sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

De volta para o futuro!

Painel 30 janeiro 2015





I
Chegou a hora.
É domingo.
Colosso da Lagoa.
O Ypiranga vai começar a escrever seu futuro.
O jogo não é decisivo – mas... é!

II
Toda a arrancada quase sempre termina em vantagem.
Por que os pilotos se arriscam tanto nos treinos oficiais?
A pole position ajuda – e como.
Quem não acredita que inverta então.
Largue em último!

III
Uma vitória do Ypiranga domingo pode animar o grupo de jogadores.
Uma vitória domingo pode acordar e motivar o torcedor.
Uma derrota domingo – e a corda já estará no pescoço.
Um empate domingo pode ter gosto de chuchu.
Não desclassifica – mas escancara a necessidade de buscar pontos onde as coisas quase sempre são muito mais difíceis.

IV
O Ypiranga pega o Juventude.
No último sábado o Juventude bateu o Veranópolis na casa deste.
Eu sei que era amistoso – mas...
Aliás, não importa se é o Juventude que tomou três do Inter, que tomou dois do Shakhtar.
Ou se é o Juventude que bate o Veranópolis.
E nem se é estreia.
Tem que ganhar .
Tem que ganhar.
Tem que ganhar.

V
Não venham com essa história de estreia.
Se é por isto, o Ju também vai estrear.
O fato é que ao contrário de alguns times – o Ypiranga tem um jogo a mais em casa.
E talvez possa ser esse
– domingo contra o Juventude.

VI
Mas o que estará em jogo domingo quando o árbitro apitar?
O campeonato do Ypiranga não é, sejamos realistas e mais profundos, garantir-se na Primeira Divisão.
E nem também, a decepção, se vir a cair novamente para a Divisão de Acesso.
O que estará em jogo não é nem a certeza certa de ficar na Primeirona em caso de vitória, ou de queda à Segundona em caso de derrota diante do Juventude domingo.

VII
O que estará em jogo domingo
– e por isso entendo fundamental uma vitória -,
é que se o Canarinho conseguir terminar o gauchão na Primeirona, terá todas as condições de traçar um plano estratégico com vistas ao seu futuro – passando em especial -, por um processo eleitoral mais tranqüilo, muito mais tranqüilo, para todos os que se dizem ypiranguistas.

VIII
O problema é de outra ordem.
E se o Canarinho cair para a Segundona?
Que eleição teremos?
Quem haverá de querer presidir o clube de volta aos campos de touceiras e com suas arquibancadas entregues ao abandono onde nas cadeiras o canto dos quero-queros se mistura aos aficcionados de sempre quebrando uma casca de amendoim e aos gritos de um técnico de pega-pega-pega!

IX
Não... o Ypiranga inicia neste domingo muito mais que ficar entre os oito que vão decidir o título.
Não... o Ypiranga inicia neste domingo muito mais que permanecer na Primeirona.
Não... o Ypiranga inicia neste domingo muito mais que não cair para a Segundona.
O Ypiranga que não devia e nem deve cair, o Ypiranga do Dino, do Abal, do Ildo, do Leocir, do Paulo Gaúcho, dos Sass, do Fahl, dos Ronchetti, do Zé da Cassul, do Cuca, do Marino, dos Oldra, do Ademir Galo, dos Schenatto, do Banana, do seu João, do Butiaco, dos Tonin, do Bodega, do Chico Pungan, do dr Mauro, dos Amorin, do dr. Schillo, do Pedruca, do João Vitorino, do Mujica, dos Busetto, dos Pezzin, do Marinho Kern, do Kleiton, do Danton, do Quinzinho, dos Tacques, dos Ceni, do Luiz Freire, dos Parenti, do Frainer, do Dexheimer, do Edson e do Amilton, do Badalotti, do Wawruch, do Bruschi, do dr Mársico, do ‘Tobata’, do Paulo Sérgio Poletto, do Brochmann, do Reinaldo, do Marimba, do Adão Peru, do Lindomar, do Valdir Bananeiro, do Paulo Ferro, do Casarin, do Everton Barbieri, do Sabiá, do dr. Webber, do dr. Rubenich, do Meia Noite, do Toninho Dal Prá & Cia., não tem mais para onde correr e por isto – ficar onde está pode ser a estabilidade imprescindível para recuperar-se de tal sorte que dentro de um ou três ou cinco anos (onde está), lhe dê o tempo necessário para encontrar a organização essencial para manter-se não como uma surpresa (na Primeirona ou na Segundona), ou como um estranho no ninho -  mas com imunidade e estabilidade de tal elementaridade que seja Grêmio, Inter, Ypiranga e mais – não sei quantos para quantos o campeonato encolherá.

