segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Aristocraticamente engalanado

Aristocracia: Classe dos nobres, dos privilegiados.
Elite: a aristocracia do talento.
Governo no qual o controle fica nas mãos de uns poucos cidadãos ricos e socialmente importantes. O termo vem do grego e significa governo dos melhores.

Aristóteles chegou a afirmar que a aristocracia é o poder confiado aos melhores cidadãos, sem distinções de nascimento ou riqueza.

Em Platão, o termo se funda na virtude e na sabedoria. Caberia, portanto, aos sábios, aos melhores, aos aristocráticos, enfim, dirigir o Estado no rumo do verdadeiro bem.

Hoje o termo é sinônimo de alta sociedade.

Mas aqui - não se trata de definir um governo, um estado, ou uma instância de poder. A abordagem corre por conta sobre auscultar o que seria uma determinada instituição social – sociedade de convívio com lazer – do repouso à recreação, do relacionamento à diversão.

Recorro ao termo ‘aristocrático’, porquanto cresci ouvindo que o Clube do Comércio era o ‘Aristocrático’ da cidade. Por certo, dentre os demais, cada qual tem sua conceituação muito própria – mas o Azul e Branco, às menções externas sempre foi o ‘Aristocrático’.

Pois, no 12 último, em um evento noturno onde nem todos eram latifundiários, militares, sacerdotes (para ficar na definição mais antiga) ou, governantes, grandes industriais ou comerciantes de estofo além-mares, enfim, onde nem todos eram da classe dominante, o Aristocrático, apresentou-se a um bom naco social, com sua nova roupagem.

Sem singrar por virtudes que podem se revelar a quem olha e vê – pura evidência, e sem perscrutar eventuais senões de quem se programa com tal espírito – quase sempre visando ganhar notoriedade pela opinião discordante, quando não, única -, o fato incontestável é que o Aristocrático voltou a posar de Aristocrático.
O evento social, enquanto acontecimento só ao alcance da vista nua, também não ficou para trás e ofertou do bom e do melhor numa ‘boca livre’ poucas vezes vista em Campo Pequeno , considerando a variedade dos quitutes, e, em especial, o volumoso número de bocas que em nenhum momento fizeram boquinha. E foi assim, de tal modo, que de queijo a canapé, de polentinha a champagne – tudo estava em bocas, enquanto elogios à comilância e à elegância do Aristocrático – revestido. Tudo, do palatável ao burburinho, como direi - de boca em boca.

Missão facilitada ou inglória é a que espera o presidente indicado e aclamado, Jeferson de Oliveira, com sua diretoria, na aurora de 2014. Sobrará a Jeferson e seus pares, manter o Aristocrático como tal – quer seja na esquina democrática no coração da cidade, ou na espécie de feudo rural da aristocracia (no bom sentido) em que se revela sua notável sede campestre.

Lugar com aparência de ‘segundo lar’, adormecido ou pulsando às margens da ERS 331; lá, ou melhor seria ali - porquanto a 15 minutos da cidade vertical, o ar é puro e da mata as narinas se enchem com um aroma único, tal qual o melhor dos queijos de colônia. Esta nesga observacional, faço-a, porquanto, bem ao estilo da tradição do quanto alcança o termo ‘aristocrático’, onde, quando simplesmente quer - luxo e status; modéstia e simplicidade, comungam de tal intimidade que até se confundem. E isto não é para quem quer. É para quem pode!

Ainda sobre a sucessão, é bem provável, que estribado na vice-presidência que exerceu, nos exemplos que testemunhou de perto, nas ações que também empreendeu – Jeferson tenha, no biombo de quem também já esteve no tatame e na parceria da companhia, o apoio indispensável para o desafio grandioso que o aguarda.
Há feitos e obras, que tem seu sucesso na soma de virtudes dos que se dispõem a elas doar-se em nome de um bem tangível ou não tangível. Ali, é o ‘nós’ ou o ‘eles’ que acaba assinando a empreitada. Mas também há feitos que se explicam por um nome ou por um sobrenome. Mas estes são eventos raros. Quase únicos – que quando ocorrem, viram história.

Nestes casos, nada invalida, nada macula, nada depõe contra o conceito afamado de que ‘a união faz a força’; apenas confere um tom singelo de pura justiça à media ser imperioso reconhecer uma evidência que até quem não gostaria de ver – forçado é, reconhecer no seu íntimo -, casos onde um dentre outros, inscreveu seu nome em instituição ou obra, de molde a confundir-se, em olhar de bate-pronto, com a própria.

Prefiro enveredar pela verdade que me leva há anos pelo jornalismo, donde se forma a convicção de que, por trás da assinatura das grandes reportagens, raramente não opera também um outro nome, muitos outros nomes – de fontes a colaboradores, de coadjuvantes a protagonistas que puxam, empurram ou sustentam,material e moralmente, quem está na vanguarda do feito. Mas insisto – um barco sem timoneiro é um barco à deriva.

Dito isto, e pretendendo me fazer entender, encaminho esta singela observação sobre ‘Engalanado aristocraticamente’, com uma observação que me foi confiada ao pé do ouvido quando os aplausos sufocavam o vídeo das reformas e a fala do presidente, na noite do dia 12 de dezembro, no interior do Clube do Comércio – o ‘Aristocrático’: ‘Depois desta - vão ter que construir uma estátua pro Galli!’, disse-me a voz (não dou a fonte porquanto não a consultei – ainda), numa referência ao presidente Cláudio Rogério Galli.

E assim prossegue o espetáculo da vida. Sempre nos confrontando com atores e suas diversidades pessoais nunca repetidas – algumas insossas, outras marcantes e outras mais, excelsas -, que, com suas inteligências, denodos e talentos vão incrustando seus nomes na galeria, dos ‘pontas’, dos coadjuvantes e dos protagonistas, que na versão em carne, osso e alma, corporificam e personificam obras que nem mesmo o tempo, o senhor da eternidade ou do esquecimento, jamais sepultará.

