase tudo,
porquanto, não posso terminar sob pena de ficar devendo.
E, devendo à minha consciência.

Já disse que o Julio esteve na linha de frente de uma das minhas maiores decepções que foi o fechamento do futebol de campo do Atlântico,
mas
– por não ser prisioneiro de mágoas, sectarismos ou ressentimentos insuperáveis -,
necessito em obediência exclusiva,
e tão somente a ela - à minha consciência jornalística -,
admitir que estamos diante de um homem
reconhecido por qualidades excelsas na academia,
no meio empresarial,
no mundo de feiras
dos negócios,
das parcerias – olha o rally,
das palestras,
das relações,
nas salas de aula,
naquela que é uma das maiores entidades privadas do planeta
e,
do seu clube do coração
– que lhe distingue com a presidência no centenário do CER Atlântico.

A pergunta que tenho me feito é de uma singeleza quase à altura do perfil apresentado ao mundo,
em carne e osso,
pelo Papa Francisco: ‘se um homem assim, serve para tantos – pessoas e entidades -, de Campo Pequeno, de além (rio) Uruguai, estados da Federação e de além mar; por qual razão nunca foi cogitado para servir para ser,
digamos,
prefeito desta cidade – da sua,
da nossa cidade?’
Nisto o Julio tem certa culpa, pois, cargo público não são escolhas de aclamação (nem de mérito)
– mas quem disse que tal ventura o atrairia?
O fato é que por mais que outros tenham feito,
e o fizeram com competência,
mas, ao me fazer este questionamento, debato-me com uma resposta que não só nos diminui a todos um pouco, enquanto Bota-Amarelas,
como ainda cobre-nos com o manto negro da responsabilidade do feito não feito,
à medida que todos nós
- de certa forma somos responsáveis por equívocos históricos, porquanto monumentais, e aqui estamos diante de um.

Esta é uma resposta que traz na alma e na testa, a melhor fotografia daquilo do que de certa forma, somos: seja por qual motivo for, não conseguimos perceber,
enaltecer
e requerer que uma figura deste quilate, em quase cem anos, nos representasse, coisa que o CER Atlântico resgata à tempo,
em cima do laço,
minimizando uma injustiça que se dá provavelmente por falta de informação, conhecimento
ou excesso de ignorância,
ao relegar para si mesma – um presente.

Não,
não considero que o Julio Cezar Brondani seja um semideus.
De carne e osso,
dono de idiossincrasias que nos distinguem,
entendo que na balança que pesa virtudes e defeitos, o Julio cumula um histórico de feitos que o guindam ao seleto e restrito grupo
daqueles que mais fizeram por Campo Pequeno – e olha, mesmo sem ter sido político. Ou é – à seu modo!
Enfim, quem sabe,
assim como o CER Atlântico que tem seu olho d’água em 1915 na Societá Italiana Di Mutuo Soccorso XX De Setembre;
Erechim,
que virou vertente em 1918 graças ao destemor,
à pujança
e ao suor de caingangues,
e um punhado de etnias do Velho Mundo,
quem sabe,
um dia também consiga se dar conta que tem um presente,
e que ele está em casa.
Se tivesse o discernimento e a coragem de abri-lo
- é bem provável que estaríamos,
aí sim,
às portas de uma nova era. 

Crédito das fotos: Carlos Zardo - Foto Zardo

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Obrigado Rodrigo

O jornalista Rodrigo Finardi, do Boa Vista, publicou em sua coluna a seguinte nota sobre o meu blog, pelo que agradeço a distinção.

Rodrigo Finardi

Blog do Ody
O jornalista José Adelar Ody criou e já está no ar o “Blog do Ody”. Segundo ele, como traz na capa: “este blog poderá não ser um holofote de notícias espetaculosas, mas sempre será um farol à reflexão em prol de uma vida mais civilizada, valorizando a história, o conhecimento, o trabalho, a democracia, as instituições, a inovação, as relações humanas, a cultura e a verdade”.

Lá você que conhece o trabalho respeitado de Ody, por mais de 30 anos em Erechim, no Correio do Povo e também aqui nas páginas do Boa Vista por longo tempo pode se deliciar com histórias da cidade, do Atlântico e do Ypiranga, o personagem Bota criado por ele, aquele que só tem o quarto livro, os famosos emails do céu e muito mais. Sucesso Ody, nessa nova empreitada. Talento você tem de sobra. Quer acompanhar acesse odyerechim.blogspot.com.br’.

