Mario Tomasi, símbolo da garra verde-rubra, hoje aos 86 anos em sua residência. |
1
Desencravei o maior jogo que Erechim
já viu.
A pandemia nos proporciona isso.
2 de dezembro de 1962:
Atlântico 6 x
5 Lajeadense,
eram naquela época duas equipes
que se rivalizavam em qualidade.
Dois times bons.
Fosse hoje, seriam considerados
muito bons no cenário gaúcho
considerando os jogadores que
ambos tinham.
Mas o que se falou muito
depois do jogo foi sobre a arbitragem
de Ney da Luz Barbosa.
Como todo jornalista é um alguém
mais que chato – decidi cavocar mais.
Aliás, decidi ser jornalista de novo
- ao menos nesta parte final do inesquecível
Acontecimento. E então,
Mesmo por celular, fui atrás de fontes.
Nas edições seguintes à
partida,
A Voz da Serra,
trouxe informações importantes.
Primeiramente uma análise do próprio
jornal
– que tinha na sua direção Estevam Carraro
– um atlantista de coração vermelho
puro-sangue e, que no ano seguinte,
assumiria a presidência do clube.
Não bastasse isso, havia ainda
Geder Carraro, diretor de redação
e também atlantista ferrenho,
com seus bigodes de fogo e língua
de espada japonesa
quando sentava-se
à máquina.
Vejamos o que publicou A Voz da
Serra
no dia 4 de dezembro, dois dias
depois do histórico jogo.
É preciso ter presente que
na visão dos dirigentes do Lajeadense
e de seus atletas – o time foi,
como direi, prejudicado
com gravidade, porquanto o resultado
estaria seriamente ligado à atuação
do árbitro.
A propósito, esta foi também, e continua
sendo até hoje, a impressão de muitos
atlantistas
que viram o jogo.
2
Mas, com disse, vejamos o que
escreveu
A Voz da Serra: “Ney da Luz Barbosa
foi designado pela Federação com
uma atuação péssima.
Na primeira fase não assinalou
duas penalidades contra o Lajeadense,
além de truncar as jogadas do Atlântico
quanto notava perigo.
No período final, continuou com
o mesmo diapasão, tendo
inclusive assinalado uma penalidade
em flagrante impedimento”
O jornal referia-se ao lance em que
Roque recebeu um lançamento,
quando estaria
“em flagrante impedimento e investe
contra a meta de Paulinho. Tiassa
- corre atrás e não tem dúvidas
em derrubá-lo dentro da área.
Penalidade assinalada pelo árbitro,
quando deveria ter assinalado
impedimento,
por sinal, clamoroso...” é o que
diz o jornal).
“Paulo Muradás faz 5 a 3 para o
Lajeadense e eram 38 minutos
do 2º tempo.
3
Conseguiu o predicado,
Ney da Luz Barbosa, de desagradar
a ambos os contendores.
Ao final foi agredido por jogadores
do Lajeadense, ocasião em que
‘correu a borracha’
dos policiais presentes.
Fraca foi atuação de
Ney da Luz Barbosa,
causando surpresa à Federação
a designação de um árbitro
de fracas qualidades para conduzir
o embate da categoria do realizado
domingo último.
4
O propósito da Federação
prejudicar
o Atlântico foi visível e intencional”.
(Era o que dizia a ‘insuspeita’
A Voz da Serra,
em se tratando de Atlântico).
E prossegue o jornal de terça-feira,
dia 4 de dezembro de 1962:
“a agressão que sofreu por parte
de jogadores do Lajeadense,
beneficiado durante todo o
desenrolar do encontro,
não é justificável,
pois o tento” (supõe-se que o
da vitória do Atlântico),
“como todos, com exceção da penalidade
de Paulo Muradás, foram assinalados
de maneira correta. Atuação das mais
facciosas e dos dois bandeirinhas
que o auxiliaram”. Esta era interpretação
do redator de A Voz da Serra
sobre a arbitragem daquele
inesquecível jogo.