No caso do Aristocrático, assim foi com Amarante Rosa, com os presidentes que se perfilam desde 1935, e, por certo, é hoje, com Cláudio Rogério Galli, reconhecido presidente, que antes de sê-lo, se fez homem capaz de sobressair como simples peça de engrenagens complexas, ou, por obra da oportunidade que o convocava – para brilhar liderando uma equipe em nome de uma instituição, em nome de um projeto de continuidade superior, como é o do Aristocrático há 78 anos.
Minha singela admiração a todos os atores deste espetáculo que se emoldura outra vez em vestes novas quanto ao que pode ser visto e tocado, e se rejuvenesce a cada evento naquilo que pode ser vivido e saboreado; permitindo a cada um dos seus simpatizantes, tornar-se operário ou ator da própria obra. O bom da história, é que cada evento ao encontrar seu epílogo e figurar no ontem, assim o será tão somente, até que um novo porvir comece outra vez tudo outra vez de novo (?), como se fosse sempre, assim – simples, direta, mágica e naturalmente, apenas de novo... a primeira vez. Engalanado – aristocraticamente.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ody na TV - Ypiranga


Foto: Aguinaldo, Gilberto, Osvaldino e Célio na TV Erechim.
 
Convido os leitores do blog e que tiverem também acesso à TV Erechim (Canal fechado) para segunda-feira, 23, às 22h quando será levado ao ar entrevista com a direção do Ypiranga FC.

O presidente Osvaldino Fuzzinatto (Dino), o vice-presidente Célio Fahl, o diretor de marketing, Aguinaldo Rehfeld, e o presidente do Conselho Deliberativo, Gilberto Pezzin, participaram da conversa sobre o canarinho.

O clube tem duas metas claras: subir à série A em 2014 e estruturar-se de forma a sustentar-se com viabilidades de tornar-se não só um bom time de futebol, mas uma muito alternativa a quem desejar investir e ter retorno.

Não sei se o resultado de campo virá com a pressa que seus dirigentes, em especial o presidente ‘Dino’ têm – mas quanto a passar a respirar novos ares e com vistas a alçar novos voos, por mais paradoxal que seja – pois é muito mais difícil inaugurar uma nova era de planejamento e organização, que conseguir vitórias dentro de campo -, formo a convicção de que a segunda opção tem ‘mais garantias’ de ser encontrada pelo Ypiranga FC.

Sobre isso, sobre a comissão técnica, sobre o grupo de jogadores, sobre como participar dessa construção – segunda-feira, 23, às 22h na TV Erechim.

Ody na TV – Bancada

A TV Erechim leva ao ar nesta quinta-feira, 26, às 22h programa com a bancada constituída por Alcides Mandelli Stumpf, Luis Gustavo Zanella Piccinin e Marco Antônio Scheuer de Souza.
 

Aumento do IPTU, prioridade por asfaltar a Sete de Setembro e a Maurício Cardoso e os destaques de cada um sobre o que foi mais importante em 2013, estão no prato.

O dr. Marco Antônio, por exemplo, escolheu a desfecho do caso do mensalão como o fato do ano.

Como de hábito, deu uma ‘aula’ sobre como o caso pode ser interpretado, por um viés muito diferente.

Qual seria o olhar da sociedade sobre o assunto!? – eis aí um olhar diferente do sempre instigador – Marco Antônio.

Quinta-feira, 26, às 22h na TV Erechim.

Ody na TV – Prefeito

O último programa Painel da TV Erechim em 2013 é com o prefeito Paulo Polis.

Na entrevista de uma hora, o prefeito aborda o que considera seus maiores feitos em 2013, disse que foi um ano ‘difícil’, explica por que optou por pavimentar a Maurício Cardoso e Sete de Setembro em detrimento de outras vias.

O prefeito fala ainda do novo distrito industrial na saída para Concórdia (SC), discorre sobre os buracos nas ruas da cidade, da tecnologia que o município intermedeia para importar da Itália com vistas à construção de casas e sobre a situação de Erechim no contexto municipal onde o ano fecha com problemas para muitos – por conta da diminuição no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

É a partir das 22h do dia 30 – segunda-feira na TV Erechim.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Bom senso coloca Airbag e ABS em 2014

Quinta-feira, 12, saiu aqui neste espaço, uma nota lamentando a simples cogitação de que o governo poderia adiar para 2016 o cumprimento da exigência de Airbag e freio ABS para carros – 2014.

Ontem, 17, ao final da tarde todos os sites e TVs davam a boa notícia: Airbag e freios ABS serão obrigatórios. A medida já vale para os veículos – 2014. A exceção pode ser a Kombi.

Quem desejar descobrir os efeitos positivos desses equipamentos nos carros não precisa pesquisar muito. Fale com alguém que já tem um assim, ou se acidentou e sobreviveu, ou percorra os olhos pela geografia do mundo. Onde as coisas dão certo, onde a inovação dita o tom, onde se pode falar em desenvolvimento – ali os carros vem com Airbag e ABS, no mínimo.

Os carros a linha popular podem subir o preço de 4% a 8% - é o que se cogita neste primeiro momento -, mas quem pode comprar só um veículo assim, saberá que terá mais, muito mais segurança e isto no fim da contas poderá fazer a diferença na hora ‘H’.

Para ser justo o anúncio veio pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Por isso, não sei; se tivesse que dar uma nota aos dois equipamentos exigidos ou ao bom senso do governo – quem levaria a mais alta.

Mas atenção – é como diz o velho e verdadeiro jargão do futebol: mexe bem, quem escala mal. Ou seja: tivesse o governo, através de seu ministro, não cogitado do que já estava dito pelo Contran em resoluções de 2009 – dando conta que Airbag e ABS seriam obrigatórios em 2014 – e ninguém pagaria mico ou seria saudado por ter cumprido o que fora acertado.

O diacho é que quando chegamos à fronteira de saudar o cumprimento de um acordo – é como se estivéssemos fazendo algo que até nós duvidávamos.

Lembro, de soslaio, do velho e astuto político Wilson José Tonin – este sim uma verdadeira raposa da política local (no bom sentido), por seus conhecimentos (de cabeça) sobre leis, regras, normas e regimentos de repartições públicas em especial – que certa feita me abordou na rua Alemanha em frente ao Cartório Tim me lascou: ‘Ody, tu sabe para servem os acordos?’. Enquanto eu pensava numa resposta coerente, ele emendou: - ‘para serem rompidos’ – e se foi carregando uma pilha de pastas com papéis sob o braço.

Até hoje não sei a que o Wilson se referia. Não estava brabo. Furioso sim.

Wilson Tonin que ainda hoje empresta sua experiência e sua inteligência nestas questões legais à Fundação Hospitalar Santa Terezinha, na condição - Presidente. Um abraço ao velho amigo.

E aqui, pisando no ABS, paro.

My God!