Rodrigo, que se encontra de férias – também é o responsável pela condução executiva das ações nos veículos da Fundação de Comunicação e Assistência Social (Ceas) ao lado de Egídio Lazzarotto.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Ypiranga - melhor, mas será o suficiente?

O Ypiranga perdeu seu primeiro amistoso de 2014 no Colosso da Lagoa. E foi também o primeiro em nível internacional no seu estádio desde 1970. Um a zero para 3 De Febrero (Paraguai), gol que surgiu no final da partida quando mais suplentes que titulares, dos dois times, estavam no gramado.
Equipes

Algumas coisas já podem ser levadas em conta: apesar de ser precipitado emitir qualquer juízo de valor, é possível deduzir que o grupo deste ano é tecnicamente superior ao do ano passado.

A primeira observação está nas duas laterais. Os jogadores que entraram favorecem ao técnico e ao time. A equipe como um todo parece-me mais veloz. O trio de meio-campo sabe marcar e tem qualidade para reter e organizar. Dois também chegam à frente. Aliás, ali, estão, preliminarmente, as duas referências técnicas do grupo: o capitão do time Jean Paulo e, principalmente, o motor do time – Guto. A jogada da frente, porém, ainda não apareceu. Faltam principalmente incursões pelos lados, e por causa da estatura o time deve privilegiar a jogada pelo chão, com bola curta, se possível com ingressos, paredes e finalizações. O miolo da zaga me pareceu mais confiável, mas é ainda um ponto a ser mais vezes testado, e tem que encontrar um modo de descongestionar a jogada do meio campo onde estão os melhores. o Problema é que a bola 'não sai dali'.  Os goleiros foram pouco testados. O que saiu jogando poderia gesticular menos – especialmente em lances poucos relevantes, porque isso, mesmo que o objetivo seja orientar e corrigir, quando em excesso, pode desestabilizar ou contaminar o time levando-o a se preservar em excesso quando não precisa, ou não ousar quando deve. O goleiro deve ser um transmissor de segurança ao resto do time e não uma espécie de alto-falante pedindo atenção a todo instante. Para meu gosto – abandona de mais a meta. Em um lance foi encoberto, mas a bola caiu sobre a rede. No geral, tecnicamente, porém, nenhum dos goleiros comprometeu.

O mesmo vale para técnico Leocir Dall’Astra: poderia reclamar menos da arbitragem, especialmente em lances bisonhos, sem consequência maior, pois além de não resolver nada – chama a atenção da arbitragem, podendo ser punido mais severamente do que devia, num lance mais pegado, caso a reclamação venha e até com justiça. É o tal da coisa: reclamar de quase nada e em amistoso - mas, reconheço, esta ser uma coisa da cultura do futebol brasileiro. Na Europa quase não se vê isso. Os técnicos ficam mais atentos aos seus jogadores.
Lances do jogo

Pois, do embate deste domingo, 26, devem ser tiradas lições: 1 – Leocir precisa ‘achar’ um time, definir uma equipe que tenha solidez defensiva e dê alternativas para forçar o adversário também a se defender. Não dá só para ficar tocando de lado e, quando em excesso, a jogada longa quase sempre favorece o adversário que está de frente. A bola não é bilhete de rifa. 'Achar' um time para ganhar conjunto e confiança. 3 – O time precisa descobrir quem jogará dentro da área - mesmo que os gols demorem, mas alguém tem que fazer esse papel. 4 – Precisa encontrar uma referência que apresente carteirinha de finalizador. 5 - A definição do time, e é compreensível porquanto ainda muito cedo, é importante para não levar o técnico a ter que mexer tanto quanto foi necessário no ano passado. 5 – O torcedor foi até em maior número do que em jogos oficiais do ano passado. 6 - O time indica que terá pernas e pulmão. 7 – As cobranças e os elogios entre atletas revelam que o grupo está imbuído do mesmo espírito. 7 – O 3 de Fevereiro tem o que o Ypiranga precisaria ter, sendo que uma poderá até alcançar. Refiro-me ao conjunto. Daí vem a confiança, como disse. Se vê que a equipe paraguaia é bem treinada, ou seja - nem um pouco afobada, firme na defesa, sabe a hora de reter e sair, tem alternativas técnicas e de velocidade, tanto com a bola rente ao chão, quanto pelo alto. Isto o canarinho pode conseguir. Agora, o 3 de Febrero tem uma coisa que o Ypiranga não deverá ter: seis jogadores de muito boa estatura, certamente com mais de 1,80 metro – tanto atrás quanto na frente. Os dois zagueiros, o lateral esquerdo que fecha por dentro; o meia-ponta-de-lança, o centroavante e o jogador que faz o lado esquerdo, agudo quando precisa e sabendo compor no meio - todos altos. Este time com o qual o Ypiranga jogou de igual para igual até os 15 minutos do 2º tempo – brigaria por uma das quatro vagas no Gauchão em qualquer grupo, é o que conclui. Não se enganem!
Direção do Ypiranga entregou camisa do clube a Rivarola, 
ex-Grêmio, hoje, diretor de negócios do 3 de Febrero