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O que o
árbitro disse à Folha da Tarde
1
O que vem a seguir está em
A Voz da Serra do dia 7 de dezembro
de 1962.
Diz o jornal (Transcrito da FOLHA
DA TARDE (Porto Alegre) de 6.12.1962).
2
“A propósito das declarações do
Lajeadense de que o juiz
Ney da Luz Barbosa havia atuado
coagido ou engavetado, por acasião
do cotejo dessa agremiação contra
o Atlântico de Erechim, o referido
árbitro esteve na tarde de ontem
em nossa redação, onde prestou
os seguintes esclarecimentos:
‘primeiramente, devo declarar que
fui escalado em substituição
ao meu colega Alfredo B. Torres,
que não conseguiu licença do Exército,
já que é sub-tenente.
3
Afim de esclarecer à opinão pública
a respeito da noticia de parte da direção
do Lajeadense: o primeiro tempo
da partida foi normal,
com vitória parcial do Lajeadense
por 2 tentos a zero, apenas com um
desconto de 4 minutos para atender
um atleta lesionado.
No 2º tempo quando o Lajeadense
Já vencia por três
tentos a zero,
deu-se a expulsão
de Paulo Muradás, por haver
praticado violenta falta
no arqueiro Paulinho, do Atlântico.
Quando o Lajeadense vencia por
5 tentos a 3, sua equipe começou
a entregar-se à cera,
atirando diversas vezes a bola
pela lateral do gramado, procurando
com isso ganhar tempo,
pois restava apenas 8 minutos,
fora os descontos, para o término
do encontro.
Ocasião em que chamei
o capitão da representação do Lajeadense,
e certifiquei-o de que toda a cera
e paralisação da partida seria
descontada. Ressalvo ainda que
a partida foi interrompida duas vezes,
no segundo tempo para atender
atletas do Lajeadense.
Nestas interrupções houve uma
paralisação de quase 3 minutos.
4
No tempo regulamentar
o escore era de 5 a 5.
O tento da vitória do Atlântico
foi consignado no período de descontos,
e pela minha cronometragem,
ainda faltava meio minuto para
o término da partida.
Afim de melhor esclarecer o caso,
eis a relação dos goals e mais
o horário em que foram consignados.
Lajeadense: 22 minutos do primeiro
tempo,
26 minutos do primeiro tempo,
6 minutos do segundo tempo.
Atlântico: O primeiro tento do Atlântico aos
18 minutos. Segundo goal,
pênalti, aos 24 minutos – ambos no 2º tempo.
Lajeadense: Aos 27 do 2º tempo.
Atlântico: Terceiro goal, pênalti,
aos 32 minutos.
Lajeadense: Quinto goal,
pênalti aos 37 minutos.
Atlântico: Quarto gol aos 41 minutos.
Quinto gol aos 45 minutos.
Sexto gol aos 49 minutos.
5
Após a conquista do sexto gol,
os atletas do Lajeadense, vieram
reclamar
o tempo que já estava passando,
tendo respondido que o tempo
era comigo, ocasião em que o
meia-armador..., ofendeu-me,
sendo automaticamente
expulso do gramado.
No momento da expulsão fui agredido
pelas costas...
com violento pontapé,
tendo atingido-me com um soco
prostrando-me ao solo.
Não houve invasão alguma de campo
durante a partida, e os únicos estranhos
que penetraram no gramado
foram os policiais, a meu chamado.
Após serenados os ânimos,
eu solicitei aos policiais
que se retirassem porque
a partida iria prosseguir,
mas aconteceu que o Lajeadense
se negou a contínua.
Como a partida
não havia finalizado
– faltava ainda meio minuto
– dei o prazo de cinco minutos
para resolver se iriam ou não continuar.
Mas o capitão da representação
do Lajeadense declarou que sua equipe
não seguiria disputando e abandonou
o gramado’.