E por que se diz – todos são iguais perante a lei; ocorreu-me conjecturar o que qualquer um no seu íntimo, muito provavelmente, também já o fez algum dia: ‘e a lei é igual perante todos?

Atribui-se ao Apóstolo Paulo a observação: a lei é Santa, Justa e Boa.

Não ‘sobrou’ para Cristo quando Pilatos, em respeito à lei do período da Páscoa – que mandava soltar um preso que o povo pedisse, e, em pedindo Barrabás levou Pilatos ao constrangimento de ter de lavar as mãos, confessando estar cumprindo uma lei, mas sem ter nada com o malfeito – vindo a fabricar uma injustiça, por que, afinal ‘... não vejo neste homem crime algum’.

Ocorreu-me, aos tempos da UFSM no curso de Filosofia (cumprido um semestre apenas) quando um mestre da época pediu que se discorresse sobre: ‘quem disse que o direito é direito – ou que a lei é a justiça!?’.

E agora esse caso da Portuguesa.

Descumpriu a lei – mas tinha informações de que em fazendo o que fez, não incorria em transgressão.

Mas – da forma como a coisa se deu, não caberia um outro tipo de discussão e, quiçá, uma outra pena?

Meu reino por um espelhinho - My God!

Mas e a duplicação da ERS 135 sai ou não sai?


Fotos Audiência Pública 
Crédito: Assessoria Imprensa Deputado Gilmar Sossella

Merece registro a iniciativa do deputado estadual Gilmar Sossella ao coordenar audiência pública na URI – Erechim sobre a ERS 135 (Erechim – Passo Fundo), segunda-feira, 16. Afinal, como foi dito no encontro, das três praças com pedágios comunitários, e que passaram para a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) criada recentemente pelo governo do estado – apenas, a ERS 135 não foi duplicada.
Pontão foi.
Campo Bom também.
Falta Coxilha.
Na audiência ficou assegurado que sairá a licitação até fevereiro de 2014 para a duplicação (construção de uma via paralela à já existente) no trecho entre Erechim e o trevo da UFFS. Este trecho dá exatos 6,796 metros .
Os recursos estariam garantidos e a fase seria de ‘orçamentação’ - na ordem de R$ 20 milhões a R$ 21 milhões.
Pergunta: mas o resto da rodovia até Passo Fundo?
‘Pode demorar um pouco mais. Ainda há definições a serem tomadas’. Talvez uns seis meses. Pelo que entendi – uns seis meses a licitação, mas, aí entra a vontade dos membros da comissão do pedágio. Ora, esta sempre foi claramente pela duplicação.
Aliás – quem não deseja, independentemente do asfalto da BR 153 – Transbrasiliana!?
Alguém chegou a sugerir que a rodovia iniciasse as obras da 135 em duas frentes: De Erechim para Passo Fundo e de Passo Fundo para Erechim, pois afinal, o trecho mais pesado com veículos ainda seria o de Passo Fundo-Coxilha-Tapejara.
O prefeito de Quatro Irmãos, Adilson de Valle foi claro e na sua avaliação a melhor solução sobre a duplicação da ERS 135 seria a pavimentação da BR 153, antiga Transbrasiliana, que poderia suportar o tráfego pesado, aliviaria definitivamente a 135 e ainda levaria desenvolvimento para municípios por onde a estrada passa.
O prefeito de Quatro Irmãos observou ainda que o asfaltamento da Transbrasiliana sairia mais barato e seria mais prático, sem impacto ambiental e praticamente sem desapropriações – afinal, a estrada já existe em chão batido, mas existe.
A EGR garantiu que quem trafegar pela ERS 135, onde há pedágio, pode recorrer ao 198 da Polícia Rodoviária Estadual, quando precisar de socorro – e esta, por sua vez -, acionará o guincho contratados em cidades que cortam (próximas) a rodovia. ‘O guincho não vai consertar o carro enguiçado na estrada – mas deixará onde possa ser’, foi dito. Quanto ao serviço de ambulância, haveria contrato com bombeiros dessas mesmas cidades. A EGR garantiu pinturas, roçadas, operações tapa-buracos, enfim, não será por falta de intenção ou promessas, que a estrada será mais segura e confortável.
Haverá ainda rotatórias modernas na ERS 135 para acessar a UFSS e entrar na rodovia, sem a necessidade de ‘cortar a estrada’, bem como, haverá trevo no início da 135 perto da Polícia Rodoviária Estadual de Erechim. A EGR e o Denit até já teriam acertado os ponteiros sobre este assunto. Na área de acesso à UFFS haverá até um viaduto – como foi dito -, para que se corte a rodovia, nem quem entra, nem que sai da universidade.
Cada praça de pedágio tem uma comissão - a de Coxilha tem 16 membros - para controlar e definir o que desejam de suas rodovias e da aplicação dos recursos.
O prefeito de Erechim, Paulo Polis, foi incisivo e surpreendeu ao pedir sem rodeios ao presidente da EGR sobre prazos, enfatizando que as aulas na UFFS começam em fevereiro e o que todos querem é uma estrada duplicada, ao menos no trecho. Citou números graves sobre acidentes e vítimas.
Mas – por tudo que foi dito, depreende-se que até lá a estrada estará como está hoje: apertada e lotada, porém, com licitação pronta e talvez com obras em andamento. Mas isto é coisa para se conferir no calendário da realidade e não das expectativas, sejam elas, inclusive, as melhores.
Uma coisa é certa: não é possível que uma rodovia construída há cerca de 40 anos – continue tendo que suportar um volume de veículos e um trânsito de carros inimaginável naquelas décadas.
Aceitar isso como normal (e é o que tem acontecido) é conformar-se como se todos fôssemos estúpidos, até por que, afora todos os anos passados, e os avanços que houveram; ainda por cima se paga pedágio para transitar exclusivamente por esta mesma rodovia. Em síntese: tudo cresceu absurdamente – o fluxo de carros por exemplo, a potência dos veículos, o transporte por caminhões pesados... -, menos a estrada. A rodovia entre Erechim e Passo Fundo continua como era há quase 40 anos.
Informações foram dadas pelo órgão competente do estado.
Perguntas pertinentes foram feitas.
Dúvidas foram tiradas.
Intenções foram deitadas às claras.
Promessas de preocupação com a ERS 135 também ficaram subentendidas.
Mas ao final de tudo não ficou fora de tom perguntar outra vez: Mas - e a duplicação da ERS 135 sai ou não sai?