Por fim – um alento: o Ypiranga pode não ter ainda um time de 11 jogadores – mas, tem um grupo e ninguém assegura que a equipe que saiu jogando formará o time titular. Tem gente boa no banco, que, com o decorrer dos treinamentos e dos amistosos, e as observações da comissão técnica, pode ascender à titularidade. Mesmo com a derrota – sem choro de erechinense, o resultado mais justo seria empate pelo que apresentaram os dois times, especialmente pelo jeito que aconteceu o gol num lance fortuito - pois, fiquei com a impressão que o Ypiranga está também dentro de campo mais organizado, qualificado e encorpado para 2014.

Enfim – está melhor. Mas será o suficiente?

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Clube do Comércio na TV

Cláudio Rogério Galli e Jeferson Luiz Zardo de Oliveira na TV Erechim.
O Clube do Comércio estará na TV Erechim a partir das 22h de segunda-feira, 27. O presidente, Cláudio Rogério Galli e o presidente eleito, Jeferson Luiz Zardo de Oliveira, falam sobre a história da instituição, as recentes reformas que emolduram o CC como um dos pontos mais atraentes para eventos na cidade, e também sobre a sede campestre às margens da ERS 331 a 8 km do centro da cidade em direção a Gaurama.
Depois de voltar a figurar com destaque na vida social de Campo Pequeno, o Clube do Comércio, vira um desafio a quem tem a responsabilidade de conduzir seus destinos a partir de fevereiro. No 20 – às 22h, dia 27.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Schmidt na TV

Luiz Francisco Schmidt na TV Erechim com José Adelar Ody
O ex-prefeito Luiz Francisco Schmidt (LFS) estará na TV Erechim – quinta-feira, 23. É às 22h. Schmidt não fugiu de questionamentos sobre a pendenga da eleição de 2012 que ainda está no TSE para uma decisão final. “O processo está concluso (no TSE) desde 4 de julho de 2013 e é só votar”, observou.
Fala sobre educação, saúde, Hospital Santa Terezinha, distritos industriais, habitação e trânsito. Apresenta números da Fundação de Economia e Estatísticas, sobre vários indicadores, comparando períodos. A respeito das repavimentações da Sete de Setembro e da Maurício Cardoso, o ex-prefeito questiona: “E as repavimentações da José Reinaldo Angonese, Henrique Schwering, Marcos Ochoa, José Oscar Salazar, Santo Dal Bosco...” questiona. Schmidt também aponta uma alternativa para desafogar o trânsito nas Três Vendas. Rebate vereadores que acusaram ex-prefeitos sobre a não atualização da planta de valores venais para efeitos de cobrança do IPTU. Confirma que tem se encontrado rotineiramente com Luiz Antonio Tirello, Antonio Dexheimer e Eloi João Zanella.
É na TV Erechim – Canal 20, às 22, desta quinta-feira, 23. O programa tem reprise nos três dias seguintes em horários alternativos. Também está na internet www.tverechim.com.br.
E, por fim, LFS afirma que recebe diariamente correspondência da Casa Branca como segue aqui. Trata-se das informações oficiais liberadas pela Casa Branca como segue:
De: Vice President Joe Biden, The White House [mailto:info@messages.whitehouse.gov]
Enviada em: terça-feira, 21 de janeiro de 2014 18:13
Para: luizfranciscoschmidt@brturbo.com.br
Assunto: In just one week:
Como já disse: dia 23, às 20h, no 20.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Férias!

