Painel 30 janeiro 2015
I
Chegou a hora.
É domingo.
Colosso da Lagoa.
O Ypiranga vai começar a
escrever seu futuro.
O jogo não é decisivo –
mas... é!
II
Toda a arrancada quase
sempre termina em vantagem.
Por que os pilotos se
arriscam tanto nos treinos oficiais?
A pole position ajuda –
e como.
Quem não acredita que
inverta então.
Largue em último!
III
Uma vitória do Ypiranga
domingo pode animar o grupo de jogadores.
Uma vitória domingo pode
acordar e motivar o torcedor.
Uma derrota domingo – e
a corda já estará no pescoço.
Um empate domingo pode
ter gosto de chuchu.
Não desclassifica – mas
escancara a necessidade de buscar pontos onde as coisas quase sempre são muito
mais difíceis.
IV
O Ypiranga pega o
Juventude.
No último sábado o
Juventude bateu o Veranópolis na casa deste.
Eu sei que era amistoso
– mas...
Aliás, não importa se é
o Juventude que tomou três do Inter, que tomou dois do Shakhtar.
Ou se é o Juventude que
bate o Veranópolis.
E nem se é estreia.
Tem que ganhar .
Tem que ganhar.
Tem que ganhar.
V
Não venham com essa
história de estreia.
Se é por isto, o Ju
também vai estrear.
O fato é que ao
contrário de alguns times – o Ypiranga tem um jogo a mais em casa.
E talvez possa ser esse
– domingo contra o
Juventude.
VI
Mas o que estará em jogo
domingo quando o árbitro apitar?
O campeonato do Ypiranga
não é, sejamos realistas e mais profundos, garantir-se na Primeira Divisão.
E nem também, a
decepção, se vir a cair novamente para a Divisão de Acesso.
O que estará em jogo não
é nem a certeza certa de ficar na Primeirona em caso de vitória, ou de queda à
Segundona em caso de derrota diante do Juventude domingo.
VII
O que estará em jogo
domingo
– e por isso entendo
fundamental uma vitória -,
é que se o Canarinho
conseguir terminar o gauchão na Primeirona, terá todas as condições de traçar
um plano estratégico com vistas ao seu futuro – passando em especial -, por um
processo eleitoral mais tranqüilo, muito mais tranqüilo, para todos os que se
dizem ypiranguistas.
VIII
O problema é de outra
ordem.
E se o Canarinho cair
para a Segundona?
Que eleição teremos?
Quem haverá de querer
presidir o clube de volta aos campos de touceiras e com suas arquibancadas
entregues ao abandono onde nas cadeiras o canto dos quero-queros se mistura aos aficcionados de sempre quebrando uma casca de amendoim e aos gritos de um
técnico de pega-pega-pega!
IX
Não... o Ypiranga inicia
neste domingo muito mais que ficar entre os oito que vão decidir o título.
Não... o Ypiranga inicia
neste domingo muito mais que permanecer na Primeirona.
Não... o Ypiranga inicia
neste domingo muito mais que não cair para a Segundona.
O Ypiranga que não devia
e nem deve cair, o Ypiranga do Dino, do Abal, do Ildo, do Leocir, do Paulo
Gaúcho, dos Sass, do Fahl, dos Ronchetti, do Zé da Cassul, do Cuca, do Marino,
dos Oldra, do Ademir Galo, dos Schenatto, do Banana, do seu João, do Butiaco,
dos Tonin, do Bodega, do Chico Pungan, do dr Mauro, dos Amorin, do dr. Schillo,
do Pedruca, do João Vitorino, do Mujica, dos Busetto, dos Pezzin, do Marinho
Kern, do Kleiton, do Danton, do Quinzinho, dos Tacques, dos Ceni, do Luiz
Freire, dos Parenti, do Frainer, do Dexheimer, do Edson e do Amilton, do
Badalotti, do Wawruch, do Bruschi, do dr Mársico, do ‘Tobata’, do Paulo Sérgio
Poletto, do Brochmann, do Reinaldo, do Marimba, do Adão Peru, do Lindomar, do
Valdir Bananeiro, do Paulo Ferro, do Casarin, do Everton Barbieri, do Sabiá, do dr. Webber, do dr. Rubenich, do Meia Noite, do Toninho Dal Prá & Cia., não tem
mais para onde correr e por isto – ficar onde está pode ser a estabilidade
imprescindível para recuperar-se de tal sorte que dentro de um ou três ou cinco
anos (onde está), lhe dê o tempo necessário para encontrar a organização
essencial para manter-se não como uma surpresa (na Primeirona ou na Segundona),
ou como um estranho no ninho - mas com
imunidade e estabilidade de tal elementaridade
que seja Grêmio, Inter, Ypiranga e mais – não sei quantos para quantos o campeonato
encolherá.
