terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Mas e a duplicação da ERS 135 sai ou não sai?


Fotos Audiência Pública 
Crédito: Assessoria Imprensa Deputado Gilmar Sossella

Merece registro a iniciativa do deputado estadual Gilmar Sossella ao coordenar audiência pública na URI – Erechim sobre a ERS 135 (Erechim – Passo Fundo), segunda-feira, 16. Afinal, como foi dito no encontro, das três praças com pedágios comunitários, e que passaram para a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) criada recentemente pelo governo do estado – apenas, a ERS 135 não foi duplicada.
Pontão foi.
Campo Bom também.
Falta Coxilha.
Na audiência ficou assegurado que sairá a licitação até fevereiro de 2014 para a duplicação (construção de uma via paralela à já existente) no trecho entre Erechim e o trevo da UFFS. Este trecho dá exatos 6,796 metros .
Os recursos estariam garantidos e a fase seria de ‘orçamentação’ - na ordem de R$ 20 milhões a R$ 21 milhões.
Pergunta: mas o resto da rodovia até Passo Fundo?
‘Pode demorar um pouco mais. Ainda há definições a serem tomadas’. Talvez uns seis meses. Pelo que entendi – uns seis meses a licitação, mas, aí entra a vontade dos membros da comissão do pedágio. Ora, esta sempre foi claramente pela duplicação.
Aliás – quem não deseja, independentemente do asfalto da BR 153 – Transbrasiliana!?
Alguém chegou a sugerir que a rodovia iniciasse as obras da 135 em duas frentes: De Erechim para Passo Fundo e de Passo Fundo para Erechim, pois afinal, o trecho mais pesado com veículos ainda seria o de Passo Fundo-Coxilha-Tapejara.
O prefeito de Quatro Irmãos, Adilson de Valle foi claro e na sua avaliação a melhor solução sobre a duplicação da ERS 135 seria a pavimentação da BR 153, antiga Transbrasiliana, que poderia suportar o tráfego pesado, aliviaria definitivamente a 135 e ainda levaria desenvolvimento para municípios por onde a estrada passa.
O prefeito de Quatro Irmãos observou ainda que o asfaltamento da Transbrasiliana sairia mais barato e seria mais prático, sem impacto ambiental e praticamente sem desapropriações – afinal, a estrada já existe em chão batido, mas existe.
A EGR garantiu que quem trafegar pela ERS 135, onde há pedágio, pode recorrer ao 198 da Polícia Rodoviária Estadual, quando precisar de socorro – e esta, por sua vez -, acionará o guincho contratados em cidades que cortam (próximas) a rodovia. ‘O guincho não vai consertar o carro enguiçado na estrada – mas deixará onde possa ser’, foi dito. Quanto ao serviço de ambulância, haveria contrato com bombeiros dessas mesmas cidades. A EGR garantiu pinturas, roçadas, operações tapa-buracos, enfim, não será por falta de intenção ou promessas, que a estrada será mais segura e confortável.
Haverá ainda rotatórias modernas na ERS 135 para acessar a UFSS e entrar na rodovia, sem a necessidade de ‘cortar a estrada’, bem como, haverá trevo no início da 135 perto da Polícia Rodoviária Estadual de Erechim. A EGR e o Denit até já teriam acertado os ponteiros sobre este assunto. Na área de acesso à UFFS haverá até um viaduto – como foi dito -, para que se corte a rodovia, nem quem entra, nem que sai da universidade.
Cada praça de pedágio tem uma comissão - a de Coxilha tem 16 membros - para controlar e definir o que desejam de suas rodovias e da aplicação dos recursos.
O prefeito de Erechim, Paulo Polis, foi incisivo e surpreendeu ao pedir sem rodeios ao presidente da EGR sobre prazos, enfatizando que as aulas na UFFS começam em fevereiro e o que todos querem é uma estrada duplicada, ao menos no trecho. Citou números graves sobre acidentes e vítimas.
Mas – por tudo que foi dito, depreende-se que até lá a estrada estará como está hoje: apertada e lotada, porém, com licitação pronta e talvez com obras em andamento. Mas isto é coisa para se conferir no calendário da realidade e não das expectativas, sejam elas, inclusive, as melhores.
Uma coisa é certa: não é possível que uma rodovia construída há cerca de 40 anos – continue tendo que suportar um volume de veículos e um trânsito de carros inimaginável naquelas décadas.
Aceitar isso como normal (e é o que tem acontecido) é conformar-se como se todos fôssemos estúpidos, até por que, afora todos os anos passados, e os avanços que houveram; ainda por cima se paga pedágio para transitar exclusivamente por esta mesma rodovia. Em síntese: tudo cresceu absurdamente – o fluxo de carros por exemplo, a potência dos veículos, o transporte por caminhões pesados... -, menos a estrada. A rodovia entre Erechim e Passo Fundo continua como era há quase 40 anos.
Informações foram dadas pelo órgão competente do estado.
Perguntas pertinentes foram feitas.
Dúvidas foram tiradas.
Intenções foram deitadas às claras.
Promessas de preocupação com a ERS 135 também ficaram subentendidas.
Mas ao final de tudo não ficou fora de tom perguntar outra vez: Mas - e a duplicação da ERS 135 sai ou não sai?