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Atlântico – sempre pronto à luta!


Como recomenda a mais fiel escrita que costura as maiores conquistas da história do Atlântico, o Galo Verde-Rubro traz para sua galeria de taças a IX Superliga Nacional de Futsal. O troféu veio de forma dramática, pois quando o empate em um gol lhe dava o título, sofreu o segundo, faltando apenas sete segundos para o final da prorrogação diante do Moita em Aracaju (SE) nesta tarde de domingo – 15.

Não por acaso o hino do Atlântico inicia com ‘Avante/Vamos para luta...’, porque foi com este espírito que os comandados de Cigano atiraram-se para a contagem regressiva de sete. Quando todos os relógios do jogo indicavam inapelavelmente que restavam apenas três segundos – o Atlântico honrou sua tradição na vitória, num trocadilho perfeitamente aceitável com outra estrofe de seu hino.

O ano de 2013 tem revelado um Atlântico aceso quando a disputa é relâmpaga, como os torneios o são. Conquistou a Taça Brasil em 6 de abril num final de manhã memorável, em agosto, a Liga Sul. Antes – vencera o Torneio de Verão, em Rio do Sul( SC). Mas, depois da Taça Brasil foi quase irreconhecível no longo brasileirão, (Liga Nacional), e agora conquista a IX Superliga Nacional de Fustal, em Aracaju (SE).

No início do ano, antes da conquista da Taça Brasil, o Julio Brondani, surpreendeu-me ao dizer que acreditava o Atlântico ter montado, senão o melhor, um dos melhores grupos desde quando aderiu ao futsal. A conquista de abril cobriu Julio de razão – e isto que resta ainda a final da competição doméstica – o Gauchão de Futsal contra a sempre respeitada ACBF.

Mas, se for como o hino diz - deixemos o hino falar por si mesmo ‘Atlântico tu és poderoso/Conquistando vitórias com ardor/Teu símbolo é belo e grandioso/Inspiras confiança e amor’, nada está garantido para ninguém – mas cuidado, a confiança do Galo está outra vez de pé.

Se mais esta taça da Superliga não subir à cabeça como a de abril parece ter subido, e o time levar para dentro de quadra o script que tem costurado as maiores conquistas do Verde-Rubro, não é provável, é certo; que o maior ingrediente, a maior característica – a certidão de nascimento, a história e a identidade do Atlântico -, darão o suporte para que o grupo de jogadores desenvolva seu talento, jamais se entregando, e aí tudo pode acontecer.
‘Avante/Vamos para luta...!’.

O grande presente

 Dr. Alcides, esposa Débora e a filha Mirella - com o ex-presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez
Hoje é difícil imaginar qualquer conceito de realização pessoal sem associá-lo a bens e consumo. Grifes, celulares e até eletrodomésticos passaram a ser indispensáveis para que muitos se considerem verdadeiramente felizes. Tudo se concentra na produção e consumo de bens que rapidamente se tornam obsoletos, induzindo a busca às últimas novidades.
A ânsia pela riqueza acalenta a ostentação brega e nutre a sociedade insaciável, além de patrocinar um modelo de desenvolvimento inviável e, em breve, aterrador.
É certo que a vida melhorou muito no último século. A Classe C de hoje vive melhor que a nobreza do século XIX. Portanto, é natural que as pessoas almejem boas condições de higiene e conforto. É também normal que as exigências pessoais elevem seu patamar: saneamento básico, luz elétrica, moradia digna e telefonia, há muito deixou de ser luxo. Políticas públicas que propiciem essa realidade a todos, no atual contexto, são mais que obrigatórias e não representam favor a ninguém.
Mas o modelo age contra a natureza, aquece o planeta, polui o ar e as águas, amplia desertos, promove desigualdades, incentiva violências. As instituições se desmoralizam, vai-se a democracia. Piora a qualidade de vida.
O erro, por certo, consiste em atrelar a felicidade a gastos e acúmulo de riquezas. Aí se inicia o insano ciclo sem retorno.
Se ouvirmos os nossos velhos, sábios pela própria experiência, vamos descobrir que a fórmula do verdadeiro sucesso é simples: viver de forma equilibrada, valorizar o trabalho sem esquecer os amigos, cultivar a boa educação e o respeito; conviver carinhosamente com a família; cuidar as plantas, admirar florestas, amar e respeitar os animais e a natureza; preferir energias renováveis; frequentar cinemas, teatros e museus, ler e escrever muito. Quando precisar, dispor de bons hospitais e médicos dedicados. Cultivar o espírito, praticar o bom humor, sorrir muito, além de caprichar nas atividades físicas. Dedicar-se a comunidade. É bom viver numa sociedade solidária e segura.
Eis o grande legado, o grande presente que nossos antepassados nos dão de graça todos os dias do ano. E que nós, absortos partícipes de um mundo materialista e embrutecido, não conseguimos entender. Junto a nossos filhos, neste Natal, devemos repensar sobre o que realmente conta para sermos felizes hoje e sempre. Ainda há tempo.

Alcides Mandelli Stumpf
Médico

sábado, 14 de dezembro de 2013

No Quarup do chefe Mandela - meninos, eu vi!

* Recebi como colaboração do velho e querido amigo, Feliciano Tavares Monteiro, o Fifa.
‘O evento de hoje, ato público durante o funeral do Madiba, praticamente enterra a Guerra Fria.
Apesar do luto, as demais notícias são ótimas. Juro que pensei não viver
para assistir:

- A rodada da área de Comércio OMC chegar a um acordo de sucesso, depois
de paralisada por 18 longos anos- e ainda mais com um brasileiro( baiano
como Rui Barbosa e Rio Branco) no leme;
- Um acordo multilateral - que sepultou temporariamente a tentativa de
invasão na Pérsia contemporânea, e já foi referendado pela ONU;
- Os dois bicudos - Barack e Castro - se cumprimentarem o que pode colocar
o tal bloqueio econômico de Cuba em Banho Maria.

Mandela pode estar fazendo mais depois de morto, do que fez em vida, e ele
não fez pouco - foi o sucessor de um correligionário, de seu do Partido do
Congresso. E estou falando de Gandhi’.

Feliciano T. Monteiro

* O Quarup é um ritual de homenagem aos mortos ilustres celebrado pelos povos indígenas da região do Xingu. O rito é centrado na figura de Mawutzinin, o demiurgo e primeiro homem do mundo da sua mitologia. Em sua origem o Quarup teria sido um rito que objetiva trazer os mortos de novo à vida.