X
Não sei se me faço
entender.
Mas não custa repetir.
O futebol de bola é
dentro das quatro linhas.
Como diria Kafka, ‘... mas, atenção, isto é pura aparência’.
Os campeonatos do mundo
inteiro têm uma outra corrida, e esta é fora dos gramados.
E quase sempre é aí que
os menores ganham sua carteirinha de menor,
e os maiores ganham seus
galardões de maiores, melhores e maiorais.
E não falo de coisas
estranhas extra-campo.
Isto é uma outra
história.
Falo é de planejamento,
visão de futuro, organização, foco e persistência.
XI
O clube quando foi
fundado em 18 de agosto de 1924 não tinha vedetes, pelo que li.
A construção do Colosso
da Lagoa também não.
Os grandes times e as
conquistas memoráveis também não tiveram dono, ao contrário, de quando os
caminhos para Crissiumal, Farroupilha e Panambi foram retomados – e aqui a
referência não é exclusiva sobre dirigentes. A ‘disputa de beleza’, a pressa, o
amadorismo ou a centralização de tarefas, a ‘luta de homem só!’ em qualquer
atividade de grupo, geralmente é mais danosa que produtiva.
Olhem para a política!
XII
Domingo o Ypiranga
começa a escrever um novo roteiro na sua história de 90 anos.
Se deseja alicerçar seu
futuro em base sólida, para daí sim avançar em chão seguro, ou se deseja
encetar mais uma ‘Volta para o futuro!’ como na obra de Robert Zemeckis.
Nunca é demais lembrar
que nessa ‘Volta para o futuro’, um adolescente retorna para 1955 onde conhece
sua futura mãe. Ela, jovem, apaixona-se pelo adolescente que viria a ser seu
filho 30 anos depois. Moral da história: imagina o rolo, a confusão, tudo que
começa a dar errado, tudo que precisa ser feito cuidadosamente, como num campo
hiper-minado, para o que já é real hoje possa se desenrolar de como é.
Domingo, (por enquanto
às 18h pelo site da Federação Gaúcha de Futebol) o Ypiranga começa a escrever
mais uma página do seu futuro.
PS - deu empate. mas o Ypiranga arranca muito bem. Paulo Baier qualifica o time dentro de campo e dá imenso suporte midiático fora dele. O Ypiranga está forte.
PS - deu empate. mas o Ypiranga arranca muito bem. Paulo Baier qualifica o time dentro de campo e dá imenso suporte midiático fora dele. O Ypiranga está forte.
Mirem-se
no exemplo daquela mulher!
* (Recebi do empresário Deoclécio Corradi,
discurso atribuído a Margaret Thatcher)
‘Um dos grandes debates do nosso tempo
é sobre quanto do seu dinheiro deve ser gasto
pelo Estado.
E com quanto você deve ficar para gastar com sua
família.
Não nos esqueçamos nunca desta verdade
fundamental.
O Estado não tem outra fonte de recursos,
além do dinheiro que as pessoas gastam por si
próprias.
Se o Estado deseja gastar mais
ele só pode fazê-lo tomando emprestado da sua poupança,
ou te cobrando mais tributos.
E não adianta pensar que alguém irá pagar.
Esse alguém é “você”!
Não existe essa coisa de dinheiro público.
Existe apenas o dinheiro dos pagadores de
impostos.
A prosperidade não virá
por inventarmos mais e mais programas generosos
de gastos públicos.
Você não enriquece por pedir outro talão de
cheques no banco.
E nenhuma nação jamais se tornou próspera
por tributar seus cidadãos além de sua
capacidade de pagar.
Nós temos o dever
de garantir que cada centavo que arrecadamos com
a tributação
seja gasto bem, sabiamente,
pois é o nosso partido que é dedicado à boa
economia doméstica.
Na verdade, atrevo-me a apostar
que, se o Sr Gladstone (líder do Partido Liberal
e Primeiro-Ministro Britânico por quatro vezes) estivesse vivo, filiar-se-ia ao
Partido Conservador.
Proteger a carteira do cidadão,
proteger os serviços públicos,
essas são nossas duas maiores tarefas
e ambas devem ser conciliadas.
Como seria prazeroso....
Como seria popular dizer.....
“gaste mais nisso, gaste mais naquilo”!
É claro que todos nós temos causas favoritas.