6
Com relação às insinuações
do senhor presidente do Lajeadense,
declarou Ney da Luz Babrosa:
- É espantosa a facilidade com que
certas pessoas, que são guindadas
à presidência
de um clube somente
por possuir..., mas completamente leigos
em matéria de football,
jogue com a honra de homem
que não conhece.
Não sou melhor do que ninguém,
mas, na minha vida particular
sou capitão da Brigada Militar
e tenho um nome a zelar.
No seio de minha força
jamais permaneceu
oficial desonesto...”
O texto acima foi reproduzido
por A Voz da Serra no dia 7 de deembro.
A grafia de alguns termos não sei
se constam da Folha ou se na redação
de A Voz da Serra foram alterados,
como ‘goals’ e ‘football’, por exemplo.
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“Peitado Ney
da Luz”
1
Matéria na mesma página de
Voz da Serra do dia 7 de dezembro
de 1962:
“Nossa reportagem
em palestra com o jornalista
João P. Machado, (supõe-se que era
do próprio jornal), que retornou
ontem da capital do Estado
fomos informados que o mesmo
manteve palestra com o árbitro,
Ney da Luz Barbosa, ocasião em que
foi esclarecido, que o mesmo
foi ‘peitado’
em sua residência
por quatro representantes,
supostamente em nome do Lajeadense,
no sentido de assinar uma declaração
que tinha conduzido o encontro
do domingo último,
coagido.
2
Ney da Luz Barbosa negou-se
a prestar tais declarações
por serem inverídicas,
tendo de imediato prestado declarações
sobre o fato ao jornal Última Hora
da capital do Estado.
Podemos informar ainda que
a súmula do jogo será julgada
pelo TJD devendo o Lajeadense
incorrer nas sanções penais”,
afirmava o jornal A Voz da Serra.
3
Omiti os nomes dos supostos
agressores ao árbitro,
segundo declarações
do próprio, e supostos cargos
que pessoas que teriam
se dirigido à residência do árbitro,
buscando,
também supostamente,
que o
mesmo – assinasse uma declaração
onde afirmaria que fora coagido
na condução da partida.
Não vem ao caso, por evidente.
4
Só dei prosseguimento buscando
Informações sobre o pós-jogo,
porquanto,
na época e até hoje,
Atlântico
e Lajeadense fizeram uma partida
histórica, ensejando durante ao final,
muitos questionamentos, que foram
parar na imprensa da capital.
Até hoje, para muitos que estiveram
na Baixada Rubra naquela tarde
de dezembro de 1962, aquele foi
o jogo mais incrível que Erechim
já viu
e, talvez, o maior jogo do Atlântico.
A verdade é que as duas equipes
se equivaliam em qualidade
e, reviravoltas no placar como aquela,
– constituem hoje
em dia acontecimentos raríssimos.
Alguém se lembra de outro parecido?
5
Por fim, os fatos transcritos
o foram com base no jornal erechinense
A Voz da Serra e do mesmo periódico,
que transcreveu manifestação do próprio
árbitro feita a um jornal da capital.
Afora isso, o que posso dizer é que
por já terem se passado, 58/59 anos,
tornou-se quase impossível
consultar outras fontes.
Por gostar de futebol e de história,
revivi (do ponto de vista da imprensa local)
esse acontecimento inédito – até porque -,
eu estava no estádio e lembro
daquele dia.
6
Como haveria de esquecer!
Quem viu – jamais esquecerá aquele
Atlântico e Lajeadense,
esta,
uma agremiação
que até hoje mantém seu departamento
de futebol em atividade, honrando
sua longa e bonita história
como clube de futebol.
Já o Atlântico saiu de campo
no final de 1976 – para nunca mais
retornar, o que é uma pena
para o futebol erechinense e gaúcho.
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O jogo na
visão de atacante do Lajeadense
1
Dei sorte.
Como disse antes – parece que meu
Instinto de jornalista acordou.