Santa Saúde!

De boa e má notícia!

A boa
O Hospital Santa Terezinha teve seu pedido de Residência Médica habilitado pelo Ministério da Educação (MEC). Poderá oferecer até 16 vagas em quatro especialidades: clínica médica, cirurgia geral, pediatria e gineco-obstetrícia (quatro vagas por especialidade). O objetivo da instituição é abrir as primeiras turmas em março de 2014.

A má
Schaline Guimarães/divulgação
A peça do equipamento de radioterapia que teve problema em agosto foi reinstalada dia 25 de novembro. No dia 1º de dezembro, em testes, novos problemas. A peça voltou para conserto nos Estados Unidos. A administração do hospital acredita que no máximo em 30 dias ‘a radio’ estará na ativa. Em agosto eram 70 pacientes/mês. Hoje, o socorro mais próximo é Passo Fundo.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Governo pode adiar Airbag e ABS

Está no Correio do Povo de quinta-feira: Airbag e freios ABS ficam para 2016.
A síntese da notícia indica ainda que o governo avalia deixar a cobrança dessas peças essenciais em termos de segurança – para 2016. Estava previsto para começar a vigorar em 2014.
A notícia traz ainda que o ‘impacto inflacionário da medida, com o reajuste do preço dos automóveis, preocupa o ministro da Fazenda Guido Mantega. Também houve campanha do Sindicato dos Metalúrgicos da ABC pelo adiamento’, é o que se pode ler entre outras explicações nanicas.

Perguntas
1) Se 2014 não fosse ano de eleição a medida seria protelada, como se cogita agora?
2) Claro que os carros mais bem equipados e mais caros – já tem os ‘acessórios’ – senão, seu público comprador buscaria coisa melhor.
3) Quer dizer então que aquele que só pode comprar um carro popular – precisa contar com um carro com menos segurança? 
4) E os gastos públicos e particulares que correm por conta de mais acidentes, muitos deles, que poderiam ser evitados, ou suas conseqüências amenizadas, se os carros estivessem dotados de airbag e ABS – não contam?
5) Vidas valem menos – valem nada comparadas a ‘impactos inflacionários’?
6) Ou entendi mal: as vidas valem sim, mas conforme o bolso do comprador de carro.
7) O aumento médio no preço final dos veículos seria de R$ 1,5 mil.
8) Existe ainda uma esperança: que o governo não confirme esta decisão que deve ter uma definição até o início da próxima semana.
Um dia, o presidente Fernando Collor (cassado mais tarde...), comparou os carros brasileiros a carroças. Isso foi há 20 anos, há duas décadas, o equivalente a cinco mandatos presidenciais.
Li num site que avalia a segurança dos carros – quando ainda a exigência do airbaig e do freio ABS no Brasil estava garantida para 2014: ‘A exigência de airbag e ABS a partir de 2014 significa um começo, porém, em contrapartida o controle eletrônico de estabilidade será obrigatório nos EUA e Europa a partir do ano que vem’.
E agora – surge essa possibilidade do governo, por causa do ‘impacto inflacionário’, adiar a coisa para 2016. E depois – para quando?
A conclusão é uma só: afinal de contamos estamos nos movendo em direção a quê?
Aos Estados Unidos e Europa, ou da Bolívia, Cuba, Venezuela....!?

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ypiranga com nova direção

O Ypiranga FC tem nova direção. A escolha foi na noite de quarta-feira, 11. O presidente é Osvaldino Fuzinatto, o vice é Célio Fahl e o diretor de futebol, Marcos Busetto.
O clube se fortalece, com a escolha de novos nomes em cargos estratégicos, num momento importante da sua história.
Pelo menos dois objetivos parecem claros: um, seria já para 2014 – retornar à Serie A do campeonato gaúcho. O outro – no meu entender muito mais importante - diz respeito à vida da própria instituição, que é, a médio prazo o clube encontrar mecanismos de manter-se como uma instituição sustentável e viável, sem a necessidade de recorrer a expedientes como este que parece imperioso – que é desfazer-se de parte do seu patrimônio para pagar dívidas. 

Presidente
Osvaldino Fuzinatto
Vice Presidente
Celio Fahl




Diretor de Futebol
Marcos Busetto
Vice Diretor
Sergio Borges




Diretor Administrativo
Edson De Geroni




Diretor Financeiro
José Scussel
Vice Diretor
Glauber Bergonsi




Diretor de Marketing
Aguinaldo Rehfeld




Diretor Social
Luis Fernando Pungan
Vice Diretor
Edésio Detoni




Diretor de Planejamento
Olavo Degeroni




Diretor de Patrimônio
Gilmar Fiebig Filho
Vice Diretor
Fernando Piran
Vice Diretor
Cesár Tonin




Diretor Jurídico
Gismael Brandalise
Vice Diretor
Eduardo Machiavelli




Diretor de Segurança
Evandro Correa
Vice Diretor
Sandro Lazzarin


Ypiranga passeia na Baixada

Em homenagem à nova direção do Ypiranga FC eleita na noite de ontem, 11, disponibilizo aqui um prato que deve agradar aos ypiranguistas.
Faço referência especial ao presidente do Conselho Deliberativo, Gilberto Pezzin, ao presidente eleito do clube, Osvaldino Fuzinatto, e ao diretor de futebol, Marcos Busetto – e, em nome deles, dedico à família verde-amarela
Pois, corria o ano de 1965.
Era um domingo, mais precisamente, dia 12 de dezembro.
Há exatos 48 anos - hoje.
O estádio era a Baixada-Rubra, do Atlântico.
Dia de Atlanga.
Clássico 145.

Depois de 90 minutos, em plena Baixada , Ypiranga 3 a 0.
Alteu abriu o placar aos 13 do 1º tempo. Barbosinha ampliou para 2 a 0 aos 42 e, aos 8 do 2º tempo, ele de novo, fechou a goleada.

A síntese do jogo: ‘Com arbitragem de Abílio Machado, o Ypiranga passeou pela Baixada. Um banho de futebol no seu tradicional adversário. O Atlântico tentou manter o equilíbrio do jogo no começo, mas com o gol de Alteu aos 13 minutos – acabou sendo envolvido totalmente. Foi um dia inspirado de Barbosinha, Pedruca e Meia Noite.

