terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Bom senso coloca Airbag e ABS em 2014

Quinta-feira, 12, saiu aqui neste espaço, uma nota lamentando a simples cogitação de que o governo poderia adiar para 2016 o cumprimento da exigência de Airbag e freio ABS para carros – 2014.

Ontem, 17, ao final da tarde todos os sites e TVs davam a boa notícia: Airbag e freios ABS serão obrigatórios. A medida já vale para os veículos – 2014. A exceção pode ser a Kombi.

Quem desejar descobrir os efeitos positivos desses equipamentos nos carros não precisa pesquisar muito. Fale com alguém que já tem um assim, ou se acidentou e sobreviveu, ou percorra os olhos pela geografia do mundo. Onde as coisas dão certo, onde a inovação dita o tom, onde se pode falar em desenvolvimento – ali os carros vem com Airbag e ABS, no mínimo.

Os carros a linha popular podem subir o preço de 4% a 8% - é o que se cogita neste primeiro momento -, mas quem pode comprar só um veículo assim, saberá que terá mais, muito mais segurança e isto no fim da contas poderá fazer a diferença na hora ‘H’.

Para ser justo o anúncio veio pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Por isso, não sei; se tivesse que dar uma nota aos dois equipamentos exigidos ou ao bom senso do governo – quem levaria a mais alta.

Mas atenção – é como diz o velho e verdadeiro jargão do futebol: mexe bem, quem escala mal. Ou seja: tivesse o governo, através de seu ministro, não cogitado do que já estava dito pelo Contran em resoluções de 2009 – dando conta que Airbag e ABS seriam obrigatórios em 2014 – e ninguém pagaria mico ou seria saudado por ter cumprido o que fora acertado.

O diacho é que quando chegamos à fronteira de saudar o cumprimento de um acordo – é como se estivéssemos fazendo algo que até nós duvidávamos.

Lembro, de soslaio, do velho e astuto político Wilson José Tonin – este sim uma verdadeira raposa da política local (no bom sentido), por seus conhecimentos (de cabeça) sobre leis, regras, normas e regimentos de repartições públicas em especial – que certa feita me abordou na rua Alemanha em frente ao Cartório Tim me lascou: ‘Ody, tu sabe para servem os acordos?’. Enquanto eu pensava numa resposta coerente, ele emendou: - ‘para serem rompidos’ – e se foi carregando uma pilha de pastas com papéis sob o braço.

Até hoje não sei a que o Wilson se referia. Não estava brabo. Furioso sim.

Wilson Tonin que ainda hoje empresta sua experiência e sua inteligência nestas questões legais à Fundação Hospitalar Santa Terezinha, na condição - Presidente. Um abraço ao velho amigo.

E aqui, pisando no ABS, paro.