Depois de várias tentativas
Feitas ontem, 12 de março,
com alguém que pudesse
falar sobre aquele jogo (jornais no
Arquivo Histórico, secretaria do cube,
etc...em Lajeado) consegui
através do radialista
Jacy Pretto, da Rádio Independente
de Lajeado, o contato do atacante
Nestor Heineck que esteve com
a camisa do Lajeadense naquele jogo.
Perto de completar 85 anos,
extremamente solícito e agradável,
Nestor, como era seu nome de
jogador de futebol, disse que se
lembrava muito bem daquela partida.
Na época o atacante tinha de 25
para 26 anos. Vejamos o que ele
disse ontem – 12 de março de 2021.
2
“Me lembro muito bem
daquela partida. Sabíamos que
era militar e que... tratava-se de
um árbitro fraco,
para um jogo daquela importância.
O empate era bom para nós.
Durante todo o jogo, quando
entrávamos na área,
ele parava a partida.
Pelo transcorrer o jogo
estava muito favorável para nós.
A pressão sempre era nossa.
No meu entender o juiz não tinha
condições de apitar aquela partida.
Acho que ele foi muito parcial.
Veja que o nosso goleiro,
um cara pacífico, chegou uma hora
em que ele abandonou a meta e
foi no juiz. É isso que eu me lembro”.
Ainda de acordo com Nestor,
autor do primeiro gol do Lajeadense
aos 22 minutos, outra lembrança
que ele tem daquele dia foi
sobre o Garcia.
“Quando eu prestei serviço militar,
fiz amigos... e ao entrar em campo
naquele dia, um desses amigos
do quartel estava no estádio
perto de nós.
Ele me chamou e me disse:
“Nestor,
hoje tu vai ser marcado pelo
melhor zagueiro central
que tem por aí. O Garcia.
E, na verdade, era um grande jogador”.
Ao nos despedirmos, ontem,
Nestor Heineck,
pediu se Garcia ainda vivia
– com o que lhe informei que já é
falecido há muitos anos.
O atacante do Lajeadense
lamentou a notícia.
Admirava o futebol do zagueiro.
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O jogo na visão de atacante do Atlântico
1
Mario Tomasi. 86 anos. Casado.
Pai de quatro filhos.
Sumiu do centro e alguém comentou
que estaria acamado. Que nada.
O símbolo da garra atlantista,
não se entrega.
Ontem, através de seu filho Luciano,
Tomasi deu sua versão daquela partida
onde foi capitão.
“União. Sem vedetes. Sem estrelas.
Todos correndo por todos.
2
Reunimos o grupo e decretamos:
Nós temos que ganhar esse jogo.
Não interessa se é de 1 a 0.
Empate é deles.
Nós queremos ganhar e vamos ganhar.
Cada um vai dar o seu sangue hoje.
Não tenta resolver sozinho.
Vamos passar a bola. Temos que c
orrer e vamos correr até o último
segundo. Enquanto o juiz não apitar o fim
– pra nós havia ter jogo.
3
Estava realmente difícil.
O time deles era muito bom.
Mas a nossa autoconfiança
foi mais forte. Correr, correr e estar
todos juntos. União, união, união...
Nós temos que ganhar hoje esse jogo
e pronto”.
4
Tomasi é casado
com Delires Zanin Tomasi e
tem os filhos, Silvana, Adriana,
Luciano e Cassiano.
Segundo seu filho, ao final da
histórica
partida o onze atlantino
estava extenuado, mas havia
conseguido seu objetivo.
‘O pai está bem. Dá as caminhadas
dele por aqui, ainda fuma
seu cigarrinho e esta está se cuidando
por causa do Covid’.
5
Realmente, para quem é torcedor
do Atlântico o “Gringo” como
era chamado entre o grupo de atletas
– desde 1960 quando chegou
do Aimoré, passou a ser símbolo
da garra viva dentro do gramado
do Atlântico. Tomasi era ponteiro
de origem, mas jogava de meia atacante,
depois no meio campo,
se precisasse ia na lateral
– e com ele não tinha bola perdida,
além de ser um jogador de qualidade
para aqueles tempos. Hoje jogaria
em qualquer time dos que andam por aí.
