A
presidente Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter para condenar as
cenas de violência no jogo entre o Atlético-PR e Vasco, e defendeu
a prisão em flagrante em caso de violência e a criação de uma
delegacia do torcedor para que cenas como a de ontem (domingo) sejam
coibidas. Dilma pediu que fosse criada uma delegacia especializada em
crimes de torcedores e mais ação da polícia nos estádios.
A
fala da presidente é digna de elogios, mas esta não é a primeira
vez uma autoridade ‘pede’ o óbvio, o que não dá mais para
admitir.
Mas,
em se tratando da maior autoridade na Nação, sem dúvidas, que o
registro precisa ser considerado – até por que -, não sei se
outro presidente avançou tanto no tema.
A
questão é, e aí já não tem mais nada a ver com a preocupação
da presidente, mas sim com o nosso histórico, com a nossa cultura:
‘quando o carnaval chegar, alguém se lembrará deste Atlético e
Vasco?’.
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Os
olhos que deviam ver – mas não viram!
Sempre
foi um trio.
Depois
passou para quarteto, quinteto e hoje não sei se é sexteto ou
sabe-se lá, realmente, quantos ‘árbitros’ uma partida de
futebol acomoda.
O
que sei é que já estive em ginásios e estádios, onde partidas
atrasaram porque não havia policiamento.
Só
quando a força policial chegou – é que a bola rolou sob
autorização de arbitragens.
Em
várias cidades há um debate sobre essa questão: até que ponto é
o estado deve fazer segurança em estádios de futebol. Aí há
várias teses.
Mas
há uma coisa que não pode passar despercebida num evento público e
de porte: é o bom senso. No caso de Joinvile – faltou também
isso.
Os
olhos daquele ou daqueles que aplicam as 17 regras do futebol, não
viram o que deviam ter visto.
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Relatório
Taylor
Quem
se interessar por segurança nos estádios de futebol pode consultar
o famoso ‘Relatório Taylor’. Foi elaborado com base no conhecido
‘Desastre de Hillsborough’ quando 96 torcedores morreram em 1989
na Inglaterra.
Por
conta de paixões – surgiram controvérsias sobre o relatório -,
mas o que importa, noves fora o apontamento de supostas
culpabilidades, é que ali surgiu a luz para a organização que hoje
norteia do rico futebol inglês.
Há
muitas observações, mas uma é decisiva: todos os bilhetes, todas
as entradas tem assento. O relatório vai muito além disso, visando
melhorar o todo do espetáculo – organização, qualidade da
infraestrutura, processos de segurança e relacionar as práticas
mais importantes com uma legislação adequada, que responsabilize
clubes, entidades da administração esportiva, autoridades locais,
responsáveis pela segurança e ordem pública, bem como torcedores.
Mas
atenção: isto é lá – lá na Inglaterra.
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