I
As férias chegaram.
Nas escolas já mandaram todo mundo embora.
A cidade está metade vazia.

II
Este é um tempo justo.
Quem trabalha - rico, pobre ou remediado tem férias.

III
Quando a gente era criança
Se tinha férias – só da escola.
Quem era pobre – classe econômica média-baixa,
sabe o que são férias, que não só as da escola?
Hoje, a classe média,
por exemplo,
também tem férias para seu sustento.
Trabalha só sete meses.
Cinco são pros governos.
Eheheheheheh - e depois ainda reclamam da vida no Brasil!

IV
Quando a gente era adolescente,
tinha férias da escola e no serviço.
Atenção: serviço, ocupação, trabalho - é um lugar onde também se ganha uma bolsa, bolsa-salário,
e, como disse,
com direito a elas: férias.

V
A média-baixa que tinha férias,
férias de verdade,
não sabia o que era,
se contentava e se jubilava,
e contava,
e até ciúmes provocava,
passando férias pelo Sesc.
Na praia.
Êta – vida!

VI
Nossa Senhora de Fátima!
‘O ano que vem eu vô arrumá uma vaga pelo Sesc, ah, vô’!
Quanta gente adolescente o Sesc apresentou à praia!

VII
A granfinagem, felizarda, salgava as canelas, ancas e costados em altos mares.
Fritava a tez branca
pelas capita do nordeste,
e quando voltava,
a gente via na cara,
nas pernas, nos braços
e nos ombros
– quem era rico,
quem era classe média-baixa,
quem era pobre
e quem era remediado.

VIII
No meu tempo de adolescente e de pobre (que ainda não acabou e, receio, nem vá passar),
o que mais eu ouvia
da ‘crasse remediada em tempo de féria
era: má quéro durmi tipo bicho!’.

IX
Em parte esta era uma necessidade,
uma vontade,
mas sobretudo
– uma saída, ou melhor: a única alternativa.

X
Hoje em dia já se dá graças
a Deus se a gente tem um emprego.
Férias – é uma consequência,
Mas, atenção;
dentro do quadro de extinção de empregos que vai voltar,
férias é dádiva.

XI
Hoje em dia,
ao contrário daqueles distantes anos da nossa inesquecível e adorável adolescência,
férias já não significa necessariamente ter de ir à praia.

XII
Parece que hoje, apesar dos pesares, é mais fácil ir,
e é;
porque a liberdade que se conquistou e se avoluma,
remete a gente para fora de casa e atira-nos ao colo de grupos de amigos,
onde um puxa o outro
e a gente acaba indo.

XIII
Houve tempo em que tirar férias era passar três meses na colônia
– na roça.
Carpir,
dormir cedo,
levantar cedo,
andar de carroça,
de cavalo,
tomar banho de rio,
comer melancia,
pêssego,
figo e uva.
Pescar,
e aos domingo
ir à missa à pé – 5 quilômetros longe.

XIV
Houve tempo em que o melhor da temporada de férias do serviço,
era vendê-las e trabalhar dobrado
e ganhar dobrado.
De quais situações tais dinheiros me salvaram, não recordo,
mas desconfio que perdi oportunidades.

XV
Houve tempo em que as férias nos depositavam no meio de um latifúndio de vazio,
de solidão,
de falta de amigos que saíram de férias.
De ausências que só mesmo a expectativa do reencontro
– mantinha a vida.

XVI
Houve tempo também,
que o melhor das férias
era o fim delas: voltar para o serviço;
a volta às aulas.
Ah – a volta às aulas!

XVII
Os novos colegas de turma.
A classe que se ocuparia na sala de aula,
quem seriam os nossos professores,
que livros teria de comprar!?

XVIII
Ganharia, enfim, uma caixinha com 24,
e não seis,
24 lápis de cor?!
Os reencontros que eram como um
ressuscitar,
alguns tão guardados que nunca se tornaram públicos.
Será que eles existiram de verdade?