6
Independentemente do jogo,
aos 15 minutos ele estava suado
de cima abaixo.
Que bela notícia notícia saber
que o Tomasi, talvez um
dos poucos remanescentes
do Atlântico
daquele jogo inesquecível
e de 12 anos no Atlântico,
ainda tenha boa saúde.
Vida longa ao símbolo da garra verde-rubra.
Este homem, merecia uma
homenagem especial
- porque até a propalada garra verde-rubra
hoje no futsal tem raízes em Tomasi e no
Velo Borges.
Podem acreditar.
Podem acreditar.
E a italiana do início do século passado.
Finalmente o fim (?)
1
Aquele jogo teve os seguintes
atletas e campo.
Atlântico: Paulinho; Tiassa, Garcia,
Sebastião (Maneco) e Fossatti (Sebastião); Zé Carlos e Maneco (Juca); Tomasi,
Moacyr, Índio e Cardoso.
Lajeadense: Rogério; Edvi, Paulo
Kieling, Hélio e Blach; Walmor e Paulinho; Paulo Muradás, Roque, Nestor e
Gaitero.
2
Liguei para dois telefones
do Lajeadense e a ligação ficava muda.
Mandei e-mail e não
obtive resposta até fechamento
da coluna.
No Arquivo Histórico do município
também não foi encontrado nenhum
registro
desse acontecimento.
O jornal mais antigo da cidade,
em circulação – seria do início
dos anos 1970.
3
Esta reprodução não visa atingir
a reputação de nenhuma pessoa.
Trata-se apenas de resgatar um evento
histórico - nestes tempos de tanto
sofrimento com perdas de vidas,
e prejuízos
econômicos.
4
No fim é isso que importa.
O resto é... história.
Como a conquista da Copa do Mundo
no Chile e,
o primeiro mundial de clubes
pelo Santos,
ao derrotar o Benfica por 5 a 2
no estádio da Luz,
a primeira transmissão de TV
via satélite,
ao vivo, entre EUA e Europa,
uma Ferrari - 250 GTO Berlinetta
tornou-se o carro mais caro do mundo,
durante um leilão na Califórnia,
alcançando o preço de 37 milhões de
libras em 2014.
Ano da Ferrari? – 1962.
5
Ainda em 1962 – seis Atlangas:
três vitórias
Do Atlântico, duas do Ypiranga e,
um empate.
Para os ypirangistas matarem saudades:
19 de agosto de 1962, Ypiranga
3 a 0 no Atlântico.
Ypiranga: Osvaldo, Bira, Gaieski, Winitu e Celso;
Breno Simão (Assis) e Hermes; Assis, Bolívar, Enio e Maneca.
Os cinemas exibem 007 contra o
Satânico Dr. No e
Os canhões de Navarone.
Por fim,
os Beatles gravam Love Me Do.
Tudo isso e sabe-se mais lá o quê
Em 1962 – ano do mais
incrível jogo que Erechim viu.
O resto é história.
Muiiiiiita história.
Atlântico em 1964: Severiano, Paulinho, Tomasi, Cardoso, Wilmar e Glenio; Osmarino, Vianna, Índio, Da Silva e Risadinha. |
PS – como disse, esta recuperação histórica
visa apenas preencher meu tempo
de isolamento social e oferecer
a quém quiser reviver o fato inédito.
Não há achados. Há fontes. Velhíssimas
– mas fontes. Assim como em toda
minha vida jornalística
– nunca visei diminuir quem quer que fosse.
Me ative aos fatos, com um texto
(os anteriores) mas, digamos,
literatos. Agradeço a todos que
tem retornado com palavras bondosas.
O que descobri é que tem ‘muita gente
que adora reviver seus tempos de criança,
guri, menina (muitas delas adoram futebol
e viram o jogo), adolescência’
e que não voltam mais.
Ainda mais quando os fatos
são transcritos com base em fontes
oficiais. Abraço a todos.