Está no Correio do Povo de
quinta-feira: Airbag e freios ABS ficam para 2016.
A síntese da notícia indica ainda que
o governo avalia deixar a cobrança dessas peças essenciais em
termos de segurança – para 2016. Estava previsto para começar a
vigorar em 2014.
A notícia traz ainda que o ‘impacto
inflacionário da medida, com o reajuste do preço dos automóveis,
preocupa o ministro da Fazenda Guido Mantega. Também houve campanha
do Sindicato dos Metalúrgicos da ABC pelo adiamento’, é o que se
pode ler entre outras explicações nanicas.
Perguntas
1) Se 2014 não fosse ano de eleição
a medida seria protelada, como se cogita agora?
2) Claro que os carros mais bem
equipados e mais caros – já tem os ‘acessórios’ – senão,
seu público comprador buscaria coisa melhor.
3) Quer dizer então que aquele que só
pode comprar um carro popular – precisa contar com um carro com
menos segurança?
4) E os gastos públicos e particulares
que correm por conta de mais acidentes, muitos deles, que poderiam
ser evitados, ou suas conseqüências amenizadas, se os carros
estivessem dotados de airbag e ABS – não contam?
5) Vidas valem menos – valem nada
comparadas a ‘impactos inflacionários’?
6) Ou entendi mal: as vidas valem sim,
mas conforme o bolso do comprador de carro.
7) O aumento médio no preço final dos
veículos seria de R$ 1,5 mil.
8) Existe ainda uma esperança: que o
governo não confirme esta decisão que deve ter uma definição até
o início da próxima semana.
Um dia, o presidente Fernando Collor
(cassado mais tarde...), comparou os carros brasileiros a carroças.
Isso foi há 20 anos, há duas décadas, o equivalente a cinco
mandatos presidenciais.
Li num site que avalia a segurança dos
carros – quando ainda a exigência do airbaig e do freio ABS no
Brasil estava garantida para 2014: ‘A exigência de airbag e ABS a
partir de 2014 significa um começo, porém, em contrapartida o
controle eletrônico de estabilidade será obrigatório nos EUA e
Europa a partir do ano que vem’.
E agora – surge essa possibilidade do
governo, por causa do ‘impacto inflacionário’, adiar a coisa
para 2016. E depois – para quando?
A conclusão é uma só: afinal de
contamos estamos nos movendo em direção a quê?
Aos Estados Unidos e Europa, ou da
Bolívia, Cuba, Venezuela....!?