Atlântico: Paulinho; Frizo, Wilmar, Glênio (Carlos) e Fossatti; Mugica e Vianna; Tomasi (Mafessoni), Da Silva, Índio e Cardoso.
Ypiranga: Luiz Carlos II (Alcino); Paulinho, Mário (Garcia), Miguel e Luiz Carlos; Barbosinha e Pedruca; Assis (Lambreta), Alteu, Meia Noite e Picassinho.

Naquele dezembro, Papai Noel de 1965 teria sido visto na Maurício Cardoso, vestido de verde e amarelo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Presidente reage à violência nos estádios

A presidente Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter para condenar as cenas de violência no jogo entre o Atlético-PR e Vasco, e defendeu a prisão em flagrante em caso de violência e a criação de uma delegacia do torcedor para que cenas como a de ontem (domingo) sejam coibidas. Dilma pediu que fosse criada uma delegacia especializada em crimes de torcedores e mais ação da polícia nos estádios.
A fala da presidente é digna de elogios, mas esta não é a primeira vez uma autoridade ‘pede’ o óbvio, o que não dá mais para admitir.

Mas, em se tratando da maior autoridade na Nação, sem dúvidas, que o registro precisa ser considerado – até por que -, não sei se outro presidente avançou tanto no tema.

A questão é, e aí já não tem mais nada a ver com a preocupação da presidente, mas sim com o nosso histórico, com a nossa cultura: ‘quando o carnaval chegar, alguém se lembrará deste Atlético e Vasco?’.

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Os olhos que deviam ver – mas não viram!

Sempre foi um trio.
Depois passou para quarteto, quinteto e hoje não sei se é sexteto ou sabe-se lá, realmente, quantos ‘árbitros’ uma partida de futebol acomoda.

O que sei é que já estive em ginásios e estádios, onde partidas atrasaram porque não havia policiamento.

Só quando a força policial chegou – é que a bola rolou sob autorização de arbitragens.

Em várias cidades há um debate sobre essa questão: até que ponto é o estado deve fazer segurança em estádios de futebol. Aí há várias teses.

Mas há uma coisa que não pode passar despercebida num evento público e de porte: é o bom senso. No caso de Joinvile – faltou também isso.
Os olhos daquele ou daqueles que aplicam as 17 regras do futebol, não viram o que deviam ter visto.

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Relatório Taylor

Quem se interessar por segurança nos estádios de futebol pode consultar o famoso ‘Relatório Taylor’. Foi elaborado com base no conhecido ‘Desastre de Hillsborough’ quando 96 torcedores morreram em 1989 na Inglaterra.

Por conta de paixões – surgiram controvérsias sobre o relatório -, mas o que importa, noves fora o apontamento de supostas culpabilidades, é que ali surgiu a luz para a organização que hoje norteia do rico futebol inglês.

Há muitas observações, mas uma é decisiva: todos os bilhetes, todas as entradas tem assento. O relatório vai muito além disso, visando melhorar o todo do espetáculo – organização, qualidade da infraestrutura, processos de segurança e relacionar as práticas mais importantes com uma legislação adequada, que responsabilize clubes, entidades da administração esportiva, autoridades locais, responsáveis pela segurança e ordem pública, bem como torcedores.

Mas atenção: isto é lá – lá na Inglaterra.

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Dia do Palhaço

Hoje, 10 dezembro, é o Dia dos Palhaços.
Começou a ser festejado em 1981 no Brasil.
A palavra palhaço deriva do italiano paglia, que quer dizer palha, que era o material usado no revestimento de colchões. O nome começou a ser usado porque a primitiva roupa desse cômico era feita do mesmo pano e revestimento dos colchões: um tecido grosso e listrado, e afofada nas partes mais salientes do corpo com palha, fazendo de quem a vestia um verdadeiro "colchão" ambulante. Esse revestimento de palha os protegia das constantes quedas e estripulias.
O palhaço é lírico, inocente, ingênuo, angelical e frágil. O palhaço não interpreta, ele simplesmente é.
Na linguagem comum, o termo também pode ser referido como uma característica do comportamento de uma pessoa não confiável ou não acostumado a levar a sério um argumento.

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Palhaços que passaram por Erechim

Minhas lembranças alcançam os anos 1960.
E nelas flagro dois parques – ou seria um circo e um parque! -, mas nelas revejo dois extraordinários palhaços: Biduca e Biriba – com seu máxima que ‘mexia’ com a platéia: xerebebebéu!
O Biduca ali na esquina da Comandante Kraemer com Valentim Zambonatto, quase em frente ao Medianeira.
O Tiririca ao lado de onde era a antiga estação rodoviária, na esquina da Aratiba com Alemanha.

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Até Jovino trabalhou em circo

 Jovino Alves Martins e sua esposa dona Nilsa
Na história de vida que contei certa feita sobre a vida do nosso ‘Vovô do Rádio’, Jovino Alves Martins – ele revelou que no início da sua carreira, para aumentar seus ganhos mensais, trabalhou como palhaço em um circo em Sananduva.
Jovino pegava um ônibus à tarde e se mandava por estradas de chão batido para ‘ser’ – para entreter.
Dono de um talento invejável – Jovino agradava em cheio no seu desafio.
Depois de divertir crianças e adultos, e a si mesmo - porque sempre amou o que fêz – Jovino precisava retornar à noite ou de madrugada -, para às 6 horas abrir o microfone da Pioneira.
Mais de uma vez Jovino Alves Martins nem foi para casa – porque já era hora de abrir a rádio.
- E como o senhor voltava se não havia ônibus à noite?
- Ah, era tudo na base ‘tu te vira’, disse ele hoje, 10.
Na verdade conseguia carona ou alguém do circo o trazia – confirmou.

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Vovô e Bisavô
Rui Tomazzelli (redator) e Milton Doninelli (rádio Difusão)
O veterano radialista Milton Doninelli questiona sempre quando escrevo sobre ‘Jovino como Vovô do Rádio’, pois segundo o Milton, ele começou antes.
Calma Milton – neste caso és então o ‘bisavô do rádio erechinense’.
Em verdade – dois nomes, dois homens e dois radialistas que honraram o que de melhor já tivemos no rádio local.
Ambos, por ironia do destino, moram na mesma cidade, na mesma avenida, no mesmo edifício, no mesmo andar, enfim – acreditem ou não -, em apartamentos um de frente para o outro.
Vovô e Bisavô do rádio erechinense.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

No jogo da impunidade a barbárie sempre vence!