Eu, pelo menos, tenho.
Mas alguém tem que fazer as contas!
Toda empresa tem de fazê-lo,
toda a dona de casa tem de fazê-lo,
todo governo deve fazê-lo
e este irá fazê-lo’.
Lembranças
de 1972
Esta semana na rádio
Cultura o Rodrigo Finardi e o Egídio Lazzarotto começaram a levantar na
conversa o curso de Administração do Centro de Ensino Superior de Erechim
(Cese), hoje URI – em 1972. E logo o Rodrigo jogou no microfone que eu era
daquela turma. Contei uma passagem e demos boas risadas – mas, ao final, me
caiu uma ficha: Santo Deus, lá seu vão, ou melhor, lá se foram – 43 anos, eu
disse, anos.
Francamente eu não
acredito. Não pode ser. Mas o que eu fiz, por onde andei, o que aconteceu nesse
tempo?
O professor virou bispo
e até já se aposentou.
Dois
colegas foram prefeito e mudaram o perfil da cidade. Interferiram nos rumos de
Erechim por cinco mandatos, sendo um, de seis anos.
Aliás, a candidatura de
Eloi Zanella para a eleição de 1976 nasceu lá dentro.
Àquela altura eu já
tinha largado a Administração na metade do segundo ano.
Meu negócio era outro.
Vou refazer os cálculos:
43 anos?
Não pode.
Goleiro
e zagueiros
O goleiro Gritti, como a
maioria já sabe, é filho do ex-zagueiro Ildo que até hoje deixa saudades no
miolo da última linha do canarinho. Tivesse um Ildo hoje no Colosso e a coisa
seria diferente. Os de hoje podem ser satisfatórios – mas o velho Ildo que se
diz triflex no Colosso (faz de tudo), era insuperável.
Pois Gritti, que
defendeu o Grêmio na Copa São Paulo, e com destaque, ia com o pai Ildo ao
Colosso para ver treinamentos das categorias de base. Era gandula – como ‘seu
João’ conta que Fernando (Shakhtar) também foi gandula e assim como, dizem,
Gilmar também juntava bolas na linha de fundo no Colosso.
O que muita gente não
sabe é que Ildo, no Inter, formou dupla com um zagueiro de escola. Ildo lembra
e brinca: ‘joguei com um cara que me deixava sempre na pior. Se não fosse
eu...’. Mas quem era esse zagueiro? ‘um
tal de Gamarra’, emenda ele - largando uma grande risada para lembrar a dupla
que fez com o excepcional beque do colorado em 1996.
Ainda
bem...!
Devemos
saudar que a indústria não esteja crescendo? É risível – mas é. Ainda bem. Se
não já estaríamos sem energia em nossas casas há tempo. É o que se depreende
ouvindo notícias e análises de entendidos na área. A discussão agora já não é
mais se crescemos pouco, se podemos alcançar um porcentual ideal ou dos sonhos.
Neste momento, mesmo que quiséssemos crescer, não seria possível.
Missa
Não são poucos os que
ouvem a missa da catedral São José das 9h aos domingos pelo rádio. E um dos
pontos mais aguardados é a benção final. Pois já houve casos (no passado) em
que a rádio teve que cortar a transmissão pelo fato da cerimônia ultrapassar o horário.
Domingo passado o padre Alvise Follador foi muito feliz aos encerrar os ofícios
cerimoniais completos cinco minutos antes das 10h. Deu tranquilidade ao
operador da emissora, atendeu aos ouvintes e ainda proporcionou que o cântico
final pudesse ser entoado do começo ao fim sem a necessidade de cortá-lo. E
como o cântico completa a missa – para quem vai saindo da catedral e para quem
fica ouvindo em casa!
Catedral
A
partir de domingo, 1º de fevereiro, a catedral São José estará com seu prédio
principal fechado para reformas. As missas e todas as demais cerimônias
religiosas serão celebradas no subsolo da catedral. Quem já não ferve mais na
primeira fervura frequentou missas no subsolo. Belos tempos. Depois era só sair
correndo pelas escadarias rumo à sessão das 19h15 no Luz ou no Ideal.
Consciência
O que deve estar passando pela consciência dos arquitetos do
marketing eleitoral de quem se elegeu presidente? Olhando o que vendeu e o que
está sendo agora cobrado da sociedade, dever-se-ia invocar por primeiro:
consciência? Que consciência! Talvez o consolo é que a presidente está fazendo
o que já devia ter feito. Mesmo assim é oportuno observar que na campanha
pregou pregos de outro tamanho.