X
Não sei se me faço entender.
Mas não custa repetir.
O futebol de bola é dentro das quatro linhas.
Como diria Kafka,  ‘... mas, atenção, isto é pura aparência’.
Os campeonatos do mundo inteiro têm uma outra corrida, e esta é fora dos gramados.
E quase sempre é aí que os menores ganham sua carteirinha de menor,
e os maiores ganham seus galardões de maiores, melhores e maiorais.
E não falo de coisas estranhas extra-campo.
Isto é uma outra história.
Falo é de planejamento, visão de futuro, organização, foco e persistência.

XI
O clube quando foi fundado em 18 de agosto de 1924 não tinha vedetes, pelo que li.
A construção do Colosso da Lagoa também não.
Os grandes times e as conquistas memoráveis também não tiveram dono, ao contrário, de quando os caminhos para Crissiumal, Farroupilha e Panambi foram retomados – e aqui a referência não é exclusiva sobre dirigentes. A ‘disputa de beleza’, a pressa, o amadorismo ou a centralização de tarefas, a ‘luta de homem só!’ em qualquer atividade de grupo, geralmente é mais danosa que produtiva.
Olhem para a política!

XII
Domingo o Ypiranga começa a escrever um novo roteiro na sua história de 90 anos.
Se deseja alicerçar seu futuro em base sólida, para daí sim avançar em chão seguro, ou se deseja encetar mais uma ‘Volta para o futuro!’ como na obra de Robert Zemeckis.
Nunca é demais lembrar que nessa ‘Volta para o futuro’, um adolescente retorna para 1955 onde conhece sua futura mãe. Ela, jovem, apaixona-se pelo adolescente que viria a ser seu filho 30 anos depois. Moral da história: imagina o rolo, a confusão, tudo que começa a dar errado, tudo que precisa ser feito cuidadosamente, como num campo hiper-minado, para o que já é real hoje possa se desenrolar de como é.
Domingo, (por enquanto às 18h pelo site da Federação Gaúcha de Futebol) o Ypiranga começa a escrever mais uma página do seu futuro.

PS - deu empate. mas o Ypiranga arranca muito bem. Paulo Baier qualifica o time dentro de campo e dá imenso suporte midiático fora dele. O Ypiranga está forte.




Mirem-se no exemplo daquela mulher!




* (Recebi do empresário Deoclécio Corradi, 
    discurso atribuído a Margaret Thatcher)

‘Um dos grandes debates do nosso tempo
é sobre quanto do seu dinheiro deve ser gasto pelo Estado.
E com quanto você deve ficar para gastar com sua família.
Não nos esqueçamos nunca desta verdade fundamental.
O Estado não tem outra fonte de recursos,
além do dinheiro que as pessoas gastam por si próprias.
Se o Estado deseja gastar mais
ele só pode fazê-lo tomando emprestado da  sua poupança,
ou te cobrando mais tributos.
E não adianta pensar que alguém irá pagar.
Esse alguém é “você”!
Não existe essa coisa de dinheiro público.
Existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos.
A prosperidade não virá
por inventarmos mais e mais programas generosos de gastos públicos.
Você não enriquece por pedir outro talão de cheques no banco.
E nenhuma nação jamais se tornou próspera
por tributar seus cidadãos além de sua capacidade de pagar.
Nós temos o dever
de garantir que cada centavo que arrecadamos com a tributação
seja gasto bem, sabiamente,
pois é o nosso partido que é dedicado à boa economia doméstica.
Na verdade, atrevo-me a apostar
que, se o Sr Gladstone (líder do Partido Liberal e Primeiro-Ministro Britânico por quatro vezes) estivesse vivo, filiar-se-ia ao Partido Conservador.
Proteger a carteira do cidadão,
proteger os serviços públicos,
essas são nossas duas maiores tarefas
e ambas devem ser conciliadas.
Como seria prazeroso....
Como seria popular dizer.....
“gaste mais nisso, gaste mais naquilo”!
É claro que todos nós temos causas favoritas.
Eu, pelo menos, tenho.
Mas alguém tem que fazer as contas!
Toda empresa tem de fazê-lo,
toda a dona de casa tem de fazê-lo,
todo governo deve fazê-lo
e este irá fazê-lo’.