Pense bem depressa, ou pense com calma, se não der hoje, responda amanhã ou na semana que vem, ou mês que vem – ou até a próxima barbárie num campo de futebol – mas pense: ‘quantas pessoas que brigaram em estádios de futebol você sabe que estão presas!’.

Vou ajudar: um, mais de um, ou, menos de um!
A próxima barbárie está a caminho.
É só uma questão de tempo. De ter jogo.
O que a TV mostrou domingo em Atlético (PR) e Vasco (RJ), em Santa Catarina, depõe contra a suposta capacidade intelectual que diferencia a raça humana do reino animal.
E pior: engana-se quem acha que aquilo ali foi exceção.
Não.
Nas arquibancadas do Beira Rio nos românticos anos/70, testemunhei centenas de selvagerias ao longo de 7 anos.
E assim era no Olímpico, fora dos estádios. Fora de Porto Alegre.
Imagine – 40 anos depois, quando ‘gladiadores modernos’ é edificado a esporte, quando fedelhos recém-saídos de fraldas – repreendem professores em sala de aula!

Quantos turistas da Copa não devem ter mudado seus planos!
Ah, mas na Copa a segurança vai ser máxima, total - sem margens para selvagerias.
Pergunta: será? Quem garante?
As arruaças pós o junho democrático – não servem como termômetro? Não ensinaram nada? Não ‘tiraram’ nada – para usar um termo da moda de um partido político.
É – não ‘tiraram’ nada das quebradeiras, desafiando centenas e centenas de policiais...!

No mundo que está cercando e acabará com o futebol com pessoas no campo de jogo, pois, síntese de tudo, das motivações, das razões, das ações ou omissões é uma só, que explica tudo: im-pu-ni-da-de.

O resto é conversinha de republiqueta.

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Mandela foi o Super-Homem na vida real


Mais de um século após ser escrito, o poema ‘Invictus’, do britânico William Ernest Henley, continua atualíssimo.
Nelson Mandela socorria-se do poema, para aliviar (como se fosse possível a qualquer ser normal) sua longuíssima pena.

A propósito – quem, e isto deve ser impossível de ser mensurado, pois, quem, senão um Super-Homem de apelido ‘Madiba’, (também título honorário adotado por membros do clã de Mandela) suportaria quase 30 anos em uma prisão de 2 por 4 metros (algo assim) e quebrando pedra de dia!?

E, se suportar já foi um feito extraordinário, imagine, quem sairia de uma prisão após quase 30 anos, e inacreditavelmente – ainda seria capaz de perdoar seus algozes, e a partir dali, refundar um país em bases democráticas!?

Se Super-Homem é uma ficção americana, talvez poderia ‘ver-se’ em na vida real, guardadas as diferenças, na figura de Nelson Mandela – morto dia 5 de dezembro.

Tinha para mim que Winston Churchill fora a maior personalidade do século 20. Mas – Churchill, que também teve vida longa e extremamente intensa (viveu 90 anos) não ficou 27,5 natais preso.

Só na ilha de Robben Island, Mandela ficou confinado durante 18 anos, em um cubículo de 2 metros por 4 metros, onde os negros eram acordados as 5h30m da manhã, saiam da cela as 6h30m e trabalhavam numa barreira de cal até as 16h todos os dias da semana.

Pois, repetindo, quem seria capaz de passar ‘uma vida preso’ – segundo um colega de imprensa houve época em que o líder recebia uma visita por ano e de 30 minutos -, pois, quem poderia passar por isto e ainda - perdoar! Sim, perdoar, passar por cima, esquecer, e viver junto com o algoz uma vida nova!?

Então, como dizia, depois de refletir nestes últimos dias sobre esta figura humana incomparável – mudei de opinião.
O maior estadista, a maior personalidade do século 20, não foi Churchill (com todos seus feitos), mas sim – Nelson Rolihlahla Mandela, Nelson Mandela - o Madiba.

Invictus
William Ernest Henley/1875

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha fronte sangra, mas não se inclina

Além deste lugar de choro e ódio
Paira somente o horror da sombra
E ainda assim, a ameaça dos anos me encontrará
E encontrará destemido.

Não importa quanto estreito seja o portão
Não importa quão dura seja a pena
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma’.

domingo, 8 de dezembro de 2013

PDT terá candidato ao Piratini

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) decidiu que terá candidato próprio ao governo do Estado (RS). A decisão foi tomada em pré-convenção, sábado, 7. Foram 476 votos a favor contra 313.

O deputado federal Vieira da Cunha será o candidato. Ele superou Aldo Pinto por 597 a 192 votos, com 40 brancos e dois nulos. O jornalista Lasier Martins é o pré-candidato do PDT ao Senado.

Segunda-feira, 9, o partido deve entregar os cargos que ocupa no governo do estado: são as secretarias de Saúde (Ciro Simoni), do Esporte e Lazer (Kalil Sehbe) e Gabinete dos Prefeitos (Afonso Motta). O governador Tarso Genro recebeu a notícia na China. Substitutos ainda não há. Deverão ser definidos, provavelmente, após o retorno do governador, terça-feira, 10.

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Deputado Sossella: “Se não tivermos candidato aqui, onde teremos?”
Crédito da foto: Site da Assembleia Legislativa do RS

O deputado estadual Gilmar Sossella reagiu à decisão do partido: “Excelente. É a retomada do fio da história. Mostra a força e a altivez do partido. Esta é a terra de Getúlio (Vargas), Brizola (Leonel), Pasqualini (Alberto) Jango (João Goulart) e Collares (Alceu)”.

Conforme o deputado “se não tivermos candidato do governo aqui (RS), onde teremos? - considerando a história e a tradição do partido!”.

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Próximo presidente da AL

O deputado Gilmar Sossella (PDT) deverá ser o presidente da Assembléia Legislativa em 2014. No início da legislatura ficou definido que as quatro maiores bancadas ocupariam o cargo. Em 2011 foi o PT com o deputado Adão Villaverde; em 2012 o PMDB com o deputado Alexandre Postal; em 2013 o PP com o deputado Pedro Westphalen. Em 2014 – será a vez do PDT e o indicado pelo partido é Gilmar Sossella.

