terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Presidente reage à violência nos estádios

A presidente Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter para condenar as cenas de violência no jogo entre o Atlético-PR e Vasco, e defendeu a prisão em flagrante em caso de violência e a criação de uma delegacia do torcedor para que cenas como a de ontem (domingo) sejam coibidas. Dilma pediu que fosse criada uma delegacia especializada em crimes de torcedores e mais ação da polícia nos estádios.
A fala da presidente é digna de elogios, mas esta não é a primeira vez uma autoridade ‘pede’ o óbvio, o que não dá mais para admitir.

Mas, em se tratando da maior autoridade na Nação, sem dúvidas, que o registro precisa ser considerado – até por que -, não sei se outro presidente avançou tanto no tema.

A questão é, e aí já não tem mais nada a ver com a preocupação da presidente, mas sim com o nosso histórico, com a nossa cultura: ‘quando o carnaval chegar, alguém se lembrará deste Atlético e Vasco?’.

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Os olhos que deviam ver – mas não viram!

Sempre foi um trio.
Depois passou para quarteto, quinteto e hoje não sei se é sexteto ou sabe-se lá, realmente, quantos ‘árbitros’ uma partida de futebol acomoda.

O que sei é que já estive em ginásios e estádios, onde partidas atrasaram porque não havia policiamento.

Só quando a força policial chegou – é que a bola rolou sob autorização de arbitragens.

Em várias cidades há um debate sobre essa questão: até que ponto é o estado deve fazer segurança em estádios de futebol. Aí há várias teses.

Mas há uma coisa que não pode passar despercebida num evento público e de porte: é o bom senso. No caso de Joinvile – faltou também isso.
Os olhos daquele ou daqueles que aplicam as 17 regras do futebol, não viram o que deviam ter visto.

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Relatório Taylor

Quem se interessar por segurança nos estádios de futebol pode consultar o famoso ‘Relatório Taylor’. Foi elaborado com base no conhecido ‘Desastre de Hillsborough’ quando 96 torcedores morreram em 1989 na Inglaterra.

Por conta de paixões – surgiram controvérsias sobre o relatório -, mas o que importa, noves fora o apontamento de supostas culpabilidades, é que ali surgiu a luz para a organização que hoje norteia do rico futebol inglês.

Há muitas observações, mas uma é decisiva: todos os bilhetes, todas as entradas tem assento. O relatório vai muito além disso, visando melhorar o todo do espetáculo – organização, qualidade da infraestrutura, processos de segurança e relacionar as práticas mais importantes com uma legislação adequada, que responsabilize clubes, entidades da administração esportiva, autoridades locais, responsáveis pela segurança e ordem pública, bem como torcedores.

Mas atenção: isto é lá – lá na Inglaterra.

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