XIX
Já faz tempo que se descobriu que não tirar férias nunca é bom,
e nem se ficar sempre de férias é suportável.
A gente não aguenta ficar trabalhando a vida inteira e,
muito menos,
ficar sem fazer nada toda a vida.
Quem se ocupa
– quer se desocupar e o contrário-senso também é pura verdade.

XX
O certo é que já estamos ingressando num novo mundo onde se descobre que se trabalhar é preciso
– tirar férias é mais do que preciso.

XXI
Há alguns anos escrevi:
‘Esses dias a imprensa divulgou que a expectativa média de vida do brasileiro aumentou de 67 para 71, 72 anos'.

XXII
Acho que o governo já tinha esses dados e por isso mudou a aposentadoria.
Penalizado,
o governo concedeu o direito ao irmão camarada tirar férias todos os anos - até os 60.

XXIII
Pelo que eu concluo: se um dia a expectativa média de vida for de 200 anos,
a aposentadoria vai ser dada a partir dos 197: como é que um governo, do povo, deixaria o trabalhador (em extinção) sem férias!?’.

XXIV

Assim,
ao menos sempre sobra um consolo: a cada fim de ano,
o direito ‘inalienável – é assim que se diz?’
de um mês inteirinho de férias;
– nem que seja para
‘durmir tipo bicho!’.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Uva só perde para a laranja no Alto Uruguai







Abertura safra da uva - Festa di Bacco (Foto: João Stock/divulgação) 
A 13ª Festa Di Bacco inicia neste sábado, 18, no Seminário de Fátima, a comercialização de uvas, produtos agroindustriais e artesanatos. O comércio e as atividades seguirão no domingo. Às 9 horas haverá a Missa da Uva. Depois, até o dia 16 de fevereiro, a venda de uvas será às quartas-feiras e sextas-feiras sempre a partir das 14h. Passeios turísticos pelo vale dos parreirais serão realizados a partir do dia 23 de janeiro.

A uva é a segunda fruta mais importante em produção e comercialização na região Alto Uruguai. A informação é do assistente técnico de fruticultura da Emater Regional, agrônomo Nilton Cipriano Dutra de Souza. De acordo com Nilton a uva surgiu nas propriedades rurais do Alto Uruguai com a chegada dos imigrantes italianos no início do século passado. Mas foi a partir do final da década de 1980 e durante os anos 1990 que a uva ganhou um novo impulso nas propriedades rurais. A região tem 1152 hectares cultivados com videiras. Em Erechim são cerca de 220 famílias que cultivam 190 hectares de parreiras. O agrônomo observa que 85% a 90% das uvas são transformadas em sucos ou vinhos. “Noventa e cinco por cento desse vinho é de mesa”, diz o agrônomo, observando ainda que as chamadas uvas comuns (Niágara – rosa e branca – Isabel e Bordô) são as mais cultivadas por aqui. Ainda de acordo com o assistente técnico de fruticultura da Emater Regional, as primeiras uvas aproveitam o preço melhor e são comercializadas in natura em feiras ou mercados da região. Já os sucos e vinhos da região seguem para regiões onde as agroindústrias têm seus mercados de consumo. Nilton Cipriano Dutra de Souza afirma que hoje o uva “só perde para a laranja” em área, tecnologia e produção frutífera no Alto Uruguai.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Mesa da Câmara na TV

Segunda-feira, 20, às 22h na TV Erechim (Canal 20 da NET), entrevista com a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores. O presidente Sérgio Alves Bento (PT), o vice-presidente, Nadir Barbosa (PMDB) e o 2º secretário, Fernando Barp (PC do B) e como convidado, o secretário de Coordenação e Planejamento, Anacleto Zanella.

