Quinta-feira, 12, saiu
aqui neste espaço, uma nota lamentando a simples cogitação de que
o governo poderia adiar para 2016 o cumprimento da exigência de
Airbag e freio ABS para carros – 2014.
Ontem, 17, ao final da
tarde todos os sites e TVs davam a boa notícia: Airbag e freios ABS
serão obrigatórios. A medida já vale para os veículos – 2014. A
exceção pode ser a Kombi.
Quem desejar descobrir
os efeitos positivos desses equipamentos nos carros não precisa
pesquisar muito. Fale com alguém que já tem um assim, ou se
acidentou e sobreviveu, ou percorra os olhos pela geografia do mundo.
Onde as coisas dão certo, onde a inovação dita o tom, onde se pode
falar em desenvolvimento – ali os carros vem com Airbag e ABS, no
mínimo.
Os carros a linha
popular podem subir o preço de 4% a 8% - é o que se cogita neste
primeiro momento -, mas quem pode comprar só um veículo assim,
saberá que terá mais, muito mais segurança e isto no fim da contas
poderá fazer a diferença na hora ‘H’.
Para ser justo o
anúncio veio pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Por isso, não
sei; se tivesse que dar uma nota aos dois equipamentos exigidos ou ao
bom senso do governo – quem levaria a mais alta.
Mas atenção – é
como diz o velho e verdadeiro jargão do futebol: mexe bem, quem
escala mal. Ou seja: tivesse o governo, através de seu ministro, não
cogitado do que já estava dito pelo Contran em resoluções de 2009
– dando conta que Airbag e ABS seriam obrigatórios em 2014 – e
ninguém pagaria mico ou seria saudado por ter cumprido o que fora
acertado.
O diacho é que quando
chegamos à fronteira de saudar o cumprimento de um acordo – é
como se estivéssemos fazendo algo que até nós duvidávamos.
Lembro, de soslaio, do
velho e astuto político Wilson José Tonin – este sim uma
verdadeira raposa da política local (no bom sentido), por seus
conhecimentos (de cabeça) sobre leis, regras, normas e regimentos de
repartições públicas em especial – que certa feita me abordou na
rua Alemanha em frente ao Cartório Tim me lascou: ‘Ody, tu sabe
para servem os acordos?’. Enquanto eu pensava numa resposta
coerente, ele emendou: - ‘para serem rompidos’ – e se foi
carregando uma pilha de pastas com papéis sob o braço.
Até hoje não sei a
que o Wilson se referia. Não estava brabo. Furioso sim.
Wilson Tonin que ainda
hoje empresta sua experiência e sua inteligência nestas questões
legais à Fundação Hospitalar Santa Terezinha, na condição -
Presidente. Um abraço ao velho amigo.
E aqui, pisando no ABS,
paro.