Lembranças de 1972
Esta semana na rádio Cultura o Rodrigo Finardi e o Egídio Lazzarotto começaram a levantar na conversa o curso de Administração do Centro de Ensino Superior de Erechim (Cese), hoje URI – em 1972. E logo o Rodrigo jogou no microfone que eu era daquela turma. Contei uma passagem e demos boas risadas – mas, ao final, me caiu uma ficha: Santo Deus, lá seu vão, ou melhor, lá se foram – 43 anos, eu disse, anos.
Francamente eu não acredito. Não pode ser. Mas o que eu fiz, por onde andei, o que aconteceu nesse tempo?

O professor virou bispo e até já se aposentou.
Dois colegas foram prefeito e mudaram o perfil da cidade. Interferiram nos rumos de Erechim por cinco mandatos, sendo um, de seis anos.
Aliás, a candidatura de Eloi Zanella para a eleição de 1976 nasceu lá dentro.
Àquela altura eu já tinha largado a Administração na metade do segundo ano.
Meu negócio era outro.
Vou refazer os cálculos: 43 anos?
Não pode.


Goleiro e zagueiros



O goleiro Gritti, como a maioria já sabe, é filho do ex-zagueiro Ildo que até hoje deixa saudades no miolo da última linha do canarinho. Tivesse um Ildo hoje no Colosso e a coisa seria diferente. Os de hoje podem ser satisfatórios – mas o velho Ildo que se diz triflex no Colosso (faz de tudo), era insuperável.

Pois Gritti, que defendeu o Grêmio na Copa São Paulo, e com destaque, ia com o pai Ildo ao Colosso para ver treinamentos das categorias de base. Era gandula – como ‘seu João’ conta que Fernando (Shakhtar) também foi gandula e assim como, dizem, Gilmar também juntava bolas na linha de fundo no Colosso.

O que muita gente não sabe é que Ildo, no Inter, formou dupla com um zagueiro de escola. Ildo lembra e brinca: ‘joguei com um cara que me deixava sempre na pior. Se não fosse eu...’. Mas quem era esse zagueiro?  ‘um tal de Gamarra’, emenda ele - largando uma grande risada para lembrar a dupla que fez com o excepcional beque do colorado em 1996.


Ainda bem...!

Devemos saudar que a indústria não esteja crescendo? É risível – mas é. Ainda bem. Se não já estaríamos sem energia em nossas casas há tempo. É o que se depreende ouvindo notícias e análises de entendidos na área. A discussão agora já não é mais se crescemos pouco, se podemos alcançar um porcentual ideal ou dos sonhos. Neste momento, mesmo que quiséssemos crescer, não seria possível.
 
Missa

Não são poucos os que ouvem a missa da catedral São José das 9h aos domingos pelo rádio. E um dos pontos mais aguardados é a benção final. Pois já houve casos (no passado) em que a rádio teve que cortar a transmissão pelo fato da cerimônia ultrapassar o horário. Domingo passado o padre Alvise Follador foi muito feliz aos encerrar os ofícios cerimoniais completos cinco minutos antes das 10h. Deu tranquilidade ao operador da emissora, atendeu aos ouvintes e ainda proporcionou que o cântico final pudesse ser entoado do começo ao fim sem a necessidade de cortá-lo. E como o cântico completa a missa – para quem vai saindo da catedral e para quem fica ouvindo em casa!

Catedral
A partir de domingo, 1º de fevereiro, a catedral São José estará com seu prédio principal fechado para reformas. As missas e todas as demais cerimônias religiosas serão celebradas no subsolo da catedral. Quem já não ferve mais na primeira fervura frequentou missas no subsolo. Belos tempos. Depois era só sair correndo pelas escadarias rumo à sessão das 19h15 no Luz ou no Ideal.



Consciência


O que deve estar passando pela consciência dos arquitetos do marketing eleitoral de quem se elegeu presidente? Olhando o que vendeu e o que está sendo agora cobrado da sociedade, dever-se-ia invocar por primeiro: consciência? Que consciência! Talvez o consolo é que a presidente está fazendo o que já devia ter feito. Mesmo assim é oportuno observar que na campanha pregou pregos de outro tamanho.