O secretário contorna o assunto quando se trata de uma possível nova eleição municipal, fala da Sala de Gestão e do anel viário. Nadir Barbosa deixa claro que o PMDB pensa na prefeitura e que o partido pode ter nome de Erechim a deputado estadual. Sérgio Alves Bento, fala em tomar pé da situação no Legislativo e até em uma nova Casa (ao lado da atual Câmara). Já Fernando Barp não descarta uma hipótese de candidatura a deputado estadual. Diz que por acordo para ocupar a Mesa da Câmara, em 2015, será a vez do PC do B. Mas – prefere esperar para ver como vai ficar. O comunista não sabia da sua líder, deputada Manuela d’Ávila, na Marie Clair, fato que ensejou um colunista abordar o assunto como ‘esquerda caviar’. 
Os vereadores explicam por que votaram a favor da atualização da planta de valores venais dos imóveis. Os três não só defenderam, como justificaram seus votos. Em linhas gerais, recorreram ao apontamento do TC para o reajuste no valor, e à comissão de 'especialistas' no assunto que indicaram a necessidade de aprovar medida nesse sentido. Sobrou até para a oposição. Oposição, que diga-se à bem da verdade, tentou dar uma PT nos seus melhores dias, quando ainda não era vidraça, mas que, no entanto, ainda está longe de marcar de fato posição como oposição. Tudo - dia 20, às 22h, no 20.
Fotos: Djone Bald

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Expiando tempos passados!

Tenho escrito mais que o normal sobre o Ypiranga.
Já disse que no meu entender, o clube abre 2014, com perspectivas promissoras.
Não sei se o tempo vai firmar, mas que após um período de instabilidade melhorou - melhorou.
Esta, no entanto, não era a situação do clube das cores nacionais há 11 anos.
Nem de longe!
Em 2003 publiquei artigo que reproduzo parcialmente aqui.
Com o fito de valorizar a memória como ferramenta de reflexão, que pessoas e instituições deviam preservar para vasculhar sobre o próprio passado, e assim compreender melhor o presente e descortinar um possível futuro - segue texto de 11 anos passados - mais especificamente, no dia 9 de janeiro de 2003.



Presidente da ACCIE (2003) diz que Ypiranga é viável



O presidente da Accie (Associação Comercial Cultural e Industrial de Erechim), disse ontem (8/1/2003) que o Ypiranga FC “é viável”. De acordo com Jaci José Delazeri este não é o momento de procurar culpados por eventuais erros que tenham sido cometidos e reconheceu que há muitos ypiranguistas, por amor ao clube, que colocaram dinheiro do seu bolso no clube e que os mesmos tem “todo o direito por questões legais e morais de serem ressarcidos”.

Alerta

O presidente da Accie recordou que recebeu há algum tempo uma comissão do Ypiranga, explicando a situação do clube. O presidente da entidade salientou que até chegou a colaborar com alguns recursos, do seu bolso, para ajudar a custear algumas viagens da equipe.
Segundo Jaci José Delazeri “nós acreditamos na viabilidade do clube e temos certeza que a classe empresarial têm condições de investir no futebol do Ypiranga, mas desde que haja uma gestão profissional e que a mesma dê retorno de imagem ou de mercado às empresas”.


Sugestões

O presidente da Accie aproveitou para fazer algumas sugestões ao Ypiranga FC: 1) uma auditoria para saber da real situação do clube, não só das dívidas... 2) Um plano de viabilidade econômica para pagar todos os credores e um estudo sobre a viabilidade do futebol na categoria que o mercado regional comportar – ‘falo de futebol profissional, mas dentro da categoria que for possível’. 3) Gestão absolutamente profissional e transparente, com credibilidade. 4) Plano de desenvolvimento estratégico para o futebol profissional para verificar de onde o Ypiranga pode sair e onde quer chegar. O Juventude fez isto – disse. 5) Plano estratégico de sustentação econômica para o futebol.

O dirigente da Accie disse que não tem nenhuma dúvida que a classe empresarial apoiaria o Ypiranga nestas condições – “assim como sei que não vai apoiar nas condições atuais”. Jaci Delazeri comparou o clube com países e o empresariado com investidores, o que chega a fazer sentido e torna a questão de maior compreensão, pois é raro, quando não impossível ver algum investidor apoiar um país, uma empresa ou um clube até – que não tenha sua situação clara e que prometa retorno. Que seja viável, independente do tempo.
Questionado sobre se apoiaria o clube a se desfazer de parte do patrimônio para liquidar débitos, Jaci Delazeri disse que não. “Isto não vai resolver o problema do Ypiranga. Vai resolver dois ou três credores. O que é preciso é evoluir, mudar, avançar, resgatar a credibilidade. Estabelecer estratégias. Tornar a instituição novamente viável e atrativa aos olhos da classe empresarial que está sim, disposta a ajudar o Ypiranga”.