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Ernani quer começar a trabalhar logo

O presidente do PDT de Erechim, vereador Ernani Mello esteve em Porto Alegre como delegado do partido e votou: “foi uma decisão acertada. Neste momento não tinha como ter outra escolha. Vamos desembarcar do governo (estadual) e começar a trabalhar logo”, disse neste domingo, por telefone, desde Aratiba. Na sua opinião, um nome próprio ao Piratini, vai ajudar a decolar candidaturas a deputado federal e estadual.

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Ernani quer ser candidato

O vereador Ernani Mello (PDT) pretende concorrer a deputado estadual, mas ressalva: “estamos trabalhando muito para construir isto (sua candidatura). Dentro do partido já está construída, agora é hora de construí-la fora”. No entanto, observou: “entendo que não adianta lançar mais de um nome em Erechim, se quisermos ter chances reais de eleição”, e lembrou: “o último deputado que Erechim teve foi Antônio Dexheimer, e isto foi há 25 anos”.

33 anos sem Lennon!?

Era uma segunda-feira.
8 de dezembro de 1980.
Fazia muito calor – mesmo à noite - em Porto Alegre.
Eu estava na Central da Interior da Companhia Jornalística Caldas Júnior (CJCJ) até às 22h.
De repente – a notícia: alguém havia atirado e matado John Lennon em Nova Iorque.
O Lennon – líder da maior banda de todos os tempos.
Lá (NY) – 23 h. Em (POA) – 21h.
Não podia ser verdade!
Mas era.
O mundo estava perplexo.
Se não me equivoco – ainda naquela noite a Guaíba, no mesmo andar em que trabalhava – colocou no ar um especial sobre Lennon.
Hoje, 8 de dezembrode 2013, são passados 33 anos daquele fatídico dia.
Que perda para os fãs.
Que derrota para a humanidade. 
  
Um pouco da história

Por  volta de 23 horas de 8 de dezembro de 1980, o músico retornava, com sua esposa Yoko Ono, de um estúdio de gravação. Quando Lennon dava entrada em sua residência, o Edifício Dakota em New York, um homem de 25 anos chamado Mark Chapman, que no fim da tarde do mesmo dia havia se encontrado com Lennon junto a fãs e conseguido um autógrafo de Lennon em uma capa do álbum do cantor chamado Double Fantasy , sacou um revólver e efetuou cinco disparos contra Lennon. Várias fontes afirmam que, antes de efetuar os disparos, Chapman gritou: Mister Lennon! (Senhor Lennon!), mas Chapman afirma não se lembrar de tê-lo feito.. O primeiro tiro se perdeu atingindo uma janela do prédio, porém os quatro seguintes atingiram em cheio o corpo de Lennon, três deles atravessando o corpo e um deles destruindo a artéria aorta do cantor, causando severa perda de sangue, e ele caiu na recepção do hotel. O porteiro do edifício desarmou Chapman e chutou a arma para longe, e perguntou a ele: "Você sabe o que fez?". Mark Chapman respondeu calmamente: "Sim, eu atirei em John Lennon. " Chapman não tentou escapar e sentou-se na calçada e esperou a chegada da polícia.

Lennon foi declarado morto ao chegar no hospital St. Luke's-Roosevelt, onde foi constatado que ninguém poderia viver mais do que alguns minutos com tais ferimentos. Antes de declararem sua morte, médicos abriram o peito de Lennon e massagearam manualmente seu coração por vários minutos a fim de restaurar a circulação sanguínea, mas o dano causado aos vasos sanguíneos era muito grande. Além disso, Lennon já havia chegado sem pulsação e sem respirar, e também havia perdido 80% do seu volume sanguíneo, sendo assim declarado que a causa da morte dele foi choque hipovolêmico . Após o crime ser noticiado pela mídia, multidões de fãs se juntaram ao redor do Hospital Roosevelt e do Edifício Dakota para prestar homenagem a Lennon. O corpo do cantor foi cremado dois dias depois e sua cinzas foram entregues a Yoko Ono, que preferiu não realizar um funeral para Lennon.

Motivos!?

Segundo Mark Chapman, que era cristão, o seu ódio a John Lennon originou-se das várias afirmações do cantor sobre Deus, consideradas por Chapman como blasfêmias. Chapman também era fã dos Beatles, até o dia em que John Lennon fez a infame declaração de que os Beatles seriam Mais populares que Jesus, em 1966. Amigos de Chapman disseram que isso o deixou enfurecido e ele seguia se perguntando por que Lennon havia dito aquela blasfêmia. E segundo ele mesmo, seu ódio a Lennon aumentou quando o cantor criou a música "Imagine", em 1971, onde Lennon diz que deve-se imaginar que os céus - no plano espiritual - e até mesmo o inferno não existem, conspirando contra os ensinamentos de Jesus Cristo. Mas não foi só isso que enfureceu Chapman na letra desta canção. Mark Chapman disse: Ele (John Lennon) nos disse para imaginarmos que não existem posses (ou "bens materias", especificamente na frase "Imagine no possessions" da música Imagine) e lá estava ele, com milhões de dólares, iates, fazendas e mansões, rindo de pessoas como eu, que acreditaram em suas mentiras, compraram os discos dele e alicerçaram boa parte de suas vidas com as músicas dele.

Mark Chapman ainda alegou que vozes em sua cabeça mandaram matar John Lennon. Avaliações psiquiátricas decidiram que ele era perfeitamente são e podia ser julgado. No dia 24 de agosto de 1981, ele foi condenado a uma pena de 20 anos à prisão perpétua. No ano 2000, quando se completaram os 20 anos, ele pediu liberdade condicional pela primeira vez. Este e outros cinco pedidos foram negados. No ultimo pedido, em agosto deste ano, Chapman disse à junta de condicional que encontrou Jesus na prisão. Que está em paz, que sua vida mudou graças à experiência na prisão. “Achei que, ao matar John Lennon, eu me tornaria alguém. Em vez disso, me tornei um assassino e assassinos não são alguém,” disse ele. 

A junta de condicional decidiu que o gesto “premeditado, sem sentido e egoísta de conseqüências trágicas torna sua libertação inapropriada e incompatível com o bem estar da comunidade. Libertá-lo diminuiria a seriedade de seu crime e abalaria o respeito à lei.” 

Chapman está na Penitenciária de Attica, cidade no município de Wyoming, estado de Nova York. Tem bom comportamento, é auxiliar na biblioteca e recebe visita íntima anual de 44 minutos de sua mulher, Gloria Hiroko Chapman, residente no Havaí.

A dimensão de Lennon é simples: enquanto artista ele vive. Jamais morrerá. Ponto!