Segundo o dirgente da Accie (daquela época) “está na hora destas mudanças para que Erechim volte a ter futebol profissional aos domingos à tarde – não importa em que categoria – se não der na elite que seja na série ‘B’ ou ‘C’. Erechim tem torcedores, temos que ter orgulho do nosso clube que pode levar o nome da cidade para o resto do país – assim como o futsal, a bocha e a natação do Atlântico já o fazem”. 


* Onze anos depois o clube ainda está aí. Já passou por um processo de parceria, retornou à Divisão Principal - série 'A', caiu de novo à série 'B', reacumulou dívidas, estuda a possibilidade de negociar parte de seu patrimônio com a prefeitura (se não vender uma área - pode permutá-la), tudo para honrar dívidas, e, agora, busca se reestruturar. Notem como a história por vezes nos oferece capítulos que aparentemente já os vimos! 
A reprodução desta entrevista feita há 11 anos, numa hora nada boa do clube das cores nacionais, revelou a disposição do então dirigente empresarial, Jaci José Delazeri em dar sua contribuição para melhor entendimento daquele momento, também da cidade - com suas instituições -, e, por que não, dos seus dias vindouros. Hoje em dia, o líder empresarial Jaci Delazeri, que agora se escreve Jaci José De Lazzari e até nome de Instituto virou, preside com seu entusiasmo, inteligência e descortino o Conselho Deliberativo da Accie. Ao que consta dedica-se quase que exclusivamente à sua reconhecida e respeitada empresa e ao Instituto Jaci De Lazzari. Por isso também, não deixa de ser um farol.
Olhando-se para um passado que já vai meio longe, o presente e, os sonhos; como diria Antonie, o Lavoisier, com sua famosa definição eternizada: 'Na natureza nada se cria, nada se perde - tudo se transforma'. 
Seria assim também na 'natureza' do mundo do futebol!?

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Ody na TV - Ypiranga

Nesta segunda-feira, 13,
às 22h na TV Erechim, entrevista com o futebol do Ypiranga.

Edson Machado da Silva e eu conversamos 50 minutos com o técnico Leocir Dall’Astra, o seu auxiliar técnico, Márcio Silva (Márcio Tigrão – ex-beque central do Inter) e o diretor de futebol Sérgio Borges.

O técnico considera que faltou sorte ao canarinho em 2013, no que, discordo.
O time montando ficou muito aquém das exigências para quem sonha em subir, e isto, que 2013 foi marcado por uma Divisão de Acesso, no meu entender, das mais fracas que já vi, se não, a mais fraca.

Não vi um time à altura, por exemplo, daquele Ypiranga de Tonho Gil (2008) e de Paulo Sérgio Poletto (1989) então, nem pensar.
Assim mesmo, quase deu – mas eram times fracos.
O técnico avaliou que faltou a bola entrar.
Coincidência ou não – a bola geralmente entra quando os times são melhores.

Menos mal que Leocir avalia na entrevista que o grupo deste ano começa sinalizando mais qualidade.

Observa que em 2013 o canarinho sofreu com as laterais, no que tem razão. Este problema não deve se repetir em 2014.

Ademais – os atacantes contratados têm faro de gol. Sem gol não tem vitória.
Também não deve sofrer perdas, como entre 2012/2013, e tem tempo.

E, por fim, conta o Ypiranga este ano, com um respaldo muito mais consistente do que em temporadas passadas,
tanto ao lado do técnico, como,
principalmente,
fora do gramado.

Diz o técnico que os atletas foram buscados ‘a dedo’.
Novidade: Evandro, o 8 do canarinho que foi o único regular de 2013, passa por um problema grave de família e dificilmente estará no Colosso da Lagoa este ano.

A se confirmar sua não vinda – sem dúvidas uma perda importante.
Vale a pena ouvir as considerações do técnico Leocir, de seu auxiliar Márcio (trabalharam juntos no grande Cruzeiro que acabou na época com o time B do Inter) e do diretor de futebol, Serginho.

Nesta segunda-feira, às 22h na TV Erechim.
Também às 15h e 23h terça-feira
e na quarta-feira,
às 13h e 22h.